PRIMEIRA EDIÇÃO DE SÁBADO, 19 DE JANEIRO DE 2019

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 19 DE JANEIRO DE 2019

A “exportação de bens e serviços” custeada pelo Tesouro Nacional via BNDES foi criada pelo governo FHC, em 1998, para driblar a exigência constitucional de submeter ao Senado financiamentos no exterior com dinheiro público. Mas a invenção da tecnocracia tucana foi sofisticada nos governos do PT, com o “crime perfeito” de financiar ditaduras sem órgãos de controle, tipo TCU, que resultou na chocante ‘lista BNDES’, divulgada nesta sexta (18), de obras no exterior com dinheiro público.

O Tesouro Nacional passou a financiar obras bilionárias lá fora, a juros irrisórios e carência de mais de vinte anos, em contratos secretos.

A única condição imposta às ditaduras financiadas era a obra ser feita por empreiteira brasileira, e sem licitação. Quase sempre, a Odebrecht.

O valor saía do Tesouro, fazia “pit-stop” no BNDES e acabava na conta da empreiteira no Brasil, em reais. Sem passar pelo crivo do Senado.

A lista do “crime perfeito”, com dinheiro do BNDES, saiu nesta sexta (18). Só a Odebrecht, empreiteira favorita de Lula, levou R$18 bilhões.

É criminosa a manobra de sindicalistas para “compensar” a perda de receita após a reforma trabalhista. Ameaçam excluir dos benefícios obtidos em negociações, inclusive reajustes, os trabalhadores que não pagam imposto ou “contribuição” sindical. A medida imaginada pelos pelegos é inconstitucional e não resistiria à Justiça, mas a tentativa de extorsão revela o tipo de gente que controla o movimento sindical.

A lei que instituiu a reforma trabalhista determina que a cobrança só pode ser feita com a prévia autorização de cada trabalhador.

Os pelegos, que construíram fortunas pessoais com os R$3,5 bilhões anuais do imposto obrigatório, alegam que perderam 90% da receita.

Muitos sindicatos viraram forma de achacar incautos e tornar vigaristas milionários. O Brasil tem hoje 93% de todos os sindicatos do mundo.

O presidente Jair Bolsonaro saiu do seu gabinete, no 3º andar, e deu um rolê no 4º andar do Planalto, sexta, na hora do almoço. Sorridente, entrou em salas, abraçou servidores e fez selfies. Parou o andar.

A líder do MDB no Senado, Simone Tebet, convocou a bancada para definir no dia 29 o candidato do partido a presidente da Casa. Renan Calheiros (AL), que não teve votos nem para permanecer na liderança, da qual foi destituído, terá um encontro com a realidade.

Na visita do argentino Macri, Bolsonaro inaugurou o teleprompter e se deu mal. O brinquedo projeta o discurso em uma lâmina de vidro para o orador fingir que fala de improviso. Mas fingimento não é seu forte.

É vergonhosa a anistia do governador Renato Casagrande (PSB-ES) dos que participaram do criminoso motim que matou 130 pessoas em 2017. Garantiu a impunidade, premiou o crime e criou o precedente.

Governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) desistiu de algumas medidas após exercício de humildade: concluiu que sua ideia ou o momento não eram adequados. Não dá ouvidos a críticos, mas a Lao-Tsé: “O homem que erra uma vez e não corrige está errando pela segunda vez”.

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica deu péssima notícia para os consumidores. A previsão de preço médio em 2019, que havia caído de R$ 142,53/MWh para R$ 110,14, subiu para R$ 185,28.

Exatas 20.099 pessoas e 5.432 residências estão na área de risco no bairro do Pinheiro (Maceió), onde se registram acomodação do solo e rachaduras. Na área vermelha, 1.824 pessoas correm risco de tragédia.

Partidos políticos recebem do Estado brasileiro quase R$800 milhões a título de “fundo partidário”, R$ 110 milhões de multas eleitorais e, a cada 4 anos, quase R$ 2 bilhões do fundão eleitoral de campanhas.

