PRIMEIRA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 06 DE NOVEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 06 DE NOVEMBRO DE 2018

O “aparelhamento” da prova do Enem causou mal-estar no Palácio do Planalto e irritação no Ministério da Educação, em razão das questões nitidamente “contaminadas” pelo clima eleitoral. O principal alvo da indignação no MEC é a presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Maria Inês Fini, que escolhe os integrantes e também preside a comissão que elabora as provas.

O MEC confirmou que as provas são preparadas no Inep por comissão que sua presidente chefia. O Inep silenciou sobre o “aparelhamento”.

Além de endossar conceitos da ideologia de gênero, a prova do Enem até fez propaganda de um dicionário gay sobre expressões “secretas”.

A avaliação é que o tema da redação estimulou os alunos a atribuírem a derrota do PT a suposta manipulação de mensagens do WhatsApp.

“Aparelhadas” por grupos anti-Bolsonaro, as provas foram avaliadas como uma “provocação desnecessária”, na definição de um ministro.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) escolheu em 2008 instalar seu escritório de representação em Cuba, único país comunista entre os 21 da América Central, para “desenvolver competitividade de empresas brasileiras, promovendo a internacionalização dos seus negócios”. Foi um fracasso, claro: as exportações para Cuba caíram de US$526,6 milhões em 2008 para US$346,2 milhões em 2017. A Apex não explica seu fracasso na ilha.

Quem manda na Apex é o conselho deliberativo, chefiado pelo governo federal. A opção por Cuba foi do então presidente Lula, obviamente.

O BNDES financiou as obras do porto de Mariel ao custo de US$682 milhões. Até hoje a obra não gera novos negócios para brasileiros.

O governo cubano não paga as parcelas do porto há três meses. Deve US$20 milhões ao BNDES e US$30 milhões ao Banco do Brasil.

O tucano FHC e Celso Amorim (PT) mostram que são farinha do mesmo saco até quando lhes falta dignidade na derrota. A dupla agora se dedica à canalhice de falar mal do Brasil no exterior. Que vergonha.

No apagar das luzes, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), promovendo licitação, a ser encerrada em 31 de dezembro, para conceder espaço público a quiosques na orla do lago Paranoá. Um autêntico Baile da Ilha Fiscal. O abacaxi será herdado pelo sucessor.

Já nos estertores do governo do PT, o Detran-MG quebrou o monopólio do milionário mercado de registro de contratos de financiamento de veículos. Em poucos dias, o preço das empresas caiu de R$227 para R$150 por veículo. Economia anual de R$50 milhões para o cidadão.

Veículos brasileiros ainda chamam de “ativista” o terrorista Cesare Battisti, bandido comum recrutado em presídio para virar assassino de aluguel. Matou quatro e foi condenado duas vezes à prisão perpétua.

A ânsia do ministro Raul Jungmann (Segurança) por holofotes saiu do controle. Convocou três coletivas no domingo em endereços do Inep. Acabou “papagaio de pirata” de Temer, em declaração sobre o Enem.

A lista de autoridades nomeadas para a equipe de transição do governo Jair Bolsonaro inclui cinco pessoas que decidiram trabalhar, mas sem remuneração.

Em tom bem humorado, o presidente eleito Jair Bolsonaro chamou o jornalista José Luiz Datena, que liderou pesquisas ao Senado em SP, para “conversar” sobre o cargo de ministro das Comunicações.

…no fundo, críticos de Sérgio Moro no Ministério da Justiça se sentem mal por não serem capazes, como ele, de sacrificar-se pelo Pais.

