PRIMEIRA EDIÇÃO DE SÁBADO, 1º DE DEZEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 1º DE DEZEMBRO DE 2018

Os pagadores de impostos pagam até a “divulgação de atividades” dos deputados federais, que não coçam o próprio bolso para nada. Só este anos, foram R$35,3 milhões gastos para trombetear uma atividade parlamentar na maioria dos casos medíocre, para não dizer inexistente. Além disso, no ano eleitoral de 2018, ainda tivemos de desembolsar quase R$3 bilhões para abastecer os fundos partidário e eleitoral.

Os maiores “divulgadores” da própria imagem foram deputados do PRB Jhonatan Jesus e César Halum. Juntos, torraram mais de R$570 mil.

Arlindo Chinaglia (PT-SP), que bate boca até com a própria sombra, gastou R$273,6 mil para divulgar sua atuação. Quase perdeu a eleição.

Protagonista de inúmeros escândalos de corrupção, o PT foi o partido que mais usou dinheiro público em propaganda: mais de R$4 milhões.

Só agora, 11 anos depois, chega ao fim um dos casos mais chocantes de injustiça: a 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região de absolveu por unanimidade acusados no “Evento Sergipe” da Operação Navalha. Chama atenção o caso de João Alves Neto. Empresário íntegro, muito religioso, foi preso por uma semana, com prejuízos devastadores de imagem, morais e financeiros. O TRF-5 decidiu pela inocência dos réus “para além de qualquer dúvida razoável”.

“Agora é trabalhar e reconstruir minha vida, minha imagem e meu patrimônio”, diz João Neto, filho do ex-governador João Alves Filho.

Esses 11 anos “de guerra e desmoralização”, diz ele, “foram fatais no meu ramo, de venda de imóveis na planta e obras para setor privado”.

Apesar da confiança de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni não inspira muita segurança nos políticos, que apostam em breve passagem pela Casa Civil do gaúcho que nunca foi dado a salamaleques com os colegas.

Excita o mercado editorial o interesse do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, que tem participação no portal Uol, no controle da editora Abril, detentora de títulos vitoriosos como a revista Veja.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) está no páreo para o Ministério de Minas e Energia. Bolsonaro só tem uma dificuldade para isso: esquecer que ela recusou seu convite para ser vice, alegando pretender apenas a reeleição, e dias depois aceitou ser vice do tucano Geraldo Alckmin.

O TSE julgou mais de 4,4 mil processos em 2018, mas existem 6.283 a serem avaliados. O crescimento se deu no número de processos eletrônicos: 3.226 autuados e apenas 1.920 julgados pelo Tribunal.

…para o PT, o Pezão que rima com ladrão, assim como Cabral e Lula, é apenas mais um “preso político”.

NO DIÁRIO DO PODER
EM 2010
Grupo CCR de infraestrutura revela que Gleisi recebeu R$3 milhões no caixa 2 
Doação foi solicitada pelo marido Paulo Bernardo, arma dirigente  
Da Redação
Sexta-feira, 30/11/2018 às 18:56 | Atualizado às 23:46
O ex-presidente da CCR, Renato do Valle, afirmou em acordo de leniência fechado com o Ministério Público de São Paulo, que doou R$ 3 milhões por meio de caixa dois para a então candidata a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), atual presidente do PT, em 2010. Segundo ele, a doação foi solicitada pelo marido da petista, Paulo Bernardo, ministro do Planejamento do governo Lula à época do pedido. Bernardo teria enviado um intermediário para tratar da entrega do dinheiro, o que teria sido feito em parcelas, por conta do alto valor. 
Ainda de acordo com a empresa, o então senador Aloizio Mercadante (PT-SP) solicitou R$ 3 milhões no mesmo ano e recebeu R$ 1,7 milhão também via caixa dois. O acordo de leniência foi fechado ontem, 29. Segundo a Folha de S. Paulo, membros do PSDB, como o ex-governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra, também receberam os valores indevidos, além do ministro de Ciência e Tecnologia Gilberto Kassab (PSD). 
Alckmin, Serra e Kassab refutam o relato da CCR e dizem que todos os recursos empregados em suas campanhas são legais e foram aprovados pela Justiça eleitoral. Há pelo menos mais dois tucanos na lista de beneficiados pelo caixa dois da CCR, ainda de acordo com a apuração da Folha. A empresa citou a doação via caixa dois de R$ 1 milhão para o ministro Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) em 2012 e R$ 340 mil para Edson Aparecido entre 2012 e 2013. Atual secretário municipal de Saúde de São Paulo, Aparecido era deputado federal e havia coordenado a campanha de Serra à prefeitura em 2012. Em outubro daquele ano, foi escolhido por Alckmin para chefiar a Casa Civil, a pasta mais importante do governo paulista. A concessionária contou no acordo que também em 2010 doou R$ 1 milhão para Marta Suplicy, quando ela era candidata ao Senado pelo PT. Eleita, trocou o partido pelo MDB em setembro de 2015. 