NO DIÁRIO DO PODER
FURA-OLHO
Dilma ‘deu corda’ para Lava Jato implicar Lula, diz Palocci em delação 
Segundo Palocci, havia 'ruptura' e havia dois grupos distintos dentro do PT  
Da Redação 
Sexta-feira, 18/01/2019 às 20:29 | Atualizado às 21:15
O ex-ministro Antonio Palocci, delator da Operação Lava Jato, relatou que a ex-presidente Dilma Rousseff  “deu corda para o aprofundamento das investigações” da operação Lava Jato para implicar o ex-presidente Lula. Segundo Palocci, havia uma “ruptura” entre Lula e Dilma e dois grupos distintos tinham sido formados dentro do PT. Ele diz que a “briga” entre os dois começou com a indicação de Graça Foster para a presidência da Petrobras. A nomeação de Graça, segue Palocci, representava “meios de Dilma inviabilizar o financiamento eleitoral dos projetos de Lula retornar à Presidência”. O ex-ministro relatou que, naquele momento, Dilma tentava se afastar do controle de Lula. ”Deve ser relembrado que [o ex-presidente da estatal Sérgio] Gabrielli era íntimo de Lula, ao passo que Graça era íntima de Dilma. Não havia qualquer intimidade entre Lula a Graça e a relação entre Dilma e Gabrielli comportava permanentes atritos.” 
Palocci afirma que, com o avanço da Lava Jato, a única preocupação de Lula era preservar a própria imagem. Lula “relembrava que Dilma era a presidente do Conselho de Administração da estatal na época de grande parte dos fatos apurados”. O ex-ministro diz que chegou a perguntar ao ex-presidente: “Por que você não pega o dinheiro de uma palestra e paga o seu tríplex?”. E que Lula teria respondido que um apartamento na praia não caberia em sua biografia. As informações estão em um dos termos de colaboração da delação fechada por Palocci com a Polícia Federal de Curitiba. O depoimento foi anexado ao inquérito da PF sobre a Usina de Belo Monte.(Folhapress)

NO O ANTAGONISTA
MOTORISTAS DE PALOCCI CONFIRMAM ENTREGA DE PROPINA A LULA
Sábado, 19.01.19 06:52
Dois motoristas de Antonio Palocci, em depoimentos prestados em 30 de agosto de 2018, confirmaram à Lava Jato as “entregas de valores” para Lula.
Diz o Estadão:
“Carlos Alberto Pocento e Claudio de Souza Gouveia, ex-motoristas do ex-ministro Antonio Palocci, corroboraram, em depoimento, com as declarações do delator sobre supostas entregas de dinheiro ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Eles narraram à Polícia Federal ‘entregas de valores’ e de caixas de whisky ao petista, que era chamado por Palocci de ‘barba’, no aeroporto de Brasília e na sede do Instituto Lula.
Um dos motoristas de Palocci, Claudio de Souza Gouveia, respondeu à PF ‘que foram muitos os episódios em que o depoente conduziu Antonio Palocci Filho até a base aérea de Brasília/DF para levar objetos, presentes, mimos a Lula’ (…).
Segundo Gouveia, em ‘muitos desses episódios, Palocci deixava apenas os objetos com Lula no terminal ou no avião e, após alguns minutos, voltava ao carro’ (…).
’Em algumas oportunidades, Palocci informava que estava carregando documentos, ao mesmo tempo que sinalizava, quando pronunciava a palavra documentos, gesto que sinalizava dinheiro, feito com o dedão e o indicador da mesma mão’.
Já Carlos Alberto Pocento diz que ‘em oportunidades diferentes em que o depoente levou Antonio Palocci Filho e Branislav Kontic à sede do Instituto Lula, ouviu afirmações proferidas por Palocci para Branislav relacionadas a valores para o barba’.
Indagado pelos investigadores sobre quem seria o personagem identificado por barba, ele ‘respondeu que, pelo contexto em que os assuntos eram tratados, referia-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva’”.

