SEGUNDA EDIÇÃO DE DOMINGO, 27 DE JANEIRO DE 2019

NO O ANTAGONISTA
“Descerá sem freio”, diz Defesa Civil sobre possível rompimento de outra barragem
Domingo, 27.01.19 10:22
O risco de rompimento de outra barragem em Brumadinho é real.
Segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, embora a quantidade de água e terra seja menor do que a da primeira barragem, ela descerá “sem freio”, registra O Globo.
“Há um risco real de rompimento da barragem da represa, que chama-se B6. A água não tem freio agora. Quando romperam as barragens da mina do Córrego do Feijão, as próprias instalações da Vale serviram como freio, e o rejeito parou. Agora, não se sabe o alcance”, disse Flávio Godinho, da Defesa Civil de Minas Gerais, ao jornal carioca.

Missão israelense embarca para Brasil
27.01.19 10:11
A missão com 130 especialistas israelenses que vêm ao Brasil ajudar no trabalho de resgate em Brumadinho deixou o país na manhã deste domingo.
A delegação, formada por médicos, engenheiros e especialistas em operar equipamentos para localizar vítimas de soterramento, chega hoje à noite.

Por falta de provas
27.01.19 09:51
Antonio Palocci não conseguiu fechar acordo com o Ministério Público em São Paulo por falta de provas.
Diz Guilherme Amado, em O Globo:
“Depois de meses de conversas e análises sobre o arsenal apresentado pela defesa, os procuradores consideraram o material carente de provas e encerraram a negociação.”
Até agora, Palocci já fechou dois acordos com a PF e um com o MPF em Brasília.

Bolsonaro viaja a SP para cirurgia
27.01.19 09:33
Jair Bolsonaro viajou neste domingo para São Paulo, onde será operado para a retirada da bolsa de colostomia.
A cirurgia ocorrerá amanhã no Hospital Albert Einstein.

Sobe para 37 número de mortos em Brumadinho
27.01.19 09:26
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou a morte de 37 pessoas vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Outras 250 estão desaparecidas.

A culpa de Queiroz
27.01.19 09:12
Fabrício Queiroz vai assumir toda a culpa pelo caso Coaf, diz O Globo.
“O ex-PM e assessor do senador eleito vai matar no peito todos os tiros que vem levando, assumindo a culpa de tudo — tal qual, aliás, os tesoureiros petistas que foram presos no Mensalão e na Lava-Jato e nunca delataram, como Delúbio Soares e João Vaccari.”

CNMP vai analisar pedido para afastar procurador do caso Flávio Bolsonaro
27.01.19 08:51
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) vai analisar o pedido para afastar José Eduardo Gussem — procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro — das investigações que envolvem Flávio Bolsonaro.
Diz o Estadão:
“O relator Luiz Fernando Bandeira de Mello vai pedir explicações ao procurador. A liminar tem como base uma fotografia que mostra o procurador conversando com o jornalista Octávio Guedes. Flávio Bolsonaro disse em entrevista que o encontro mostra de onde os dados do Coaf vazaram.”

