SEGUNDA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Governo Bolsonaro recruta deputados que não foram reeleitos
Segunda-feira, 17.12.18 11:05
Danilo Forte (PSDB do Ceará), Leonardo Quintão (MDB de Minas Gerais), Alberto Fraga (DEM do Distrito Federal) e Carlos Manato (PSL do Espírito Santo), por exemplo, não foram reeleitos.
Mas o governo Bolsonaro garantirá um lugarzinho para eles em Brasília: todos esses derrotados nas urnas ajudarão Onyx Lorenzoni na articulação política.

Os sindicalistas de toga querem garantir, pelo menos, mil reais por mês
17.12.18 10:58
Como registramos, o CNJ vai discutir amanhã, na última sessão do ano, a regulamentação do auxílio-moradia.
A Folha diz que associações de juízes e procuradores levaram ao debate três propostas para retomar o benefício.
“Duas estendem o benefício a todos os integrantes das categorias, com valor menor do que o pago nos últimos anos. A terceira restringe o acesso ao penduricalho.”
Uma das sugestões, acrescenta o jornal, é garantir o benefício para todos com valor fixo a ser determinado, de no mínimo R$1.000, “para compensar o desconto maior de Imposto de Renda que eles terão com o reajuste aprovado em novembro”.

Evangélica, mulher de Bolsonaro se incomoda com imagens sacras no Alvorada
17.12.18 10:32
Obras de arte com imagens sacras serão transferidas do Palácio da Alvorada, onde Jair Bolsonaro vai morar com a família, para o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente.
A Folha informa que a mudança foi um pedido de Michelle Bolsonaro, que é evangélica.

Battisti, procurado por ser italiano
17.12.18 09:45
O terrorista foragido Cesare Battisti continua a não ser chamado de terrorista pela imprensa.
Antes, ele era o “ex-ativista”. Agora, os editores de jornais e TV o chamam de “italiano” — como o Antonio Palocci da planilha da Odebrecht.
Aos leitores e espectadores desavisados, o terrorista Cesare Battisti foi condenado na Itália por ser italiano.

As necessidades milionárias de João de Deus
17.12.18 09:38
João do Pênis movimentou 35 milhões de reais das suas contas, depois que começaram a denunciá-lo.
O seu advogado disse que não se tratava de tentativa de ocultar patrimônio. Que ele havia baixado essa fortuna de aplicações financeiras, para “fazer frente” a suas necessidades.
Necessidades jurídicas?

A desmoralização do Senado
17.12.18 09:18
O Estadão, em editorial, ataca Renan Calheiros (e O Antagonista concorda, é claro):
“A desmoralização do Senado perante a sociedade, caso Renan Calheiros volte a ocupar a cadeira de presidente da Casa, atingiria um patamar inimaginável, com consequências imprevisíveis para o bom andamento dos trabalhos do Poder Legislativo (…).
O povo brasileiro optou por olhar para o futuro, o que implica o imediato abandono de práticas e negociações que remetem ao atraso. O Senado não pode ficar alheio a esse desejo manifestado nas urnas e chancelar o absurdo representado pela presidência da Casa nas mãos de uma figura como Renan Calheiros ou por um senador do PT como bom zelador da ética de seus pares. Isso seria uma provocação desnecessária à maioria do povo brasileiro, que já disse o que pensa sobre o partido nas urnas, em 2016 e agora em 2018.”