NO BLOG DO JOSIAS
Trilha sindical de Raquel Dodge conduz ao brejo 
Josias de Souza 
Sábado, 01/12/2018 04h26
Ao recorrer ao Supremo para que os procuradores continuem recebendo o bolsa-moradia de R$ 4,3 mil por mês, a procuradora-geral da República Raquel Dodge enveredou por uma trilha que leva a instituição sob seu comando para o lodo. Insurgiu-se contra decisão do ministro Luiz Fux, que revogou o pagamento do privilégio para todas as carreiras jurídicas. Alegou que a revogação só vale para juízes, não para procuradores. Tomou o caminho do brejo ao menosprezar as leis e, sobretudo, a Constituição. Escreveu Raquel Dodge em seu recurso: 
"Sem adentrar propriamente no mérito, na legalidade ou na constitucionalidade do recebimento de auxílio-moradia, fato é que esta ação restringe-se ao pagamento ou não do benefício em causa para os juízes, nos termos da legislação que rege a magistratura judicial brasileira, limitando-se o julgado àquelas carreiras." 
A doutora pode não ter notado. Mas seu raciocínio é assustador e desmoralizante. Assusta porque quem a admira por seu esforço para salvar o País da corrupção não esperava vê-la enrolada na bandeira da salvação da conta bancária da corporação. Desmoraliza porque não fica bem para a zeladora da ética e dos bons costumes dar de ombros para a moralidade. O benefício reivindicado por Raquel Dodge só faz sentido nos casos em que o procurador é transferido para outra cidade. A coisa virou escárnio em 2014, quando uma liminar concedida por Fux estendeu o bolsa-residência para todos os magistrados e procuradores — até mesmo os que trabalham na sua cidade, morando em casas próprias. Na prática, o que deveria ser uma excepcionalidade tornou-se uma vulgaridade. O bolsa-descalabro virou puxadinho do contracheque — livre de impostos. Encostado na precariedade de uma decisão liminar (provisória) e monocrática (individual), vigorou por quatro anos. E não se viu nenhuma queixa dos procuradores por receber o mesmo mimo e o mesmo tratamento dispensado aos juízes. Esquecido por conveniência, esse privilégio remuneratório voltou à cena no meio de um balé de elefantes, no qual a cúpula do Supremo executou uma coreografia de toma-lá-dá-cá em parceria com Michel Temer. 
Trocou-se a liminar do bolsa-tunga pelo aval do presidente a um reajuste de 16,38% para os ministros da Suprema Corte e para a procuradora-geral — com direito a efeito cascata orçado em R$ 4 bilhões. Até ontem, quando se estava numa reunião ou numa roda de amigos e alguém falava em corrupção, era inútil tentar mudar de assunto. 
Podia-se, no máximo, mudar de corrupto. Ao reivindicar o restabelecimento do 'bolsamoradia' "sem adentrar propriamente no mérito, na legalidade ou na constitucionalidade do recebimento", Raquel Dodge como que se oferece como assunto alternativo. Nessa batida, a viagem da Procuradoria em direção ao brejo logo será tema obrigatório nas esquinas e nos botecos.