Interlocutores de Bolsonaro cobram explicação de Flávio
19.01.19 07:44
Interlocutores de Jair Bolsonaro cobraram na noite de sexta-feira que Flávio Bolsonaro explique os depósitos em dinheiro feitos em sua conta entre junho e julho de 2017.
Para esses assessores, as denúncias são parte de uma campanha para atingir a família e o governo Bolsonaro, relata o Estadão.
“Na noite desta sexta, depois da divulgação do relatório do Coaf citando movimentações suspeitas na conta de Flávio, auxiliares do presidente avaliavam que o parlamentar deveria se explicar o mais rápido possível para evitar uma ‘sangria’ política do governo, principalmente às vésperas da viagem de Bolsonaro a Davos para participar do Fórum Econômico Mundial.”

MP apura lavagem de dinheiro
19.01.19 07:37
A investigação sobre Fabrício Queiroz apura a suspeita de lavagem de dinheiro – ou “ocultação de bens, direitos e valores” – no gabinete de Flávio Bolsonaro.
É o que mostram os autos do procedimento de investigação criminal, obtidos pelo Estadão.
O promotor não pediu informações ao Coaf apenas sobre o filho do presidente. Ele pediu informações também sobre Fabrício Queiroz e mais sete funcionários do gabinete, de 2007 até hoje.
O primeiro relatório do Coaf cobria somente um ano, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017.
Vem mais coisa por aí.

O espírito do Coaf
19.01.19 07:10
Técnicos do Coaf e integrantes do Ministério Público ficaram irritados com a alegação de Flávio Bolsonaro de que dados do Conselho foram repassados de forma ilegal.
“A estratégia do filho do presidente acionou o espírito de corpo dos órgãos”, diz a Folha.
Segundo os procuradores, as instituições financeiras são obrigadas a informar movimentação atípica ao Coaf e o órgão, por sua vez, deve relatar os casos ao Ministério Público.

Silêncio no grupo do PSL
19.01.19 06:59
Depois que o Jornal Nacional revelou o relatório do Coaf sobre depósitos na conta de Flávio Bolsonaro, o grupo de WhatsApp do PSL ficou em silêncio.
Segundo a Folha, deputados da sigla perceberam também “uma guinada nas redes sociais. Nos últimos dias, houve aumento da cobrança sobre a investigação.”

O caixa da Alerj
19.01.19 06:05
“Todos os depósitos na conta de Flávio Bolsonaro aconteceram em um caixa eletrônico da agência localizada dentro da Alerj”, diz O Globo.
“No dia 27 de junho de 2017, 20 mil reais entraram na conta do senador eleito em três minutos, divididos em dez depósitos de 2 mil reais. No dia 13 de julho, foram 30 mil reais em seis minutos, repartidos em 15 depósitos de dois mil.”
O relatório do Coaf sobre Flávio Bolsonaro foi pedido pelo MP em 14 de dezembro e entregue no dia 17 – um dia antes que ele fosse diplomado, portanto.

Flávio Bolsonaro: “Não estou me escondendo atrás de foro”
Sexta-feira, 18.01.19 22:05
Na entrevista à Record, Flávio Bolsonaro disse que não caberia ao Ministério Público investigá-lo sem submeter ao Supremo — em razão do foro privilegiado de senador diplomado — a definição sobre qual instância do Judiciário deveria cuidar do caso.
“Eu sou o maior interessado em esclarecer isso tudo. Quer dizer que só porque sou filho do presidente, a lei não vale para mim? Eu não quero privilégio nenhum, nunca usei das prerrogativas de deputado para nada. Agora eu quero ser tratado dentro da lei e da Constituição. Não estou me escondendo atrás de foro nenhum.”
A entrevista de Flávio à Record ocorreu no mesmo dia em que Jair Bolsonaro recebeu executivos da emissora em seu gabinete em Brasília.
Como mostrou a Crusoé, o presidente se reuniu com o CEO da empresa, Marcos Vinicius Vieira, o presidente da RecordTV, Luiz Cláudio Costa, e o vice-presidente de jornalismo, Antônio Guerreiro.

