PRIMEIRA EDIÇÃO DE DOMINGO, 27 DE JANEIRO DE 2019

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 27 DE JANEIRO DE 2019

As acusações envolvendo o senador diplomado Flávio Bolsonaro podem ter afetado o pai mais do que se possa imaginar. Participantes da comitiva a Davos, para o Fórum Econômico Mundial, ficaram impressionados com a preocupação e até com um certo abatimento do presidente. Ele está convencido de que o objetivo dos acusadores é atingi-lo por meio do filho, utilizando-se da sua principal arma na caminhada que o levou ao Planalto: a denúncia de corrupção.

Bolsonaro acredita na inocência do filho e acha que o senador eleito é vitima de quem tenta desmoralizá-lo como presidente.

A acusação que mais abalou o presidente, nessa novela global, foi a da nomeação de parentes de milicianos no gabinete de Flávio Bolsonaro.

Quando já no primeiro dia em Davos ele fez opção por almoçar numa espécie de bandejão, não era marketing e sim vontade de ficar isolado.

Os relatos contrastam com o Bolsonaro que o senador Fernando Collor encontrou, sexta: “Muito bem disposto, animado, confiante no sucesso”.

A Casa Civil da Presidência da República promete liberar até quarta-feira (30) um listão com todas as nomeações ainda em aberto, não sem antes dispensar os antigos ocupantes dos cargos, muitos deles petistas remanescentes dos governos Lula e Dilma. São quase 33 mil cargos. Políticos experientes duvidam da capacidade do ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) de preencher os cargos em prazo tão curto.

A administração direta do Poder Executivo tem à disposição mais de 32 mil cargos comissionados; são 6,1 mil de livre nomeação.

Cargos comissionados do Executivo, Legislativo e Judiciário custam R$3,5 bilhões por mês, segundo o Tribunal de Contas da União.

Entre as metas divulgadas pelo governo Bolsonaro esta semana está a extinção de 21 mil cargos e funções comissionadas.

Os brasileiros não perceberam, mas já pagaram R$11 bilhões em salários só para os servidores da ativa no Executivo. O valor não inclui os aposentados, pensionistas ou servidores do Legislativo e Judiciário.

Bolsonaro reagiu rapidamente à tragédia de Brumadinho, despachando ministros imediatamente ao local. Bem ao contrário de Dilma (PT), que parecia não se importar com a tragédia de Mariana, em seu Estado.

A ex-ministra do Meio Ambiente Marinha Silva levou apenas seis horas para reagir à tragédia de Brumadinho, divulgando uma mensagem. Na tragédia de Mariana, vários dias foram necessários até a ficha cair.

Na coletiva de sexta (25), o ministro da Ciência e Tecnologia tinha uma plaquinha à frente com a identificação “Astronauta Marcos Pontes”. Disse que isso dá “prestígio e importância” ao cargo e ao governo. É como uma ex-miss pretender ser tratada assim quando virar ministra.

Jair Bolsonaro fez questão de conceder entrevista a uma emissora local em Brumadinho, enquanto seu porta-voz, Rêgo Barros, fazia um pronunciamento à imprensa nacional após o rompimento.

O ministro Sérgio Moro (Justiça) chegou da viagem a Davos às 4h30min da madrugada e, como o presidente Jair Bolsonaro, manteve a agenda prevista para todo o dia.

Diferentemente da barragem de Fundão, e por causa dela, a resposta mais ágil dos governos federal e estadual diante da tragédia em Brumadinho foi fundamental para conter estragos e salvar vidas.

O anuário do setor ferroviário trouxe mais uma boa notícia sobre 2018. Os 569 milhões de toneladas de cargas transportadas em trilhos de 12 concessionárias avaliadas foi o melhor desempenho desde 2006.

Brumadinho foi inundada pela lama, dezenas de mortos, mas nas redes sociais petistas e psolistas só têm olhos para Jean Wyllys.

