PRIMEIRA EDIÇÃO DE SÁBADO, 24 DE NOVEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 24 DE NOVEMBRO DE 2018

Estava escrito: a construção do suntuoso edifício-sede da Petrobras em Salvador, por decisão do então presidente Sérgio Gabrielli, era um escândalo anunciado. Não só pelo custo, superfaturado, como também pela escolha das empreiteiras OAS e Odebrecht, líderes do assalto à Petrobras durante os governos do PT, para tocar a obra. Com tantos ingredientes, a Lava Jato logo desvendou mais esta gatunagem.

A “Torre Pituba”, como foi batizado o prédio da Petrobras em Salvador, foi construída pela “Itaigara Edificações”, consórcio OAS e Odebrecht.

A suspeita na Lava Jato é que a obra do prédio da Petrobras foi usada para bancar a campanha do PT na Bahia, em 2014.

A Polícia Federal chegou a nomes ilustres do submundo da corrupção do PT, como João Vaccari Neto e sua cunhada Marice Correia.

A PF prendeu também Wladimir Garreta, que não atua na Petrobras, não é construtor, nada. Apenas mais um petista que adora dinheiro fácil.

Após dois ex-presidentes da República petistas e a própria presidente do PT virarem réus por organização criminosa, o PT, mais uma vez, opta por desqualificar quem investiga e julga suas maracutaias.

O candidato derrotado Haddad quer viajar ao exterior em campanha contra a “onda conservadora”. Deveria dedicar seu tempo a se defender da acusação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que garantiu 12 anos e 1 mês de cana para seu chefe Lula.

…a decisão jeca de Gabrielli de fazer sede da Petrobras na Bahia lembra aquele político que levou o Boeing presidencial a Mombaça.

O Tribunal de Contas da União (TCU) esclareceu ontem que não adotou decisões diferentes para casos semelhantes, quando julgou que a OAB pode ser fiscalizada e a Confederação Nacional do Comércio (CNC), não. “Nós fiscalizamos as contas da CNC”, disse o ministro Bruno Dantas, relator de ambos os processos. “O que nós não fazemos é decidir quem é e quem não é elegível, porque essa competência é da Justiça do Trabalho, por se tratar de sindicato patronal”, afirmou ele.

Bruno Dantas diz que será a mesma coisa na OAB: “Vamos fiscalizar as contas e não decidirmos quem pode ser candidato a presidente”.

A decisão de fiscalizar a OAB gerou muitas críticas de advogados, alegando que a entidade não recebe recursos públicos.

Chico Alencar (Psol-RJ) quer transferir dos pais às escolas as conversas sobre sexo com os filhos. Certamente por suas posições obtusas o deputado não terá mandato para chamar de seu, em 2019.

Mesmo após o lucro de R$ 11,5 bilhões de janeiro a setembro, a Caixa abriu nova etapa para demissão voluntária e estima economizar mais R$324 milhões com a saída de 1.600 empregados mais antigos.

Sobre a nomeação do colombiano Ricardo Rodríguez para o Ministério da Educação, brasileiros natos e naturalizados podem ser ministros, mas há uma exceção: o Ministério da Defesa é reservado para natos.

Segundo dados do MEC, formam-se este ano no Brasil, nas 310 faculdades de medicina, cerca de 25 mil médicos. Isso representa um aumento de 5,5% em relação a 2017.

