PRIMEIRA EDIÇÃO DE 1º DE JUNHO DE 2019, SÁBADO

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
31/05/2019, SEXTA-FEIRA
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, tenta mostrar que não é apenas Rodrigo Maia, o presidente da Câmara, quem deve ser temido. Tudo porque “demandas” que enviou ao governo ainda não foram atendidas, segundo fonte do Planalto. Entre várias atitudes hostis ao governo, ele se sentou sobre a indicação de diplomatas para chefiar 18 embaixadas praticamente acéfalas, inclusive Washington. Até agora, apenas três foram sabatinados. Alcolumbre não explica sua atitude.
É a primeira vez que um governo recém-eleito, cinco meses após a posse, ainda não consegue nomear embaixadores que escolheu.
Alcolumbre quer o diplomata Pedro Bório chefiando a embaixada em Washington. O governo tem outros planos, mas ele não aceita isso.
O estilo Alcolumbre: mostrou que pode ser aliado, ao aprovar a reforma administrativa por 74×4, ou adversário, deixando caducar duas MPs.
O presidente do Senado não explica a hostilidade ao Itamaraty e nem a assessoria se arrisca a isso. Mas os recados ao Planalto não cessam.
Um poço de mágoas com o próprio fracasso, o ex-governador Geraldo Alckmin deixou o comando do PSDB cuspindo marimbondos. Sob sua presidência, os tucanos viraram espécie em extinção.
Alagoas já não deve ter problemas a resolver: o governador Renan Filho licenciou-se do cargo. Assessores afirmam em off que ele foi a Madri ver o jogo Liverpool x Totenham, final da Champions League.
Passou de 180 o número de emendas à reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. O relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB), entregará seu parecer em duas semanas, no máximo.
O ministro Paulo Guedes (Economia) tem se esforçado para compensar a desarticulação do governo no Congresso, inclusive chamando o Centrão para conversar.
Foi absolvido o ex-presidente da Funasa, Rodrigo Dias, barrado na Anvisa por causa de processo da Lei Maria da Penha. Ele comemorou: “O importante foi o reconhecimento de minha inocência.”
O deputado Célio Studart (PV-CE) quer tornar inafiançável o crime de maus-tratos aos animais, em projeto que muda a Lei de Crimes Ambientais. Hoje os agressores, quando pegos, saem impunes.

NO O ANTAGONISTA
João Santana, o ‘Sinatra’
01.06.19 07:00
O publicitário João Santana, codinome ‘Feira’ nas planilhas da Odebrecht, tinha outro apelido entre membros da cúpula petista: Frank Sinatra.
Enquanto Lula dava palestras em países amigos e a Odebrecht fechava contratos lastreados no BNDES, Santana era convocado para fazer o show eleitoral.
A referência ao astro ligado à máfia italiana não é sem propósito.

A Petrobras e o ‘boa noite’ de Bolsonaro
31.05.19 18:55, sexta-feira
Jair Bolsonaro deu boa noite a seus seguidores no Twitter anunciando redução nos preços dos combustíveis.
A queda é de 6% no preço do diesel e 7,2% no da gasolina, disse o presidente, que hoje almoçou com caminhoneiros em Goiás.
Ataque a tiros nos EUA mata pelo menos 11
31.05.19 20:05
Pelo menos 11 pessoas morreram num ataque a tiros em um centro municipal em Virgínia Beach, no estado americano da Virgínia, segundo as autoridades locais.
A polícia informou à agência de notícias Reuters que o suspeito de ser o atirador também foi morto. Não há, por enquanto, pistas sobre a motivação do ataque.
O governador da Virgínia, Ralph Northam, disse estar monitorando a situação e pediu que a população “siga todas as instruções dos agentes da lei”.

Marco Aurélio expõe em decisão sua inimizade com Gilmar Mendes
31.05.19 19:48
Em despacho assinado na última terça, o ministro Marco Aurélio Mello se declarou suspeito e rejeitou analisar um pedido que contestava decisão de Gilmar Mendes no STF.
Escreveu, com todas as letras, que tem “relação de inimizade” com Gilmar e, por isso, pediu à Secretaria Judiciária que enviasse o processo para outro ministro.
No Supremo, os dois ministros não se falam. Em 2017, Gilmar Mendes chegou a chamar Marco Aurélio de “velhaco”, numa declaração ao jornalista Jorge Bastos Moreno, morto naquele ano.
Na época, Marco Aurélio se declarou impedido de julgar um caso de Eike Batista por ter uma sobrinha na equipe de advogados que o defendia.
Gilmar Mendes, cuja mulher trabalha no mesmo escritório, não se declarou impedido, mesmo com um pedido da PGR para não julgar a ação.
Depois que Marco Aurélio se declarou impedido, Moreno publicou a seguinte declaração de Gilmar Mendes sobre o colega:
“Os antropólogos, quando forem estudar algumas personalidades da vida pública, terão uma grande surpresa: descobrirão que elas nunca foram grande coisa do ponto de vista ético, moral e intelectual e que essas pessoas ao envelhecerem passaram de velhos a velhacos. Ou seja, envelheceram e envileceram.”


