SEGUNDA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Bolsonaro: ‘Seria levado para o lado do nepotismo’
Quinta-feira, 22.11.18 10:33
Jair Bolsonaro disse para a imprensa que o plano de nomear seu filho para a Secom deve “morrer”, porque ele não quer ser acusado de nepotismo:
“O nome do meu filho foi levantado. Passei para O Antagonista, que ligou para mim. Não tem nada certo, acho difícil que ele aceite ir para lá. Seria levado para o lado do nepotismo. Nunca pratiquei isso, não me interessa fazer.”

Mais de 6.000 inscrições no Mais Médicos
22.11.18 11:18
O Ministério da Saúde aponta que já foram registradas, até as 9h da manhã, 6.394 inscrições para o edital do Mais Médicos.
Deste total, 2.812 foram efetivadas — sendo que 2.209 já foram alocados para as vagas.

Nabhan quer acabar com ‘favelas rurais’ do MST
22.11.18 11:14
O pecuarista Luiz Antônio Nabhan Garcia disse nesta quarta-feira, 21, que será o secretário especial de Assuntos Fundiários do governo Jair Bolsonaro.
A O Globo, Nabhan diz que sua principal missão será acabar com os assentamentos do MST, que ele chama de “favelas rurais”.
“Haverá uma reforma agrária começando pela reestruturação dos assentamentos que se transformaram em favela rural. Os assentamentos que são improdutivos, que são onerosos, e que se transformaram em favela rural, nós vamos ter o desafio de transformá-los em pequenos produtores de agricultura familiar.”
Nabhan disse também que não vai manter “nenhum tipo de diálogo” com quem invade propriedades.
“Não adianta o MST dizer que é movimento social e invadir propriedades. Quem invade propriedades comete um crime, e quem comete um crime não pode ser beneficiado com nada.”

Cuba trocou Mais Médicos pelo Porto de Mariel
22.11.18 09:08
Os telegramas sobre o Mais Médicos, revelados pela Folha de S. Paulo, mostram que Cuba ofereceu o programa ao governo de Dilma Rousseff em troca do pagamento de suas dívidas no Porto de Mariel.
O Brasil pagou Cuba a fim de que Cuba devolvesse o dinheiro emprestado pelo BNDES para a obra da Odebrecht (e, mesmo assim, o BNDES tomou um calote).
Essa é a caixa-preta do PT a que se refere Jair Bolsonaro.

Quatro estrelas no STF
22.11.18 08:20
Após perder o general Fernando Azevedo e Silva para Jair Bolsonaro, que o escolheu para o Ministério da Defesa, Dias Toffoli está à procura de outro militar para ser seu assessor especial no STF, diz a Crusoé.
O comando do Exército vai indicar-lhe o melhor nome.
Leia aqui.

Dou-lhe três
22.11.18 08:00
Jair Bolsonaro vai receber um presente de Michel Temer.
No próximo dia 29, diz o Estadão, “o governo vai divulgar os editais de licitação de 12 aeroportos, 4 portos e uma ferrovia. Como o trâmite leva 100 dias, Bolsonaro poderia realizar os leilões em março de 2019.
A arrecadação estimada é de R$ 1,5 bilhão e os investimentos previstos somam R$ 6,4 bilhões”.

NO O GLOBO
Bolsonaro cita nepotismo e diz que filho não deve chefiar comunicação do governo
Presidente eleito destaca, porém, que Carlos Bolsonaro é 'extremamente competente'
Por André de Souza
Quinta-feira, 22/11/2018-10:13
BRASÍLIA — O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que dificilmente seu filho, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, assumirá a chefia da comunicação em seu governo. Ele destacou que isso poderia ser interpretado como nepotismo.
Não tem nada certo (para a comunicação). Dificilmente ele vai para lá, dificilmente aceitaria. Seria levado para o lado do nepotismo. Nunca pratiquei isso, não interessa fazer isso. Agora, é uma pessoa extremamente competente - disse Bolsonaro.
Ele afirmou também que vai ao casamento do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), marcado para esta quinta-feira. Onyx, que será seu ministro da Casa Civil, está coordenando os trabalhos da equipe de transição.
— Vou. Minha esposa veio aqui inclusive para isso. Quando o homem está cansado de ser feliz, o que ele faz? Procura uma mulher, se casa com ela para ser mais feliz ainda. É o que Onyx está fazendo hoje - brincou Bolsonaro.

