SEGUNDA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2019

NO PUGGINA.ORG
O MINISTRO E O HINO NACIONAL
Por Percival Puggina (*) 
Artigo publicado terça-feira, 26.02.2019
Certamente o leitor destas linhas assistiu e leu alguma coisa do que a extrema imprensa, sindicalistas da Educação e políticos oposicionistas disseram sobre a manifestação do ministro Ricardo Vélez incentivando o orgulho e o respeito aos símbolos da Pátria nas escolas do País.
Ao longo de décadas, junto com um impressionante desprezo ao discernimento alheio, essas pessoas cultivaram em si mesmas uma enorme autoestima que vinha de sua inequívoca capacidade de influência nas salas de aula, na mídia formal, na vida sindical, no ambiente cultural. Sentiam-se como espertos cercados de idiotas. Foi exatamente nesse estado de espírito que passaram a lidar com a importante manifestação do ministro como se fosse ato criminoso.
Se você que lê este artigo tiver mais de 50 anos, compare seu amor ao Brasil, sua conduta como cidadão, com o que lhe dizem e revelam os jovens que convivem com você. Observe seus filhos e seus netos. Ouça o que, sobre isso, lhe contam os amigos. Aí você terá o quadro completo do estrago produzido por uma conveniência política e uma pedagogia que condena as intenções e manifestações do ministro Ricardo Vélez. Para tais educadores, sindicalistas e jornalistas, cantar o Hino Nacional, prestar reverência à Bandeira é crime hediondo, loucura sectária, atraso no tempo.
É bom que saibam, porém: aquele Brasil marginal, descivilizado, caótico, mal amado, desconhecido de seus filhos, dividido entre oprimidos e opressores, devedores e credores, ignorante sobre sua própria identidade, com complexo de inferioridade, vai se reencontrar consigo mesmo. A casa caiu para os defensores de bandidos, para os estados paralelos, para os fazedores de cabeça, para o Foro de São Paulo, para o fã clube do chavismo, para os que vicejam na desgraça e precisam dos miseráveis em sua dependente miséria.
Passaram mais de uma década trocando os pés pelas mãos. Nos últimos quatro anos, perderam os anéis, a credibilidade, os votos e as lideranças. Estão visivelmente desnorteados com isso. Não havendo fatos, precisam de factoides.
No caso do e-mail enviado pelo MEC às escolas, uma falha de revisão foi denunciada como ato de má fé. Em lugar do novo lema – “Brasil, pátria amada” – apareceu a frase da recente campanha eleitoral. Pronto! Era o tempero que faltava para que a usina de factoides produzisse as matérias que produziu e os irados discursos ouvidos no Congresso Nacional. Tentaram apresentar como se ordem fosse, o que era mera sugestão. Como de hábito, aferraram-se ao acessório, deixando de lado a importância de retomarmos o amor ao Brasil, o respeito a seus símbolos e o orgulho de sermos brasileiros.
_______________________________
(*) Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no País. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
** Atualizado às 16h55min do dia 26/02/2019.


NO O ANTAGONISTA
OAS delata ministro do TCU
Quarta-feira, 27.02.19 10:41
A OAS delatou o ministro Vital do Rêgo, do TCU, acusando-o, segundo O Globo, de ter recebido 3 milhões de reais em propinas para sua campanha eleitoral em 2014, em troca de blindagem na CPMI da Petrobras.

OAS acusa Lindbergh, Gabrielli, Aécio…
27.02.19 10:36
Os delatores da OAS, no relatório obtido por O Globo, confessaram os seguintes pagamentos:
Jaques Wagner: propina de 1 milhão de reais via contrato fictício.
Lindbergh Farias: pagamento de 400 mil reais para o publicitário João Santana.
José Sérgio Gabrielli: mesada de 10 mil reais durante o ano de 2013.
Fernando Pimentel: propina de 2,5 milhões de reais ao seu operador Bené.
Eduardo Paes: caixa dois de 25 milhões de reais na campanha municipal de 2012.
Eunício Oliveira: caixa dois de 2 milhões de reais.
Aécio Neves: caixa dois de 1,2 milhão de reais na campanha de 2014.
Eduardo Cunha: propina de 29,6 milhões de reais.
Os depoimentos do presidente da OAS, Léo Pinheiro, que contribuiu para mandar Lula para a cadeia, não estão incluídos nesse lote.

Cabral citou, além do arcebispo, um bispo auxiliar do Rio
27.02.19 10:04
Por Diego Amorim
Em depoimento ontem ao juiz Marcelo Bretas, o ex-governador Sérgio Cabral citou nominalmente o arcebispo do Rio, cardeal Dom Orani Tempesta, e outro padre, identificado como Dom Paulo, quando falava de transações envolvendo pagamentos de propinas na área da saúde — reveja aqui.
Dom Paulo, apurou O Antagonista, é Dom Paulo Celso Dias do Nascimento, nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro em outubro de 2017 — atualmente a Arquidiocese de São Sebastião tem sete bispos auxiliares, nomeados pelo papa a pedido do arcebispo.
Dom Paulo foi capelão do Hospital Quinta D’Or na capital fluminense e, durante a gestão de Cabral, era o responsável pela Pastoral da Saúde.