Opositor venezuelano se reúne com Moro
18.01.19 21:30
Em visita ao Brasil, o presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela no exílio, Miguel Ángel Martín, reuniu-se com Sérgio Moro hoje, registra a Folha.
Martín, que também foi recebido por Jair Bolsonaro ontem, pediu ao ministro da Justiça que o Brasil utilize uma convenção internacional para aplicar sanções contra agentes e bens ligados ao ditador Nicolás Maduro.
O encontro foi mais um da série de reuniões que líderes opositores venezuelanos tem mantido com autoridades brasileiras para pedir que o governo Bolsonaro reforce a pressão internacional contra Maduro.
Moro ouviu as demandas dos venezuelanos, mas não esclareceu se o Ministério da Justiça pretende adotar esse tipo de ação.

“É caso de criminalização”, diz Santos Cruz sobre verba pública para imprensa amiga
18.01.19 21:07
Claudio Dantas entrevistou com exclusividade o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo.
Dentre suas atribuições, estão a comunicação institucional, o programa de investimentos e o relacionamento com governadores e prefeitos.
Santos Cruz, para quem a “corrupção é crime organizado”, disse que a diretriz de Jair Bolsonaro é dar “transparência total” aos atos de governo.
Ele também defendeu a imprensa livre e condenou o uso de verba pública para comprar apoio de veículos de comunicação.
“Utilizar dinheiro público para defender projeto de poder, para corromper, pressionar (…) Isso é absurdo, é mau uso de dinheiro público, é caso de criminalização!”, afirmou.
O general, que determinou uma reestruturação da EBC, espera “fazer uma coisa bem simples, limpa, honesta, sem nenhum cheiro de desperdício.”

DINHEIRO DA ODEBRECHT BANCOU DOSSIÊS, DIZ PALOCCI
18.01.19 21:05
Antonio Palocci contou na delação premiada que, em 2009, obteve de Marcelo Odebrecht uma doação não declarada de R$ 10 milhões para o PT. O dinheiro seria destinado a “atividades preparatórias” para a campanha de 2010 que incluíam a elaboração de dossiês.
Segundo o ex-ministro, parte do dinheiro foi usada para “pagamento de grupos de jornalistas que já atuavam, anteriormente recrutados por Fernando Pimentel [ex-prefeito de BH e que no ano seguinte seria nomeado ministro de Dilma Rousseff] na chamada ‘Casa 5’, resumidamente explicada como uma casa para preparação de dossiês”.

Michelle diz que não pediu autorização a Bolsonaro para discurso
18.01.19 20:45
Na entrevista que deu ao “Domingo Espetacular”, que irá ao ar neste fim de semana, Michelle Bolsonaro afirma que manteve em segredo até do marido o discurso que faria na cerimônia de posse.
Jair Bolsonaro, segundo a primeira-dama, soube da iniciativa pouco antes do evento. “Eu não pedi, eu comuniquei”, disse Michelle sobre seu discurso em libras.
Foi a primeira vez em que a mulher de um presidente da República discursou durante a cerimônia de posse.
A entrevista deve ir ao ar às 21h40 deste domingo.

Okamotto nega acusações de Palocci
18.01.19 20:22
A defesa de Paulo Okamotto enviou nota em que rebate as acusações feitas por Antonio Palocci em sua delação premiada:
“Não houve qualquer recebimento em espécie de Palocci e nem as delações da Odebrecht nunca afirmaram tal fato. Delações em troca de liberdade decorrem de negociações escusas em troca de liberdade. Okamotto já foi julgado e absolvido pela Lava-Jato”, afirma o advogado Fernando Augusto Fernandes.