Heleno: ‘Pelo amor de Deus, não inventa, não liga para o Olavo de Carvalho’
31.05.19 19:34
Em entrevista a Carolina Bahia, da Zero Hora, Augusto Heleno disse acreditar que o cenário melhorou para a aprovação da reforma da Previdência.
“Que vai aprovar, vai. Agora, não dá para arriscar se vai chegar no R$ 1 trilhão do Paulo Guedes. Pode não chegar a R$ 1 trilhão, mas a R$ 900 milhões. Todo o dia eu peço: pelo amor de Deus, deixa andar, não inventa, não liga para o Olavo de Carvalho”, afirmou o ministro-chefe do GSI.

Heleno: ‘O monstro do Lago Ness acalmou’
31.05.19 19:42
Na entrevista que deu à Zero Hora, Augusto Heleno também foi questionado pela repórter Carolina Bahia sobre a intervenção dos filhos de Jair Bolsonaro.
“O monstro do Lago Ness acalmou, mergulhou, isso é fundamental. Se as pessoas tiverem o mínimo de bom senso, diante da situação que o País está vivendo… a gente tem obrigação de não fazer marola”, respondeu o general.
O ministro-chefe do GSI também disse que as manifestações a favor de Bolsonaro pelo País, no último domingo, foram “expressivas pela quantidade e significativas na mensagem”. “A dos estudantes eu preferi nem olhar.”

Além de “fundão da transição”, emenda do PL recria a CPMF e mantém privilégios
31.05.19 19:22
Por Claudio Dantas
O Antagonista revelou mais cedo que o PL (ex-PR), de Valdemar Costa Neto, propôs uma emenda substitutiva ao projeto de reforma da Previdência que cria o “Fundo de Transição”, com uma espécie de regime de capitalização estatal – em oposição ao regime privado da proposta de Paulo Guedes.
Mas não é só:
1. Mantém privilégios (art. 3 – flexibilização de regra de transição dos servidores/policiais com regra melhor do que a de hoje);
2. Aumenta o desequilíbrio de estados e municípios (retira a obrigatoriedade do teto do Inss para servidores dos estados e municípios/retira o aumento da contribuição dos servidores dos estados e municípios);
3. Não prestigia o mais pobre (mantém disparidade e transferência de renda para os mais ricos – por exemplo a regra de desconto das 20% menores contribuições/permite o REFIS de contribuições da previdência), e
4. Para pagar essa festa recria a CPMF (art. 36, parágrafo 4).

Mudança da prescrição de ilícitos financeiros também beneficia ex-banqueiro Índio da Costa
31.05.19 19:11
Por Claudio Dantas
O Antagonista denunciou ontem o movimento de integrantes do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) para mudar o sistema de prescrição de ilícitos financeiros.
Como mostramos também, o ex-deputado Eduardo Cunha e seu operador Lúcio Funaro serão beneficiados pelo novo entendimento, no âmbito de um processo em que foram condenados ao pagamento de multa de R$ 5 milhões.
Também está na lista dos agraciados o ex-banqueiro Luís Octavio Índio da Costa (PSD), que presidiu o Cruzeiro do Sul – alvo de intervenção do Banco Central em 2012 após a descoberta de fraudes superiores a R$ 1,3 bilhão.
Ele foi condenado pela CVM ao pagamento de multa de R$ 350 mil, por operações irregulares da BCSul Verax (Banco Cruzeiro do Sul) com fundos exclusivos do Prece (fundo de pensão dos servidores da Cedae). Recorreu ao Conselhinho, suscitando a tese da prescrição intercorrente.
Luís Octavio é primo de Antônio Pedro Índio da Costa, ex-deputado e candidato derrotado do PSD à Prefeitura do Rio. Antes de quebrar, o Cruzeiro do Sul despejou recursos na campanha de Índio da Costa como vice de José Serra, em 2010.
(...)

PGR diz que ex-dirigentes do Rural condenados no Mensalão têm direito a indulto
31.05.19 18:18
A Procuradoria Geral da República enviou hoje ao Supremo parecer pela concessão de indulto a Kátia Rabello e José Roberto Salgado, ex-dirigentes do Banco Rural condenados no Mensalão.
Segundo Raquel Dodge, ambos já preenchiam, em 2017, as condições estabelecidas pelo decreto de Michel Temer para terem a punibilidade extinta, ao cumprirem um quinto da pena.
Na época do decreto, a PGR contestou as regras, generosas com condenados por corrupção e crimes de colarinho branco, mas neste ano, por maioria, elas foram validadas pelo STF.

MPF vai recorrer de decisão que livrou Palocci de denúncia por fraudes no BNDES
31.05.19 17:23
O procurador Ivan Marx deve recorrer, nos próximos dias, de decisão do juiz federal Marcus Vinícius Reis Bastos no âmbito da Operação Bullish, informa Mateus Coutinho na Crusoé.
Reis Bastos rejeitou denúncia contra Antonio Palocci, Joesley Batista e cinco ex-funcionários do BNDES no processo que investiga fraudes no banco.

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