Moro tentará minar o crime por asfixia financeira 
Por Josias de Souza 
Sexta-feira, 30/11/2018 16h04
Ao anunciar mais dois membros de sua equipe, o futuro ministro Sérgio Moro (Justiça) consolidou uma linha uniforme de planejamento do combate ao crime. Ficou ainda mais nítido que o ex-juiz da Lava Jato se equipa para tentar impor aos criminosos uma asfixia financeira. A ideia é mapear os ativos das organizações criminosos e dos seus líderes, para posterior sequestro e confisco de bens e verbas — no Brasil e no exterior. Vale para o combate à corrupção e também para o enfrentamento de facções criminosas como o PCC. Moro confirmou que o Coaf será transferido do futuro superministério da Economia para a pasta da Justiça. Antes da efetivação da mudança, que depende de aprovação no Congresso, o ex-juiz da Lava Jato já indicou para a chefia do órgão que controla as atividades financeiras no País o auditor fiscal Roberto Leonel, hoje lotado no comando do setor de inteligência da Receita Federal. Ele chega com a determinação de reforçar o esquadrão técnico do Coaf, esvaziado sob Michel Temer. Para a Senad, secretaria que cuida de drogas, Moro indicou Luiz Roberto Beggiora, procurador da Fazenda Nacional. Há sob o guarda-chuva da Senad uma infinidade de programas, inclusive de assistência a drogados. O novo ministro cogita transferir parte das atribuições do órgão para a área social do governo, para se concentrar no que considera vital: a recuperação de ativos confiscados de traficantes de drogas. Luiz Beggiora não foi escolhido por acaso. Ele se especializou na Procuradoria da Fazenda Nacional na cobrança de dívidas de grandes devedores. Na Senad, vai potencializar a busca de ativos, atividade que, na expressão de Moro, vem sendo "negligenciada"
Antes, Moro já havia acomodado a delegada federal Érika Marena, que conheceu na Lava Jato, para o comando do DRCI, o departamento incumbido de celebrar acordos internacionais de cooperação para a recuperar dinheiro sujo enviado desviado para o exterior. 
Junto com a Receita Federal, o tripé Coaf-DRCI-Senad será a principal força auxiliar da Polícia Federal, a ser dirigida pelo delegado Maurício Valeixo, trazido por Moro do Paraná. 
Na prática, Moro monta em Brasília uma espécie de Lava Jato hipertrofiada. Não será a primeira vez que o Estado tentará combater o crime impondo aos criminosos um torniquete financeiro. O que diferencia o planejamento atual de iniciativas anteriores é o perfil do ministro, a qualificação do time e a perspectiva real de reproduzir o esforço federal em Estados que funcionam como base do crime organizado, sobretudo São Paulo e Rio de Janeiro. 

NO O ANTAGONISTA
Deputados derrotados ganham cargos na Casa Civil
Sábado, 01.12.18 07:54
A Subchefia de Assuntos Parlamentares será transferida da Secretaria de Governo para a Casa Civil.
Para a pasta foram escalados Leonardo Quintão (MDB-MG) e Carlos Manato (PSL-ES), que serão secretários de Onyx Lorenzoni.
Diz o Estadão:
“Ficou acertado que Quintão e Manato só assumirão as vagas no governo em fevereiro, quando termina o mandato deles na Câmara dos Deputados”.

Os novos rumos do PT
01.12.18 07:42
“Após quase dez horas de reunião em Brasília”, diz a Folha de S. Paulo, “a cúpula do PT não conseguiu acordo nesta sexta-feira para elaborar um texto que sirva de base para os novos rumos do partido”.
A cúpula do PT ruma para a cadeia.

