PRIMEIRA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 24 DE DEZEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA, 24 DE DEZEMBRO DE 2018

Chefe da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) por indicação do seu padrinho e senador, Romero Jucá (MDB-RR), Sidrack de Oliveira Correia enviou mensagem aos superintendentes regionais garantindo ter sido confirmado no cargo durante o governo de Jair Bolsonaro (PSL). O apadrinhado de Jucá poderá, assim, operacionalizar a venda futura dos imóveis da União, avaliados em cerca de R$800 bilhões.

O Gabinete de Transição desconhece qualquer entendimento de Jucá com o futuro governo, mas a presença de Sidrack sugere o contrário.

A venda ao menos parcial de imóveis da União é uma das possibilidades avaliadas pela equipe econômica de Bolsonaro.

O valor de todos os imóveis da União é comparável apenas àquele montante que seria obtido com a exploração de todo o Pré-sal.

O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), assinou medida cautelar para suspender licitação de R$104 milhões por ano da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para contratar empresa de consultoria em engenharia. Após instrução da área técnica TCU, o ministro identificou irregularidades no edital, com indícios de restrição à competitividade e também de sobrepreço.

A ANTT mandou suspender a licitação em razão das irregularidades apontadas na medida cautelar do ministro Bruno Dantas.

O TCU viu indícios de irregularidades na modalidade de licitação, na nota da proposta técnica e na nota da proposta de preços.

O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda deve explicações sobre o vazamento da notícia sobre a ordem assinada pelo ministro Luiz Fux, que permitiu a fuga do terrorista Cesare Battisti. A decisão chegou primeiro à imprensa e só depois à Polícia Federal. Muito estranho.

A Latam extraviou a mala de um leitor que se viu em Paris, no frio, sem roupas para trocar. Foi devolvida em Brasília 25 dias depois, sem explicações, desculpas, nada. E um par de tênis foi roubado.

Rodrigo Maia teria assumido compromisso com a “Polícia Legislativa” de mudar a carreira, que hoje é de ensino médio, para ensino superior, sem concurso. A não ser que Maia mude a Constituição, isso não pode.

O senador eleito Eduardo Girão (PROS) encaminhou ofício à Diretoria Geral do Senado para que os valores referentes aos salários extras sejam repassados integralmente à Instituição de Caridade “Peter Pan”.

Acusado de embolsar propinas milionárias, o governador Luiz Pezão foi flagrado na cadeia com o equivalente a 500 merrecas no bolso.

O presidente da estatal Correios, general Juarez Cunha, que é da turma do general Hamilton Mourão, o vice-presidente, prepara pacote de redução e racionalização de custos para o início de 2019. Nomeado em novembro, até agora não se cogita sua substituição. Vai promover muitas mudanças: diminuir as vice-presidências de oito para cinco, instituir a meritocracia e proteger os Correios da política partidária.

NO O ANTAGONISTA
Foi o Estado Islâmico
Segunda-feira, 24.12.18 07:30
A polícia marroquina caça os quatro homens que mataram as duas turistas escandinavas no maciço do monte Atlas, na semana passada.
A dinamarquesa Louisa Vesterager Jespersen e a norueguesa Maren Ueland foram surpreendidas enquanto dormiam na barraca que armaram na montanha.
Os quatro assassinos, descobriu-se, prestaram juramento de fidelidade ao Estado Islâmico.
São terroristas, portanto.

“Prometa não emagrecer”
24.12.18 07:15
O Fantástico entrevistou uma das mulheres que teriam sido abusadas pelo curandeiro João de Deus.
Ela registrou num diário pelo menos 20 abusos, entre 2009 e 2010, quando contava 20 anos.
Num dos registros, a moça conta que João de Deus exigiu que ela prometesse não emagrecer.

O patrimônio de outro mundo de João de Deus
24.12.18 07:00
A Folha fez um levantamento do patrimônio imobiliário do curandeiro João de Deus, suspeito de estupro e abuso sexual.
Só em Abadiânia, ele tem 27 imóveis, avaliados em 20 milhões de reais.
Somados aos 35 milhões de aplicações financeiras e o 1 milhão em dinheiro vivo achado na sua casa, o total soma 56 milhões de reais.
É mesmo de outro mundo.

281 mortos, e contando
24.12.18 06:45
O tsunami na Indonésia fez 281 mortos, segundo o último balanço.
Outras 57 estão desaparecidas e cerca de mil pessoas foram feridas.

Nomes técnicos na Infraestrutura
Domingo, 23.12.18 19:12
Tarcísio Freitas, o futuro ministro da Infraestrutura, já definiu sua equipe.
Como lembra o Valor, os principais auxiliares de Tarcísio na pasta são nomes técnicos, “com experiência no setor de transportes e sem nenhuma influência de partidos políticos nas indicações”.

NO BLOG DO JOSIAS
Cabral com tornozeleira desmoralizaria Lava Jato
Por Josias de Souza 
Segunda-feira, 24/12/2018 | 03h48
Sérgio Cabral apaixonou-se pela ideia de virar um delator premiado. Se for um sentimento platônico, será inofensivo. Se a paixão for correspondida, a Lava Jato pode estar em apuros. Ainda que Cabral revelasse uma insuspeitada conexão entre a roubalheira que humilha o Rio de Janeiro e o Vaticano, a negociação de um acordo de colaboração premiada a essa altura seria um flerte do Ministério Público Federal com o escárnio. 
Irreconhecível, Cabral ingressou na política como um homem de bem. Cresceu na vida pública como um homem que se dá bem. E caiu em desgraça ao ser flagrado com os bens. Uma avalanche de sentenças soterrou-lhe a biografia. Por ora, coleciona condenações que, somadas, resultam em 198 anos e seis meses de prisão. 
O ex-governador do Rio chegou a esse ponto escarnecendo dos investigadores. No princípio, negava todos os crimes. Mas sua inocência virou uma ilha cercada de provas em contrário por todos os lados. Passou, então, a vender a tese segundo a qual não cometeu o crime de corrupção, fez "apenas" um caixa dois eleitoral. O lero-lero não colou.
Cabral trancou-se em seus rancores, silenciando no último interrogatório conduzido pelo juiz Marcelo Bretas, há dez dias. É contra esse pano de fundo que chega a notícia sobre a súbita paixão do corrupto fluminense pelo instituto da delação e, sobretudo, pela perspectiva de premiação. Sonha com uma prisão domiciliar. Pela lógica da delação, Cabral teria de suar o dedo apontando para cima. O problema é que ele já frequenta o topo da cadeia alimentar na selva da corrupção. Diz-se que o candidato a delator dispõe de segredos que incriminariam inclusive o Judiciário, espirrando lama até a altura do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Admita-se que não é um blefe. Ainda assim, qualquer negociação que resultasse na abertura automática da cela de Cabral seria intolerável. A imagem de Cabral arrastando uma tornozeleira eletrônica entre o home theater e a sacada de um apartamento elegante de Ipanema estilhaçaria a vitrine carioca da Lava Jato. Além de desmoralizar o esforço anticorrupção, um acordo generoso com o larápio ofenderia as vítimas do assalto.


 


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