NO DIÁRIO DO PODER
SAFADEZA COM O CONSUMIDOR
Postos seguram repasse da queda da gasolina para aumentar margem de lucro 
Fatia que fica com os postos chegou na semana passada a R$ 0,542 por litro, segundo a ANP 
Da Redação 
Sexta-feira, 23/11/2018 às 18:15 | Atualizado às 18:15
Aumentou em 27,2% a margem de lucro dos postos brasileiros com a venda de gasolina desde que a Petrobras começou a reduzir o preço do combustível nas refinarias, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). O aumento é um dos fatores que vem impedindo o repasse total da queda da gasolina ao consumidor, ao lado dos impostos estaduais, que ainda não acompanharam a redução. A fatia que fica com os postos chegou na semana passada a R$ 0,542 por litro, o maior valor desde a virada de maio para junho, quando a paralisação dos caminhoneiros provocava problemas de abastecimento no País. A alta ocorre em um momento em que a Petrobras pratica cortes sucessivos no preço da gasolina em suas refinarias, acompanhando o recuo da taxa de câmbio e das cotações internacionais. Entre 24 de setembro, quando a estatal iniciou o ciclo de cortes e sexta (16), a queda acumulada era de 28,5%, ou R$ 0,642 por litro. No mesmo período, as distribuidoras, que compram gasolina pura da Petrobras e misturam ao etanol antes de revender os postos, reduziram seus preços em 4,64%, ou R$ 0,198 por litro. Nos postos, porém, a queda é de apenas 1,75%, ou R$ 0,08 por litro. De acordo com a ANP, a margem dos postos cresceu R$ 0,11 por litro no mesmo período, em movimento contrário aos demais elos da cadeia. Na semana passada, a fatia da revenda representou 11,7% do preço final, contra 9,1% na semana de 24 de setembro.
Os dados da ANP mostram que as margens dos postos se situavam em 12% a 13% do preço final até o fim de 2017, quando se iniciou a escalada de preços nas refinarias em resposta ao aumento do dólar e das cotações internacionais. Em março, caem abaixo de 10% pela primeira vez desde que a ANP passou a compilar os dados, em 2002. 
IMPOSTOS 
A carga tributária sobre a gasolina também não acompanhou a queda do preço nas refinarias. Pelo contrário, o ICMS vem subindo na maior parte dos estados brasileiros, ajudando a segurar o repasse para o consumidor 
O ICMS é cobrado sobre um valor definido quinzenalmente pelas secretarias de Fazenda, conhecido como PMPF (preço médio ponderado ao consumidor final). Sobre esse preço, incide a alíquota, que varia de 25% a 34%, dependendo do estado. Desde a segunda quinzena de setembro, apenas dois estados não aumentaram o PMPF: Bahia e Pará. Todos os demais e o Distrito Federal elevaram o valor usado como referência para o recolhimento do imposto. As maiores altas foram promovidas por Amapá e Ceará – 10,97% e 10,31%, respectivamente. Em São Paulo, o PMPF foi elevado em 6,51% desde a segunda quinzena de setembro. Atualmente, o ICMS no estado é cobrado sobre o valor de R$ 4,499 por litro, acima do preço médio verificado pela ANP, de R$ 4,377. (Com informações da Folhapress)

QUADRILHÃO DO PT
Gleisi, Lula, Dilma, Vaccari, Mantega e Palocci viram réus por organização criminosa
Essa é a primeira vez que a ex-presidente Dilma vira ré na Lava Jato
  
Por Francine Marquez 
23/11/2018 às 16:52 | Atualizado às 17:55
A Justiça Federal do Distrito Federal aceitou, nesta sexta-feira (23), a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Lula, Dilma Rousseff, os ex-ministros Guido Mantega, Antonio Palocci, Edinho Silva, Paulo Bernardo, a mulher dele, presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pelo crime de organização criminosa. Essa é a primeira vez que a ex-presidente Dilma vira ré na Lava Jato. Sendo assim, os petistas se tornaram réus no inquérito que ficou conhecido como “Quadrilhão do PT”. 
A denúncia foi feita em 2017, pelo então PGR, Rodrigo Janot, que afirma que entre os anos de 2003 e 2016, os ex-presidentes lideraram uma organização criminosa que lesou a Petrobras, pela prática de “uma miríade de delitos” na administração pública durante os governos de Lula e de Dilma Rousseff, somando R$ 1,4 bilhão em desvio de recursos dos cofres públicos.
Para Janot, foram desviados da estatal petrolífera 1,5 bilhão de reais ao longo dos catorze anos em que a suposta organização criminosa vigorou. Conforme as investigações da Operação Lava Jato, os valores possibilitaram o pagamento de propinas pelas empreiteiras Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Engevix, que tinham contratos com a Petrobras. 
Na decisão, o juiz Vallisney de Souza Oliveira da 10ª Vara Federal, disse:
- “Verificou-se o desenho de um grupo criminoso organizado, amplo e complexo, com uma miríade de atores que se interligam em uma estrutura de vínculos horizontais, em modelo cooperativista, nos quais os integrantes agem em comunhão de esforços e objetivos, bem como em uma estrutura mais verticalizada e hierarquizada, com centros estratégicos, de comando, controle e tomadas de decisões mais relevantes”. 
Até o ano passado o inquérito tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF), porém depois que os envolvidos perderam o foro privilegiado, o caso passou para à primeira instância. (Com informação Veja)

