SEGUNDA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2019

NO O ANTAGONISTA
“Assim como o nomeei, posso exonerá-lo”, diz senador que contratou Leo Índio
26.04.19 10:00
Por Diego Amorim
O senador Chico Rodrigues, que empregou em seu gabinete Leo Índio, primo dos filhos de Jair Bolsonaro, refutou a O Antagonista qualquer interferência da família do presidente na contratação.
Segundo ele, quem indicou Índio foi sua assessora Mariana Frutuoso, “que é muito amiga dele”.
“Eu senti a desenvoltura dele. Essa garotada nova ‘é virada’ e pode me ajudar muito. Eu fiz essa aposta. Se vai dar certo, o tempo é que vai dizer. Assim como o nomeei, como qualquer outro funcionário, posso exonerá-lo.”
Rodrigues, que é do DEM de Roraima e vice-líder do governo no Senado, negou que tenha atendido a um pedido do presidente ou de um dos seus filhos.
“Nunca vi o Carlos [o mais próximo de Leo Índio] na minha vida. Nunca dei bom dia, nunca nem sequer cheguei perto dele. Não houve interferência, nem pedido tangencial, nem insinuação, nada. Digo isso com a clareza de uma janela sem vidros num dia de Sol forte.”

Os ‘fantasmas’ de Carlos Bolsonaro
26.04.19 09:45
No início do ano, Carlos Bolsonaro fez uma limpeza no gabinete, demitindo nove funcionários. Nadir Barbosa Goes, de 70 anos, foi uma das pessoas exoneradas. Segundo a Folha, ela nunca trabalhou lá.
Nadir é irmã do militar Edir Barbosa Góes, de 71 anos, que ainda consta como assessor do vereador. A mulher de Edir, Neula de Carvalho Góes, 66 anos, também foi demitida após a posse do pai na Presidência.
A Folha encontrou Nadir em Magé, cidade a 50 km do Rio de Janeiro. A idosa disse que nunca trabalhou para Carlos e pediu para a reportagem procurar o vereador.
O chefe de gabinete de Carlos, Jorge Luiz Fernandes, alegou que Nadir integrava um núcleo de funcionários liderado por Edir e cuja função era distribuir mala direta do político na base eleitoral de Campo Grande – a 130 km de Magé.
O jornal também encontrou Edir em casa, em plena segunda-feira, de short e camisa da seleção. O militar não quis explicar qual sua função e que não é obrigado a trabalhar todos os dias no gabinete.

“Bancos públicos torraram dinheiro da sociedade para patrocinar terroristas do MST”
26.04.19 09:30
Na próxima semana, deverá ser votado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara o relatório pela aprovação da proposta de Alexandre Leite, do DEM de São Paulo, que pede ao TCU que apure repasses de dinheiro público a uma entidade ligada ao MST.
A proposta é embasada em uma reportagem de 2014 da Folha de S. Paulo, segundo a qual Associação Brasil Popular (Abrapo) recebeu 550 mil reais do BNDES e da Caixa para a realização de uma exposição, mas a verba teria sido usado pelo MST para organizar um ato que terminou com uma tentativa de invasão ao STF e ao Palácio do Planalto, em fevereiro daquele ano.
O parecer do deputado Carlos Jordy, do PSL do Rio de Janeiro, vice-líder do governo na Câmara, será pela aprovação da proposta. Diz ele:
“Os bancos públicos, nos governos do PT, torraram dinheiro da sociedade para patrocinar terroristas do MST. Essa fiscalização do TCU, em parceria com o Poder Legislativo, pode resultar na correção de eventuais irregularidades e malversação de recursos públicos.”

Lula vai receber 200 mil por “devolução” de imóvel no Guarujá
26.04.19 09:15
Dias atrás, o STJ reduziu de R$ 1 milhão para R$ 181 mil a multa que Lula precisa pagar pela condenação no caso do triplex.
Ontem, a Justiça de São Paulo garantiu ao ex-presidente a devolução de R$ 200 mil (em valores corrigidos), valor equivalente a 66% do que Marisa Letícia pagou oficialmente à Bancoop por uma unidade no edifício Solaris.
O juiz Adilson Aparecido Rodrigues Cruz, da 34ª Vara Cível de São Paulo, avaliou que a falecida teria direito ao estorno do que gastou por não ter adquirido o imóvel quando a OAS assumiu o empreendimento, em 2009.
Pelo visto, o magistrado desconsiderou o fato de que a empreiteira entregou à família Lula da Silva um triplex reformado, muito mais valioso que a unidade efetivamente paga à Bancoop.

Peças publicitárias de estatais terão crivo do Planalto
26.04.19 08:45
O Globo informa que agências de publicidade contratadas pelo governo federal foram informadas de que, a partir de agora, terão de submeter todas as peças à análise prévia da Secom, comandada pelo ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz.
A determinação ocorre depois da suspensão de uma propaganda do Banco do Brasil estrelada por atores e atrizes negros, outros tatuados, além de homens usando anéis e cabelos compridos.
“Os estereótipos escolhidos irritaram Bolsonaro, que teve acesso ao conteúdo do filmete quando ele já estava sendo veiculado havia aproximadamente duas semanas.”
O diretor de Marketing do BB, Delato de Andrade, foi demitido.