PALOCCI: DILMA DEU CORDA PARA LAVA JATO SUFOCAR LULA
18.01.19 19:41
Antonio Palocci contou na delação premiada que os conflitos entre Lula e Dilma Rousseff pela propina chegaram ao ponto de a ex-presidente dar “corda” para o aprofundamento das investigações da Operação Lava Jato sobre o antecessor.
“A respeito da ruptura entre Lula e Dilma, recorda-se o colaborador que, durante o crescimento da Operação Lava Jato, Dilma deu corda para o aprofundamento das investigações, uma vez que isso sufocaria e implicaria Lula.”
O presidiário de Curitiba dava o troco:
“Por sua vez, Lula, em movimento reverso, relembrava que Dilma era a presidente do Conselho de Administração da estatal [Petrobras] na época de grande parte dos fatos apurados, lembranças estas que fazia em diversas reuniões no Instituto [Lula] na presença de dezenas de pessoas.”
Adiante, Palocci deixa claro o que estava por trás da ruptura:
“Esse momento de ruptura se caracterizava por um ex-presidente dominante que queria controlar o governo de sua indicada e preparar sua volta à Presidência, sendo que isso exigia um controle do financiamento lícito e ilícito do seu instituto e do PT, ao passo que a presidente lutava pela renovação de seu próprio mandato.”

Dilma nega ter ‘dado corda’ à Lava Jato contra Lula
18.01.19 20:00
Dilma Rousseff acaba de divulgar nota sobre o que chamou de “supostas declarações” de Antonio Palocci em sua delação negociada com a PF.
Leia a íntegra da suposta nota do poste de Lula:
“Mais uma vez, o senhor Antonio Palocci mente em delação premiada, tentando criar uma cortina de fumaça porque não tem provas que comprometam a idoneidade e a honra da presidenta Dilma.
É fantasiosa a versão de que ela teria ‘dado corda’ para a Lava Jato ‘implicar’ Lula. Isso não passa de uma tentativa vazia de intrigá-la com o presidente Lula.
Na verdade, a delação implorada de Palocci se constitui num dos momentos mais vexaminosos da política brasileira, porque revela o seu verdadeiro caráter.”

“UM APARTAMENTO NA PRAIA NÃO CABE EM MINHA BIOGRAFIA”
18.01.19 19:57
Na delação premiada, Antonio Palocci disse que “o financiamento ilícito e contribuições empresariais não causavam o menor constrangimento” a Lula, cuja “única preocupação era preservar sua própria imagem, afastando-se deliberadamente dos momentos de ilicitudes e sistematicamente construindo versões que o isentavam de qualquer malfeito”.
O ex-ministro narrou que, certa vez, perguntou a Lula por que ele não pegou o dinheiro que recebeu por uma de suas “palestras” para pagar o triplex que ganhou da OAS como propina.
“Respondeu ele: um apartamento na praia não cabe em minha biografia”
“Lula, inclusive, sabia que ao manter distância das operações financeiras ilícitas, teria que suportar eventuais desvios, aproveitamentos pessoais e até enriquecimento de colaboradores próximos e pessoas de sua confiança que atuavam na área de arrecadação ilegal; que Lula sabia que esse era o preço necessário e razoável a se pagar; que, para Lula, ao manter distância e fechar os olhos para ilicitudes, tapava também os olhos da Justiça para seus próprios bens.”

Em nota, Lula nega acusações de Palocci
18.01.19 19:24
A assessoria de imprensa do hóspede da PF em Curitiba acaba de divulgar nota negando as acusações de Antonio Palocci em sua delação premiada, registra o G1.
Como O Antagonista publicou em uma sequência de posts, o ex-ministro da Fazenda relatou entregas de propina da Odebrecht, em dinheiro vivo, ao então presidente.
Leia a íntegra da nota de Lula:
“A Lava Jato tem quase 200 delatores beneficiados por reduções de pena. Para todos perguntaram do ex-presidente Lula. Nenhum apresentou prova nenhuma contra o ex-presidente ou disse ter entregue dinheiro para ele. Antonio Palocci, preso, tentou fechar um acordo com o Ministério Público inventando histórias sobre Lula. Até o Ministério Público da Lava Jato rejeitou o acordo por falta de provas e chamou de ‘fim da picada’.
Mas o TRF-4 decidiu validar as falas sem provas de Palocci, que saiu da prisão e foi para casa, com boa parte de seu patrimônio mantido em troca de mentiras sem provas contra o ex-presidente. O que sobra são historinhas para gerar manchetes caluniosas.
Todos os sigilos fiscais de Lula e sua família foram quebrados sem terem sido encontrados valores irregulares. Há outros motoristas e outros sigilos que deveriam ser analisados pelo Ministério Público, que após anos segue sem conseguir prova nenhuma contra Lula, condenado por ‘atos indeterminados’. Curiosa a divulgação dessa delação sem provas justo hoje quando outro motorista ocupa o noticiário”.