NO BLOG DO JOSIAS
STF pode avalizar indulto a presos por corrupção
Por Josias de Souza
Sábado, 24/11/2018 05:38
O Supremo Tribunal Federal concluirá na quarta-feira (28) o julgamento sobre o decreto de indulto assinado por Michel Temer em dezembro de 2017. Em decisão liminar, o ministro Luís Roberto Barroso suspendeu a vigência de trechos do decreto para, entre outras providências, excluir do rol de beneficiários do perdão presidencial os presos por crimes de colarinho branco. Há o risco real de que o plenário da Corte reveja o entendimento de Barroso, beneficiando corruptos presos.
Contra recomendação do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, o decreto de Temer estendeu o indulto aos condenados por corrupção. Mais: liberou o pagamento de multas. Pior: adocicou o indulto, reduzindo o tempo mínimo de cumprimento da pena para 20%. Ou seja: perdoou 80% das penas. Muito pior: não fixou nenhum teto para a condenação dos candidatos ao indulto.
Para atenuar a atmosfera de vale-tudo, Barroso proibiu a abertura das celas dos sentenciados por crimes como peculato, concussão, corrupção passiva, corrupção ativa, tráfico de influência, fraudes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.
O ministro autorizou que fossem libertados apenas os condenados por crimes “sem violência” — desde que sentenciados a até 8 anos de cadeia e que já tivessem cumprido pelo menos um terço da pena. De resto, restabeleceu a obrigatoriedade da cobrança das multas.
Advogados e seus clientes larápios olham com enorme otimismo para o plenário da Suprema Corte. A eventual derrubada da liminar de Barroso pavimentaria o caminho para que Temer reeditasse antes do Natal de 2018 um novo decreto de indulto tão concessivo quanto o de 2017.
O indulto coletivo de Natal é uma tradição brasileira. No decreto do ano passado, a exemplo dos antecessores, Temer utilizara como pretexto a tese segundo a qual o indulto é um valioso mecanismo de política penitenciária, pois permite ao Estado atenuar o flagelo da superlotação das cadeias.
O problema é que Temer subverteu tudo o que parecia habitual. Foi como se ajustasse o indulto às conveniências do seu governo, apinhado de encrencados, e dos seus aliados em litígio com a lei.
Submetida ao descalabro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ajuizou no Supremo uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Pediu a suspensão imediata de trechos do decreto presidencial. Sustentou que desafiavam a separação de Poderes, aviltavam a legislação, invadiam a competência do Judiciário e comprometiam a efetividade do sistema penal.
A ação da procuradora-geral foi movida em janeiro de 2018. O Judiciário estava em recesso. Respondia pelo plantão no Supremo a então presidente Cármen Lúcia. Ela deu razão a Raquel Dodge. E suspendeu os efeitos dos artigos tóxicos do decreto de Temer. O presidente cogitou editar nova versão. Mas preferiu aguardar pelo julgamento do mérito da ação, no plenário do Supremo.
Por sorteio, o ministro Barroso foi escolhido para relatar a encrenca. De volta das férias, recebeu a decisão liminar (temporária) de Cármen Lúcia. Endossou-a num despacho datado de 1º de fevereiro. Pediu que o tema fosse incluído na pauta do plenário, para o julgamento do mérito. E nada.
Representantes das defensorias públicas procuraram Barroso para avisar que a suspensão do decreto de Temer, a pretexto de manter atrás das grades os corruptos, impedira a liberação de outros condenados que não haviam assaltado cofres públicos.
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro chegou a entregar a Barroso um documento traçando um quadro preocupante. O texto alertava que presos que tinham a expectativa de ganhar a liberdade estavam inquietos. Barroso concluiu que não poderia esperar pelo julgamento em plenário, sob pena de transformar as cadeias numa panela de pressão.
O ministro decidiu, então, liberar a aplicação do decreto, excluindo dele os trechos impugnados. Sua decisão foi tomada em março. Só agora o tema ganhou a pauta do plenário.
O Planalto sustenta que Barroso não tem poderes para reescrever o decreto de Temer. O ministro alegou na ocasião que não agiu aleatoriamente. Socorreu-se do Código Penal e da tradição histórica adotada nos decretos de indulto desde 1988.
Para preencher a lacuna do prazo mínimo de cumprimento de pena, Barroso escorou-se no artigo 83 do Código Penal. Prevê que o condenado pode obter liberdade condicional depois de cumprir pelo menos um terço da pena. Ou seja: Temer atropelara a lei ao abrir a porta da cela para os presos que cumpriram apenas 20% da pena.
Para fixar o teto da condenação dos candidatos ao indulto, Barroso adotou novamente o Código Penal. Dessa vez, seguiu o que prevê o artigo 33, parágrafo 2º, alínea ‘a’. Anota que as penas superiores a 8 anos de cadeia devem ser cumpridas em regime inicialmente fechado. O legislador considerou tratar-se de crime grave e condenado perigoso.
O ministro levou em contra o fato de que, ao longo dos anos, desde o início de vigência da Constituição de 1988, sempre houve um teto máximo da condenação para que o condenado pudesse desfrutar do indulto. Inicialmente eram 4 anos, passou para 6 anos, subiu para 8 anos, atingindo a marca de 12 anos.
Barroso considerou que 8 anos, além de corresponder à média histórica de indultos, seria o imite máximo razoável tolerado pelo Código Penal. Resta agora saber se os colegas do ministro concordarão com ele. As celas da Lava Jato estão em estado de alerta. Um dos presidiários mais atentos é o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