NO BLOG ALERTA TOTAL
Segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
Brigas que Bolsonaro vai comprar ou não
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
Pode se preparar para aguentar a gritaria midiática e artística de transnacionais ambientalistas como a norueguesa Norad, a britânica Oxfam, The Nature Conservancy e o Greenpeace – que formam a tal de Amazon Aliance – controladora de uma picaretagem chamada Conselho Indígena de Roraima (CIR).
Um dos primeiros atos do governo Jair Bolsonaro será um decreto revendo a criação da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol. As ONGs têm olho gordo na região porque ela tem a maior reserva de nióbio e a segunda maior reserva de urânio do Planeta. Também tem muito ouro, estanho, diamante, zinco, caulim, ametista, cobre, diatomito, barita, molibdênio, titânio e calcário.
A Raposa do Sol fica próxima de um dos maiores campos de petróleo da Venezuela. A reserva foi uma estupidez homologada em 2015. A reserva de 1,7 milhão de hectares arrasou com a economia do estado de Roraima – que hoje é invadido por venezuelanos desesperados com a 'democradura' do Nicolas Maduro. Por isso, rever a situação da Raposa Serra do Sol é uma decisão estratégica que Bolsonaro tomará de imediato.
Ontem, o presidente eleito se viu forçado a anunciar que não comprará uma briga polêmica - colocada em pauta por seu filho, o deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Bolsonaro pai advertiu, via Twitter, que não vai tratar da implantação da pena de morte no Brasil: "Além de tratar-se de cláusula pétrea da Constituição, não fez parte de minha campanha. Assunto encerrado antes que tornem isso um dos escarcéus (sic) propositais diários".
Bolsonaro só pretendia retornar a Brasília no dia 29, pertinho da posse. No entanto, preferiu priorizar o alinhamento do discurso de sua futura equipe de governo, para evitar factóides e polêmicas inúteis. Bolsonaro agendou para a próxima quarta-feira (19), às 10 horas, a primeira reunião com seus 22 indicados para os ministérios. O freio de arrumação e lavagem de alguma roupa suja fora de hora acontecerá na sede do Governo de Transição, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. 
Será uma excelente oportunidade para Bolsonaro fechar qual será sua agenda de começo de governo. Muita coisa pode ser antecipada para tranquilizar os nervosos deusinhos do mercado. No entanto, muita decisão deve ser mantida em sigilo, e só anunciada na hora certa, para que não ocorra sabotagem prévia contra medidas que não podem ser adiadas.
É bom Bolsonaro revelar que brigas deseja comprar, junto com as polêmicas em que não deseja se meter, ao menos de imediato. Por isso, é normal que aliados próximos e até os filhos se preparem para “tomar muito cascudo” até o governo começar, de verdade.
(...)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Quem ganhou
Os brasileiros que gastarão 20 bilhões de dólares em viagens ao exterior em 2018 vão para os EUA e o mundo capitalista, não para a Guiné Equatorial
Por J.R. Guzzo
Segunda-feira, 17 dez 2018, 07h09
(Publicado na edição impressa de VEJA)
Está havendo muito espanto, e até bem mais do que isso, cada vez que o novo presidente Jair Bolsonaro anuncia algum nome para o ministério ou o primeiro escalão do seu governo. Alguns, para dizer a verdade, são aceitos sem muita conversa — gente para o Banco Central, o Ministério da Infraestrutura, a chefia do Tesouro Nacional etc., mesmo porque boa parte do público nem sabe que existe um Tesouro Nacional. São coisas sérias, chatas e, fora os próprios interessados nos cargos, quem vai discutir para valer por um negócio desses? Não dá bem para ver, realmente, nenhuma briga de foice por causa do novo secretário-geral adjunto da Fazenda, por exemplo, ou algo parecido — também não se veem, nesses casos, amizades íntimas que explodem, rixas de morte dentro das famílias ou bloqueios tempestuosos no Facebook, como se tornou praxe na campanha eleitoral. Mas assim que aparece uma nomeação mais vistosa, daquelas que mexem com os chamados “grandes temas nacionais”, o tempo fecha. Os surtos de irritação, impaciência e nervosismo que têm acompanhado o anúncio dos nomes se concentram, até agora, numa questão básica: como é que foram escolher um sujeito desses? O novo ministro das Relações Exteriores, por exemplo, foi descrito pelos cientistas políticos praticamente como um doente mental. O da Educação se viu mais ou menos acusado de acreditar que a Terra é plana. A ministra “da Mulher”, ou coisa que o valha, é outro objeto de assombro.
O que está acontecendo? A resposta é: não está acontecendo nada. Ou melhor, está acontecendo exatamente aquilo que tinha de acontecer. No último dia 28 de outubro, o deputado Jair Bolsonaro ganhou as eleições para presidente da República e, dali por diante, passou a escolher para o governo o tipo de pessoa que o seu eleitorado quer ver lá — ou, pelo menos, as pessoas que ele imagina serem as mais capazes de fazer as coisas que prometeu aos 58 milhões de brasileiros que votaram nele. Forçosamente, se você não gosta do que Bolsonaro propôs para o Brasil do começo ao fim de sua campanha eleitoral, e em seus trinta anos de vida pública, também não pode gostar das figuras que ele tem escolhido para ajudar no governo. Não há outro jeito. Como poderia haver? Se o novo presidente estivesse colocando nos ministérios figuras aplaudidas, aprovadas ou aceitáveis por quem votou contra ele, alguma coisa estaria profundamente errada na história toda. Quem está contra Bolsonaro, e há muita gente contra, tem mais é que não gostar mesmo das escolhas feitas por ele. Quem tem de gostar são os que estão a favor do novo presidente — e há mais gente a favor do que contra, razão, aliás, pela qual é Bolsonaro, e não Lula, quem está nomeando os ministros. Fazer o quê, a esta altura? Esperar que o governo comece, só isso. Aí, sim — se os escolhidos não fizerem o que foi combinado na campanha, ou fizerem mal, haverá toda a razão para dizer que suas nomeações foram um desastre.
O ministro nomeado para o Itamaraty, Ernesto Araújo, ilustra bem esse curioso descompasso entre o resultado da eleição e a condenação do ministério de Bolsonaro pela crítica. Araújo acha que o Brasil deve ter os Estados Unidos como o principal aliado em suas relações exteriores. Não gosta de Cuba, da Venezuela nem de ditaduras africanas, tampouco de que recebam dinheiro de presente do BNDES. Desconfia de toda essa constelação internacional de doutrinas que vê com alarme o agronegócio no Brasil, quer que os países abram suas fronteiras à imigração ou imagina um mundo governado por comitês da ONU e burocracias do mesmo gênero. Mas não é justamente tudo isso que o eleitorado de Bolsonaro espera de um novo Itamaraty? Os brasileiros que gastarão 20 bilhões de dólares em viagens ao exterior em 2018 vão para os Estados Unidos e o mundo capitalista, não para a Guiné Equatorial ou a Faixa de Gaza — quem gosta desses lugares é o ex-chanceler Celso Amorim, só que ele está do lado que perdeu. A população, na verdade, nem sabe quem é esse Araújo; o que sabe, isso sim, é que os Estados Unidos dão mais certo que a Palestina. Se o novo ministro também acha isso, ótimo.
Da mesma forma, criou-se grande escândalo em torno da ministra Damares Alves — ela é contra o aborto, acha que há meninos e meninas, e não “meninxs”, e é a favor do ensino religioso, que existe no Brasil desde o padre Anchieta. O novo ministro da Educação é considerado um homem da Idade da Pedra por ser contra a escola “com partido” — e assim por diante. Queriam o quê? Outro ministério, agora, só com outra eleição.

