PRIMEIRA EDIÇÃO DE SÁBADO, 30 DE MARÇO DE 2019

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 30 DE MARÇO DE 2019

Enrolaram o presidente Jair Bolsonaro com a lorota de que o governo passaria a economizar com a compra direta de passagens a empresas aéreas, “economizando” com agências de turismo, conforme ele avisou na Internet, quinta (28). Isso é falso. A jogada esperta foi implantada pelo Ministério do Planejamento durante o governo Dilma Rousseff (PT), pelas mãos do então ministro Paulo Bernardo, que acabaria preso. A medida não favorece o governo e sim as empresas aéreas.

Não é o governo que economiza, sem agências de viagem, e sim as empresas, que cobram preços “cheios” e já não pagam comissões.

A “compra direta” embute outra esperteza das aéreas, que se tornam o único fornecedor do governo pago à vista e até com antecipação.

A demissão da ex-presidente da Embratur Teté Bezerra, ordenada pelo presidente Jair Bolsonaro após tentar gastar R$290 mil em jantar com direito a show de Alceu Valença, não provocou reação no “trade turístico”. Ela não fez nada de relevante em 10 meses no cargo. Soube escolher ótimos eventos internacionais para viajar por conta da Viúva, mas parecia não saber o que fazer. Em anos anteriores, a tremenda boca-livre patrocinada pela Embratur não passava de R$150 mil.

Antigo funcionário disse à coluna ser indiferente a demissão da ex-presidente da Embratur: “Não deixará nem raiva, nem saudades”.

Tão logo soube da farra na Embratur com dinheiro público, Bolsonaro ordenou por telefone ao ministro do Turismo: “demita essa moça”.

Se no Brasil houvesse uma legenda denominada Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores, seria de esquerda ou direita? Esquerda, certamente. Pois era esse o nome do partido nazista de Adolf Hitler.

São tantas “entidades” criticando o endurecimento de penas, previsto no Pacote Anticrime do ministro Sérgio Moro (Justiça), que talvez seja boa ideia averiguar se algumas são financiadas pelo crime organizado.

Não houve um só 31 de Março, desde a redemocratização, inclusive governos do PT, que o golpe de 1964 não tenha sido “rememorado” nos quartéis. Ninguém reclamou. Por isso soa oportunista a reação à recomendação de Bolsonaro para destacar a data.

A Caixa, que é um banco público, registrou lucro líquido recorde em 2018: R$ 12,7 bilhões, crescimento de 40,4% (!!) em relação a 2017. O rombo nas contas públicas em 2018, no entanto, foi de R$120 bilhões.

A Petrobras agora contratou o Santander para tentar vender sua subsidiária Liquigas. Após a estatal quase quebrar sendo o lar do maior esquema de corrupção da História, a Petrobras tentou vender em 2016 a Liquigas por R$ 2,8 bilhões ao Grupo Ultra/Ultragas. O Cade brecou.

Ao encerrar a participação no Senado esta semana, Paulo Guedes revelou que esperava ser atacado: “Antes de começar, já vão partir pro ataque?”, disse aos poucos presentes que ficaram até o fim da reunião.

O que tinha a PEC do Orçamento, que Rodrigo Maia fez aprovar em uma noite, que a PEC da reforma da Previdência não tem?

NO O ANTAGONISTA
A função dos militares no MEC
Sábado, 30.03.19 07:12
Além da nomeação do tenente-brigadeiro Ricardo Machado Vieira como o novo número 2 do MEC, um coronel da PM do DF será indicado à chefia de gabinete do ministro Veléz Rodríguez.
O ingresso de militares no ministério, relata a Folha, “integra movimento para tentar tutelar Vélez” e “blindar o ministro da influência de discípulos de Olavo de Carvalho”.

Eduardo Cunha quer envio de processo para a Justiça Eleitoral
30.03.19 06:55
Com base no parecer do STF sobre julgamento de crimes conexos a caixa dois, a defesa de Eduardo Cunha pediu na sexta-feira que o processo sobre contratação de navios-sonda da Petrobras vá para a Justiça Eleitoral.
Os advogados também pediram a absolvição de Cunha, alegando “fracasso probatório” do Ministério Público Federal.
O ex-deputado é acusado de receber propina de US$ 5 milhões entre 2011 e 2014.

OAB, UNE e CUT preparam o terreno no STF para a soltura de Lula
30.03.19 06:48
OAB, UNE, CNBB e centrais sindicais vão defender o STF.
Na semana que vem, esses satélites do PT vão publicar um manifesto condenando “ataques autoritários e truculentos contra o guardião da Constituição” e “discursos que pregam o ódio e a violência”, segundo a Folha de S. Paulo.
O motivo é evidente: a petezada está preparando o terreno para a soltura de Lula.
OAB, UNE, CNBB e centrais sindicais querem blindar o STF contra o resto da sociedade, que vai reagir furiosamente à manobra para tirar da cadeia o chefe da ORCRIM.