NO DIÁRIO DO PODER
Ministro Edson Fachin arquiva inquérito contra ministro do TCU Vital do Rêgo 
O arquivamento foi feito a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge
Da Redação 
Segunda-feira, 05/11/2018 às 20:27 | Atualizado às 20:27
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento do inquérito que apurava o suposto recebimento de recursos não declarados para o financiamento de campanha - caixa dois - do ex-senador Vital do Rêgo, hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). 
O arquivamento foi feito a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, após concluir não haver provas suficientes para oferecer denúncia contra Vital do Rêgo. A investigação foi aberta com base na delação premiada de ex-executivos da empresa Odebrecht.
Os delatores Fernando Ayres e José de Carvalho Filho narraram que, entre os R$ 10 milhões em pagamentos feitos a políticos do PMDB, entre 2012 e 2014, a pedido de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras, R$ 350 mil teriam sido destinados para o caixa dois de Vital do Rêgo. “O relato dos colaboradores Fernando Luiz Ayres Cunha Reis e José de Carvalho Filho mostraram-se isolados e não permitem linha investigativa suficiente e juridicamente capaz de manter a presente instrução”, escreveu Raquel Dodge no pedido de arquivamento. 
A PGR destacou que Machado e outros envolvidos no esquema disseram desconhecer repasses a Vital do Rêgo, e que tampouco foram apontados os registros desses pagamentos nas planilhas da Odebrecht utilizadas para gerir o repasse de caixa dois. 
Ao deferir o arquivamento, Fachin escreveu que “a determinação de arquivamento, atendida em razão da ausência de provas suficientes de prática delitiva, não impede a retomada das apurações caso futuramente surjam novas evidências”. (ABr)

NO BLOG DO JOSIAS
Bolsonarinho quer trator ‘regimental’ na Câmara
Por Josias de Souza
Terça-feira, 06/11/2018 06:46
Após defender no SBT a eleição de um presidente da Câmara com o “perfil trator”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi ao Twitter para qualificar a patrola. Anotou que o “trator” precisa conhecer o regimento interno da Câmara e ter pulso firme para desarmar “armadilhas” urdidas pela esquerda para “conturbar as sessões de votação.”
Já se sabia que, na democracia ideal do filho do presidente eleito, “um cabo e um soldado” são suficientes para fechar o Supremo Tribunal Federal. Descobre-se agora que, com um “trator”, elimina-se qualquer vestígio de oposição no Legislativo. Mais um pouco e o Brasil volta a ser um Império submetido aos sábios desígnios de Dom Bolsonaro 1º.
"O presidente da Câmara perfil TRATOR é aquele que conhece o regimento interno e tem pulso para não cair mas armadilhas da esquerda que visa apenas conturbar as sessões de votação. Quem trabalha contra o Brasil e apenas visando tomar o poder para si não quer dialogar."

Bolsonaro faz borrão na ‘carta branca’ de Moro
Por Josias de Souza
06/11/2018 05:49
Uma semana depois de informar a Sérgio Moro que ele teria ampla liberdade para comandar o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Jair Bolsonaro fez um borrão na “carta branca” que entregara ao ex-juiz da Lava Jato. Esclareceu que, nos temas em que divergirem, os dois terão de chegar a um “meio-termo”. Moro arrisca-se a sair desse tipo de negociação apenas com o hífen. Será difícil encontrar posições intermediárias entre certas opiniões extremas de Bolsonaro e o bom senso.
Moro deve conceder nesta terça-feira uma entrevista coletiva. Não pode sair da conversa com os repórteres sem esclarecer o que pensa sobre as seguintes prioridades de Bolsonaro: liberação do porte de armas, redução da maioridade penal, imunidade para policial que matar em serviço (“excludente de ilicitude”), tipificação de atos de sem-terras e sem-tetos como crime de terrorismo e proibição de demarcação de novas terras indígenas.
Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da Band, Bolsonaro admitiu que não tratou de todos os temas na conversa que teve com Moro na semana passada. Ficou entendido que, em matéria de combate à corrupção e ao crime organizado, a “carta branca” que deu ao superministro vale “100%”. Entretanto, “naquilo que nós somos antagônicos, vamos buscar o meio-termo.” Bolsonaro exemplificou: “Sou favorável à posse de arma. Se a ideia dele for o contrário, tem que chegar a um meio-termo.”
Numa palestra para empresários, em Curitiba, Sérgio Moro deixou a impressão de estar vivendo uma crise de identidade. Como juiz, era acusado de agir politicamente. Como futuro ocupante de um cargo político, ele se autodefine como “técnico”. Moro declarou: “Não me vejo (…) ainda como um político verdadeiro.” Sustentou que ocupará um cargo “predominantemente técnico.”
Num rápido flerte com o óbvio, Moro admitiu que seu novo cargo “envolve também certa política”, pois terá de “conversar com as pessoas, buscar convencer os parlamentares a aprovarem aquelas medidas legislativas que se mostrarem oportunas.” Nada poderia ser mais político do que um ex-juiz que se prepara para dialogar com parlamentares que merecem interrogatório. Neopolítico, Moro procura não parecer o que é diante de futuros interlocutores que podem não ser o que parecem ou, ainda pior, ser e parecer.
De qualquer maneira, a crise existencial de Moro terá certa utilidade. Se é como técnico que o ex-juiz deseja ser visto, os repórteres devem cobrar dele que se posicione tecnicamente sobre os planos de Bolsonaro. Em privado, Moro torce o nariz para teses como a de que policiais devem dispor de licença para matar. Como político, ele tenderia a contemporizar diante dos refletores. Como político, Moro procuraria os meios-termos. Como “técnico”, tem o dever de se expressar com termos inteiros.
Na conversa com Datena, Bolsonaro voltou a defender o amontoamento de bandidos em presídios que já estão superlotados. “Se não tiver recurso, lamento, você vai ter que amontoar esse cara lá.” Deu de ombros para a decisão do Supremo que reconheceu o direito de presos maltratados de ser indenizados pelo Estado. Como ''técnico'', Moro sabe que não há no Brasil pena de morte nem prisão perpétua. Logo, preso “amontoado” é mão-de-obra para facções criminosas, não candidato à ressocialização prevista na Lei de Execuções Penais.
Bolsonaro também aderiu à ideia do novo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de empregar atiradores de elite (snippers) para executar bandidos armados de fuzis nas favelas cariocas. “Se você está em um confronto, em vez de dar, por exemplo, milhares de tiros para uma região, é melhor o snipper. (…) É como se fosse um atirador que fosse competir em uma Olimpíada. Você tem que ter isso daí, porque o outro cara que está do outro lado, afrontando, com um fuzil na mão, está atirando à vontade para o lado de cá. Você tem que botar um ponto final nisso daí.”
Como político, Moro ecoaria o discurso repressivo do novo chefe. A conversa fácil do ''ponto final nisso daí'' tem um extraordinário apelo popular. Como ''técnico'', o futuro ministro não ignora que o lero-lero de Bolsonaro é perigosamente demagógico. Ainda que existissem no Brasil atiradores de elite em quantidade suficiente para enfrentar a bandidagem, faltaria uma previsão legal para a matança.
Na palestra de Curitiba, Moro revalidou a “promessa” de não levar sua foto à urna. “Não pretendo jamais disputar qualquer espécie de cargo eletivo.” Será? A disposição da plateia de levar o ex-juiz a sério crescerá na proporção direta da sua capacidade de reagir como ''técnico'' ao borrão que Bolsonaro começa a imprimir na “carta branca” que prometera lhe entregar.

Bolsonaro defende ideia de filmar os professores
Por Josias de Souza
Segunda-feira, 05/11/2018 21:36
Jair Bolsonaro concedeu uma longa entrevista a José Luiz Datena, da Band. Conversaram por quase duas horas. A certa altura, o repórter quis saber a opinião do novo presidente sobre a ideia de filmar professores que façam suposta “doutrinação” política em sala de aula. Bolsonaro aprovou e estimulou a iniciativa: “Não tem problema nenhum, pode filmar.”
Deve-se a proposta de gravar professores à deputada estadual eleita, Ana Caroline Campagnolo (PSL), de Santa Catarina. Ela pediu nas redes sociais que estudantes catarinenses filmem e denunciem professores que façam “queixas político-partidárias em virtude da vitória do presidente Bolsonaro”.
A Justiça mandou a deputada eleita pelo partido do presidente retirar da Internet as mensagens que incitavam os alunos a realizar filmagens em sala de aula. Para Bolsonaro, porém, “o professor tem que se orgulhar e não ficar preocupado” com a hipótese de ser gravado. “Só o mau professor é que se preocupa com isso daí”, declarou.
A posição de Bolsonaro é lamentável e promissora. Deve ser lamentada porque não fica bem um presidente da República jogar alunos contra professores, estimulando a adoção de uma espécie de ‘macarthismo’ escolar. Pode ser uma boa promessa pelas perspectivas que se abrem.
Considerando-se que Bolsonaro acha que “não tem problema nenhum” filmar servidores públicos no exercício de suas funções, decerto instalará uma câmera no gabinete presidencial. O exemplo, como se diz, vem de cima.
Os contribuintes em dia com a Receita Federal adorarão acompanhar os despachos presidenciais em tempo real. E Bolsonaro se orgulhará de ser levado à vitrine, pois só um mau presidente da República se preocuparia com isso daí.

Rusgas diplomáticas de Bolsonaro custam caro
Por Josias de Souza
05/11/2018 20:20
No seu desejo de seguir as pegadas de Donald Trump, Jair Bolsonaro coleciona contenciosos internacionais antes mesmo de pendurar no ombro a faixa presidencial. O novo presidente brasileiro compra briga com a China e com os mundos árabe e muçulmano. O problema é que o Brasil não tem a força dos Estados Unidos. E quem não é forte precisa ser pelo menos diplomático. Sob pena de perder relevância política e, sobretudo, dinheiro.
O governo do Egito cancelou visita de quatro dias que o chanceler brasileiros Aloysio Nunes faria ao país entre quinta-feira e domingo. Alegou-se em cima da hora que autoridades egípcias tiveram problemas de agenda. Isso é lorota. Trata-se na verdade de uma reação ao anúncio feito por Bolsonaro de que vai transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.
Aloysio Nunes viajaria em missão comercial. Pelo menos duas dezenas de empresários brasileiros já estavam no Egito para se incorporar à comitiva do chanceler. O gesto dos egípcios é prenúncio da encrenca que se forma nos mundos árabe e muçulmano, grandes consumidores de carne e frango do Brasil. Atacada por Bolsonaro durante a campanha, a China, nossa maior parceira comercial, também olha para Brasília com um pé atrás. No afã de macaquear Trump, Bolsonaro não se deu conta de que a diplomacia, como o nome indica, só funciona quando é macia.

Defesa de Lula atira em Moro e acerta Judiciário
Por Josias de Souza
05/11/2018 16:49
A defesa de Lula protocolou novo recurso no Supremo Tribunal Federal. A peça transforma Sérgio Moro de superministro em supervilão. Alega-se no texto que a migração do juiz da Lava Jato para a equipe ministerial de Jair Bolsonaro confirma sua atuação parcial. Pede-se a anulação de todos os atos praticados por ele no processo sobre o tríplex e a consequente libertação de Lula. O pretexto é frágil. O pedido é esdrúxulo.
A motivação do recurso é frágil porque Moro condenou Lula a 9 anos e meio de cadeia em julho de 2017. Nessa ocasião, alguém que previsse a vitória de Jair Bolsonaro na corrida presidencial passaria por maluco. O pedido é esdrúxulo porque o encarceramento de Lula foi determinado não por Moro, mas pelos desembargadores Leandro Paulsen, João Pedro Gebran Neto e Victor Luiz dos Santos Laus.
Membros da 8ª Turma do TRF-4, Paulsen, Gebran e Laus não só confirmaram a sentença de Moro como elevaram a pena de Lula para 12 anos e 01 mês de cadeia. Escoraram a decisão na jurisprudência do Supremo que autorizou a prisão de condenados em segunda instância. Ao expedir mandado de prisão, Moro apenas cumpriu ordens superiores.
Na sequência, o Superior Tribunal de Justiça negou habeas corpus para Lula. Acionado, o próprio Supremo indeferiu, por 6 votos a 5, recursos que impediria a prisão do condenado. Ou seja, ao atirar em Moro os advogados do presidiário petista acertaram as três instâncias do Poder Judiciário, como se todos estivessem irmanados num complô contra Lula.
No miolo do recurso ao Supremo, os advogados de Lula anotaram: ''Um olhar sobre os detalhes do processo eleitoral e seus desdobramentos permite confirmar, acima de qualquer dúvida razoável, que a atuação do juiz Sérgio Moro em relação a Lula sempre foi parcial e teve por objetivo interditar o ex-presidente na política – viabilizando ou potencializando as chances de um terceiro sagrar-se vencedor nas eleições presidenciais. E agora irá participar, em relevante ministério, do governo do candidato eleito após contato com seus aliados no curso do processo eleitoral.''
Conforme já foi comentado aqui, a migração de Moro para a Esplanada foi um despautério. Inclusive, porque forneceu matéria-prima para recursos igualmente absurdos. O prejuízo foi à Lava Jato, não a Lula. Se os desdobramentos do processo eleitoral confirmam alguma coisa, “acima de qualquer dúvida razoável”, é o seguinte: além de grudar o selo anticorrupção à sua equipe ministerial, Bolsonaro aprisionou o PT na fábula da perseguição política.
O PT construiu um conceito peculiar de Justiça. Quando o processo é contra um rival — Michel Temer e Aécio Neves, por exemplo — elimina-se o benefício da dúvida. A culpa é indubitável. A cadeia, um imperativo, deve ocorrer antes de qualquer sentença condenatória. Acusa-se a Lava Jato de seletividade mesmo sabendo que os réus estão submetidos ao Supremo. Quando o encrencado é um petista — José Dirceu e João Vaccari, por exemplo — a falta de provas é evidente. A prisão, um abuso de poder. Se o acusado é Lula… Bem, aí o caso é de flagrante perseguição.
É mais fácil para o PT insistir na tese da perseguição do que admitir duas evidências históricas: 1) Lula se auto-excluiu do processo eleitoral ao aderir à delinquência; 2) Bolsonaro chegou à Presidência impulsionado pela maior força política da temporada eleitoral de 2018: o antipetismo. Sérgio Moro merece todas as críticas por ter subordinado seu prestígio de magistrado a um projeto político. Mas nada apaga os fatos que enredaram Lula e suas consequências.

NO O ANTAGONISTA
CNJ ataca Sérgio Moro
Terça-feira, 06.11.18 07:48
O CNJ, criado por Lula para achacar a magistratura independente, “deve analisar na próxima semana pelo menos quatro representações contra Sérgio Moro”, diz a Folha de S. Paulo.
“Uma delas questiona o encontro dele com o economista Paulo Guedes para falar sobre a participação do juiz no governo de Jair Bolsonaro.”
O Antagonista já disse aqui: o CNJ tem de ser extinto.

As férias de Moro
06.11.18 07:58
Sérgio Moro deveria ter se exonerado imediatamente depois de aceitar o cargo ministerial.
Um integrante do CNJ disse para a Folha de S. Paulo que “não existe o sujeito fazer plano de governo de toga”.
Ao entrar com um pedido de férias, Sérgio Moro abriu a retaguarda para esse tipo de ataque.

Bolsonarinho e Bolsonareco
06.11.18 07:36
“É crescente a irritação de aliados de Jair Bolsonaro com Carlos e Eduardo Bolsonaro”, diz O Globo.
O jornal não cita o nome dos aliados, mas todos sabem que se trata de Gustavo Bebianno e Paulo Marinho.

Itamaraty tem de fazer dinheiro
06.11.18 07:22
Olavo de Carvalho está certo: o petismo tem de ser chutado do Itamaraty e o Brasil precisa de diplomatas que saibam fazer dinheiro.
Por isso mesmo, é melhor que ele continue dando suas aulas na Internet e que Jair Bolsonaro nomeie para o Itamaraty executivos das multinacionais brasileiras acostumados a fechar negócios no exterior.

Moro é uma unanimidade
06.11.18 07:04
Sérgio Moro é uma unanimidade.
Segundo o Instituto Paraná, 82% dos brasileiros aprovaram seu nome para o ministério de Jair Bolsonaro.

Os envelopes de Lula
06.11.18 06:52
Em seu depoimento à juíza Gabriela Hardt, o engenheiro Emyr Diniz Costa disse que ocultou a propina repassada a Lula no sítio em Atibaia:
“Fui lá instruído para poder encontrar uma forma de regularizar a obra para que não parecesse que a Odebrecht tinha feito a obra e que constasse que o senhor Bittar tivesse feito.”
Ele disse também que envelopes com dinheiro em espécie, vindos do departamento de propinas da empreiteira, eram entregues diretamente a Aurélio Pimentel, o assessor de Lula que cuidou da reforma da propriedade:
“Envelopes fechados para que o Frederico entregasse ao senhor Aurélio.”

“Meu objetivo não é me tornar um político”
06.11.18 06:32
Sérgio Moro disse ontem à noite que aceitou a “oportunidade de uma posição de poder em Brasília” para não “ficar esperando” retrocessos contra a Lava Jato.
Ele disse também que não pretende se candidatar a cargos eletivos:
“Eu confesso que o meu objetivo não é me tornar propriamente um político no sentido de perseguir cargos eletivos, mas apenas realizar um trabalho técnico dentro do Ministério”.

A boa sorte da Lava Jato e do juiz Moro
06.11.18 06:17
Sérgio Moro se tornou ministro de Jair Bolsonaro para defender a Lava Jato dos ataques do STF e do Congresso Nacional.
Ele explicitou seus motivos ontem à noite, durante uma palestra em Curitiba:
“Não ficar esperando o dia em que a boa sorte da operação Lava Jato e do juiz Moro iria acabar. Não ficar mais correndo atrás de possíveis retrocessos. Não ficar mais na expectativa de que esse bom trabalho havia chegado ao fim. Nós podemos, ao invés de ter o retrocesso, avançar.”

Bolsonaro a caminho de Brasília
06.11.18 06:04
Jair Bolsonaro madrugou.
Segundo o G1, ele partiu para a base aérea do Galeão exatamente às 5h27.
De lá, ele toma um avião da FAB para Brasília, onde tem encontro marcado com Michel Temer.

“Facada atingiu déficit civilizatório”, diz Fux
Segunda-feira, 05.11.18 21:26
Luiz Fux falou hoje em evento sobre os 30 anos da Constituição. Ele disse que, até o atentado contra Jair Bolsonaro, o problema das fake news estava controlado.
“No primeiro turno foi uma maravilha, fizemos parceria com os jornais, marqueteiros, partidos políticos, só que aquela facada acabou com o ambiente civilizado, aquela facada atingiu o déficit civilizatório do eleitor brasileiro e se tornou absolutamente incontrolável.”

Com saída de Moro, executivo da Odebrecht pede novo interrogatório
05.11.18 20:27
Por Claudio Dantas
A defesa do executivo Paulo Ricardo Barqueiro de Melo, delator da Odebrecht, pediu novo interrogatório na ação penal que apura pagamento de propina, por meio da compra de um terreno para o Instituto do ex-presidente.
O pedido é motivado pela nomeação de Sérgio Moro como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro. Os advogados alegam necessário “respeito aos princípios da ampla defesa e do contraditório”.
A estratégia deverá ser adotada pelo próprio Lula, para adiar a sentença – a cargo agora da juíza Gabriela Hardt.

Nem tudo é “fake news”, Bolsonaro
05.11.18 20:00
O presidente eleito Jair Bolsonaro precisa entender que erros da imprensa não são necessariamente “fake news”.
Muitas vezes são apenas erros.

“Nunca ouvi falar”, diz Bolsonaro sobre embaixadora
05.11.18 19:31
Por Claudio Dantas
Jair Bolsonaro disse a O Antagonista que “nunca ouviu falar” na embaixadora Maria Nazareth Farani de Azevedo, que, segundo O Globo, estaria sendo cotada para comandar o Itamaraty.
Fake news! A intenção é semear discórdia. Nunca ouvi falar e, obviamente, com essa ficha aí jamais seria indicada pra nós para qualquer cargo”, afirmou.

“Não fui protegida pelo PT. Fui perseguida”, diz embaixadora cotada para chanceler
Mundo 05.11.18 18:30
A embaixadora Maria Nazareth Farani de Azevedo enviou a O Antagonista os seguintes esclarecimentos sobre a nota #ElaNão.
“Agradeço a O Antagonista a oportunidade de comentar a nota sobre mim. Vamos aos fatos:
– Jamais trabalhei para um governo, sempre trabalhei pelo Brasil com muita paixão, patriotismo e determinação;
– Entrei no MRE no Governo militar, passei por muitos governos. Sempre trabalhei com afinco. Fui promovida por diferentes governos sempre no topo da minha classe; por merecimento; nunca levei carona; meu trabalho foi reconhecido por todos os governos;
– Fui, sim, chefe de Gabinete do Ministro Celso Amorim entre 2005 e 2008 e nessa condição tentei ajudar a todos os colegas, petistas ou não;
– Não fui protegida pelo PT, ao contrário, fui perseguida pelo Itamaraty e pelo Palácio do Planalto entre 2011 e 2016, após fazer discurso crítico à Venezuela;
– Meu pai foi vítima de políticos corruptos de Brasília. Recusou-se a participar de esquemas ilícitos. Perdeu tudo que construiu, mas não cedeu. É um exemplo de cidadão. Conto a história dele para quem quiser ouvir;
– Roberto Azevêdo é meu marido há 36 anos; é o brasileiro que ocupa o cargo internacional mais importante já alcançado por um brasileiro na história do País. Um orgulho. Foi eleito e reeleito por 161 países;
– Minhas filhas têm diploma de graduação e pós-graduação para ocupar as posições que conquistaram;
– Amorim fez ajustes administrativos necessários para a representação do Brasil junto às dezenas de organismos internacionais em Genebra. Não foram para nós, mas para capacitar melhor a representação brasileira;
– Falar que fiz corpo mole é mentira pura. Quem conhece o meu trabalho sabe disso. Defendo as instituições brasileiras com garra. Os Ministros, parlamentares e outras autoridades passam por Genebra são testemunha do meu trabalho.
– Não me candidatei ao Ministério. Meu nome surgiu porque meu trabalho é respeitado.
– Muito obrigada.”

Ex-executivos da Odebrecht confirmam reforma no “sítio do Lula”
05.11.18 18:56
A juíza Gabriela Hardt ouviu mais cedo os ex-executivos da Odebrecht, Emyr Diniz Costa Júnior e Carlos Guedes Paschoal, que viraram colaboradores.
Eles confirmaram a atuação no “sítio de Lula”.

Raquel faz um favor ao pedir prioridade para o caso de Battisti
05.11.18 18:18
Raquel Dodge está mais do que certa em pedir ao STF que priorize o caso da extradição de Cesare Battisti.
Aliás, ela faz um favor a Luiz Fux com esse pedido.
É vergonhoso que o terrorista ainda esteja por aqui, depois de todos os pareceres favoráveis à sua extradição.
Trata-se somente de concluir pela obviedade de que um presidente da República pode tomar decisão diferente de outro presidente em relação ao mesmo caso.
Imagine se não pudesse?
Em relação ao mesmo Battisti, por exemplo, a França concluiu que sim, depois de ter abrigado o terrorista sob o socialista François Mitterrand. Tanto que Battisti fugiu para o Brasil.
O Brasil de Lula, claro.

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