NO BLOG DO GABEIRA
GURUS, CHARLATÕES E CURANDEIROS
Segunda-feira, 17.12.2018 EM BLOG
Volto de Goiás, onde revisitei o centro de João de Deus, em Abadiânia, e o sítio de Sri Prem Baba, em Alto Paraíso. Duas cidadelas espirituais, atingidas em níveis diferentes por um dos tradicionais adversários do espírito: a carne.
Na década dos 80, visitei o ashram de Rajneesh em Poona, na Índia. Faz anos, portanto, que me interesso pelo tema. Não tenho uma opinião formada, como os autores Joel Kramer e Diana Alstad, que escreveram o livro “The Guru Papers”, cujo subtítulo é: “máscaras de um poder autoritário”.
Eles afirmam que a relação entre guru e discípulos é uma espécie de deslocamento das estruturas sociais autoritárias para o âmbito das relações pessoais. Há algo, no entanto, que minha experiência individual leva a uma concordância com eles: religiões milenares não conseguiram alterar a fragilidade da natureza humana.
Mas isso não é uma grande novidade. O avanço da ciência e da tecnologia também não significou necessariamente um avanço ético.
Kramer e Alstad tratam mais de gurus de origem oriental. No capítulo em que descrevem seu poder sexual sobre os discípulos, destacam duas condições que o favorecem: o celibato e a promiscuidade, no fundo uma ausência de vínculos que deixa o discípulo mais vulnerável.
Alguns gurus de origem oriental vêm de sociedades mais rígidas. No Ocidente, tentam aplicar algumas de suas técnicas e rituais sob o argumento da liberação de impulsos reprimidos.
Em muitos casos, a relação com a discípula é vista como uma espécie de uma graça que a distingue dos outros. Mas há também a tentação de formar haréns com as escolhidas.
No caso de Sri Prem Baba, esses elementos não estão presentes. Mesmo porque, apesar de formado na Índia, ele é brasileiro, oriundo de uma sociedade mais liberal.
Ainda assim, ao me referir de passagem ao caso que teve com uma discípula, afirmei que era relativamente consensual. Isso porque o poder do guru é muito grande. Ao seguir um guru, somos convidados a nos render. Como lembram os autores, paixão significa abandono, deixar rolar: render-se, de uma certa forma, é um caminho para a paixão.
O caso de João de Deus é diferente. Ele é famoso por curar. Quando o entrevistei, percebi alguns traços do rude garimpeiro e uma certa ignorância sobre as forças ou entidades que lhe comunicavam o poder de curar.
Muito possivelmente, a relação entre um paciente e o curandeiro não tem as características de rendição emocional entre guru e discípulo.
Ora é uma necessidade de sobrevivência, ora a superação de um doença que impossibilita a vida plena, ou mesmo uma tentativa de contornar a condenação à morte pela medicina tradicional.
Ironicamente, no caminho para Abadiânia, soube que na cidade próxima, Alexânia, um padre foi condenado por abuso sexual. O mesmo aconteceu em Anápolis, onde João de Deus mora.
O mais irônico ainda é constatar que a concentração de poder nas mãos do guru ou do curandeiro os deixa espetacularmente fragilizados diante da vida.
No mundo político, as delações premiadas são validadas por provas. No universo espiritual, entretanto, basta a palavra do outro para desfechar uma onda de condenação. E isso vale inclusive para os campos onde o poder masculino se impõe: basta ver a comoção que o movimento feminista provocou no universo das artes nos EUA.
As religiões podem melhorar nossa vida porque ajudam a carregar o fardo da mortalidade. Mas os seres humanos, pelo menos foi meu aprendizado de vida, continuam frágeis e limitados como sempre foram.
Por isso, com o olhar de hoje, vejo como charlatanismo a proposta de Che Guevara de criar um novo homem. Na verdade, somos e seremos muito menos importantes do que julgamos ser. Creio que morreria de tédio num mundo perfeito. Por isso, dispenso a crença na vida eterna e procuro me ajeitar com minha condição de simples mortal.
O roteiro da minha viagem era o cinturão espiritual em torno de Brasília, uma espécie de contraponto à permissividade do universo político, onde a carne não chega a ser um adversário considerável, no máximo uma distração na longa ordem do dia.
(Artigo publicado no Jornal O Globo em 17/12/2018)

