PRIMEIRA EDIÇÃO DE SÁBADO, 05 DE JANEIRO DE 2019

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 05 DE JANEIRO DE 2019

Ao apoiar a reeleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara, o deputado Luciano Bivar (PR), presidente nacional do PSL, estragou os planos das raposas políticas do “centrão”, de partidos como PP e MDB. Eles vinham mantendo Rodrigo Maia em “banho maria” para arrancar dele o máximo, na reta final. E deixar a bancada do PSL “chupando o dedo”; uma jogada do “centrão” para continuar controlando a Câmara.

Deputados de todos os partidos fazem romaria ao gabinete de Onyx Lorenzoni (Casa Civil), ex-deputado, e de lá saem com uma única queixa: o monopólio do DEM no governo Bolsonaro. Eles acham que a articulação política a cargo do ministro, que foi deputado do DEM-RS, beneficia o partido que nasceu Arena, virou PSD e depois PFL, até a infeliz ideia do marqueteiro Antonio Lavareda de transformá-lo em DEM ou Democratas ou “Demo”, como jocosamente chamam os adversários.

O presidente Jair Bolsonaro fará História, reduzindo a alíquota do imposto de renda de 27,5% para 25%, revertendo a lógica de todos os antecessores que só pensavam naquilo: aumento de tributos.

O chanceler Ernesto Araújo viajou para Lima, no Peru, para participar do encontro do chamado “Grupo de Lima”, que ontem decidiu não reconhecer a “reeleição” do ditador Nicolás Maduro. Mandou bem.

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, considerou “muito positivo” o encontro com o presidente Jair Bolsonaro e se considera otimista com os próximos passos do Brasil e também da OMC, tanto no comércio bilateral, quanto multilateral.

A capitão Carla Borges não vai estrear no comando do avião presidencial de Jair Bolsonaro. Ela compõe a equipe de comandantes desde 2016 e passou a pilotar o Airbus em março, para Michel Temer.

Entre janeiro e novembro de 2018, os cartões corporativos do governo federal fizeram despesas superiores R$40,6 milhões. Eles gastam, a gente paga. O governo Bolsonaro ainda não fala em acabar a farra.

A lorota de “cem dias de ‘lua de mel’” entre presidentes e a população começou com a comparação com os 100 primeiros dias de Franklin D. Roosevelt nos EUA, em 1933, que aprovou 76 leis no Congresso.

NO O ANTAGONISTA
O pente-fino de Bolsonaro na publicidade governamental
Sábado, 05.01.19 07:41
Jair Bolsonaro já iniciou o pente-fino na publicidade governamental.
Diz o Estadão:
“A Secretaria de Comunicação Social da Presidência disparou um ofício nesta sexta-feira, 4, para as assessorias de imprensa dos ministérios. Nele, pede que preencham uma planilha com informações sobre os contratos de publicidade.
São solicitados, por exemplo, dados sobre o objeto específico das contratações, a empresa prestadora de serviço, a data de assinatura e a vigência do acerto, principais produtos entregues, além do valor e de quantas prorrogações ainda podem ser feitas.”
Como registramos ontem, Jair Bolsonaro também divulgou no Twitter economia de R$ 1,4 milhão ao lançar a nova identidade visual do governo pelas redes sociais, em vez dos “canais tradicionais de TV”.

Rodrigo Maia tenta reconquistar apoio de PP e MDB
05.01.19 07:21
Rodrigo Maia almoçou na última sexta-feira com dirigentes do PR, PRB, PPS, PSD, Solidariedade e Podemos.
Segundo a Folha, eles definiram metas para trazer PP e MDB de volta ao bloco que apoia a reeleição de Maia na presidência da Câmara.
“O almoço reuniu as cúpulas partidárias. Nomes como Valdemar Costa Neto (PR), Marcos Pereira (PRB), Gilberto Kassab (PSD) e Paulinho da Força (SD). Integrantes do PP e do MDB que foram surpreendidos pelo acordo de Maia com o PSL tentam articular um bloco para fazer oposição ao democrata ao lado da esquerda.”