NO O ANTAGONISTA
Alarme de aviso em Brumadinho
Domingo, 27.01.19 07:22
No início da manhã deste domingo, o alarme de aviso sobre rompimento de nova barragem soou em Brumadinho, relata a Folha.
Segundo os bombeiros, a barragem ainda não rompeu. A sirene foi disparada porque os técnicos avaliaram que há um risco iminente de rompimento da Barragem 6.

Bolsonaro anuncia chegada de profissionais israelenses
27.01.19 07:39
No Twitter, Jair Bolsonaro anunciou neste domingo a chegada de recursos humanitários e profissionais enviados pelo premiê israelense Binyamin Netanyahu.
“São 140 pessoas e 16 toneladas de equipamentos destinados a busca de desaparecidos em Brumadinho.”

Vale em observação
27.01.19 07:51
A S&P colocou a nota de crédito da Vale em CreditWatch (observação) em razão do desastre em Brumadinho.
Segundo a agência, o fato de ter acontecido uma tragédia parecida antes potencializa os riscos para a mineradora.

Vale é culpada, diz AGU
27.01.19 07:28
O novo advogado-geral da União, André Mendonça, afirmou na noite de sábado (26) que Vale é a responsável pelo rompimento da barragem em Brumadinho.
“Há uma responsabilidade pelo que aconteceu. O responsável por isso, pelo risco do próprio negócio, é a empresa Vale. O que precisamos é aguardar as apurações, os levantamentos dos órgãos técnicos, para verificarmos a extensão desse dano e como serão adotadas as medidas de responsabilidade civis, administrativas e criminais que podem haver. Há uma reincidência e, ainda que haja espaço para alguma negociação, não pode ser com os mesmos parâmetros.”

“Esse pessoal está com palhaçada”
27.01.19 07:00
Em sua entrevista ao Estadão, Janaina Paschoal disse que, se os parlamentares do PSL continuarem assim, o resultado será “catastrófico” para o Brasil:
“Tenho a impressão de que ainda não perceberam a seriedade do que é exercer um cargo, a seriedade do momento que a gente está atravessando, a expectativa que o País colocou em cima dessas pessoas. Não foi uma eleição como outra qualquer. Foi uma eleição que veio depois de um sofrimento. E esse pessoal está com palhaçada. É muito grave. Eu não tenho como dizer que não estou preocupada.”
O entrevistador perguntou:
“Quem é esse pessoal que está com palhaçada?”
Ela respondeu:
“Esse momento político é muito determinante para o País. Se esse pessoal que entrou, todos nós, não mostrar diferença, não mostrar o comprometimento com as coisas positivas, com o futuro do País, o resultado catastrófico que isso pode ter é muito grande.”

“Se pegar todo mundo, vamos fechar e começar de novo”
27.01.19 07:30
Janaina Paschoal, em sua entrevista ao Estadão, falou sobre os depósitos de Flávio Bolsonaro:
“Ele já explicou a situação dos tais depósitos. É factível? É factível. Não é ilícito. É diferente. Tanto é que o Coaf indicou uma movimentação atípica, não necessariamente ilícita.”
Ao mesmo tempo, ela desaprovou a chicana a que ele recorreu para se defender:
“Ele tem todo o direito à defesa, a entrar com todas as medidas, mas me parece complicado ver uma reação parecida com a que a foi a do Aécio, com a que é a do Lula até hoje. Com isso eu não estou dizendo que as autoridades sempre tenham razão. Mas eu não endeuso ninguém. ‘É só porque eu sou filho do presidente.’ Não é só, pô. Teve lá um apontamento. Talvez a divulgação seja até excessiva, vamos dizer assim, mas houve um apontamento.”
O entrevistador perguntou o que ela quer saber.
Ela respondeu:
“Se tem fundamento ou não tem fundamento. Por isso é que eu decidi me manifestar. Tem que investigar. O sigilo sobre a investigação não pode haver. Vamos imaginar que haja alguma coisa errada com o senador. Se isso tivesse aparecido antes da eleição, ele provavelmente não teria sido eleito.”
Ela defendeu também que deputados de todos os partidos devem ser investigados:
“Tem também o deputado do PT, que vai ser presidente da Alerj. E a gente não sabe o que tem lá. É um direito da população ter acesso a isso. A minha abordagem é: vamos pegar todo mundo. Se pegar todo mundo, vamos fechar e começar de novo.”

