QUARTA EDIÇÃO DE 02/7/2019

NO PUGGINA.ORG
OS MUTILADOS DA GUERRA CULTURAL
Por Percival Puggina 
Artigo publicado em 02.07.2019
A expressão guerra cultural suscita, em muitas pessoas, um sentimento de aversão por evocar perda das conexões entre grupos sociais, esfacelamento da ordem, fim da política, e, não raro, violência.
O leitor destas linhas talvez se surpreenda com o que vou dizer, mas guerra cultural tem, mesmo, tudo a ver com isso. Essa guerra começou a ser empreendida há muitos anos, desde que os marxistas ocidentais começaram a ler Gramsci e Luckács. Durante décadas, foi uma guerra travada unilateralmente entre a esquerda e a cultura do Ocidente cristão. O Brasil foi e continua sendo um dos cenários dessa guerra.
Aqui, nas últimas décadas, bem antes, mesmo, da redemocratização, ela se travou entre um polo ativo e um polo passivo. Um polo combatente e um polo combatido. Um lado que gradualmente conquistava “território” e outro que gradualmente o cedia sem resistência. O polo combatente agia com plena consciência de seus objetivos, dispunha de intensa produção e reprodução bibliográfica e tinha cartilha a seguir. Conhecia as “cabeças de praia” (para usar a linguagem militar) de onde deveria partir para a conquista do território. E as tomou sem resistência, naquela que talvez tenha sido a mais assimétrica de todas as guerras. Assim, avançou sobre o sistema de ensino, notadamente nas graduações em humanidades, expandindo-se daí para os níveis médio e fundamental. Neste território, o resultado foi avassalador, tornando a universidade, e, em especial, a universidade pública, uma espécie de “cosa nostra”, impenetrável por qualquer possível divergência. Partindo de outras cabeças de praia, dominou os meios de comunicação, hegemonizou a área da produção cultural, invadiu os seminários e o clero católico, conseguindo controlar a CNBB, mediante uma teologia travestida de “libertadora” – a Teologia da Libertação, conhecida como TL.
A partir daí, o resto veio por natural acréscimo, naquela fatalidade que, com palavras de Marx, preside as transformações da Natureza. Veio o controle dos sindicatos, a miríade de movimentos sociais e suas violências, as primeiras vitórias eleitorais nos fronts locais e, por fim, a hegemonia do poder político associado ao poder financeiro pelos mecanismos que se tornaram conhecidos de todos.
Quando o projeto vazou – e vazou com energia das forças da Natureza quando longamente contidas –, sobreveio a derrota política e o fim dessa hegemonia. Dessa hegemonia, repiso. Mas se a derrota abalou a força política, não reduziu o ímpeto da guerra cultural. A diferença no ambiente dessa guerra foi o surgimento das redes sociais para aglutinar e dar voz ao polo até então passivo, que despertou para a necessidade de se defender nos espaços em que ela era travada.
A guerra cultural, agora, tem dois lados em confronto. Vem daí a sensação de que a sociedade está dividida e muitos que a levavam de roldão, agora reclamam da resistência que passam a encontrar. Era impossível que ela não emergisse quando a sociedade começou a contabilizar suas vítimas civis. A guerra cultural fez vítimas em proporções demográficas. Deixou milhões de crianças mentalmente mutiladas. Crianças que se tornaram adultos tolhidos em suas potencialidades. Mutilados em sua fé. Professores ocupados com formar quadros e não indivíduos livres; preocupados com hegemonia e não com harmonia; dedicados a um projeto que prescinde do livre pensar e que nunca, em parte alguma, conviveu bem com o contraditório. Uma guerra que precisa produzir mutilados.
_______________________________
Por Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no País. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
O americano não terá trégua daqui para a frente, pelo menos enquanto não for expulso do Brasil.
A Polícia Federal pediu que o Coaf apure as movimentações financeiras do estrangeiro americano Glenn Greenwald, dono do site The Intercept.
A ideia é identificar movimentações atípicas.
Como por exemplo pagar por atividades criminosas de hackers.
7/02/2019 01:58:00 PM

Além de dedicar toda a atenção da empresa no apoio aos movimentos LGBT neste domingo, inclusive com descontos no caso de Porto Alegre, o aplicativo Uber registrou casos como este descrito ao lado por Carlos Bolsonaro, filho do presidente Bolsonaro, no qual o motorista negou-se a conduzir um eleitor bolsonarista.
Na postagem, Carlos cobra com razão:
- Que providências tomou a empresa ?
E avisa:
- Algum retorno a empresa precisa dar.
Carlos apagou os nomes do cliente e do motorista do Uber, mas a troca de mensagens entre os dois está posta claramente ao lado.
Os serviços do aplicativo Uber envolvem-se em constantes polêmicas e problemas.
Na semana passada, o motorista do Uber que conduzia o editor para casa, tudo depois de uma intervenção cirúrgica, colidiu com outro carro por culpa exclusivamente sua. Foi um acidente grave. Pior ainda: Uber mandou conta com valor dobrado para o editor e registrou um destino para o qual os serviços não foram solicitados. Somente depois de protestos, a conta foi glosada.
7/02/2019 01:42:00 PM