De repente, o Lula fortão deu lugar ao fraquinho
Por Josias de Souza
24/11/2018 01:57
Na Presidência, Lula se definiu como uma “metamorfose ambulante”. Pois opera-se neste exato momento uma dessas transformações capazes de virar o personagem do avesso. Aquele Lula fortão da campanha eleitoral, que se imaginava investido do privilégio de negar ao Judiciário a prerrogativa constitucional de condená-lo por corrupção, deu lugar a um Lula fraquinho, que sente o peso da cadeia longeva.
Na mais recente visita dos companheiros Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann, Lula fez um pedido: “Não fica dizendo que eu estou muito bem, senão o povo acredita.” Depois, numa entrevista de porta de cadeia, Haddad disse aos jornalistas: “Ninguém passa incólume 230 dias” na prisão (...). 
Na véspera, a Comissão de Direitos Humanos do Senado havia aprovado, sem alarde, um requerimento inusitado.
De autoria do senador Paulo Rocha, do PT, o requerimento prevê a formação de um grupo de senadores para visitar Lula na cadeia com o propósito de avaliar as suas condições físicas e psicológicas. Alega-se que Lula estava abatido na audiência em que foi inquirido pela juíza Gabriela Hardt no processo sobre o sítio de Atibaia. Por sorte, a audiência foi gravada. E as imagens mostraram um Lula em ótima forma.
Lépido, Lula tentou transformar a audiência num comício. Mas a substituta de Sérgio Moro cortou suas divagações, lembrando o que estava em jogo no caso do sítio: corrupção e lavagem de dinheiro. O único distúrbio que atormenta Lula é a síndrome das condenações que ainda estão por vir.
A conversão do fortão em fortinho é prenúncio de um pedido de abertura da cela por razões humanitárias. Manipulam-se os fatos com tão desenvoltura que Lula terá de recitar o CPF e o RG diariamente diante do espelho para ter a certeza de que é ele mesmo quem está preso em Curitiba, não um impostor.