NO BR18
Quinta-feira, 22.11.2018 | 09h14
Filho de Bolsonaro de volta ao Rio
O vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos de Jair Bolsonaro, responsável pela administração das redes sociais do pai na campanha, usou a sua conta no Twitter para anunciar que reassumirá seu posto na Câmara do Rio de Janeiro, colocando um ponto final nas especulações de que poderia ser o titular da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
“Estes últimos 3 meses de licença não remunerada para acompanhar o que sempre acreditei se encerram. Semana que vem volto às atividades na Câmara de Vereadores do Rio”, disse Carlos, que vinha sendo criticado por estar em sua terceira licença seguida do legislativo municipal. “O meu ciclo de tentar ajudar diretamente chegou ao fim. São 18 anos de vida pública dedicados ao que acredito.” / José Fucs

22.11.2018 | 08h12
Culto ecumênico na posse
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, quer uma cerimônia mais curta e um ato ecumênico inédito na Catedral de Brasília para celebrar sua posse em 1º de janeiro, segundo a Folha. De acordo com assessores de Bolsonaro, as principais preocupações são o esquema de segurança e o tempo de duração do evento, já que ele deverá passar por uma cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia em 12 de dezembro, apenas 20 dias antes.
Integrantes do cerimonial do Congresso, porém, dizem que o protocolo deve ser mantido e que, se quiser reduzir a extensão da cerimônia de posse, Bolsonaro vai precisar fazer um discurso mais curto do que a meia hora de duração das falas de Lula e Dilma. Quanto ao culto ecumênico — Bolsonaro é católico e sua mulher Michelle, evangélica — será uma novidade para o dia de posse presidencial. Em 1995, quando Fernando Henrique Cardoso chegou ao Planalto, houve uma missa católica na catedral. / J.F.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
A força dos cidadãos
POR MERVAL PEREIRA
Quinta-feira, 22/11/2018 04:30
A votação simbólica com que o Senado retirou da pauta o projeto que suavizava a Lei da Ficha Limpa é simbólica também do poder que os cidadãos têm de barrar iniciativas que façam retroceder os avanços que já alcançamos no combate à corrupção, exercendo sua cidadania.
O próprio autor da proposta, o senador tucano Dalírio Beber, pediu que a votação não ocorresse. Não fez isso pressionado por sua consciência, nem por uma ação de seu partido, o PSDB, que mais uma vez se omitiu. Foi pressionado, isso sim, por centenas de mensagens de eleitores, e pela repercussão negativa que sua iniciativa teve na opinião pública.
O Congresso que se despede já tentara diversas vezes amenizar as punições aos deputados e senadores apanhados em crime de Caixa 2, e sempre teve que recuar. O projeto foi arquivado definitivamente, e espera-se que o renovado Congresso que toma posse em fevereiro demonstre na prática que, se não se renovou muito nominalmente, tenha se renovado em práticas políticas.
Além do repúdio da opinião pública à corrupção disseminada, uma das razões para a exitosa campanha eleitoral de Bolsonaro, há um fato concreto pela frente dos que ainda não entenderam que o País está em mudança: o juiz Sérgio Moro assume em janeiro o ministério da Justiça ampliado, com a prioridade de combater a corrupção e a lavagem de dinheiro.
Para combater o crime organizado, o dos traficantes e, também, o dos colarinhos brancos, aí incluídos os políticos. Uma das principais armas do combate à corrupção na vida política é a lei da Ficha Limpa, de iniciativa popular, que vem prestando um grande benefício à renovação política, não deixando se candidatar por oito anos políticos condenados em segunda instância. Como antes de 2010, quando a lei foi aprovada, a inelegibilidade valia por apenas três anos, houve a primeira tentativa de relativizá-la.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a Lei da Ficha Limpa deve ser aplicada retroativamente. O projeto ora abandonado modificava esse entendimento do Supremo, permitindo, por exemplo, que políticos tornados inelegíveis antes de 2010 pudessem disputar as próximas eleições municipais.
Essa foi apenas uma das diversas tentativas de anistiar excelências que a lei alcançara, iniciando uma limpa que as urnas de 2018 confirmaram. Entre elas, um projeto de lei que criminalizava o Caixa 2 em campanhas eleitorais mas, na verdade, dava uma espécie de anistia aos parlamentares e ex-parlamentares que tivessem sido financiados através desse mecanismo anteriormente à aprovação da lei.
A manobra, que tinha o apoio das lideranças dos principais partidos do Congresso – PMDB, PT, PSDB – com exceção da Rede e do PSOL, foi abortada por uma obstrução do deputado Miro Teixeira, da Rede. Como outras semelhantes, ela seria inócua, pois o Caixa 2 já é considerado crime em diversas leis, eleitorais ou de crimes financeiros, e o STF já se pronunciou a respeito.
De lá para cá, a vida ficou mais difícil para os que foram apanhados na malha fina da legislação, e até mesmo o indulto de Natal para corruptos foi barrado pelo STF. Esse último episódio do Congresso que se despede, com muitos que foram despedidos pelos eleitores, mostra apenas a força da opinião pública cada vez maior, facilitada pelos novos meios de comunicação, capazes de espalhar em poucos minutos o repúdio dos eleitores a uma iniciativa que vise a retroceder no combate à corrupção.
O governo Bolsonaro, que usa muito bem esses novos meios, terá um instrumento de contato com a sociedade para ajudá-lo no convencimento da opinião pública para a aprovação de temas polêmicos, como a reforma da Previdência. Mas não pode cair na tentação de dar “uma prensa” no Congresso, incentivando seus militantes a usarem as redes sociais para forçar uma aprovação de temas polêmicos.
Os eleitores farão isso naturalmente, se for o caso, mas não os robôs ou avatares guiados pelo Palácio do Planalto.