O JOGO DUPLO DE ANDRÉ ESTEVES, SEGUNDO PALOCCI
18.01.19 18:57
Antonio Palocci contou na delação premiada que o banqueiro André Esteves, dono do BTG e sócio da Sete Brasil, atuava nos dois lados da “briga política” entre Lula e Dilma Rousseff pelo controle da empresa, geradora de propina na venda de navios-sondas para a Petrobras.
“Em 2012, após a nomeação de Graça Foster, André Esteves adotava uma postura bastante dissimulada junto aos dois grupos políticos do PT que se formavam, encabeçados por Lula e Dilma; que, junto a Graça Foster, André Esteves tinha a conduta de aceitar sua posição de demitir João Ferraz da presidência da Sete Brasil; que, ao mesmo tempo que André Esteves buscava se aliar aos interesses da Petrobras e, assim, controlar conjuntamente a Sete Brasil, André Esteves também desejava agradar os interesses de Luiz Inácio Lula da Silva; que, por tal motivo, junto a Lula, André Esteves defendia a permanência e o fortalecimento de Ferraz no controle da Sete Brasil”.
Ferraz permaneceu no comando da Sete Brasil por mais dois anos; foi demitido em 2014 por Graça Foster logo após Palocci dizer a Esteves que não operaria mais o repasse de propina da empresa para Lula, segundo o relato da delação premiada.

Bolsonaro assina MP do pente-fino no INSS
18.01.19 18:35
Jair Bolsonaro assinou hoje uma MP que revê regras previdenciárias e tem como objetivo fazer um pente-fino em todos os benefícios pagos pelo INSS.
“Para viabilizar a operação, a MP estabelecerá o pagamento de um bônus de R$ 57,50 a técnicos e analistas do seguro social que identificarem irregularidades em aposentadorias e pensões”, explica a Folha.
O pente-fino mira principalmente a pensão por morte, a aposentadoria rural e o auxílio-reclusão, e as novas regras visam corrigir distorções legais que abrem brechas para pagamentos considerados indevidos.
Estima-se que a MP renda uma economia de R$ 9,8 bilhões em 12 meses. É um total ínfimo, porém, diante do déficit da Previdência – apenas 4,45% do rombo de R$ 220 bilhões previsto para 2019.

Lista dos ’50 do BNDES’ tem 23 investigados
18.01.19 18:25
Da lista dos 50 maiores clientes divulgada pelo BNDES hoje, 23 se envolveram em investigações originadas pela Lava Jato, constata Crusoé.
Além da Petrobras, vítima dos crimes apurados originalmente pela operação, Odebrecht e Andrade Gutierrez estão na lista.

Marco Aurélio reitera que deve manter investigação sobre Fabrício Queiroz
18.01.19 18:14
Marco Aurélio Mello reiterou que deverá rejeitar o pedido de Flávio Bolsonaro para impedir as investigações sobre seu ex-assessor Fabrício Queiroz, suspensas anteontem por Luiz Fux, com base no foro privilegiado do senador eleito.
Ao Estadão, disse que a decisão sai no dia 1º de fevereiro e lembrou de outras decisões em que negou seguimento (arquivou o pedido) “porque o investigado não teria a prerrogativa de ser julgado pelo STF”.
“Não haveria usurpação [da competência do STF]”, disse o ministro ao jornal. “O processo não tem capa, tem conteúdo. Não se pode dar uma na ferradura, e outra no cravo. Ou seja: o procedimento tem de ser único. A lei vale para todos, indistintamente. Isso é república, é democracia”.

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