SEGUNDA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 15 DE NOVEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
ROBERTO CAMPOS NO BC
Quinta-feira, 15.11.18 10:59
Roberto Campos Neto será o presidente do Banco Central.
Seu nome foi confirmado para O Antagonista pela equipe de Jair Bolsonaro.

Mais Mortos
15.11.18 10:54
“Algumas prefeituras receberam a informação de que Cuba orientou seus profissionais a suspenderem os atendimentos já nesta quarta-feira”, diz a Folha de S. Paulo.
Se o PT estava à procura de um cadáver para acusar Jair Bolsonaro, talvez agora consiga encontrar alguns.

“Carniça de corrupto”
15.11.18 10:40
Os militares devem dispor de 60% dos recursos do novo governo.
Um general que assessora Jair Bolsonaro disse a Vinicius Torres Freire, da Folha de S. Paulo, que o presidente eleito quer mandar uma mensagem: os ministérios antes tratados como “carniça de corrupto” agora estão protegidos.
A expressão “carniça de corrupto” foi usada pelo próprio general.

“Não aconteceu outro resultado”
15.11.18 10:21
O general Azevedo e Silva, futuro ministro da Defesa, foi perguntado pela Folha de S. Paulo se o Exército teria agido caso o STF houvesse libertado Lula, “como sugeriu o comandante Villas Bôas”.
Ele respondeu:
“Ele não quis dizer isso. Villas Bôas é um democrata, sabe o papel do Estado, da importância do Judiciário”.
O jornal insistiu:
“E se tivesse acontecido outro resultado?”
Ele cortou:
“Não aconteceu outro resultado”.

Só não vale sequestrar
15.11.18 09:56
Um estudo da USP mostrou que 93,4% dos médicos formados em cidades pequenas migraram para centros maiores.
O autor do levantamento disse para a Folha de S. Paulo que isso dificulta a troca dos médicos cubanos.
“É preciso saber se haverá políticas de incentivo à permanência dos médicos nesses lugares, o que hoje não existe.”
Sequestrar seus familiares, como faz Cuba, está fora de questão.

100% Bolsonaro
15.11.18 09:11
Perguntado se confiava 100% em Onyx Lorenzoni, Jair Bolsonaro respondeu:
“O Onyx é a pessoa mais adequada para responder à pergunta de vocês. Pelo que sei, ele não é réu em nada. 100%, ninguém. Só confio 100% no meu pai e na minha mãe”.
Nem em seus filhos e em seus generais ele confia 100%.

A vergonha dos brasileiros
15.11.18 09:03
A sabotagem da ditadura castrista contra Jair Bolsonaro só ocorreu porque o Brasil é vergonhosamente despreparado.
Leia um trecho do editorial do Estadão:
“A súbita decisão de Cuba de retirar todos os seus médicos de uma vez mostra o tamanho da irresponsabilidade do governo petista quando submeteu um programa social aos humores e interesses estratégicos de um regime ditatorial estrangeiro.
Tudo isso serve para relembrar que o Mais Médicos – remendo emergencial feito por um governo em apuros – só existe e se tornou essencial porque o Estado brasileiro falhou e continua a falhar miseravelmente em oferecer saúde pública com um mínimo de qualidade para boa parte dos cidadãos. A manutenção dessa situação deveria envergonhar brasileiros de qualquer ideologia.”

O PT será varrido do Itamaraty
15.11.18 08:48
A ordem de Jair Bolsonaro é varrer os petistas do Itamaraty.
Diz Eliane Cantanhêde:
“A principal recomendação do futuro presidente ao seu chanceler é eliminar vestígios, programas e diplomatas da Era PT, particularmente aqueles ligados a Celso Amorim. ‘Fazer uma limpeza, mudar tudo’, resume-se na equipe de Bolsonaro (…).
No Itamaraty, o clima é de apreensão. Na área militar, de comemoração. Num, o temor de uma caça às bruxas e um novo viés ideológico às avessas. Na outra, a certeza de que o PT será varrido e a política externa voltará à sua tradição de pragmatismo e respeito aos interesses nacionais.”

NO DIÁRIO DO NORDESTE
Gilmar Mendes cassa a própria liminar e afasta prefeito de Tauá; vice assume
21:51 / quarta-feira, 14 de novembro de 2018 ATUALIZADO ÀS 22:01
O presidente da Câmara Municipal, vereador Luís Tomaz Dino (PSD), vai convocar uma sessão extraordinária da Casa para dar posse ao novo prefeito.
Tauá passa a ter um novo prefeito nas próximas horas. Isso porque o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, revogou a própria liminar que garantia a permanência no cargo do prefeito cassado do município, Carlos Windson (PR). Com a decisão, o vice-prefeito, Carlos Frederico Citó César Rego, conhecido como Fred Rego (DEM), assume o cargo para cumprir o restante do mandato de dois anos. O presidente da Câmara Municipal, vereador Luís Tomaz Dino (PSD), vai convocar uma sessão extraordinária da Casa para dar posse ao novo prefeito.
"Estou feliz com a decisão e, ao mesmo tempo, preocupado com a situação do Município, uma verdadeira calamidade. Alunos estão há mais de quatro meses sem ir à escola, limpeza pública comprometida com greve de garis, e isso sem falar de salários de servidores atrasados e dívidas do município", relata o ainda vice-prefeito.
Cassado pela Câmara Municipal de Tauá por 11 votos a 4, em 12 de setembro, por infrações político-administrativas, Carlos Windson foi investigado por quatro denúncias pelo Legislativo, sendo condenado em duas delas. Inconformado com a decisão dos vereadores, ingressou com um recurso junto ao STF e obteve uma liminar, no dia 18, do ministro Gilmar Mendes para retornar ao cargo.
Cassação
Um dos pontos pelos quais Carlos Windson foi condenado diz respeito ao atraso no pagamento de servidores da Prefeitura, que se arrastava desde 2017. Para resolver o problema, Carlos Windson celebrou acordo com o Ministério Público do Ceará (MPCE) para regularizar a situação até fevereiro de 2018, comprometendo-se também a manter os pagamentos dos servidores em dia, o que não ocorreu. Com isso, o MPCE pediu o bloqueio dos bens de Carlos Windson em março de 2018, pelo descumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
A outra denúncia trata de negligência na defesa de bens do município em episódio de fraude a licitações no serviço de transporte escolar. O esquema foi descoberto pelo Ministério Público em junho de 2018 e três secretários municipais chegaram a ser afastados dos cargos por determinação do Juízo da 2ª Vara de Tauá. Procurado pela reportagem, o prefeito cassado, Carlos Windson, não atendeu nenhuma ligação.

NO ESTADÃO
Suíça atribui a PSDB movimentação suspeita de R$ 43 mi
Justiça suíça cita pela primeira vez em um documento oficial suspeitas sobre o financiamento de uma campanha presidencial do partido, ao mencionar um pedido de cooperação judicial entre o Brasil e o país europeu
Por Jamil Chade, CORRESPONDENTE do O Estado de S.Paulo
Quinta-feira, 15 Novembro 2018 | 05h00
GENEBRA - A Justiça suíça citou pela primeira vez em um documento oficial suspeitas sobre o financiamento de uma campanha presidencial do PSDB, ao mencionar um pedido de cooperação judicial entre o Brasil e o país europeu. No foco da apuração está uma movimentação de cerca de R$ 43,2 milhões bloqueados em contas na Suíça.
As informações constam em uma decisão do Tribunal Penal Federal da Suíça, de 26 de setembro deste ano, que rejeitou recursos apresentados pelos suspeitos para impedir que o processo de cooperação seguisse adiante.
Esse é o segundo caso de colaboração entre Brasil e Suíça que envolve o PSDB. Na primeira solicitação, Berna enviou ao Brasil os extratos bancários das contas atribuídas ao ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza. O Ministério Público da Suíça confirmou, entretanto, que, no caso dos R$ 43,2 milhões, o foco não é o ex-diretor da Dersa. 
Por estar ainda sob investigação, porém, os nomes dos suspeitos são mantidos em sigilo.
De acordo com o documento, o Ministério Público Federal brasileiro, em 27 de junho de 2017, apresentou um pedido de assistência judicial à Suíça “em um processo criminal instaurado contra B. e outros por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva”. A letra “B” se refere a um suspeito, cujo nome foi mantido em confidencialidade – a letra não se refere à inicial de seu nome. 
Segundo o documento, os suíços mencionam a investigação brasileira e o fato de ela ter uma relação com o financiamento de campanha do partido. De acordo com o tribunal da Suíça, a solicitação de cooperação do Brasil se refere a pessoas que seriam “suspeitas de terem concordado que o grupo C. deveria pagar, em troca da implementação de um contrato de empréstimo celebrado por eles com D. (uma joint venture brasileira ativa no desenvolvimento do serviço rodoviário, controlada por governo do Estado de São Paulo para a construção, exploração, manutenção e gestão de autoestradas e nós intermodais), o dinheiro para financiar a campanha presidencial do PSDB”. Os grupos C e D se referem a empresas cujos nomes tampouco foram revelados. 
O pedido de cooperação solicitava em 2017 que os suíços bloqueassem ativos em contas identificadas, que chegariam a R$ 43,2 milhões. De acordo com o Tribunal, isso seria “equivalente a mais de 10 milhões de francos suíços, valor total pago pelo Grupo C. em uma base de corrupção entre 2006 e 2012”.
Defesa 
Procurada, a cúpula do PSDB afirmou que a atual direção do partido não irá se pronunciar por enquanto, até saber exatamente do que se trata.

Médicos cubanos se surpreendem com decisão de rompimento de parceria no Mais Médicos
Profissionais não receberam avisos de supervisores e pedem tempo para preparar mudança. Gestores temem interrupção no atendimento
Por Fabiana Cambricoli, José Maria Tomazela e Vera Rosa para O Estado de S.Paulo
Quarta-feira, 14 Novembro 2018 | 23h42
SÃO PAULO E BRASÍLIA - Os médicos cubanos foram pegos de surpresa com o anúncio feito nesta quarta-feira, 14, pelo governo de Cuba de interromper a parceria com o programa Mais Médicos, vigente desde 2013. Profissionais ouvidos pelo Estado não haviam sido avisados por seus supervisores sobre a decisão.
“Fiquei sabendo pelos sites de notícias. Não recebi nenhum comunicado e ainda não tenho informação de como vai ser esse retorno”, disse um cubano, que pediu anonimato. Ele trabalha há quatro anos em uma aldeia indígena no Amazonas. “Antes de eu chegar, a aldeia não tinha médico. Meu contrato, teoricamente, ia até 2020.”
A médica cubana Yasmilsi Zaldivar Silva soube pelo Estado que o governo cubano decidiu deixar o programa Mais Médicos. “Não é possível, não me disseram nada ainda. Estou muito nervosa com essa notícia”, disse. Ela tinha acabado de sair da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Tapiraí, cidade de 8 mil habitantes, no interior paulista, e pretendia viajar para a casa de amigos em São Paulo, onde passaria o feriado. “Não sei o que dizer. Tenho minha casa, meus pacientes aqui no Brasil. Tenho uma programação de trabalho”, afirmou.
Em um grupo no Facebook que reúne médicos cubanos que atuam no Brasil, o sentimento também era de surpresa e insegurança. “Só quero que me avisem quando será o transporte massivo para nos prepararmos. Temos coisas aqui que precisaremos vender, não é algo que se faz de um dia para o outro”, disse outra médica cubana na página. 
Pelo Twitter , o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, saiu em defesa dos médicos cubanos que participaram do programa Mais Médicos. Ele afirmou que os médicos prestaram um “valioso serviço ao povo brasileiro” e que atitudes assim devem ser “respeitadas e defendidas”.
Setores da Saúde já davam como certo o encerramento da participação de Cuba no programa desde a confirmação da eleição de Bolsonaro para a Presidência. Durante a campanha, o então candidato Jair Bolsonaro havia proposto mudanças que sabidamente não seriam aceitas pelo governo cubano.
Gestores temem interrupção de atendimento; NE é o mais afetado
Preocupadas com a possível interrupção do atendimento em milhares de postos de saúde pelo País, entidades que representam municípios brasileiros defenderam uma solução do governo brasileiro para manter os médicos cubanos.
Em nota conjunta, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e o Conselho Nacional dos Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) afirmam que a rescisão do contrato aponta “para um cenário desastroso”, e pedem que o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro(PSL) reveja seu posicionamento sobre as mudanças no programa. “Em caráter emergencial, (as entidades) sugerem a manutenção das condições atuais de contratação, repactuadas em 2016, pelo governo Michel Temer, e confirmadas pelo Supremo Tribunal Federal, em 2017”, diz a nota.
De acordo com as entidades, a saída dos cubanos afetaria 3,2 mil cidades, com maior prejuízo para os indígenas, já que 90% dos atendimentos desse grupo são feitos por cubanos.
Prefeitos e governadores também demonstraram preocupação. O governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse que o fim do programa representa “mais um problema para gestores estaduais e para os municípios, que já estão quebrados.”
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), disse que “não é possível acabar com o programa de uma hora para outra”. “É preciso uma intervenção rápida. O governo tem o direito de mudar o programa, desde que tenha capacidade de suprir as demandas”, disse. A Bahia é o segundo Estado com o maior número de cubanos (822), atrás apenas de São Paulo (1.394). O Conselho de Secretários Municipais de Saúde de SP (Cosems-SP) também fez um apelo para que o governo brasileiro aja para tentar evitar que Cuba leve adiante sua decisão.
Alexandre Padilha, ministro da Saúde quando o programa foi implementado, no governo Dilma Rousseff (PT), lamentou a decisão. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele afirmou que nesta quarta era “um dia triste para a Saúde Pública e para a política externa do Brasil”. 
O Nordeste será a região que mais perderá médicos com a decisão do governo cubano, com 2.817 baixas. A população local, principalmente do interior, já teme as consequências. “No posto do meu bairro, só tem um médico para todos os pacientes. Se já é difícil agendar consulta com a ajuda dos cubanos, imagina sem eles”, diz a pescadora aposentada Zuleide Santos Pereira, de 57 anos, moradora de Pão de Açúcar, no interior de Alagoas. Ela elogia o trabalho dos estrangeiros. “Sempre foram muito atenciosos.”
O que é o programa
O Mais Médicos é um programa criado pelo governo federal para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta é levar mais profissionais para regiões com ausência ou escassez de médicos. O programa se propõe a resolver a questão emergencial da saúde básica.
Quando são abertos chamamentos de médicos para o programa, a seleção segue uma ordem de preferência: médicos com registro no Brasil (formados em território nacional ou no exterior, com revalidação do diploma no País); médicos brasileiros formados no exterior; e médicos estrangeiros formados fora do Brasil. Após as primeiras chamadas, caso sobrem vagas, os médicos cubanos são convocados.
Crise
Em abril do ano passado, o país caribenho decidiu suspender o envio de 710 médicos para trabalhar em cidades brasileiras. A medida foi uma mostra do descontentamento de Cuba com o número de profissionais que, terminado o prazo de três anos no Mais Médicos, ganharam na Justiça o direito de permanecer no Brasil. Na ocasião, 88 profissionais recorreram à Justiça para permanecer no Brasil, requerendo garantias pelo direito de continuar no programa. 
O Mais Médicos previa inicialmente que profissionais recrutados para trabalhar no programa ficassem por até três anos no País. Na renovação do acordo, em setembro de 2016, ficou determinado que a maior parte dos 4 mil recrutados no primeiro ciclo do convênio deveria regressar ao país de origem para dar lugar a novos profissionais.
A estratégia tem como objetivo evitar que cubanos estreitem os laços com o Brasil e, com isso, resistam a regressar para Cuba ao fim do contrato. Pelo acordo, a permissão de prorrogar o prazo desses profissionais por mais três anos seria dada apenas para aqueles que tivessem estabelecido família no Brasil ou criado vínculos.
STF julgou caso em 2017
- 8 de julho de 2013
A presidente Dilma Rousseff institui, por medida provisória, o Programa Mais Médicos, que inclui o recrutamento de profissionais estrangeiros para prestação de serviço em cidades brasileiras. Médicos passam a atuar mesmo sem o Revalida, certificação federal de revalidação do diploma. 
- 12 de setembro de 2016
Atendendo a um pedido da Frente de Prefeitos, o presidente Michel Temer renova o Mais Médicos por mais três anos. Na época, o programa funcionava com 18 mil médicos – 11,4 mil naturais de Cuba.
- 30 de novembro de 2017
O Supremo Tribunal Federal (STF) julga constitucional a lei que criou o programa, que era contestada desde agosto de 2013. A Associação Médica Brasileira (AMB), autora da ação, apontava promoção do exercício ilegal da Medicina. Na época, o hoje presidente eleito, Jair Bolsonaro, também questionou o Mais Médicos na Justiça.

NO O GLOBO
Geddel e Cunha viram réus por fraudes na Caixa
Henrique Eduardo Alves, Lúcio Funaro e Fábio Cleto também vão responder ao processo
O Globo, com G1
Quarta-feira, 14/11/2018 - 20:56 / 14/11/2018 - 21:27
BRASÍLIA - O ex-ministro Geddel Vieira Lima e os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, todos do MDB, viraram réus na última terça-feira no processo relacionado à Operação Cui Bono?, que investiga fraudes na liberação de créditos pela Caixa Econômica Federal.
Geddel chegou a ser vice-presidente do banco, enquanto os ex-parlamentares, segundo o Ministério Público Federal (MPF), tinham influência na área. A denúncia foi aceita ontem pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília. Outras 15 pessoas também vão responder ao processo, entre elas o doleiro Lúcio Funaro, que tornou-se delator e é apontado pelos investigadores como operador do MDB, e o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, que foi indicado por Cunha para o posto.
O magistrado deu 10 dias para as defesas dos réus apresentarem respostas à acusação e 15 dias para a Polícia Federal apresentar um relatório “pormenorizado sobre os bens e respectivas destinações apreendidos no interesse deste processo”. As transações financeiras que são alvo do processo envolvem os grupos Marfrig, Bertin, J&F, BR Vias e Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários. Ao longo das investigações, as empresas sempre negaram as irregularidades.
Cunha nega
Os investigadores afirmam que a estrutura basilar da prática das fraudes na Caixa era composta por três frentes: empresarial; funcionários públicos e grupo político e operadores financeiros. O advogado de Eduardo Cunha, Délio Lins e Silva, afirmou que as acusações são “requentadas, sem provas” e que “serão afastadas pela defesa” no curso da ação penal.
O advogado de Lúcio Funaro, Bruno Espiñeira, afirmou que o delator “segue efetivamente prestando todas as informações necessárias para as autoridades, elucidando uma centena de fatos e circunstâncias relacionadas a fatos delitivos cometidos no cenário nacional e internacional”. O defensor acrescentou que, durante o processo, Funaro continuará esclarecendo “todos os fatos necessários, sempre se pautando pela veracidade e verdade das informações, quase sempre corroboradas com documentos e demonstrações daquilo que efetivamente ele informa aos autoridades”.
Já o advogado de Henrique Eduardo Alves, Marcelo Leal, afirmou que o ex-deputado é inocente, o que, segundo ele, será provado ao longo da ação. As defesas de Geddel e Fábio Cleto não foram encontradas pela reportagem.

NO BLOG DO NOBLAT
O que Moro acha disso?
Um problema vultoso ou não
Por Ricardo Noblat
Quinta-feira, 15 nov 2018, 11h06 - Publicado em 15 nov 2018, 10h00
Sabia-se que o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro chefe da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, havia recebido em 2014 do Grupo JBS e por meio de caixa 2 o que Lula chamaria de titica – R$ 100 mil. Descoberto, ele devolveu a metade e prometeu devolver a outra mais tarde.
Descobre-se agora que em 2012, como presidente da seção gaúcha do DEM, Lorenzoni recebeu do mesmo grupo mais R$ 100 mil. Como ele reagiu? Em pronunciamento inflamado, disse tratar-se de uma “denúncia requentada”, mas não explicou por que uma vez que não se sabia dela.
À moda de Lula, acrescentou que poucos políticos ou talvez nenhum tenha se batido tanto contra a corrupção como ele. E que ao ser atingido pela denúncia de 2014, fez em seguida o que “uma pessoa certa” faria: devolveu o dinheiro. Uma “pessoa certa” não teria recebido, mas em todo caso…
O juiz Sérgio Moro, ministro da Justiça escolhido pelo presidente eleito, já havia perdoado Lorenzoni no caso da denúncia mais antiga. Até o elogiou. No caso da denúncia mais nova, ainda não foi ouvido a respeito. Mas Bolsonaro foi ouvido. E respondeu assim:
– É muito difícil você pegar alguém que não tenha alguns problemas, por menores que sejam. Os menores nós vamos ter que absorver. Se o problema ficar vultoso, você tem que tomar uma providência.
Duas denúncias de caixa 2 contra um ministro que ainda nem assumiu o cargo configuram um problema vultoso? Esqueceu-se de perguntar a Bolsonaro.

Bolsonaro com pena dos cubanos
Para acabar com a crueldade do PT
Por Ricardo Noblat
15 nov 2018, 09h00
À falta de um porta-voz, cabe muitas vezes aos filhos de Jair Bolsonaro explicar as suas decisões. Assim fez, ontem, no Twitter, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a propósito da volta dos médicos cubanos ao seu país. Foi um ato humanitário do pai, segundo o filho.
Ele escreveu: “Imagine você receber seu salário e o governo lhe tributar em 70% na fonte. Some a isso um longo período sem poder ver seus filhos. Imaginou? Essa é a realidade dos médicos cubanos. Isso é humano? Claro que não. Jair Bolsonaro quer combater essa crueldade instalada pelo PT”.
São 8.500 os médicos cubanos que deverão deixar o Brasil até o próximo dia 31 de dezembro. Não há de ser nada. O futuro governo certamente já sabe como e o que fazer para não deixar na mão os brasileiros atendidos pelos cubanos em 2.885 cidades. Em 1.575 delas, só havia os cubanos.
Em breve, uma vez que o Ministério da Saúde lançará edital para a contratação de quem queira substituir os cubanos nas regiões mais pobres e remotas do País, deverá chover médicos brasileiros interessados. Foi por falta deles que os cubanos vieram. Mas tudo mudará. Deus seja louvado.

Gleisi, a doidivana
Só vale o que ela quer
Por Ricardo Noblat
15 nov 2018, 07h00
Gleisi Hoffman, a irada presidente do PT, desqualificou a sentença do juiz Sérgio Moro que em julho de 2017 condenou Lula a 9 anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá. Acusou Moro de ser parcial e de perseguir Lula.
Seis meses depois e pelas mesmas razões, desqualificou a decisão unânime dos três juízes da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que confirmou a condenação de Lula e aumentou a pena para 12 anos e 01 mês de prisão.
A defesa de Lula recorreu da decisão do TRF-4. E outra vez por unanimidade, em março último, o Tribunal manteve sua decisão, o que abriria caminho para a prisão de Lula dali a um mês. “A Justiça foi parcial”, estrebuchou Gleisi para variar.
Agora ela foi além. Mal a juíza federal Gabriela Hardt começou a esquentar a cadeira que já foi de Moro no comando da Lava Jato, Gleisi decretou que ela não tem “imparcialidade” para julgar Lula. Ontem, Hardt interrogou Lula no processo do sítio de Atibaia.
Para Gleisi e o PT, Justiça isenta, merecedora de respeito, é só aquela que satisfaça suas vontades. Nada se parece mais com o autoritarismo de direita do que o seu oposto. É tudo a mesma coisa.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Dirceu agora erra até previsões sobre o passado
Depois da Lava Jato, Lula só teria chances de eleger-se em primeiro turno se for candidato a xerife de alguma ala de cadeia
Por Augusto Nunes
Quinta-feira, 15 nov 2018, 07h15
José Dirceu deveria estar há muito tempo na cadeia, e permanecer engaiolado até descobrir por que o vigarista promovido por militantes do PT a “guerreiro do povo brasileiro” só combateu os valores morais, as normas éticas, os bons costumes e, sobretudo, o Código Penal. Posto em liberdade pela desfaçatez da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, exerce o direito de ir e vir para repetir o mantra recitado pelos devotos desde que o deus da seita foi para o xilindró: “O PT tem que retomar a campanha pela anulação da condenação de Lula”.
No mais recente palavrório, o guerrilheiro de festim revelou que agora anda errando previsões até sobre o passado. “Sabemos que Lula venceria a eleição no primeiro turno, isso é um fato”, declamou o adivinho de galinheiro. Fato coisa nenhuma. Se tivesse trocado a cela pelo palanque, sofreria a mesma surra imposta a Fernando Haddad pelo Brasil que presta. O antigo fabricante de postes hoje só consegue tapear habitantes dos grotões nordestinos garroteados pela ignorância.
Mesmo antes que a Lava Jato mostrasse que o Pai dos Pobres era a fantasia preferida de um ladrão compulsivo, Lula nunca venceu uma eleição presidencial no primeiro turno. Agora que o Brasil sabe quem Lula é, o chefe do maior esquema corrupto de todos os tempos só terá chances de eleger-se em primeiro turno se for candidato a xerife de alguma ala de cadeia.

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