NO PUGGINA.ORG
VEM AÍ O LONGO TERCEIRO TURNO
Por Percival Puggina
Artigo publicado quarta-feira,  21.11.2018
O chamado período de transição é dos mais importantes para um novo governo. Mormente quando o novo pretende e precisa ser a antítese do velho. Os fatos já estão acontecendo e há que aprender deles e com eles. Vem aí o longo terceiro turno.
Já antes do pleito, percebida a inevitabilidade da derrota, o petismo começou a preparar a correspondente “narrativa” para uso nos planos interno e externo. Segundo ela, o partido teve frustrado seu projeto de volta ao poder em virtude de um suposto golpe desferido em dois tempos: a deposição de Dilma e a prisão de Lula. Os 58 milhões de eleitores que preferiram Bolsonaro simplesmente desaparecem dessa história.
Pergunto: não estava escrito na camiseta de José Dirceu, em verdadeira lição de resiliência, que “derrota não existe” e que “só perde quem desiste”? Pois é por esse caminho que seguirá o petismo, cujo momento mais difícil – é bom ter isso em mente – já passou. O PT atravessou a campanha levando um poste e pautas com mais de 50 anos. Doravante, seu trabalho se faz nas planícies oposicionistas. Será empurrado pelo desejo de revanche dos movimentos sociais, que verão estancadas suas fontes de financiamento; pela irada militância dos milhares de companheiros que perderão suas posições e se empenharão em retomá-las; pela mobilização dos militantes e ativistas estrategicamente instalados nos poderes e carreiras de Estado, no aparelho burocrático e no sistema de ensino. A estes, soma-se, ainda, parcela muito expressiva da chamada grande imprensa.
Talvez seja ela que patrocina a maior burla à opinião pública. Desde que o resultado eleitoral pareceu pender para o lado direito, TV Globo e coligadas, Globo News, jornal O Globo, Folha de São Paulo, Zero Hora, Veja, Época, entre outros, (...).
* Artigo exclusivo para a Gazeta do Povo. Em vista disso, a íntegra deve ser lida aqui: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/vem-ai-o-longo-terceiro-turno-8boyx11i1mzl4q0xq54arexmr/





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