Pacote Anticrime: a ‘tendência inevitável’ ao acordo penal
27.02.19 10:00
Por Renan Ramalho
Uma das principais armas de Sérgio Moro para aprovar o pacote anticrime é o chamado “plea bargain”, chamado por ele no projeto de “acordo de não persecução penal”.
Na prática, a pessoa suspeita por um crime mais leve confessa e aceita prestar serviços à comunidade sem precisar passar por um longo processo criminal.
Algo parecido já existe na lei brasileira e atende por outro nome: transação penal, que só vale para crimes de “menor potencial ofensivo”, com pena máxima de 2 anos.
O projeto do governo amplia o acordo para crimes com pena de até 4 anos, desde que cometidos sem grave violência ou ameaça. O réu confesso deverá reparar a vítima e pagar um valor a uma entidade social que ajude vítimas do crime.
Na mensagem enviada ao Congresso, Moro diz que “a tendência ao acordo, seja lá que nome receba, é inevitável”, diante do objetivo de descongestionar o Judiciário.
A proposta já conta com o apoio do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O enxugamento da Petrobras
27.02.19 09:53
A Petrobras pretende, até junho, desativar sua sede administrativa em São Paulo e lançar um novo programa de demissão voluntária, noticia o Estadão.
Além disso, planeja fechar unidades incluídas em seu plano de desinvestimento que não despertarem interesse, o que pode levar a mais demissões, acrescenta o jornal.

Precificando os mortos
27.02.19 09:49
O Globo informa que a prefeitura do Rio de Janeiro está interditando o CT do Flamengo, o Ninho do Urubu, local do incêndio que matou dez atletas.
Agora, comenta Paulo Cézar Caju, o Flamengo vai “precificar os mortos”.

Senador vai recomeçar coleta de assinaturas para CPI da Lava Toga depois do carnaval
27.02.19 09:30
Por Diego Amorim
Na semana que vem, depois do carnaval, o senador Alessandro Vieira, do PPS de Sergipe, pretende começar a colher assinaturas — são necessárias 27 — para tentar instalar a CPI da Lava Toga pela segunda vez.
Na primeira tentativa, o pedido foi arquivado.
“Não param de chegar novas informações. Tenho conversado com os colegas. A receptividade é ainda maior que da primeira vez”, disse ele a O Antagonista.

A reforma descartada
27.02.19 09:22
Jair Bolsonaro disse que a única reforma previdenciária que conta é aquela aprovada pelo Congresso Nacional, e não a do governo.
Então por que ele descartou a PEC de Michel Temer, que já havia sido revista e aprovada pelas comissões parlamentares?

Bolsonaro promete cargos e emendas
27.02.19 08:41
Jair Bolsonaro, durante o jantar com os deputados, retomou o toma lá, dá cá.
Segundo O Globo, “coube a Onyx Lorenzoni falar sobre as moedas mais tradicionais na negociação política: cargos e emendas. Onyx prometeu aos parlamentares que os espaços nos estados serão disponibilizados para indicações dos políticos e garantiu que não haverá contingenciamento das emendas parlamentares individuais”.
O método foi acertado:
“Os cargos serão distribuídos por acordo com as bancadas estaduais, devendo os partidos fazer seus acertos nesses colegiados. Em relação às emendas, o governo poderia fazer o corte proporcional ao realizado nas demais despesas do Executivo. Mas para facilitar as negociações, optou-se por poupar os recursos direcionados pelos deputados e senadores desse contingenciamento.”

Meta mínima para a reforma
27.02.19 08:29
Jair Bolsonaro e Onyx Lorenzoni se comprometeram a liberar recursos das emendas e distribuir cargos nos estados a fim de aprovar a reforma previdenciária.
Antes disso, porém, é preciso negociar uma meta mínima para a reforma. Os bancos dizem que ela é de 800 bilhões de reais em dez anos.

Brasil abandona reunião da ONU em protesto contra Venezuela
27.02.19 08:57
A delegação brasileira abandonou a reunião da ONU no momento em que o chanceler venezuelano discursava.
No total, diz Jamil Chade, mais de 60 diplomatas de vários países deixaram a sala – e fizeram muito bem, é claro.

Bolsonaro no Einstein
27.02.19 08:45
Jair Bolsonaro está a caminho de São Paulo.
Ele vai fazer exames médicos no Albert Einstein, os primeiros depois de sair do hospital.

Aluguel maravilha
27.02.19 08:00
Por Claudio Dantas
Pedro Guimarães também pediu um pente-fino no contrato de locação da sede da Caixa no Rio de Janeiro, pelo qual o banco paga mensalmente R$ 32 milhões à BR Properties.
O presidente da Caixa quer entender por que o banco se mudou, na gestão passada, para o edifício Passeio Corporate, na rua das Marrecas.
Ele entende que algum imóvel no Porto Maravilha faria mais sentido, uma vez que a Caixa possui a maior exposição de risco do empreendimento – R$ 8 bilhões.

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