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Entenda o jogo: a conexão João de Deus, Alberto Toron e Mônica Bergamo
Por Helder Caldeira (*)
Domingo, 16/12/2018 às 20:39
Parece uma bobagem, uma dica pueril. Mas, a expressiva maioria das pessoas não leva essa assertiva em consideração ao longo de suas carreiras e, justo por isso, acabam infelizes e, não raro, malsucedidas.
Vejamos um case atualíssimo...
Ainda relativamente novo, Dr. Alberto Zacharias Toron é um dos advogados criminalistas mais respeitados nos bastidores do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Isso faz dele um dos advogados preferidos da República. Afinal, ter "trânsito" em Brasília representa 75% de um resultado positivo num processo. Por isso, Toron também é um dos mais caros do Brasil.
Seu escritório, sabiamente, possui importantes conexões com a imprensa, algo imprescindível para o melhor exercício de Advocacia. Afinal, via de regra, você precisa plantar notícias... e, muitas vezes, "versões da verdade".
Não me julguem! O Direito não é maniqueísta como muitos gostam de romanticamente imaginar. Direito é Hermenêutica... e Hermenêutica é uma "versão da verdade", em suma.
Sigamos...
Uma das "conexões" de Toron é a notória jornalista Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo.
Foi assim que Alberto Toron conseguiu ter enorme sucesso defendendo figuras como o banqueiro Daniel Dantas, o juiz Lalau, o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha e atuando na acusação da assassina juvenil, Suzane Von Richtofen. Observem que todos esses casos tiveram imenso apelo e cobertura da mídia.
Não foi por acaso. É mérito. É expertise. Por isso é tão bem pago. Neste momento, Alberto Toron foi contratado a peso de ouro para defender o médium goiano João de Deus, acusado de estuprar mais de 300 mulheres e de tentar ocultar, nos últimos dias, cerca de R$ 35 milhões de suas contas bancárias.
Certamente não será uma defesa nada fácil, mas o médium está com O MELHOR ADVOGADO.
Adivinhem: quem conseguiu as imagens exclusivas do septuagenário procurado, dentro carro e no meio do mato indo se entregar para a Polícia Civil do Estado de Goiás na tarde deste domingo? Ela mesma: Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Ele aproveitou para fazer seu discurso religioso emocionado:
"Me entrego à Justiça dos Homens e à Justiça da Terra", como quem, de antemão, aguarda apenas o perdão da Justiça Divina. Entenda o jogo antes de jogá-lo!

(*) Escritor, Colunista Político, Palestrante e Conferencista.
*Autor dos livros “Águas Turvas” e “A 1ª Presidenta”, entre outras obras.