O sonambulismo de Haddad
01.12.18 07:35
Demétrio Magnoli declarou voto em Fernando Haddad. Agora se sente ludibriado.
Leia um trecho de sua coluna:
“Haddad parecia a muitos, inclusive a mim, um potencial deflagrador da ‘refundação’ do PT. Engano. Sua entrevista à Folha de S. Paulo prova que o discurso esboçado no segundo turno era teatro eleitoral.
O candidato, que engoliu a narrativa do ‘golpe do impeachment’ por exatas três semanas, retorna como sonâmbulo ao aposento de sempre, recoloca a máscara de Lula e se exibe como líder do PT de Gleisi, Lindbergh et caterva.
Lula ‘teria ganhado a eleição’, afirma o profeta Haddad, desafiando as evidências disponíveis (…).
A mistura fina de triunfalismo e vitimismo tem utilidade: serve para lacrar a direção lulista numa redoma higienizada, salvando-a da crítica de suas próprias bases.”

Onyx diz que base do governo terá mais de 350 parlamentares
01.12.18 07:18
Em entrevista concedida a Roberto d’Ávila, na GloboNews, Onyx Lorenzoni disse que o governo terá uma base aliada superior a 350 parlamentares, “sem toma lá, dá cá”.
“Estamos numa fase bem adiantada de diálogo com bancadas. Eu visitei duas bancadas, a do MDB e PR e, da semana que vem até o Natal, o presidente vai receber todas as bancadas do nosso campo político.”

“A liberdade talvez esteja nas suas pernas”, diz juiz a Palocci
01.12.18 06:58
O juiz federal Danilo Pereira Júnior, titular da 12.ª Vara Federal de Curitiba, orientou Antonio Palocci sobre os cuidados com a tornozeleira eletrônica.
“O senhor passou um período significativo preso. Acho que é uma experiência nada boa para ninguém. Ninguém gosta de querer ou tem ideia de voltar. Então, a liberdade não está na mão de ninguém, estão nas suas mãos. Talvez, literalmente, nas suas pernas”, disse antes do retorno de Palocci para casa.
“Infelizmente ela [a bateria] dura 24 horas. Então o cuidado do equipamento tem que ser diário. Por que isso? Porque o não carregamento do equipamento nos impede de monitorá-lo. Para nós, isso é uma fuga eletrônica e é uma falta grave, é a mesma coisa que o senhor tivesse pulado a grade da penitenciária e fugido”.

A lua de mel de Bolsonaro
01.12.18 06:58
Jair Bolsonaro é aprovado por 61% dos brasileiros, segundo a pesquisa Ipsos-Estadão.
Ele deu um pulo de 19 pontos percentuais desde outubro.
Só 30% dos entrevistados o rejeitam. É a lua de mel.
(...)

Morre George Bush pai
01.12.18 06:46
Morreu o ex-presidente americano George Herbert Walker Bush, aos 94 anos.
A informação foi confirmada no Twitter por seu porta-voz Jim McGrath.
As causas da morte não foram divulgadas.

Paulo Guedes vira alvo de inquérito da PF
01.12.18 01:30
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o futuro ministro Paulo Guedes por crimes contra fundos de pensão, em operações que somam R$ 1 bilhão.
Segundo o Globo, uma das investigações apura suspeitas de gestão temerária ou fraudulenta no BR Educacional, o Fundo de Investimento em Participações (FIP) gerido por uma empresa de Guedes com o mesmo nome, que captou recursos dos fundos de pensão de trabalhadores de estatais para investir no setor privado de educação.
Outra investigação analisa se os mesmos métodos foram utilizados para obter lucros em outro fundo de investimentos gerido pelo economista, o FIP Brasil de Governança Participativa.
Guedes nega as acusações.

