NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Domingo, 12 de maio de 2019
Apesar da formação militar, o presidente Jair Bolsonaro ignora a máxima de que “as guerras vêm e vão, mas os soldados são eternos.” “Soldados” na campanha vitoriosa de 2018, que também ajudaram no governo de transição, agora estão magoados com o capitão. Muitos nem sequer foram convidados para o governo e outros, aproveitados, acabaram dispensados por “neo-bolsonaristas”. Na área de educação, inúmeros especialistas ligados à campanha foram depois “limados”.
Primeiro apoiador enxotado do convívio com Bolsonaro após a vitória, o ex-senador Magno Malta até hoje não sabe ao certo o que aconteceu.
O general Marco Aurélio Vieira, secretário nacional de Esportes, foi “rifado” do ministério do neo-bolsonarista Osmar Terra (Cidades).
A primeira mulher militar a se engajar na campanha, coronel Márcia Amarillo, também foi alijada do projeto de Escolas Cívicas.
Primeiro ministro demitido por Bolsonaro, Gustavo Bebianno foi vítima de embates com Carlos, o “Zero Dois”, um dos filhos do presidente.
O lobby que no governo Dilma obteve imposto zero para importação do etanol de milho, na tentativa de “matar” as usinas de açúcar e álcool do Nordeste, vendeu a ideia de que o produto é viável. Muito poluente e menos eficiente que o álcool de cana, o álcool à base de milho precisa de combustível fóssil para ser produzido. E a Conab (Cia. Nacional de Abastecimento), garante que sua produção já é de 1,4 bilhão de litros.
A assessoria não informou o presidente Jair Bolsonaro que o seu decreto facilitando o porte de armas para proprietários rurais, quem diria, garante o mesmo benefício para militantes do MST já assentados.
No próprio governo, não houve quem acreditasse na sinceridade do próprio líder, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), quando ele disse que fez “todo esforço” para manter o Coaf no Ministério da Justiça.
No Ceará, o Ministério Público apura o impacto do corte no orçamento das universidades públicas. Curiosamente, os valores contingenciados são inferiores aos cortes do governo Dilma (PT), e ninguém reclamou.
NO O ANTAGONISTA
A inocência de Lula
12.05.19 05:32
“Lula se nega a pedir prisão domiciliar e exige reconhecimento de sua inocência.”
Quantas vezes O Antagonista repetiu que isso era uma mentira plantada por seus defensores na imprensa amiga?
Agora Lula pediu ao STJ para cumprir o resto de sua pena em regime aberto e já está preparando as malas para voltar ao aconchego doméstico.
Ninguém é inocente: nem Lula, nem a imprensa amiga, nem os juízes amigos.
Fachin diz não a jeitinho proposto por Delcídio em acordo de delação
12.05.19 07:00
Por Renan Ramalho
Edson Fachin negou um pedido de Delcídio do Amaral para substituir a prestação de serviços à comunidade, com a qual se comprometeu no acordo de delação, por pagamento em dinheiro.
O ex-senador se queixava por ter de viajar mais de 400 quilômetros, da fazenda onde vive em Corumbá para Campo Grande, para colaborar com a Casa de Peniel, entidade sediada na capital de Mato Grosso do Sul e premiada pelo acolhimento de crianças vítimas de abuso.
No parecer contrário ao pedido, a PGR notou que até hoje Delcídio não pagou uma parcela de R$ 85 mil, que deveria ter depositado até setembro do ano passado, da multa de R$ 1,5 milhão prevista no acordo.
Mesmo assim, o ex-senador ainda se deu bem: o ministro autorizou que ele preste os serviços à comunidade numa entidade mais próxima da fazenda.
“Se a reforma não passar, vamos investir fora do Brasil”
Sábado, 11.05.19 20:40
Em entrevista ao Globo, Will Landers, do BTG Pactual, afirmou que os investidores não terão o Brasil como opção se a reforma da Previdência não for aprovada.
“Não é uma questão de ‘se’ a reforma vai passar, mas de ‘quando’. Não temos um plano B. Se a reforma não passar, a conversa vai ser sobre onde vamos investir fora do Brasil. Sem a reforma, o câmbio está errado a R$ 4 por dólar, o juro está errado no patamar atual. Vai tudo aumentar. Não trabalho com a hipótese de que não vai ser aprovada.”
Racionamento de produtos básicos em Cuba
11.05.19 20:00
A ditadura cubana anunciou nesta sexta-feira o racionamento de produtos básicos no país.
A medida, relata a agência Deutsche Welle, limita a oferta de itens como frango, ovos, arroz, feijão, sabão, entre outros.
É o racionamento do racionamento num país no qual o produto mais em falta é democracia.
Militares que mataram músico e catador viram réus
11.05.19 18:42
A Justiça Militar aceitou a denúncia do Ministério Público Militar neste sábado e tornou réus os 12 militares envolvidos na morte do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador Luciano Macedo, no início de abril.
Eles agora passam a responder por tentativa de homicídio, duplo homicídio qualificado e omissão de socorro.
Nove dos militares continuam presos.
“Não quero acreditar que o Delegado Waldir tenha dito isso”
11.05.19 18:21
Em entrevista a O Antagonista nesta semana, o líder do PSL, Delegado Waldir, elogiou a decisão do governo de oferecer R$ 40 milhões em emendas parlamentares até 2022 a cada deputado que votar a favor da reforma da Previdência no plenário — veja aqui.
O deputado Diego Garcia (Podemos) reagiu.
“Não quero acreditar que o Delegado Waldir tenha dito isso. Imagine pagar R$ 40 milhões para 308 deputados, que é a quantidade de votos que eles precisam para aprovar a reforma. Significaria que o governo iria gastar por volta de R$ 12,3 bilhões com esse repasse? Esse valor é maior que o orçamento executado para a Segurança Pública em 2018.”
Garcia acrescentou:
“Espero que os parlamentares possam votar pela reforma da Previdência não por uma troca de favores, mas, sim, pensando na prosperidade do nosso País e para o bem dos menos favorecidos.”
Bolsonaro veta norma que proibia minissaia no Planalto
11.05.19 15:13
Jair Bolsonaro reprovou uma norma elaborada pela Secretaria de Administração da Presidência da República com regras de vestimenta para frequentadores do Palácio do Planalto.
A nova norma proibiria o uso de minissaias, camisetas regatas e chinelos.
Decisão do STF sobre indulto de Temer ‘é retrocesso’, diz Dodge
11.05.19 14:26
A PGR avaliou como “preocupante” a decisão do STF que declarou constitucional o decreto editado em 2017 por Michel Temer que permitiu reduzir penas de condenados por crimes como corrupção.
Para Raquel Dodge, a decisão “representa um retrocesso no combate a crimes, incluindo corrupção e crimes de colarinho branco”.
“A medida causa impunidade de crimes graves como os apurados no âmbito da Lava Jato e de outras operações de combate à corrupção sistêmica no País”, disse.
“Sem justificativa minimamente razoável, amplia desproporcionalmente os benefícios e cria um cenário de impunidade no País.”
Tarcísio Vieira continua no TSE
11.05.19 13:19
Jair Bolsonaro decidiu reconduzir Tarcísio Vieira como ministro titular do TSE por mais dois anos.
É a segunda nomeação de Bolsonaro para o Tribunal. Em abril, o presidente já havia escolhido o advogado Sérgio Banhos para a vaga de Admar Gonzaga.
Tarcísio foi nomeado em 2017 pelo então presidente Michel Temer.
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