Faroeste caboclo
Sexta-feira, 29.03.19 21:58
Por trás dos embates institucionais das últimas semanas, um clima de desconfiança se alastra em Brasília. O problema não está na reforma da Previdência ou no pacote anticrime de Sérgio Moro, muito menos na celebração do 31 de março.
Mas na suspeita de que integrantes do Legislativo, do Judiciário e até mesmo do Executivo estejam sendo grampeados ilegalmente.
À exceção dos estranhos vazamentos de conversas do ministro Onyx Lorenzoni e do deputado Julian Lemos, não há dados concretos de que algo assim esteja em curso.
O temor, no entanto, aumentou sensivelmente depois que a Presidência da República requisitou à Polícia Federal a cessão de um delegado e três agentes especializados em ações de inteligência e contrainteligência.
Integrantes do Judiciário e do Legislativo desconfiaram da medida, cujo objetivo até hoje não foi esclarecido.
Alguns observadores da cena política, inclusive, enxergam no ‘inquérito combo’ aberto por Dias Toffoli uma espécie de reação institucional camuflada.
Embora o presidente do STF tenha argumentado que era necessário investigar ofensas e calúnias contra ministros, o que se viu foi a montagem de outro “núcleo de inteligência”, com a convocação, por Alexandre de Moraes, de dois delegados de São Paulo – um da PF e outro da Civil.
Maurício Martins da Silva, da Divisão de Inteligência da Civil, já teria atuado inclusive na segurança de Geraldo Alckmin e é especializado em ações de contrainteligência.
A guerra de nervos alcançou novo patamar com a prisão de Michel Temer e Moreira Franco – operação seguida de ameaças indiretas do núcleo de Jair Bolsonaro a Rodrigo Maia -, com auge na especulação de que o presidente apostaria no caos para decretar Estado de Sítio.
Para frear a deterioração institucional, alguns atores entraram em campo e conseguiram negociar um armistício. A bandeira branca ainda tremula na capital federal, enquanto Bolsonaro embarca para Israel.

Acusados de matar Marielle são transferidos para o RN
29.03.19 21:15
Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de matar Marielle Franco e Anderson Gomes, foram transferidos na última quinta-feira de Bangu 1 para o presídio federal de Mossoró, registra O Globo.
A mudança dos dois para uma prisão fora do estado foi pedida pelo Ministério Público do Rio, que alegou motivos de “segurança pública”, e aceita pela Justiça.
Lessa é acusado de disparar os tiros que mataram a vereadora do PSOL e seu motorista em março do ano passado, e Queiroz de dirigir o carro utilizado no crime.

Projeto de Moro não pode ser deixado para depois, diz Bolsonaro
29.03.19 20:45
Por meio de seu porta-voz, Otávio do Rêgo Barros, Jair Bolsonaro disse acreditar que o pacote anticrime de Sérgio Moro não pode ser deixado para depois.
Para o presidente, o pacote é tão importante para o País quanto as reformas estruturantes, como a da Previdência.
“O Brasil clama por ações urgentes nessa área [da segurança]”, afirmou o porta-voz em seu briefing de hoje para a imprensa.
A tramitação do pacote anticrime na Câmara foi motivo de embate recente entre Moro e Rodrigo Maia. Como Crusoé publicou, os dois decidiram iniciar o processo pelo Senado.

Gilmar nega pedido para suspender atos de comemoração do golpe
29.03.19 19:48
Gilmar Mendes negou seguimento a mandado de segurança apresentado por parentes de vítimas da ditadura para suspender atos em comemoração do golpe militar de 1964.
A decisão se deu por motivos processuais, já que a ação não poderia contestar uma fala do porta-voz Otávio do Rêgo Barros comunicando que Jair Bolsonaro recomendara as “comemorações devidas” da data.
“Sendo ato típico de manifestação de vontade personalíssima, não parece adequado enquadrar como ato de autoridade do Presidente da República a opinião de natureza política transmitida por seu porta-voz”, escreveu o ministro na decisão.
No despacho, ele reconhece que o tema é sensível para a sociedade brasileira, mas ressalta que, desde 1988, a democracia foi restabelecida no País.
“O fato é que todos nós estamos submetidos à ordem constitucional, as suas regras, princípios e valores. Não há espaço, no Brasil e no mundo, hoje, para uma atuação fora dos limites de um Estado Constitucional.”

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