Indulto não é nada: juiz alerta para o ‘libera geral’ em curso na Câmara
Sexta-feira, 30.11.18 21:18
Em artigo na Crusoé, o juiz Francisco Codevila, titular da 15ª Vara Federal Criminal de Brasília, alerta para a proposta de Reforma Processual Penal em discussão na Câmara.
O projeto de lei, já aprovado no Senado, substitui penas de prisão por serviços comunitários e pagamento de cestas básicas, por exemplo, para mais de 30 crimes, entre eles roubo, estelionato, assédio sexual, corrupção e tráfico de armas.
“Se há problema no sistema carcerário, e de fato há, certamente a solução não é evitar o cárcere e expor ainda mais a sociedade ao contato com o criminoso. No limite, chegaremos ao abolicionismo penal, como forma de evitar o encarceramento”.
(...)

Moraes autoriza devolução de dinheiro para senador preso
30.11.18 20:29
Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a devolução de US$ 13 mil e R$ 11 mil ao senador preso Acir Gurgacz (PDT-RO), condenado e preso desde setembro.
O dinheiro foi apreendido durante investigações que levaram à condenação do parlamentar a 4 anos e 6 meses no regime semiaberto, por desvios em financiamento obtido de banco público.
O ministro acolheu argumento da defesa de que o dinheiro era parte de R$ 998,7 mil em espécie declarados pelo senador no imposto de renda, noticia o Jota.
Moraes registrou que a PGR concordou com a liberação da quantia apreendida, que seriam sobras de viagens internacionais, segundo a defesa.
O senador foi condenado em setembro e foi autorizado a trabalhar no Senado durante o dia; à noite, dorme na penitenciária da Papuda.

Temer sobre indulto: “Eu ficaria caceteado se o Supremo disse que o Temer errou”
30.11.18 19:58
Questionado no G20 sobre o resultado parcial do julgamento do STF em relação ao indulto de Natal, Michel Temer disse o seguinte:
“Eu ficaria caceteado se, depois de um longo percurso, o Supremo dissesse que o Temer errou sobre o foco jurídico. Arrependimento haveria se contestassem o foco jurídico.”
O cidadão de bem já pode esperar mais um cacete neste Natal.

“Estamos dando incentivos errados para pessoas erradas”, diz Barroso sobre indulto
30.11.18 19:36
Luís Roberto Barroso criticou nesta sexta a maioria formada no STF para validar o indulto infame de Michel Temer que perdoa corruptos.
“Se acontecer um ‘acidente’ de [o réu] ser punido, é indultado. Estamos dando incentivos errados para pessoas erradas”, disse o ministro em palestra no Rio, acompanhada pelo Globo.
Sem se referir a casos específicos, criticou a demora nos processos criminais, alertou para propinas em “palácios de governos estatuais” e investimentos feitos por fundos de pensão com base em critérios políticos.
Relator da ação da PGR contra o indulto, o ministro votou para excluir corruptos do perdão, mas foi vencido por Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello.

Hardt manda soltar cunhada de Vaccari
30.11.18 19:25
A juíza Gabriela Hartd, que substitui Sérgio Moro na primeira instância da Lava Jato no Paraná, mandou soltar Marice Corrêa Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Ela negou pedido do Ministério Público para converter a prisão temporária em preventiva, que não tem data definida para acabar.
Marice foi presa na última sexta (23), na 56ª fase da operação, que apura superfaturamento na construção da sede da Petrobras em Salvador. O custo passou de R$ 320 milhões para R$ 1,3 bi.
A cunhada de Vaccari é suspeita de intermediar pagamento de propina em espécie. Hardt não renovou a prisão, por falta de indícios de que ela ainda esteja cometendo crimes, ocultando patrimônio ou atrapalhando as investigações.
A juíza impôs medidas cautelares como proibição de deixar o país e de manter contatos com outros investigados.