NO BLOG DO JOSIAS
Juíza corta o Bolsa-Visita e Lula recorre à ONU
Por Josias de Souza 
Domingo, 27/01/2019 | 05h22min
Nos 13 anos em que o PT exerceu o poder federal, Lula nunca fez da humanização das cadeias uma prioridade.
Continua dando de ombros para o cenário de século 19 que vigora nos calabouços nacionais. Mas inquieta-se com suas próprias condições carcerárias. Recolhido à única cela do País onde se respira um aroma de século 21, o preso mais ilustre da Lava Jato recorrerá à ONU para tentar restabelecer um privilégio que acaba de perder: o Bolsa-Visita. 
Responsável pela execução da pena de Lula, a juíza Carolina Lebbos levou o pé à porta da cela especial. Restringiu o acesso do pupilo Fernando Haddad. 
Invocando a condição de advogado, Haddad visitava Lula quando bem entendesse, de segunda a sexta. Agora, terá de entrar na fila de visitantes convencionais, nas tardes de quinta-feira. 
No ano passado, a juíza já havia dispensado o mesmo tratamento à "advogada" Gleisi Hoffmann. A mesma juíza moralizou também a visitação de líderes religiosos. Lula os recebia todas as semanas, sempre às segundas-feiras. Agora, os prepostos do todo-poderoso só poderão visitar a divindade petista uma vez por mês. Devagarinho, os 15 m² que servem de abrigo para o grão-mestre do PT há quase dez meses vão perdendo a aparência de sucursal curitibana do Instituto Lula. 
Inconformado, o preso autorizou seus advogados a se queixarem novamente junto ao Comitê de Direitos Humanos da ONU. Os doutores alegam que a decisão da juíza Carolina Lebbos "agride as regras mínimas para o tratamento de presos." Reiteram o lero-lero segundo o qual "a prisão de Lula é uma afronta". E declaram que o enxugamento da escala de visitas "agrava esse estado de exceção imposto a Lula". Conversa mole. A Lei de Execuções penais prevê que o todo preso tem direito à visita do cônjuge, de parentes e amigos, em dias determinados. Não há vestígio de previsão legal para a visitação indiscriminada de companheiros fantasiados de advogados. Lula demora a perceber, mas também está sujeito às leis e à condição humana. 
No momento, o que o distingue da maioria dos brasileiros é uma condenação por corrupção e lavagem de dinheiro. Novas condenações estão no forno. A insistência da defesa em recorrer à ONU apenas potencializa a impressão de que Lula tornou-se mesmo um político indefeso. Num cenário assim, em vez de reivindicar o restabelecimento do Bolsa-Visita, o presidiário deveria considerar a hipótese de conceder um habeas-corpus ao PT, liberando a legenda para cuidar do que restou de sua logomarca.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Domingo, 27 de janeiro de 2019
Reestatização (de verdade) da Vale?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
O desastre ambiental em Brumadinho, três anos depois da tragédia ainda impune de Mariana, coloca em xeque-mate a Vale S/A. 
Nos bastidores do Governo Bolsonaro, em que Paulo Guedes vende mundialmente a grife de um Brasil mais liberal e menos estatal, já se cogita uma reestatização da Vale. O mercado não deve descartar tal hipótese – que ainda não foi pronunciada, publicamente, por nenhuma autoridade.
No entanto, vale destacar que o caso Vale é uma das aberrações do que chamamos de modelo capimunista tupiniquim. 
Na privataria tucanalha da Era FHC, a Vale foi tirada do controle da União Federal, passando para a iniciativa privada. Certo? Mais ou menos... No começo, ali reinou o Bradesco (braço visível de outros tentáculos ocultos). Depois do estranho “acidente fatal” do executivo Roger Agnelli, na Era Lula, a Vale teve seu controle acionário subjugado por uma aliança de fundos de pensão dos empregados estatais de economia mista – manipulados pela petralhada.
Na prática, desde 2009, a Vale é controlada pela Litel – uma holding criada para reunir os fundos Previ (Banco do Brasil), Petros (Petróleo) e Funcef (Caixa) para assumir o controle da Valepar. O BNDESpar teria mais 11,% da holding da Vale. Atualmente, a Litel, sozinha, teria 52,5% das ações da Vale com direito a voto (ordinárias). Juntando com a participação do BNDES, a esfera “paraestatal” (chamemos assim) é quem dita as regras na empresa.
O assunto merece uma análise cuidadosa dos analistas de mercado e dos militares que recentemente conquistaram o poder em uma “intervenção pelo voto direto” (e, supostamente, democrático, apesar da desconfiança da maioria da população no processo eletrônico de totalização no Brasil). 
Na prática, a Vale segue dominada, indiretamente, pela União Federal, acionista majoritária das estatais que patrocinam os fundos de pensão que investem na Vale. Isto é capimunismo – um capitalismo de estado carnavalesco ditado pela tecnocracia que detém a hegemonia sobre os tesouros das estatais: seus fundos de pensão.
Piada econômica mais sem graça que essa? Claro que temos... No dia 13 de novembro de 2015, a genial 'Presidanta' Dilma Rousseff baixou o Decreto 8.572, alterando o Decreto 5.113, de 22 de junho de 2014. Com a mudança o parágrafo único do artigo 1º ganhou a criativa redação: “Para fins do disposto no inciso XVI do caput do artigo 20 da Lei 8.036, de 11 de maio de 1990, considera-se também como natural o desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais”.
Tal texto só confirma que foi a Dilma, na presidência, um verdadeiro desastre político e ambiental para o Brasil e os brasileiros... Aliás, talvez não devamos ser tão severos com a 'incompetenta' que teve seus direitos políticos preservados por manobra do supremo magistrado Ricardo Lewandowski, na sessão em que presidiu o julgamento do impeachment. 
O “trabalho” de Dilma teve continuidade na breve Era Michel Temer, e já se reza forte para que Bolsonaro interrompa o ciclo de incompetência combinado com roubalheira.
“Acidentes naturais (?)” como os de Mariana e Brumadinho (ambos em Minas Gerais) podem ocorrer a qualquer momento. Um relatório de 2018 da Agência Nacional de Águas (ANA) indica que existem 723 estruturas classificadas como de risco e dano potencial altos. A ANA adverte que apenas 3% das barragens do País foram vistoriadas pelos órgãos de fiscalização e segurança. Temos 24.092 barragens no Brasil... Já passou da hora de os órgãos de fiscalização pararem de brincadeiras e sacanagens, cuidando seriamente dos problemas reais.
A ANA admite que o Brasil tem 45 barragens (de diferentes tipos) com risco de rompimento. Pelo menos nove barragens de rejeitos de mineração oferecem alto potencial para tragédias anunciadas, gerando perdas humanas e ambientais. Cinco delas ficam em Minas Gerais: quatro em Rio Acima e uma em Ouro Preto. Um dique de contenção em Itabirito também apresenta alto risco. As outras são Poconé (Mato Grosso), Pedra Branca do Amapari (Amapá) e Lauro Muller (Santa Catarina). 
Na Vale, o passivo moral e ambiental ficou altíssimo. Ações judiciais bloquearam R$ 6 bilhões da Vale. A empresa levou uma multa de R$ 250 milhões do Ibama. Tudo deve ser pago à prestação, em 52 vezes... Ou nem vai ser pago... Fatalmente, a partir de segunda-feira, 28, haverá grandes quedas na cotação das ações da mineradora. Os prejuízos de acionistas nem podem ser comparados ao custo humano impagável de centenas de mortos. Tirar pessoas debaixo de rejeito de minério é complicadíssimo. Dificilmente, alguém sobrevive...
Alguém será efetivamente punido pela tragédia, além dos familiares das vítimas?
Alguém vai preso? Em Mariana, tudo está impune até agora. Brumadinho será um replay
A Vale está de luto e desmoralizada. O que acontecerá com a empresa que tem função estratégica para a economia do Brasil? Reestatizar (de verdade) resolve?
E a pergunta que nunca quer calar: Quando teremos mais um desastre (nada natural) no Brasil da incompetência e da roubalheira?
(...)

