PRIMEIRA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2018

Quando tentou autorização para ir ao sepultamento em Brasília do ex-deputado Luiz Carlos Sigmaringa Seixas, de quem se diz amigo, o ex-presidente e presidiário Lula sabia que a pretensão não tinha respaldo legal, mas o objetivo era desgastar a Justiça. Quando em 2013 morreu o velho amigo Jorge Ferreira, dono de bares e restaurantes em Brasília e muito mais ligado a ele que Sigmaringa, Lula ignorou o enterro. Como presidente, não gostava nem mesmo de sobrevoar áreas inundadas.

Quando era presidente, a assessoria de Lula atribuía a D. Marisa o veto a visitas dele a áreas devastadas por fenômenos como enchentes.

Em 2010, com isopor na cabeça, Lula não saiu da praia na Bahia para visitar área de deslizamento no Estado do Rio de Janeiro que matou dezenas.

Jato da TAM caiu em Congonhas, matando 199 em 2007. Lula jamais visitou o local e só anos depois receberia familiares das vítimas.

Lula não foi a velórios senão de figuras que garantiriam visibilidade internacional: como nas mortes de Nelson Mandela e Fidel Castro.

Em dezembro de 2011, o abusador João de Deus disse que “cuidava da alma” de Lula, após o diagnóstico de câncer. Pelo sim, pelo não, Lula se submeteu a tratamento no Sírio-Libanês, o melhor do País.

A ideia de jerico de fixar a posse do presidente da República no dia 1º de janeiro, feriado global, esvaziou a solenidade, por impossibilitar que chefes de Estado e de Governo compareçam. Foi uma presepada coletiva durante edição da Constituição de 1988. A antecipação da antiga data (15 de março) fez com que as posses presidenciais fossem prestigiadas quase que exclusivamente por homólogos sul-americanos.

EUA, Alemanha, França, Reino Unido, México e até mesmo vizinhos como Argentina, Chile e Uruguai têm posses fora do período de festas.

O assassinato do ex-senador capixaba Gérson Camata, nesta quarta-feira (26), em Vitória, serviu para mostrar que fazem todo o sentido os cuidados de segurança para a posse de Jair Bolsonaro.

Gérson Camata foi certamente um dos políticos mais gentis que já atuaram no Congresso Nacional. Era do tipo que sabia ser firme nas posições, mas era elegante no relacionamento até com adversários.

O governo americano reservou 80 apartamentos no hotel Golden Tulip, onde se hospedou o então presidente Barack Obama, para a posse de Bolsonaro. O hotel fica a poucos metros do Palácio do Alvorada.

Enquanto a Polícia Federal confirmava investigação sobre sua suposta participação na divisão de propina de R$ 8,5 milhões para ajudar a aprovar projeto de interesse da Braskem, Renan Calheiros falava da visita ao presidiário Lula com senadores lulistas derrotados nas urnas.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu chega ao Rio para acompanhar a queima de fogos do Réveillon. Ele avalia até acompanhar a posse de Wilson Witzel antes da posse de Bolsonaro.

…se o público previsto na posse de Bolsonaro se confirmar, será quase o triplo dos presentes na posse de Lula.

NO O ANTAGONISTA
Gentili: “Alguém tem o contato do Queiroz?”
Quinta-feira, 27.12.18 07:50
É de Danilo Gentili, no Twitter, a melhor síntese sobre a entrevista de Fabrício Queiroz ao SBT, no qual o ex-assessor de Flávio Bolsonaro disse que movimentou 1,2 milhão de reais em sua conta (600 mil entrando, 600 mil saindo), fazendo negócios com carros usados.
“Tô vendendo um Palio. Laranja. Alguém tem o contato do Queiroz?”, escreveu Gentili.
Alguém explique aos pitbulls que Gentili não é esquerdista.

Números provam que militares controlaram o caos no Rio
27.12.18 07:25
Ainda se tenta dizer que a intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro, que termina hoje, foi um fracasso, mas a realidade dos números mostra o contrário.
Nove meses depois, diminuíram 8 dos 12 tipos de crimes monitorados pelo Instituto de Segurança Pública, como mostra O Globo.
Alguns exemplos: na comparação do período de março a novembro de 2017 a 2018, houve redução de 13,6% no número de homicídios dolosos; de 19,58% no de roubos de cargas (que alimenta as organizações criminosas); 7,7 no de roubo de veículos; 7,3 no de roubo a transeuntes; de 2,5% no roubo de celulares.
O caos foi controlado pelos militares. Não é milagre. É preciso organização, planejamento, rigor e continuidade no combate ao crime. Mas só autoridades honestas podem ter tudo isso.

Preso doleiro procurado pela Lava Jato
27.12.18 07:00
O jornal ABC Color informa que o doleiro Bruno Farina, sócio de Dario Messer, “o doleiro dos doleiros”, foi preso no Paraguai pela Interpol.
Ele era procurado no âmbito da Operação Câmbio Desligo, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro que investiga como a organização criminosa de Sérgio Cabral lavava dinheiro.
Farina daria um ótimo delator, desde que disponha a falar de todas as operações que fazia, para além daquelas que serviam a Cabral.

Dessalinização já é feita no Brasil desde 2004, diz governo
Quarta-feira, 26.12.18 21:30
A dessalinização, apontada por Jair Bolsonaro como solução a ser buscada em Israel para a seca no Nordeste, já é feita no Brasil desde 2004, disse o Ministério do Meio Ambiente a O Globo.
Segundo o governo, a ação atende hoje 230 mil pessoas e não conta com parceria do governo israelense.
O ministério afirmou ainda que a tecnologia – que capta águas subterrâneas salobras e salinas, dessaliniza e distribui por meio de chafarizes – “é a mesma utilizada nas grandes usinas” do gênero em outros países.

Mulher de João de Deus pode ser indiciada como coautora
26.12.18 21:10
Ana Keyla Teixeira, a mulher de João de Deus, poderá ser indiciada como coautora dos supostos crimes de posse ilegal de arma e lavagem de dinheiro, informa a Folha.
A informação foi confirmada pela delegada Paula Meotti, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, onde Ana Keyla foi ouvida hoje, em Goiânia.
A mulher do médium, segundo sua defesa, classificou as denúncias como caluniosas. Mais cedo, em depoimento ao MP-GO, João de Deus disse não se lembrar das mulheres que o apontam como autor de abuso sexual.

Fabrício Queiroz diz ter tido um câncer diagnosticado
26.12.18 20:30
Na entrevista à repórter Débora Bergamasco, do SBT, Fabrício Queiroz também negou ter repassado dinheiro ao senador eleito Flávio Bolsonaro.
“Toda hora bate alguém no gabinete [de Flávio na Alerj] pedindo R$ 10, R$ 20. (…) É proibido falar em dinheiro no gabinete. É uma covardia isso que está acontecendo comigo e com o deputado Flávio Bolsonaro”.
O ex-assessor do senador eleito também negou as acusações de que atua como laranja. “Não sou laranja, sou homem trabalhador.”
Queiroz afirmou, ainda, que a filha Nathalia não dava expediente na Alerj porque a Assembleia “não tem espaço para todos os funcionários”.
“A minha filha, se não me engano, sempre cuidou da mídia do deputado. Ela vai dar os esclarecimentos.”
O ex-motorista de Flávio Bolsonaro também disse ter faltado aos dois depoimentos marcados pelo MP-RJ em razão de dores crônicas e da descoberta de um tumor maligno no seu intestino.
“Não tô fugindo do MP. Quero muito prestar o esclarecimento”, acrescentou.

Fabrício Queiroz diz ao SBT que dinheiro vem de negócios com carros
26.12.18 19:40
Fabrício Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, reapareceu – e disse em entrevista ao SBT que parte do R$ 1,2 milhão que movimentou vem de negócios como compra e venda de carros.
É a primeira entrevista do ex-assessor do senador eleito desde que o Coaf detectou a “movimentação atípica” em sua conta bancária. Assessor da Alerj, Queiroz recebia cerca de R$ 23 mil mensais.
“Eu sou um cara de negócios, eu faço dinheiro. Compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo carro. Sempre fui assim, gosto muito de comprar carro de seguradora. Na minha época, lá atrás, comprava um carrinho, mandava arrumar, revendia – tenho uma segurança.”
Questionado sobre os depósitos feitos na sua conta, Queiroz disse que pretende dar a resposta ao MP-RJ – ele já faltou a dois depoimentos no órgão.

Eletrobras quer investir R$ 12 bi para concluir Angra 3
26.12.18 19:30
A Eletrobras planeja investir R$ 12 bilhões em Angra 3 entre 2019 e 2023, informa a Folha. As obras da usina estão paradas desde 2015, com cerca de 60% de sua execução.
Sua retomada é questionada por especialistas do setor elétrico, que veem risco de alta das tarifas de energia para os consumidores.
Para viabilizar a retomada da construção, a gestão Michel Temer decidiu dobrar a tarifa da energia que será vendida pela usina aos consumidores. A intenção é atrair um parceiro privado que coloque dinheiro na finalização das obras.
​A equipe do próximo governo, de Jair Bolsonaro, também já manifestou a intenção de concluir a usina.
As obras de Angra 3 foram alvo da Lava Jato, e suspeitas de irregularidades em seus contratos levaram até à prisão do presidente da Eletronuclear, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva.

Assassino de Camata é identificado
26.12.18 19:16
O economista Marcos Andrade, de 66 anos, confessou o assassinato do ex-governador capixaba, Gérson Camata, informa Gustavo Alves em Crusoé. Ele já está preso pelo crime.
Em 2009, em entrevista a O Globo, Andrade acusara o então senador, de quem foi assessor por 20 anos, de caixa dois e de reter parte do salário de assessores.
Leia a reportagem completa em Crusoé

Embaixador diz que premiê de Israel estará na posse de Bolsonaro
26.12.18 18:50
O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, disse a O Globo que o premiê Binyamin Netanyahu estará presente à posse de Jair Bolsonaro em Brasília, no dia 1º.
Shelley contestou reportagem de ontem da Folha, segundo a qual Netanyahu se encontraria com Bolsonaro no Rio de Janeiro, mas voltaria a Israel antes da posse.
Segundo o embaixador, além de falar com o presidente, Netanyahu terá conversas com ministros do próximo governo, entre os quais os da Defesa (Fernando Azevedo e Silva) e das Relações Exteriores (Ernesto Araújo).
A ideia, acrescentou Shelley, é montar uma “agenda completa para o futuro”.

Deputado-presidiário integra comissão de plantão no Congresso
26.12.18 18:20
Celso Jacob, preso em regime semiaberto por falsificação de documento público e dispensa indevida de licitação, continuará a deixar a Papuda para trabalhar mesmo no recesso, informa o Estadão.
O deputado do MDB fluminense foi indicado por seu partido para integrar a comissão representativa do Congresso, que atua em caráter de plantão neste período.
O grupo tem 07 senadores e 17 deputados e responde por demandas urgentes que possam surgir entre 23 de dezembro e 1º de fevereiro. Na prática, só é acionado em casos excepcionais.

STJ mantém prefeito de Niterói preso
26.12.18 17:10
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, do PDT, e o empresário João Carlos Félix Teixeira, denunciados pelo MP-RJ por organização criminosa e corrupção ativa e passiva, vão continuar presos, informa Fausto Macedo.
A decisão é de Rogério Schietti Cruz, ministro do STJ, que indeferiu os pedidos de liminar em habeas corpus apresentados pelas defesas.
Presos preventivamente desde o dia 10 deste mês, Neves e Teixeira são acusados de ligação com um suposto esquema de crimes contra a administração pública do qual fazia parte, entre outros, o multicondenado Sérgio Cabral.

Passado o Natal, Renan ataca Marco Aurélio
26.12.18 16:10
Mal passou o Natal e Renan Calheiros já atacou Marco Aurélio Mello nas redes sociais, registra a Época.
O senador alagoano esbravejou contra a decisão do ministro do STF que ordena voto aberto na escolha do novo presidente do Senado. Disse que Marco Aurélio “espanca” a separação entre os Poderes.
Renan quer voltar a presidir a Casa e acha que isso será mais difícil se os colegas forem vistos votando nele.

NO BLOG DO JOSIAS
Gleisi fala da ruína como se Dilma não existisse
Por Josias de Souza 
Quarta-feira, 26/12/2018 | 18h40
Às vésperas do Ano Novo, Gleisi Hoffmann, a presidente do PT, ensaia um estilo de oposição inovador, com viés humorístico. A novidade está presente em duas notas que Gleisi veiculou no Twitter. Nelas, a dirigente petista faz considerações sobre a ruína econômica e sua consequência mais nefasta: o desemprego. O assunto é trágico. 
Fica engraçado porque Gleisi rodopia ao redor da tragédia econômica como se nela não estivessem gravadas as digitais do petismo e de Dilma Rousseff. 
"Chega a ser comovente neste final de ano o esforço da mídia e parte de seus articulistas pra dizer que as coisas estão melhorando no Brasil. Só não dizem para quem", anotou Gleisi. "Divulgam índices econômicos (arrecadação, investimentos, empregos) insignificantes e de lenta, muito lenta evolução." 
A presidente do PT acrescentou: "No emprego, por exemplo, se nada for feito diferente, levaremos 10 anos pra recuperar os índices de 2014. A economia pode esperar este tempo, a vida das pessoas não. Ah, e nada vai ser feito diferente. Já foi dito por quem assumirá o Poder."
Ex-ministra-chefe da Casa Civil no governo Dilma, Gleisi despachou no quarto andar do Planalto entre junho de 2011 e fevereiro de 2014. Testemunhou a construção dos alicerces do desastre. Ela bem sabe que, entre 2013 e 2016, a economia brasileira encolheu 6,8%. Graças ao governo empregocida de Dilma, a taxa de desemprego saltou de 6,4% para 11,2%. Foram ao olho da rua algo como 12 milhões de trabalhadores. 
Em 2014, quando Gleisi trocou o Planalto por uma malograda campanha ao governo do Paraná, os únicos empreendimentos que prosperavam no Brasil eram a corrupção e a incompetência governamental. Os dois fenômenos compõem a obra de Lula, pois foi nos governos dele que nasceram o Mensalão e o Petrolão. Foi de autoria de Lula também a fábula estrelada pelo mito da gerentona. Na visão anedótica de Gleisi, o abismo econômico foi cavado por Michel Temer. O mais risível é que, no limite, Lula é responsável também pela perversão moral do governo Temer. Foi nos mandatos de Lula, sobretudo no segundo, que o MDB de Temer virou sócio do PT na indústria de propinas. Foi Lula quem abençoou a conversão de Temer em vice na chapa de Dilma. 
Pessimista, Gleisi avalia que, sob Jair Bolsonaro, os desempregados comerão o pão que o Tinhoso amassou. "Se nada for feito diferente, levaremos 10 anos pra recuperar os índices de 2014", ela antevê. Reza a teoria econômica que o emprego, quando derretido por uma recessão colossal como a que Dilma inaugurou, é o último indicador a se recuperar na fase de retomada da atividade econômica. 
Eleito graças ao antipetismo, maior força eleitoral da campanha de 2018, Bolsonaro já declarou que não pretende pleitear a reeleição. Mas Gleisi, ao raciocinar com o prazo de uma década, parece antever uma vida longa para a era do capitão. É como se a presidente do PT começasse a tomar gosto pelo novo papel que decidiu desempenhar. Gleisi se autoconverteu em piada. 
(...)


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