PGR é contra restrições à investigação de crimes eleitorais
30.11.18 19:22
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao STF parecer pela procedência de ação contra resolução do TSE que restringe investigações de crimes eleitorais pelo Ministério Público.
Na manifestação, Dodge destaca que, ao dispor sobre a apuração de crimes eleitorais, a Resolução 23.396/2013 “cerceia o protagonismo do Ministério Público no processo penal e ofende, entre outras, as normas do artigo 129-I-VI e VIII da Constituição”.
“Dispositivos da resolução colocam o juiz eleitoral no comando das providências investigatórias, em afronta ao princípio acusatório e ao princípio da inércia de jurisdição.”

Fachin abre nova investigação sobre Edson Lobão e Jáder Barbalho
30.11.18 19:10
O relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, abriu nova investigação sobre os senadores Edson Lobão (MDB-MA) e Jáder Barbalho (MDB-PA).
É o sétimo inquérito contra os emedebistas e busca elucidar desvios na usina de Belo Monte.
A PF encontrou indícios de corrupção e lavagem de dinheiro dos senadores em obras da hidrelétrica. As propinas teriam sido recebidas por meio de terceiros.
“O emprego de pessoas interpostas por altas autoridades é expediente habitual (…), não sendo exigível, para a imputação de responsabilidade penal (…) ser flagrado aventurando-se pessoalmente em tratativas escusas”, diz o documento, citado pelo G1.

MP cobra R$ 29,4 milhões de Dória por uso de verba pública para promoção pessoal
30.11.18 19:02
O Ministério Público de São Paulo acusa João Dória de usar publicidade paga pela Prefeitura de São Paulo para promoção pessoal.
Em ação de improbidade administrativa, pede que o ex-prefeito e futuro governador devolva R$ 29,4 milhões, junto a agência Lua Propaganda.
A empresa foi contratada em 2017 para fazer propaganda de recapeamento de ruas. Mas para o MP, as peças serviram para Dória promover sua imagem.
“A manutenção asfáltica das vias públicas nada mais é que um dever do governante na manutenção da coisa pública. Contudo, o demandado transformou a obrigação inerente ao cargo ocupado em promoção pura e simples de sua imagem na mídia”, diz a ação.

Bolsonaro: “Não podemos querer salvar o Brasil matando idoso”
30.11.18 17:14
Jair Bolsonaro descartou a reforma previdenciária proposta por Michel Temer.
Ele disse:
“Não podemos querer salvar o Brasil matando idoso”.
O que vai matar idoso – e todos os outros brasileiros – é a falta de uma reforma previdenciária.

ZELOTES: RBS PAGOU 2,5 MILHÕES A MINISTRO DO TCU E SOBRINHO NO CARF
30.11.18 17:13
Por Claudio Dantas
O MPF apresentou hoje mais uma denúncia derivada das investigações da Operação Zelotes, que desmontou esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).4
O alvo dessa vez é o grupo RBS, que tentava anular uma multa tributária de meio bilhão de reais.
Para tanto, segundo o MPF, recorreu aos préstimos do ministro do TCU Augusto Nardes, então deputado federal, e do seu sobrinho Carlos Juliano Ribeiro Nardes – que acabou denunciado.
Os dois receberam juntos R$ 2,5 milhões – o ministro teria ficado com R$ 1,6 milhão. Por ter foro especial, a investigação contra Nardes subiu para a PGR, que ainda não o denunciou.
(...)

Dodge quer que PT devolva fundo partidário gasto com ‘campanha de Lula’
30.11.18 16:10
Raquel Dodge quer que a coligação O Povo Feliz de Novo devolva ao Fundo Partidário os valores gastos para financiar a campanha de Lula.
O pedido foi feito na ação de análise das contas apresentadas ao TSE pela coligação e tem como base a Instrução Normativa nº 2, editada no mês de junho pela PGE.
“O objetivo da medida é evitar que recursos públicos sejam utilizados por candidatos manifestamente inelegíveis”, diz a PGE.
A coligação informou que no período em que o ex-presidente encabeçou a chapa presidencial foram gastos R$ 19,4 milhões.
De acordo Dodge, “parte dos recursos foi utilizada indevidamente e representa gastos ilegais, uma vez que – como já havia sido condenado em segunda instância – Lula sabia que era inelegível e assumiu o risco ao requerer o registro de candidatura”.
O dinheiro deverá ser restituído com juros e correção monetária.