NA VEJA.COM
Sirene é acionada em Brumadinho e comunidades são evacuadas
Alerta foi acionado após aumento nos níveis de água e risco de rompimento de mais uma barragem na região da Mina Córrego do Feijão
Por Guilherme Venaglia, de Brumadinho (MG)
27 de janeiro de 2019, 09h59min 
Vista aérea da região afetada pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG) - 26/01/2019 (André Penner/AP)

Moradores das comunidades Córrego do Feijão e Tejuco, em Brumadinho (MG), tiveram de deixar suas casas nas primeiras horas deste domingo 27. Por volta das 5h30min da manhã, a mineradora Vale acionou a sirene que indica risco de rompimento de mais uma barragem, a B6, após um aumento nos níveis de água.
“A barragem não rompeu, mas os técnicos indicaram risco iminente de rompimento e acionaram a sirene de evacuação. Nós estamos com a tropa já mobilizada para essa evacuação”, afirmou o Coronel Ângelo, comandante de operações na região.
“Essa é uma barragem que contempla água. Desde ontem, está sendo feito um movimento de bombeamento dessa água para fora, para esvaziá-la e torná-la mais segura. Imediatamente, com a sirene acionada, o Corpo de Bombeiros está executando o evacuamento das comunidades que ficam nas imediações da barragem”, afirmou o tenente Pedro Aihara, porta-voz da corporação.
Agora, os trabalhos de resgate foram suspensos. A equipe do Corpo de Bombeiros está orientando a evacuação. Os moradores devem abandonar suas casas e procurar três pontos: a Igreja Matriz, no centro de Brumadinho, a delegacia e o Morro do Querosene. Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, esses são locais considerados seguros, mesmo que haja rompimento da barragem. São quatro zonas de risco: Parque da Cachoeira, mais próxima à barragem B6, Pires, Centro de Brumadinho e Bairro Novo Progresso.
Os moradores são conduzidos para os pontos mais altos da cidade, previstos em um plano de emergência elaborado previamente. Em nota, a Vale afirma que o acionamento da sirene foi uma medida preventiva e que a empresa seguirá monitorando a situação na barragem B6.
Vítimas
Chegou a 37 no início da manhã deste domingo, dia 28, o número de mortos confirmados no desastre do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG). Apenas oito foram identificados. Conforme informações do governo de Minas Gerais, 296 pessoas continuam desaparecidas, das quais 166 funcionários da mineradora e 130 terceirizados. Foram resgatadas com vida 366 pessoas, das quais 221 funcionárias da Vale e 145 terceirizadas. Outras 23 pessoas estão hospitalizadas.
Conforme informações do governo de Minas Gerais, 296 pessoas continuam desaparecidas, das quais 166 funcionários da mineradora e 130 terceirizados. Foram resgatadas com vida 366 pessoas, das quais 221 funcionárias da Vale e 145 terceirizadas. Outras 23 pessoas estão hospitalizadas.

