TERCEIRA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 22 DE JANEIRO DE 2019

NO O ANTAGONISTA
Renan foi o anfitrião de reunião da propina, diz Sérgio Machado
Terça-feira, 22.01.19 17:06
Por Renan Ramalho
Em novo depoimento, o delator Sérgio Machado confirmou que a residência oficial da presidência do Senado, ocupada em 2014 por Renan Calheiros, serviu de ponto de encontro de senadores do MDB para tratar de uma propina de mais de R$ 40 milhões que receberiam para apoiar a reeleição de Dilma Rousseff naquele ano.
O dinheiro foi pago pela J&F e retirado da propina que a empresa devia ao PT por negócios ilícitos envolvendo o BNDES e fundos de pensão. No último dia 4 de dezembro, ex-presidente da Transpetro detalhou como eram as reuniões:
“A primeira vez que tomou conhecimento desses fatos foi no início do mês de junho de 2014 antes das convenções do PMDB nas eleições do referido ano; que soube dos fatos durante reuniões ocorridas na residência do senador Renan Calheiros, em Brasília, na época então presidente do Senado; que soube desses fato por meio de senadores do PMDB que estavam presentes na residência do senador Renan Calheiros; que ao que se recorda os senadores presentes nas reuniões eram: Renan Calheiros, Jáder Barbalho, Carlos Eduardo Braga, Romero Jucá, Eunício Oliveira, Vital do Rêgo, Edison Lobão e Waldir Raupp.”
“Várias foram as reuniões ocorridas em Brasília durante seguidas semanas; que o que se falava nas reuniões era que sem o apoio de uma maioria do PMDB, o PT teria perdido apoio do partido, e a coligação da candidata Dilma não teria sido referendada; que na ocasião o PT sabia dessa divisão dentro do PMDB, de sorte que não procurou o partido, mas sim um bloco, de senadores que exercia influência e controle notadamente em seus estados.”
“A confirmação sobre o pagamento dos 40 milhões a bancada do senado do PMDB realizada a pedido do PT, ocorreu por Ricardo Saud reservadamente junto ao depoente no interior da residência do senador Renan Calheiros; que se recorda que essa conversa se deu entre os meses de setembro e outubro de 2014.”
Ao falar sobre o assunto em sua delação, Ricardo Saud disse à PGR que pagou R$ 9,9 milhões a Renan Calheiros por meio de doações eleitorais e contratos fictícios com empresas. O alagoano teria recebido a maior fatia da propina prometida ao grupo do MDB no Senado.

PGR reforça suspeitas de corrupção e lavagem envolvendo Eunício e Renan
22.01.19 15:49
Por Renan Ramalho
O vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, contestou um pedido de Eunício Oliveira para mudar uma investigação de que é alvo junto com Renan Calheiros no STF.
O inquérito apura pagamentos de R$ 43,6 milhões da J&F a políticos do MDB em troca do apoio à reeleição de Dilma Rousseff em 2014 — o dinheiro foi retirado da propina que a empresa devia ao PT por negócios ilícitos envolvendo o BNDES e fundos de pensão.
Em novembro, a defesa de Eunício disse que não há provas contra ele; pediu o arquivamento ou ao menos que o caso não fosse enquadrado como corrupção e lavagem, mas sim como crime eleitoral, como caixa 2, cuja pena é menor.
Luciano Mariz Maia opinou contra os dois pedidos.
“Os elementos reunidos, diversamente do que se alega, sugerem pagamentos de vantagens indevidas, em razão dos cargos dos investigados, parte por meio de operações comerciais simuladas, tipologia clássica de lavagem de capitais. Deste modo, não que há se falar em irregularidade eleitoral, sem deixar de apurar a presença de fatos de gravidade ainda maior.”

PGR é contra mandar investigação de Renan por corrupção e lavagem para Justiça eleitoral
22.01.19 12:40
A PGR enviou manifestação ao STF contra trocar a investigação de senadores do MDB, como Eunício Oliveira e Renan Calheiros, de corrupção e lavagem de dinheiro para crime eleitoral, informa o Jota, lembrando que apurações na esfera eleitoral produzem penas mais brandas.
Trata-se do inquérito que investiga a suposta doação do grupo J&F de R$ 40 milhões na campanha de 2014.
Depois da absolvição da chapa Dilma-Temer por excesso de provas, todo investigado quer um TSE para chamar de seu.

Em Davos, Guedes promete consenso para aprovar Previdência
22.01.19 15:45
Paulo Guedes participou de um encontro com investidores em Davos, promovido pelo Itaú Unibanco, registra o Estadão.
O ministro da Economia de Jair Bolsonaro afirmou que haverá consenso no Congresso para aprovar a PEC da reforma da Previdência. Foi música para os ouvidos dos investidores.
Durante 90 minutos, ele narrou com maestria os planos para a economia. Foi animador”, disse um banqueiro que também assistiu aos seis minutos de discurso de Bolsonaro.

MP antifraude pode ‘neutralizar’ esquemas de corrupção em sindicatos rurais
22.01.19 15:39
Por Diego Amorim
A Medida Provisória 871 — aqui a íntegra –, assinada na última sexta-feira por Jair Bolsonaro, poderá neutralizar um esquema, protagonizado por sindicatos rurais, que a equipe econômica do governo acredita ser uma das principais máquinas de corrupção no âmbito da Previdência.
Pelo texto da MP de combate a fraudes previdenciárias, que já está em vigor, documentos validados pelos sindicatos não serão mais aceitos para comprovar o tempo de contribuição para o trabalhador rural.
O que acontecia? Muita gente que nunca havia pisado em lavoura aparecia no sistema da Previdência com anos de contribuição.
A equipe econômica está convencida de que esse ponto do texto será fundamental para o combate às fraudes, uma vez que muitos sindicatos, nos grotões do País, se utilizavam da até então prerrogativa para fazer “negócio” e para barganhar politicamente, principalmente em regiões de assentamentos rurais.
Com a mudança, será criado um cadastro de segurados especiais para abastecer o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), que, a partir do ano que vem, será a única forma de comprovar o tempo de contribuição para o trabalhador rural. Até lá, o governo recorrerá à autodeclaração, homologada por entidades do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pronater).