“Há algo errado”, diz juiz sobre prescrição da pedalada de Dilma
30.11.18 15:53
Como noticiamos mais cedo, o juiz Francisco Codevila foi obrigado a arquivar a investigação criminal contra Dilma Rousseff e Luciano Coutinho no caso das pedaladas fiscais.
Na decisão, porém, ele deixou clara sua insatisfação com a “flagrante incongruência do sistema legal”. É que o mesmo crime que, no juízo político, levou à cassação do mandato da presidente; na Justiça comum, prevê pena de apenas 2 anos e até sua conversão em pagamento de cesta básica.
“Dilma Vana Rousseff, em juízo político, foi condenada à perda do cargo de Presidente da República por ‘ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de operação de crédito com qualquer um dos demais entes da Federação’ (…). Esta mesma conduta é prevista como crime comum, e a pena máxima é de 2 anos (…) Ou seja, o mesmo ato pode levar a Presidente da República a perder o cargo, no juízo político, e a pagar uma cesta básica, no juízo comum. Evidentemente, há algo errado!”

Os 23 depoimentos de Palocci
30.11.18 15:43
A TV Globo deu mais detalhes sobre o novo acordo de Antonio Palocci com a PF, homologado por Edson Fachin:
“Foram 23 depoimentos que retratam a atuação de uma suposta organização criminosa no governo federal e também crimes envolvendo o sistema financeiro nacional.
O ex-ministro dos governos petistas também deu informações sobre a atuação supostamente criminosa dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff em fundos de pensão.
Fachin já determinou a abertura de novos inquéritos com base na delação de Palocci.”

O terremoto do Brasil
30.11.18 15:25
Jair Bolsonaro indicou para seu governo os seguintes veteranos da missão brasileira no Haiti: general Augusto Heleno, general Azevedo e Silva, general Santos Cruz, general Floriano Peixoto, general Edson Pujol e capitão Tarcísio Freitas.
Além deles, o general Ajax Pinheiro, que também participou da missão no Haiti, foi posto no gabinete de Dias Toffoli.

O sistema de som de 300 mil reais de Pezão
30.11.18 14:38
O operador de Sérgio Cabral deu 350 mil reais em dinheiro vivo para instalar a área de lazer da casa de Luiz Fernando Pezão, com home theatre e sistema de som.
Segundo O Globo, o fato foi confirmado à PF pelo empresário que realizou a obra, preso nesta quinta-feira.

“Esse é o último indulto com tão ampla generosidade”, diz Moro
30.11.18 14:37
Sérgio Moro disse que o indulto decretado no ano passado por Michel Temer, e que pode ser reeditado neste ano, será “o último com tão ampla generosidade”.
“Não acredito que s solução para a superlotação dos presídios seja simplesmente abrir as portas da cadeia, porque isso deixa a população vulnerável. E indultos tão generosos acabam desestimulando o cumprimento da lei”, afirmou à imprensa.
O futuro ministro da Justiça disse que respeita a maioria formada ontem no Supremo que chancelou o perdão dado por Temer a corruptos.
“Independentemente do que o Supremo decidir, e aqui não vai nenhuma crítica, o tempo dos indultos excessivamente generosos chega ao fim com o próximo governo”.
O indulto do ano passado perdoou até 80% do tempo das penas, inclusive para crimes de colarinho branco. Os seis votos do STF que avalizaram a regra dão carta branca a Temer para repetir o perdão. Moro disse esperar que isso não ocorra neste Natal.
“Espero que o indulto a ser editado neste ano não tenha o mesmo perfil do indulto do ano passado. Acho que essa generosidade excessiva não faz bem como política de prevenção e combate ao crime e também não é consistente com o anseios da população de maior endurecimento nessa área”.





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