Filha de Lula dá início ao vitimismo: “ele parecia uma criança pedindo colo”
Por Otto Dantas
Segunda-feira, 17/12/2018 às 06:15
Com mais uma denúncia e agora oito processos em tramitação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em três estados – São Paulo, Paraná e Brasília – a sua defesa já percebeu que a única chance de tirar Lula da cadeia é a mudança do regime prisional. Pelo menos, José Roberto Batochio tem isso bem claro.
Como justificar o pedido de prisão domiciliar?
A estratégia é a vitimização. Transformar Lula num septuagenário deprimido, sem condições de continuar sendo submetido às agruras de um regime de prisão fechado.
Nesse sentido, uma comissão de senadores do PT e partidos agregados, pretendia fazer uma visita ao ex-presidente na semana passada, sob a argumentação de que iria verificar as condições em que ele se encontra preso. Era este o início do plano, frustrado pela juíza Carolina Lebbos, que proibiu a visita.
Diante disso é necessário que se encontre outras maneiras de transformar o meliante petista em uma vítima do encarceramento.
Com esse objetivo, a Carta Capital, veículo de comunicação com ligações umbilicais com o PT, publicou neste domingo (16) uma longa entrevista de Lurian Cordeiro Lula da Silva, a filha de Lula e  Miriam Cordeiro.
A moça dá início a uma entediante narrativa sobre o sofrimento e a indignação do pai.
No momento crucial da entrevista ela diz o seguinte:
- Só fiquei preocupada mesmo com ele no dia desse último depoimento. Estava irritado, triste, tudo. E constrangido pela forma como ela (a juíza Gabriela Hardt) o tratava. Nem sei se a palavra é constrangido. Estava indignado e surpreso. Triste por ver a capacidade de um ser humano, uma mulher jovem, tratar um senhor de 73 anos daquela maneira. Quando o Batochio fala que precisava ir embora e meu pai diz “me leva com você”, ele parecia um cachorrinho… Cachorrinho, não. Uma criança pedindo colo. 
- Você ficou com pena?
- É… Parecia aquela brincadeira com um fundo de verdade. Meu pai transforma dor em humor de um jeito muito fácil. Ele não precisa de médico nem psicólogo, mas ninguém está bem ali dentro, né? Sabe que isso vai acabar uma hora, só não sabe quando. A gente não tem o direito de passar para ele qualquer sentimento de pena, temos de levar as melhores notícias. 
Brevemente, aquele homem valente, a “jararaca”, vai dar lugar a um ser triste, envelhecido e deprimido.
Assim, os seus defensores irão implorar pela prisão domiciliar.
Quem viver verá!

O executivo que destrinchou as falcatruas de Lulinha fala sobre as provas e o livro 
(Veja o Vídeo)
Por Otto Dantas
17/12/2018 às 07:17
O cidadão Marco Aurélio Vitale foi diretor do grupo empresarial de Lulinha durante sete anos.
Presenciou o feitio de contratos milionários, sem nenhuma lógica comercial e operações suspeitas que faziam jorrar milhões em empresas de fachada que nada produziam.
Resolveu contar tudo em um livro – “Sócio do Filho – A verdade sobre os negócios milionários do filho do ex-presidente Lula” – antes, porém, teve o cuidado de entregar, pessoalmente, todos os arquivos e documentos que atestam a veracidade de sua narrativa à Força Tarefa da Lava Jato.
Além de entregar voluntariamente essas provas, oficializou em depoimentos os fatos relatados à Receita Federal, Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e Polícia Federal.
Recentemente, em entrevista ao programa Pânico, falou sobre as dificuldades que teve para publicar o livro e sobre a colaboração que tem dedicado para elucidação dos crimes praticados por Lulinha e seus sócios.
Veja o vídeo:

COAF, o órgão aparelhado que só enxerga o que interessa
Por Helder Caldeira
Sábado, 15/12/2018 às 19:40
Sabe o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), aquele órgão que não viu a movimentação de mais de R$ 1 trilhão roubado dos cofres públicos na Era PT, e agora virou o principal centro de informações da imprensa num "escândalo" de R$ 24 mil envolvendo um ex-funcionário de Flávio Bolsonaro, filho do Presidente eleito Jair Messias Bolsonaro?
Pois é... dizem por aí que o COAF também não viu o tal do João de Deus sacar mais de R$ 30 milhões de suas contas bancárias nos últimos dias.
Será que o COAF enxerga por amostragem, tipo Ibope e Datafolha?
P.S.: Só "gente boa" os gerentes dessas contas bancárias do John of (Big) God, né não?!
Pelo menos agora sabemos que o COAF quando quer funciona... Seja por R$ 1 trilhão... Seja por R$ 24 mil.
Antes tarde do que nunca!
(*) Escritor, Colunista Político, Palestrante e Conferencista.
*Autor dos livros “Águas Turvas” e “A 1ª Presidenta”, entre outras obras.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA