SEGUNDA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
A trapaça contra a ação saneadora de Moro
Segunda-feira, 26.11.18 09:11
A Folha apurou que um grupo de parlamentares pressiona Rodrigo Maia a votar logo o projeto de lei que afrouxa a punição a crimes de colarinho branco, entre outros delitos.
“Integrantes do PP — uma das siglas mais implicadas no escândalo da Petrobras e a terceira maior bancada na Câmara —, entre outros partidos, dizem ser essa uma das condições para o apoio a Maia, que tentará a reeleição ao cargo em fevereiro.”
Ouvido pelo jornal, Sérgio Moro disse que entende que o projeto polêmico deveria ser votado apenas na próxima legislatura.
Na verdade, essa estrovenga nem deveria ir a votação.
É melhor Moro ir se acostumando com esse tipo de trapaça contra ações saneadoras.

Auxílio-moradia: e então, Fux, vai ser parte ou vai ser tudo?
26.11.18 09:45
Luiz Fux vai derrubar a liminar que garante o pagamento de auxílio-moradia, quando Michel Temer sancionar o reajuste aos ministros do STF?
Os juízes pressionam para que Fux derrube em parte, mantendo o privilégio para determinados casos.
O que os pagadores de impostos esperam é que derrube totalmente.

A verdade e a mentira sobre o reajuste dos ministros do STF
26.11.18 07:45
Na semana passada, O Antagonista publicou que a Associação de Magistrados Brasileiros divulgou entre juízes a notícia de que Michel Temer já havia sancionado o reajuste dos salários dos ministros do STF — com efeito cascata sobre todo o Judiciário. E que a decisão presidencial seria divulgada nesta semana.
O Planalto negou. O site pediu, então, uma nota oficial. Não veio.
O Globo publica agora que Temer disse “a interlocutores” que a aprovação presidencial do reajuste se dará nesta quarta-feira.
O Antagonista sabe que “os interlocutores” é Dias Toffoli.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Dilma, a Vigarista, merecia virar sucessora de Maria I, a Louca
A devassa do Quadrilhão do PT transformou em ré a presidente que restaurou a escravidão com o parto do Mais Médicos
Por Augusto Nunes
Segunda-feira, 26 nov 2018, 08h03 - 
As recentes revelações sobre o programa Mais Médicos transformaram Dilma Rousseff numa Princesa Isabel às avessas. Abolida em maio de 1888 pela filha de Dom Pedro II, a escravidão foi restaurada em agosto de 2013 por uma filhote de Lula. Foi a mais bisonha governante da História a parteira da obscenidade que levou o Brasil a importar, e manter em cativeiro, milhares de cubanos reduzidos a mercadoria pela ditadura que controla a ilha-presídio desde janeiro de 1959.
O avanço da devassa do chamado Quadrilhão do PT também transformou em ré a presidente que, entre uma frase sem pé nem cabeça e uma medida destinada a apressar o naufrágio econômico que pilotou, ajudava a administrar uma fábrica de propinas multimilionárias. Dilma passou cinco anos caprichando na pose de ilha de honradez cercada de larápios por todos os lados. O desbaratamento da superquadrilha atesta que o poste fabricado por Lula é tão honesto quanto seu fabricante.
Depois da vitória na eleição de 2014, o marqueteiro João Santana andou afirmando que a chefe tinha tudo para ocupar, no imaginário do brasileiro, o papel de rainha. A maluquice começa a fazer sentido. A primeira a reinar nestes trêfegos trópicos foi Dona Maria, a Louca. Ninguém deveria surpreender-se caso Dona Dilma, a Vigarista, aparecesse com uma coroa na cabeça desprovida de neurônios.

NO BLOG DO NOBLAT
Bolsonaro, um homem de palavra
Da oposição espera-se a mesma coerência
Por Ricardo Noblat
Segunda-feira, 26 nov 2018, 08h00
É simples: aos derrotados nas eleições de outubro passado cabe se opor, aderir ou manter-se neutro em relação ao futuro governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Não cabe pôr em dúvida sua legitimidade como fez o ex-senador Aécio Neves (PSDB-MG) depois de vencido por Dilma Rousseff (PT) quando ela se reelegeu em 2014.
Aécio explicou mais tarde que denunciara a chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico e político “só para encher o saco”. Tal atitude leviana serviu para enfraquecer um governo que ainda mal se reiniciara – e que se reiniciara mal. Serviu ao impeachment. E serviu de algum modo para enterrar o próprio Aécio.
Se tivesse ficado quieto, fingindo-se de morto, talvez ele hoje fosse o presidente da República, o que não seria exatamente o melhor para o País. Como Dilma, Aécio também desviou dinheiro público, tentou pagar dívidas com o dinheiro alheio, e deu no que deu. Ainda assim se elegeu deputado federal pelo pau do canto.
Bolsonaro foi eleito com 55,13% dos votos válidos contra 44,87% de Fernando Haddad (PT). Na noite de sua vitória fez dois discursos – um belicoso, com críticas à mídia, o outro conciliador prometendo defender a Constituição. De lá para cá, invocou a Constituição várias vezes como seu guia na contramão do que dissera na campanha.
Enquanto não atentar contra ela, só resta aos democratas respeitá-lo mesmo discordando de algumas ou de todas as suas ideias de governo. Seria ingenuidade desmedida acreditar que, uma vez eleito, ele recuaria dos seus propósitos. O que fez até agora está de acordo com o que sempre pregou. Da oposição exige-se a mesma coerência.

NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
Vagas de médicos cubanos que desertaram começam a ser ocupadas esta semana
O Correio do Povo abriu manchete, hoje, sobre o caso.
As 630 vagas abertas pela deserção em massa dos médicos cubanos foram preenchidas no RS em tempo recorde e boa parte deles começará a trabalhar esta semana.
A previsão é do diretor do Departamento de Ações de Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, Elson Farias.
Ele disse que existem 2.158 equipes de Estratégia da Saúde da Família no Estado.
Em todo o Brasil, a situação é parecida.
O caos social que a ditadura comunista cubana queria produzir no País, visando a estabelecer crise política para perturbar a transição, não aconteceu. Além disto, a deserção em massa de 8.532 acabou sendo uma solução para reclamações constantes dos médicos brasileiros.
Além disto, o governo Temer foi de uma eficiência espetacular, porque em menos de uma semana confeccionou editais, permitiu inscrições e contratou médicos brasileiros para as 8.532 vagas.
Segunda-feira, 11/26/2018 08:30:00 AM


Dono da OAS entrega-se e é preso em Curitiba
O empresário César Mata Pires, dono da OAS, acaba de se entregar na Polícia Federal de Curitiba.
Ele era procurado pela Lava Jato.
Mata Pires estava no exterior, desembarcou no Brasil e foi preso.


NO BLOG DO GABEIRA
MAIS MÉDICOS, MENOS FANTASIA
Segunda-feira, 26.11.2018 em BLOG
Os cubanos foram embora. O Programa Mais Médicos não existe mais, tal como foi criado no governo Dilma. Sou otimista quanto ao futuro do programa. Talvez possa ser feito de uma forma melhor.
Breve, a discussão ideológica ficará para trás, e então poderemos nos concentrar no que realmente interessa: a saúde de milhões de brasileiros.
A grande oportunidade que está diante de nós é a ida de milhares de jovens médicos brasileiros para o interior. As condições salariais são atraentes. O dinheiro ficaria no Brasil. Mas não é esse o principal ganho. O encontro de milhares de jovens da classe média urbana com os rincões do Brasil pode representar para eles um grande aprendizado.
Já houve grandes momentos históricos em que esse encontro se deu. Na Rússia, no século XIX, quando milhares de estudantes foram compartilhar o cotidiano dos camponeses. Havia muito romantismo, ideias revolucionárias, uma visão idealizada dos pobres do campo. Embora o resultado tenha sido revoluções esmagadas, foi um período rico para a própria cultura russa.
Aqui, no Brasil, as idealizações não são as mesmas. Minha impressão é que os brasileiros vão encontrar no interior surpresas positivas sobre as pessoas que vivem lá. Os russos se decepcionaram porque esperavam ver nos camponeses um reflexo de suas fantasias urbanas.
A ida dos médicos brasileiros teria o mesmo valor pedagógico que a carreira oferece aos militares: percorrer diferentes pontos do País, sentir a diversidade, acreditar mais ainda no potencial do Brasil.
Não há contraindicação ideológica. Ouso dizer mesmo para uma juventude de esquerda dos grandes centros: o choque cultural seria benéfico. Certamente, sairia mais realista.
Meu primeiro trabalho na TV, creio em 2014, foi sobre uma cidade do Maranhão chamada Buriti Bravo. Já era uma aproximação com o Programa Mais Médicos. Uma visita às cidades mais desamparadas, no Maranhão e no Amapá.
Semana passada, procurei algumas pessoas, como o escritor Antonio Lino, que fez uma dezena de viagens para escrever sobre o Mais Médicos. E também o sanitarista Hermano Castro, da Fiocruz.
Minhas primeiras conclusões: o programa é essencial para as cidades cobertas; ele pode ser feito majoritariamente por brasileiros, o que não significa que alguns estrangeiros não possam participar, dentro das regras do jogo. Constatei também que o gargalo é a formação desse tipo de médico. Isto estava previsto no programa de Dilma, mas não foi bem desenvolvido.
É preciso ser realista. Apesar dos salários, ainda é muito difícil fixar um jovem médico no interior. A realidade me leva de novo ao mundo das ideias.
A única maneira de atenuar realmente o problema é uma valorização simbólica desse tipo de trabalho. Transmitir um pouco, por exemplo, a chama que ilumina um grupo como o Médicos Sem Fronteiras, que leva ajuda a pessoas em grandes dificuldades. No caso, o governo comprar essa ideia talvez não ajude tanto quanto se fosse aceita pelo mundo cultural. Não proponho heróis positivos, são pessoas de carne e osso que merecem um reconhecimento maior.
Tanto os cubanos quanto a esquerda encaram esse trabalho como o produto de uma visão socialista, e desafiamos a verem na Medicina um mercado, e não adotarem suas teses.
Esquecem que a exportação de serviços médicos é um importante item no comércio exterior cubano. É um negócio de Estado. Não só o Médicos Sem Fronteiras, mas inúmeras organizações humanitárias no mundo demonstram que essa presença ao lado dos mais fracos não é, unicamente, uma consequência da visão socialista.
Para completar a semana, ouvi uma conferência do ministro alemão Cristoph Bundscherer num painel sobre indústria 4.0. Paradoxalmente, ele falava de um futuro tecnológico com diagnósticos à distância, portanto, com menos médicos.
Se combinarmos a formação dos novos médicos com uma abertura para o mundo tecnológico, é possível atenuar esse grande problema brasileiro.
No momento, temos um pepino. No futuro, talvez nos lembremos da passagem dos cubanos apenas como um doloroso aprendizado. É raro um contrato ser rompido assim, numa área tão sensível, sem que tenhamos salvaguardas. Isso faz parte do legado. Ideologias se interessam pelas ideias, não pelas pessoas.
(Artigo publicado no Globo em 26/11/2018)

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