O inquérito do fim do mundo
26.04.19 08:15
A matéria de capa da Crusoé destrincha o enredo por trás do inquérito aberto por Dias Toffoli para tentar blindar a cúpula do Judiciário de qualquer tipo de crítica.
“O inquérito é a parte mais visível de uma estratégia engendrada por Dias Toffoli para fortalecer a cúpula do Judiciário frente a um alinhamento de situações que alguns dos togados veem como uma ameaça a si próprios: o avanço da Lava Jato sobre a relação de empreiteiras e grandes bancas de advocacia com magistrados de diferentes instâncias, a articulação de um grupo de senadores para instalar a chamada CPI da Lava Toga e o suposto desequilíbrio entre os Três Poderes trazido pela eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República.”
(..)

Acusações infundadas
26.04.19 08:00
O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse a Jair Bolsonaro que as acusações de traição, propaladas por Carlos Bolsonaro, são infundadas.
Curiosamente, uma delas partiu de Ciro Gomes, que acusou Mourão de manter relação com o embaixador aposentado Samuel Pinheiro Guimarães, que foi secretário-geral de Celso Amorim.
O próprio Guimarães desmentiu publicamente Ciro.

O passado de Mourão não condena
26.04.19 07:30
Quem acusa Hamilton Mourão de ser petista e comunista esquece que o general foi severamente punido por Dilma Rousseff, justamente por criticá-la.
Numa palestra em 2015, o então comandante militar do Sul comentou sobre o impeachment da petista, ressaltando que a “mera substituição” não traria mudanças significativas, mas “a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção”.
Mourão também atacou a classe política como um todo, ao afirmar que “a maioria dos políticos de hoje parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões”.
A gota d’água para seu afastamento do Comando Militar do Sul foi uma homenagem póstuma a Brilhante Ustra, ídolo de Jair Bolsonaro.

Dívida do Fies chega a 13 bi
26.04.19 07:45
Três em cada cinco estudantes que usaram o Fies para pagar a faculdade estão inadimplentes, segundo o Globo. A dívida acumulada ultrapassa a cifra recorde de R$ 13 bilhões.
Dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) indicam que 59% dos 899.957 contratos em fase de consignação estavam com pelo menos um dia de atraso no pagamento em janeiro.
E ainda reclamam que Abraham Weintraub optou por formar uma equipe de economistas no MEC.

A bola dividida do Coaf
26.04.19 07:15
Jair Bolsonaro não se opõe a retirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos de Sergio Moro, em troca de apoio do Congresso à MP que reduziu de 29 para 22 o número de ministérios – a MP caduca em 3 de junho.
“Não me oponho em voltar o Coaf para o Ministério da Economia, apesar de o Paulo Guedes estar com muita coisa. Falei hoje com o senador Fernando Bezerra sobre a votação. Tem um ponto ou outro. Se não aprovar, será uma bagunça. Teremos que ter mais sete ministros”, disse o presidente, em café da manhã com jornalistas.
A transferência do Coaf para o Ministério da Justiça foi uma das principais demandas de Moro ao assumir a pasta. O ministro não tem intenção de abrir mão do órgão, que apavora autoridades em Brasília.

Nordeste resiste à nova Previdência
26.04.19 06:45
Deputados do Nordeste pediram apoio ao governo Bolsonaro para quebrar a resistência à reforma da Previdência na região.
A população local tem sido bombardeada diariamente com propaganda negativa, apoiada pelos governos petistas e seus satélites.

NO DIÁRIO DO NORDESTE
Desembargadora é condenada a aposentadoria compulsória no TJCE
Todos os 38 desembargadores presentes na sessão acompanharam o relator e votaram pela condenação da magistrada
20:54 / 25 de Abril de 2019 ATUALIZADO ÀS 21:11
Por Redação 
A desembargadora Sérgia Maria Miranda Mendonça foi condenada a aposentadoria compulsória, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, pelo Pleno do Tribunal, em uma sessão que se prolongou por mais de 6 horas e 30 minutos desta quinta-feira (25).
Todos os 38 desembargadores presentes na sessão acompanharam o relator e votaram pela condenação da magistrada no Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra a desembargadora foi instaurado no dia 2 de agosto de 2018. A sessão realizada no ano passado foi conduzida pelo presidente da Corte, desembargador Gladyson Pontes. Na ocasião, o presidente do TJ apresentou relatórios acerca das apurações decorrentes da Expresso 150. O magistrado entendeu haver elementos indicativos suficientes de possíveis desvios funcionais e éticos por parte de Sérgia.
A desembargadora investigada está afastada das suas funções desde outubro de 2016. Na investigação consta que os plantões de Sérgia Miranda eram chamados por advogados como "dia de festa", isto, porque nas datas ela liberava clientes dos defensores envolvidos no esquema, supostamente, em troca de dinheiro.
A servidora foi afastada das funções por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas continuou recebendo seus vencimentos. De acordo com informação consultada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para Sérgia Miranda, por mês, são destinados aproximadamente R$ 38 mil. Enquanto isso, conforme o IBGE, a renda mensal do trabalhador brasileiro é de R$ 2,1 mil. O comparativo mostra que é preciso 18 meses de trabalho com a renda média para alcançar o que Sérgia recebe a cada 30 dias.
Inativos
Outros magistrados investigados pela venda de liminares nos plantões judiciários já foram aposentados. Em setembro do ano passado, foi a vez do CNJ aposentar compulsoriamente o desembargador Carlos Rodrigues Feitosa. A ele foram concedidos vencimentos proporcionais por tempo de serviço.
Há quase um ano foi aposentado voluntariamente o desembargador Francisco Pedrosa Teixeira. Foi garantido a Pedrosa salário mensal de quase R$ 30 mil. Quem também foi investigado pela Polícia Federal devido à comercialização dos habeas corpus e solicitou aposentadoria voluntária foram os desembargadores Paulo Camelo Timbó e Váldsen da Silva Alves Pereira.


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