O desconforto de Bolsonaro
05.01.19 07:20
O Antagonista publicou ontem que a reforma previdenciária foi motivo de embate entre Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (releia aqui).
O Globo, neste sábado, confirmou que, durante a reunião ministerial, o presidente demonstrou “desconforto” e “dificuldade em aceitar uma proposta mais abrangente.”
O relato foi feito por “uma fonte a par do assunto” (traduzindo: um ministro).

Bolsonaro x Bolsonaro
05.01.19 07:08
Técnicos do Ministério da Economia ficaram alarmados com as mudanças na Previdência propostas por Jair Bolsonaro em sua entrevista ao SBT.
Os números apresentados pelo presidente não batem com os estudos que estão na mesa e que serão apresentados ao Planalto. O anúncio de aumento do IOF também instalou um clima de apreensão na equipe.
Diz a Folha:
“Aliados do presidente dizem que o episódio desta sexta-feira (4) deixou claro que Bolsonaro ‘precisa ser protegido’, inclusive dele mesmo.”

“Meio maluco”
05.01.19 06:59
Em vez de vetar as regalias fiscais para o Norte e para o Nordeste, Jair Bolsonaro sancionou-as e, ainda por cima, prometeu um aumento do IOF para compensar o gasto.
Gustavo Loyola disse para a Folha de S. Paulo:
“Responder a um ato irresponsável do Congresso Nacional com mais imposto não me parece razoável. Me parece meio maluco. Aumentar impostos vai contra o discurso do governo de que o País tem uma carga tributária alta.”
Sérgio Vale concordou:
“O presidente tem falado coisas que não deveriam estar na proposta final e, em apenas três dias, houve muita divergência. Acho preocupante o que pode acontecer nas conversas para a Previdência.”
Jair Bolsonaro foi desmentido por sua equipe, mas é claro o estrago na credibilidade do governo já havia sido feito com a assinatura do decreto.

O recuo de Bolsonaro
05.01.19 06:46
É preciso 'despetizar' Jair Bolsonaro.
O Globo, em editorial, tratou de seu discurso petista sobre a reforma previdenciária:
“Bolsonaro não pode ensaiar recuos antes da negociação propriamente dita com um Congresso que só será instalado em fevereiro (…).
Ele se diz preocupado com o fato de, ‘no Piauí’, a expectativa de vida ser de ‘69 anos’. Além de desinformação, mostrou ter sido vítima da campanha marota das corporações de privilegiados que combatem os limites de idade em nome ‘do povo’.
Ora, o mesmo povo, que raramente consegue ter emprego formal contínuo, só se aposenta, em sua maioria, aos 65 anos de idade, porque costuma não atingir o requisito mínimo para a aposentadoria por tempo de contribuição (…).
Bolsonaro também não pode baixar a guarda e admitir, como fez, que a complementação de sua reforma ficará para o sucessor. Significa dizer que não conseguirá o melhor possível. Declara-se derrotado previamente.”

Brasil e mais 12 países não reconhecerão novo mandato de Maduro
Sexta-feira, 04.01.19 21:10
Brasil, Peru, Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá e Paraguai decidiram hoje que não vão reconhecer o governo da Venezuela se Nicolás Maduro assumir um novo mandato em 10 de janeiro.
Este mandato não resulta de uma eleição legítima”, disse à TV Globo o novo chanceler brasileiro Ernesto Araújo, que participou da reunião do grupo em Lima — o México do esquerdista Andrés Manuel López Obrador se recusou a assinar.
“Espero que o Maduro examine sua consciência e veja que é uma oportunidade que ele tem de deixar o poder com um mínimo de dignidade, talvez, se é que ainda existe, e que pare o sofrimento do povo venezuelano que está sendo oprimido por uma ditadura”, acrescentou.



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