Vale foi autorizada a ampliar em 70% exploração na área do desastre
Conselho do governo de MG aprovou aumento de 6,4 milhões de toneladas por ano nas minas de Jangada e do Córrego do Feijão, em Brumadinho
Por Estadão Conteúdo
Sábado, 26 de janeiro 2019, 23h07min 
A área da barragem que rompeu nesta sexta-feira, 25, em Brumadinho (MG), estava prestes a ter uma intensificação na atividade de exploração mineral de ferro. A Vale pediu e o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas (Semad), aprovou, em 11 de dezembro do ano passado, a licença para que a empresa ampliasse a capacidade produtiva da Mina de Jangada e da Mina Córrego do Feijão, estruturas vizinhas, das atuais 10,6 milhões de toneladas por ano para 17 milhões de toneladas por ano. O governador ainda era Fernando Pimentel, do PT.
A votação no Copam só teve um voto contrário entre os nove conselheiros que decidiram a questão. Mas ambientalistas apontam uma série de problemas na análise do projeto, como a falta de um mapeamento detalhado dos impactos do novo empreendimento, principalmente na bacia hidrográfica do Paraopeba, cujas águas complementam o abastecimento da capital Belo Horizonte, além de cerca de 50 cidades da região metropolitana e do entorno.
A tramitação do pedido se beneficiou ainda de uma mudança em uma deliberação normativa que reduziu as exigências para intervenções de grande potencial poluidor e degradante.
O único voto contrário à aprovação partiu da ambientalista Maria Teresa Corujo. Segundo ela, a análise do pedido de ampliação das atividades na mina da Vale foi feito às pressas. “Não foi apresentado um balanço hídrico completo, de quais seriam os reais impactos nas águas do local e do entorno”, disse. “Aquela área já precisa muitas vezes de caminhão-pipa para ser abastecida.”
Falta no estado, disse Maria Teresa, um esforço maior para aprovar legislação mais rigorosa para segurança de barragens. “Desde o ano passado, temos cobrado na Assembleia Legislativa a aprovação do projeto de lei de segurança de barragens”, afirmou.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Jean Wyllys chega na Europa e já desempenha o papel de “ativista político refugiado” 
Por Otto Dantas - Articulista e Repórter
otto@jornaldacidadeonline.com.br
27/01/2019 às 08:16
O senador José Medeiros requereu junto a Polícia Federal que seja investigada a possibilidade de que o deputado reeleito Jean Wyllys tenha efetivamente vendido o seu mandato eleitoral.
O suplente que vai assumir a vaga é o marido do poderoso jornalista americano Glenn Greenwald, vencedor do Pulitzer, divulgador mundial da tese do "golpe" contra Dilma Rousseff e aliado internacional do PT.
Paralelamente, o ministro Sérgio Moro acaba de desmentir o deputado, demonstrando que, ao contrário do que foi propalado, as eventuais ameaças desferidas contra ele, estão sendo investigadas pela Polícia Federal. Inclusive, um dos responsáveis está preso desde 2018. 
Aliás, a desfaçatez de Jean Wyllys fica evidente quando, segundo ele, as ameaças atingiam sua mãe e outros parentes próximos, no entanto ele rumou solitário para a Europa.
Assim, diante da recepção, organizada e minuciosamente preparada para Jean Wyllys na Europa, com espaço adrede cavado na mídia, tudo indica que o plano a ser desempenhado seja no sentido de atacar o atual governo no exterior, disseminando o espetáculo do vitimismo e apresentando Jean Wyllys como ‘refugiado político’.
O governo precisa rapidamente denunciar a farsa, internacionalmente.

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