O Senado investigou a si mesmo e não descobriu nada, arquivando a investigação.
Era o que se esperava do Senado.
Segundo o Senado, não dá para saber quem depositou o fraudulento 82º voto na eleição para presidente da Casa, fevereiro.
Como se sabe, votaram 81 senadores, mas apareceram 82 votos.
O objetivo do senador fraudador era melar a eleição de Alcolumbre.
7/02/2019 12:00:00 PM

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
General Heleno detona nota injuriosa de Ricardo Noblat
02/07/2019 às 11:44
O jornalista Ricardo Noblat, um dos mais enfronhados na campanha insidiosa da Revista Veja contra o governo do presidente Jair Bolsonaro, publicou nesta segunda-feira (1º) uma nota infame envolvendo o General Augusto Heleno.
Veja abaixo o que disse Noblat:
“Se, como promete, o ex-governador Sérgio Cabral puser o empresário Carlos Arthur Nuzman no meio da roda dos investigados por compra de votos para que o Rio sediasse a Olimpíada de 2017, o general Augusto Heleno, ministro do governo Jair Bolsonaro, poderá ser chamado para depor.
O general foi o principal assessor de Nuzman durante os jogos.”
A resposta foi imediata e implacável, digna de um grande e austero general:
"Em relação ao artigo “O general e seu labirinto”, publicado por Ricardo Noblat, em 01 Jul 19, na Veja.com, informo o seguinte:
1. Jamais fui o principal assessor do então Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman;
2. Não participei da candidatura do Rio de Janeiro para sediar os JO de 2016; nem do Comitê Organizador dos Jogos;
3. Fui admitido no Comitê Olímpico do Brasil (COB), em meados de 2011, para ser Diretor do Instituto Olímpico Brasileiro, área de educação do COB.
4. Cabe lembrar ao jornalista que a escolha do Rio de Janeiro ocorreu em 02 Out 09, cerca de dois anos antes da minha admissão. Nessa data, eu ainda estava no serviço ativo do Exército Brasileiro;
3. A liberdade de imprensa exige, como contrapartida, honestidade intelectual dos jornalistas e seu artigo, publicado sem consulta prévia aos citados, repassou varias inverdades ao leitor do Grupo Veja.
4. Sugiro ao jornalista que melhore suas fontes.
Gen Augusto Heleno"
Da Redação

NO CORREIO BRAZILIENSE
Estados e municípios estão fora da reforma da Previdência, decidem líderes
A leitura do relatório tem sido adiada há mais de uma semana pela tentativa de acordo para inclusão dos estados e municípios e será lida nesta terça-feira (2/7), às 16h
Por Alessandra Azevedo
02/07/2019 13:29
Estados e municípios ficarão fora do parecer da reforma da Previdência, segundo o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP). A decisão foi tomada após reunião com governadores, na Residência Oficial da Presidência da Câmara, nesta terça-feira (2/7).
A complementação de voto do relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), deve ser apresentada às 16h na Comissão Especial, sem estados e municípios. Os entes poderão ser incluídos depois, no plenário, afirmou Sampaio.
Pelo acordo firmado entre os líderes partidários e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a leitura será ainda na terça e a votação do parecer ficaria para a quarta-feira (3/7). Em seguida, o texto precisa ser analisado pelo plenário, em dois turnos de votação. 
Sampaio acredita que a obstrução, já anunciada pela oposição, não deve inviabilizar a votação no colegiado. A leitura do relatório tem sido adiada há mais de uma semana pela tentativa de acordo para inclusão dos estados e municípios.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 2 de julho de 2019
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão (*)
Em fato relevante do último dia 30 de janeiro, a Petrobras comunicou ao mercado que depositará judicialmente cerca de R$1,25 bilhão para pagar possíveis indenizações a investidores brasileiros prejudicados por atos ilícitos praticados pela companhia no âmbito da Lava Jato. Esse valor corresponde a metade do valor do Acordo de Assunção de Compromissos celebrado com o Ministério Público Federal (MPF), que decorreu do acordo de leniência celebrado com a Securities Exchange Commission e o Departamento de Justiça norte-americano.
Foi neste acordo celebrado nos EUA que a Petrobras assumiu expressamente sua responsabilidade pelos atos de seus administradores e confessou a prática de diversos atos ilícitos, entre eles a publicação de informações falsas ao mercado. Tal acordo proíbe a Petrobras de negar a prática desses ilícitos e sua responsabilidade pelos mesmos, sob pena de anulação desse acordo e de severas sanções pelas autoridades norte-americanas.
Como os investidores de Nova Iorque já foram indenizados pela Petrobras, as autoridades norte-americanas aceitaram que, 80% do valor do acordo de leniência fossem destinados a compensar brasileiros prejudicados pelos atos ilícitos confessados pela Petrobras.
O fato relevante da semana passada foi a primeira oportunidade em que a Petrobras sinalizou que irá indenizar os investidores brasileiros. Até então, a companhia se autodefinia como vítima em sua relação com os investidores brasileiros que adquiriram suas ações na B3. Isso, apesar de ter confessado nos EUA que prestou deliberadamente informações falsas ao mercado durante anos, e de já ter indenizado na class action norte-americana aos investidores que compraram ADRs na bolsa de Nova York.
Essa nova posição do MPF e da própria Petrobras representa um marco na evolução do nosso mercado de capitais e nos deixa esperançosos de que o mercado brasileiro, enfim, possa ser considerado confiável e maduro, permitindo que possamos captar os recursos necessários para implementar os importantes projetos que desenvolverão nosso País, com um mínimo de segurança jurídica para os investidores.
A propósito, no seu discurso de abertura do Fórum de Davos, o presidente Bolsonaro disse que quer colocar o Brasil entre os países com melhor ambiente para negócios, trazendo segurança para os investimentos externos. Seria absolutamente contraditório se o próprio governo, por meio de uma empresa estatal, fosse o responsável por exacerbar a insegurança jurídica, que é, segundo os investidores estrangeiros, o principal entrave para se investir no Brasil.
De fato, não há nenhuma razão para a Petrobras não indenizar os investidores que adquiriram suas ações na Bolsa brasileira. Não há a menor dúvida de que as normas brasileiras que regulam o mercado de capitais preveem o dever da companhia emissora de publicar informações verdadeiras e completas, prevendo sua responsabilidade em caso de descumprimento desse dever. No caso da Petrobras, sua responsabilidade é ainda mais flagrante, tendo ela expressamente confessado a publicação de informações falsas e já indenizado os investidores que adquiriram ações na Bolsa de Nova Iorque.
Nosso mercado não pode continuar a ser visto como uma loteria em que as companhias estão autorizadas a trapacear sem nenhuma consequência. E, no caso de serem descobertas, basta a essas companhias infratoras eleger um administrador qualquer como testa de ferro que pagará uma multa irrisória à CVM, e os investidores que confiaram suas economias a esta companhia terão que arcar com todo o prejuízo decorrente das informações falsas que recebeu.
Quem seria idiota de investir na B3 se pode comprar ações de uma mesma estatal brasileira na bolsa de Nova Iorque ou em outra bolsa estrangeira, se lá fora ele é indenizado por qualquer ilicitude praticada por essa empresa, enquanto aqui ele será obrigado a pagar do próprio bolso pelas consequências das infrações praticadas por esta companhia?
Há que se entender que o verdadeiro patriotismo está em desenvolver nosso mercado nacional e não em acobertar os malfeitos praticados na Petrobras durante os últimos governos. Devemos pensar em nossa economia no longo prazo, e não nos interesses de certos administradores de estatais e de políticos que querem salvar a própria pele.
Não pode o governo federal fechar os olhos para os milhares de investidores brasileiros que foram prejudicados, muito menos consolidar essa situação discriminatória em relação aos investidores estrangeiros que já foram indenizados. Juridicamente, não há nenhuma distinção entre acionistas que adquiriram ações na B3 e aqueles que adquiriram ADRs, são todos acionistas de mesma classe. O princípio constitucional da isonomia exige que a Petrobras ofereça proporcionalmente aos acionistas brasileiros, no mínimo, o mesmo valor pago aos investidores norte-americanos.
É sabido que, ressalvados certos direitos que somente podem ser exercidos por brasileiros, impera o princípio da igualdade e da isonomia em nosso País, o que seria inédito é o governo brasileiro, por meio de uma empresa estatal, privilegiar o capital estrangeiro em detrimento de seus próprios nacionais.
Ampara-se, assim, o tecnicismo da Lei n.º 13.506/2017, conforme expusemos (Processo Sancionador – Carlos Henrique Abrão e outros – editora IASP – 2018), no sentido de maior supervisão do mercado e justa indenização plural dos prejuízos acarretados.
(*) Carlos Henrique Abrão é desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.


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