Equipe econômica avança nas conversas com militares
27.01.19 07:08
Integrantes da equipe de Paulo Guedes acreditam que estão perto de chegar a um acordo pela inclusão dos militares na reforma da Previdência.
Segundo a Folha, o próprio Jair Bolsonaro já estaria convencido da necessidade da inclusão de todos na reforma.

A maleabilidade moral de Renan
27.01.19 06:08
“No rol de infortúnios que podem se abater sobre o Brasil, a volta de Renan Calheiros à presidência do Senado figura entre as opções mais nefastas”, diz o Estadão.
O editorial prossegue:
“Renan Calheiros tem história – adere a qualquer governo, ao qual serve até que lhe seja conveniente trocar de bandeira. Num tipo assim só confia quem não tem juízo. Vejamos. Ele, que se aliou ao PT na eleição passada, já fez seus acenos ao governo de Jair Bolsonaro. Recentemente, pôs-se em defesa do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, às voltas com as explicações sobre a movimentação financeira atípica de seu ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz (…).
O tempo da maleabilidade moral e política do senador Renan Calheiros não tem cabimento num Congresso que fez o possível para demonstrar que a política é assunto sério para homens e mulheres de bem.”

Adido militar do governo venezuelano nos EUA rompe com Maduro
Sábado, 26.01.19 20:20
O coronel José Luis Silva, adido militar da Venezuela nos Estados Unidos, afirmou neste sábado que apoia Juan Guaidó como presidente interino de seu país, diz a Reuters.
O rompimento com o ditador Nicolás Maduro foi anunciado na embaixada da Venezuela em Washington.

Justiça bloqueia R$ 5 bilhões da Vale
26.01.19 16:50
A Justiça de Minas determinou neste sábado o bloqueio R$ 5 bilhões da Vale.
Antônio Sérgio Tonet, procurador-geral do estado, havia protocolado mais cedo uma ação cautelar contra a mineradora.
De acordo com Tonet, o objetivo do bloqueio é garantir o custeamento de despesas ambientais.
Ontem, a Justiça já havia determinado o bloqueio de R$ 1 bilhão da Vale. Com a nova decisão, o total bloqueado das contas da mineradora chega a R$ 6 bilhões.

Governo de Minas multa a Vale em R$ 99 milhões
26.01.19 19:55
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas multou a Vale em R$ 99 milhões de reais após rompimento da barragem em Brumadinho.
A mineradora será notificada na próxima segunda-feira e terá 200 dias para recorrer.

Vale atualiza lista de desaparecidos
26.01.19 19:13
Na manhã deste sábado, a Vale divulgou uma lista com 412 nomes de possíveis vítimas da tragédia em Brumadinho que não tinham sido contatadas.
O balanço foi atualizado. A última lista, divulgada no final da tarde de hoje, tem 252 nomes de funcionários desaparecidos.

Número de mortos em Brumadinho chega a 34
26.01.19 18:04
Segundo novo balanço do Corpo de Bombeiros, chegou a 34 o número de mortes confirmadas até o momento em Brumadinho.
O total supera o número de vítimas de Mariana, quando 19 pessoas morreram.

Moro se pronuncia sobre ameaças a Jean Wyllys
26.01.19 17:55
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, lamentou neste sábado a decisão de Jean Wyllys de sair do País e negou que houve omissão por parte das autoridades com relação às denúncias de ameaças ao parlamentar.
Em nota, Moro afirmou que, ao longo de 2017 e de 2018, a Polícia Federal instaurou diversos inquéritos para apurar as ameaças.
Segundo o ministro, ainda há investigações em andamento e um dos autores das ameaças, membro do grupo “Homens Sanctos”, foi preso no ano passado.
Moro também disse repudiar a conduta daqueles que “se servem do anonimato da Internet para covardemente ameaçar qualquer pessoa e em especial por preconceitos odiosos”.

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