Bolsonaro no bandejão da Suíça
22.01.19 15:32
Jair Bolsonaro não apenas almoçou sozinho em Davos como foi ao bandejão de um supermercado local, informa o Estadão.
O presidente foi clicado por Alan Santos, fotógrafo da Agência Brasil, enquanto se servia no restaurante popular, repleto de funcionários do “baixo clero” do Fórum Econômico Mundial.


Bolsonaro terá oposição menor que a de Lula na Câmara
22.01.19 15:11
Jair Bolsonaro começará seu governo com uma oposição na Câmara menor que a de Lula em seu primeiro mandato, revela levantamento do Diap obtido por Crusoé.
De início, Bolsonaro terá uma oposição composta por 140 deputados de oito partidos. Em 2003, havia 190 deputados na oposição ao petista.

A esquerda e a reforma da Previdência
22.01.19 15:08
Lideranças do PDT, do PSB e até do PT reconhecem, nos bastidores de Brasília, a importância de aprovar a reforma da Previdência o quanto antes.
O problema é que, quando a legislatura começar, essa turma vai mostrar que não quer que o governo de Jair Bolsonaro dê certo.

Um juiz sério
22.01.19 13:56
“Um juiz sério.”
Foi o primeiro comentário da Lava Jato sobre Luiz Antonio Bonat, o juiz que deve substituir Sérgio Moro em Curitiba.
Outra fonte foi ainda mais enfática:
“O cara é bom para danar.”
Lula e seus comparsas não podem comemorar.

O que disseram Lula, Dilma e Temer em Davos
22.01.19 13:37
O Globo lembrou algumas frases dos discursos de Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer em Davos, onde Jair Bolsonaro participa agora do Forum Econômico Mundial. O Antagonista comenta uma por uma abaixo.
Lula, em 2007: “Agora, como diz o jogador de futebol, ‘ou vai ou racha’, ou seja, nós não temos mais tempo para esperar (pelo crescimento econômico).”
Rachou.
Dilma, em 2014, referindo-se às manifestações de 2013: “Meu governo não reprimiu, pelo contrário, ouviu e compreendeu a voz das ruas.”
A voz das ruas se espalhou e derrubou Dilma, que não compreendeu patavina.
Temer, em 2018: “Nosso próximo passo é consertar a Previdência Social. O povo brasileiro percebe que o sistema atual é injusto e insustentável.”
A reforma da Previdência não foi aprovada no governo Temer.
Bolsonaro, em 2019: “Vamos resgatar nossos valores e abrir nossa economia.”
Agora vai, Brasil?

A pressa do PT em condenar adversários
22.01.19 13:15
Não é de surpreender ninguém, mas a militância petista e psolista, que defende o corrupto e lavador de dinheiro condenado em segunda instância Lula – e até outro dia o terrorista de extrema esquerda condenado na Itália à prisão perpétua Cesare Battisti –, agora pede, inflamada pelas notícias que ligam funcionários e homenagens de Flávio Bolsonaro a milicianos, a prisão do filho do presidente, que, antes da suspensão determinada por Luiz Fux, vinha sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro na área cível por improbidade administrativa, assim como continuam sendo outros 26 deputados estaduais, entre eles André Ceciliano, do próprio PT, e Eliomar Coelho, do PSOL, além de Carlos Minc, ex-ministro de Meio Ambiente do governo Lula e hoje no PSB, como já registramos.
Todos, obviamente, devem ser cobrados e investigados e, se houver provas de ilicitudes – para além de movimentações bancárias suspeitas –, punidos nos termos da lei. Só é curiosa a pressa condenatória dos defensores de criminosos condenados.

PGR é contra mandar investigação de Renan por corrupção e lavagem para Justiça eleitoral
22.01.19 12:40
A PGR enviou manifestação ao STF contra trocar a investigação de senadores do MDB, como Eunício Oliveira e Renan Calheiros, de corrupção e lavagem de dinheiro para crime eleitoral, informa o Jota, lembrando que apurações na esfera eleitoral produzem penas mais brandas.
Trata-se do inquérito que investiga a suposta doação do grupo J&F de R$ 40 milhões na campanha de 2014.
Depois da absolvição da chapa Dilma-Temer por excesso de provas, todo investigado quer um TSE para chamar de seu.

Flávio Bolsonaro sobre ter empregado mãe de foragido: “mais uma ilação irresponsável”
22.01.19 12:28
Flávio Bolsonaro divulgou nas redes sociais uma “nota à imprensa”:
“Continuo a ser vítima de uma campanha difamatória com objetivo de atingir o governo de Jair Bolsonaro.
A funcionária que aparece no relatório do Coaf foi contratada por indicação do ex-assessor Fabrício Queiroz, que era quem supervisionava seu trabalho. Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço, só agora revelados com informações desse órgão.
Tenho sido enfático para que tudo seja apurado e os responsáveis sejam julgados na forma da lei.
Quanto ao parentesco constatado da funcionária, que é mãe de um foragido, já condenado pela Justiça, reafirmo que é mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar.
Quanto a homenagens prestadas a militares, sempre atuei na defesa de agentes de segurança pública e já concedi centenas de outras homenagens.
Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos.”

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