Filho de Bolsonaro sinaliza expurgo em estatais
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 23/11/2018 19:58
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) insinuou que as empresas estatais sofrerão um expurgo após a posse do seu pai, Jair Bolsonaro, na Presidência da República. Numa mensagem curta veiculada no Twitter, ele sinalizou que serão enviados ao olho da rua funcionários que torceram o nariz para a candidatura presidencial de Bolsonaro.
“O pior é a quantidade de gente toda enrolada fazendo malabarismo para dizer que é Bolsonaro porque está com medo de perder o emprego”, escreveu Eduardo Bolsonaro. “Podem deletar os posts à vontade, estamos de olho já”, acrescentou o deputado, dando a entender que está em curso um processo de caça aos adversários nas redes sociais.
O ‘Zero Três’, como Eduardo é chamado pelo pai na intimidade, fez o comentário a propósito de reportagem veiculada pelo UOL. A notícia trouxe à luz dados enviados pelo Ministério do Planejamento à equipe de transição. Informou-se, por exemplo, que oito estatais acumularam desde 2013 prejuízos de R$ 38,7 bilhões.


Dilma já não pode ostentar a pose de flor do lodo
Por Josias de Souza
23/11/2018 18:22
O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, complicou a rotina de Dilma Rousseff (conheça os detalhes aqui). Ao enviá-la para o banco dos réus junto com os companheiros Lula, Palocci, Mantega e Vaccari, o magistrado obrigou a ex-gerentona a ajustar sua coreografia. A pose de flor do lodo perdeu o prazo de validade.
Arma-se sobre o penteado de Dilma uma tempestade semelhante à que dispara trovões e raios que o partam na direção do seu mentor e padrinho político. Como o eleitor mineiro sonegou a Dilma um mandato de senadora, ela também será moída na primeira instância do Judiciário.
Tomado pelo peso da pena, o doutor Vallisney segue o padrão Moro de suavidade. É por sua determinação, por exemplo, que Geddel Vieira Lima expia os pecados na penitenciária brasiliense da Papuda. Hóspedes da carceragem de Curitiba, Lula Palocci e Vaccari sabem o que isso significa. Dilma, ainda não.
Diferentemente de Lula, já condenado e ainda enroscado em meia dúzia de processos, Dilma desce ao moedor do Judiciário pela primeira vez. Estreia em grande estilo, num caso que ficou conhecido com “quadrilhão do PT”. Nele, os réus são acusados de desvios de R$ 1,485 bilhão.
Nos próximos dias, Dilma deve se integrar à cenografia de Lula, trocando a pose de flor inocente pela de perseguida política.

NO O ANTAGONISTA
Dilma e a aliança “até com o diabo”
Sábado, 24.11.18 08:43
Ex-presidentes da esquerda latino-americana se reuniram em Buenos Aires nesta semana para debater o próprio fracasso.
Segundo o Uol, discursos de autocrítica foram abundantes no chamado “Primeiro fórum mundial do pensamento crítico”.
A primeira a palestrar no tal fórum foi Dilma Rousseff, que sugeriu a criação de uma aliança entre todas as oposições e “até com o diabo” para combater o “autoritarismo, perda de direitos e alienação da soberania nacional.”
“Mas tem que ter uma espinha dorsal, um coração, e é antineoliberal e antifascista”.

Que tal parar de roubar?
24.11.18 09:35
Os líderes da esquerda latino-americana que não estão presos ou refugiados se reuniram em Buenos Aires para debater o próprio fracasso.
Eles pensaram em tudo para voltar ao poder, menos em parar de roubar.

Gabriela Hardt bloqueia R$ 20 milhões de alvos da Operação Sem Fundos
24.11.18 08:28
A juíza Gabriela Hardt declarou bloqueio de R$ 20 milhões de treze alvos da Operação Sem Fundos.
A nova fase da Lava Jato desbaratou esquema de superfaturamento de quase R$ 1 bilhão na construção da sede da Petrobras em Salvador.
Entre os atingidos estão o ex-presidente da Petros, Wagner Pinheiro, e os ex-dirigentes Newton Carneiro, Luís Carlos Fernandes Afonso e Carlos Fernando Costa.

“Se o MST está preocupado, tem que se preocupar mesmo”
24.11.18 08:12
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) está apreensiva com a indicação do pecuarista Nabhan Garcia para a Secretaria Especial de Assuntos Fundiários, relata a Folha.
Elias Borges, secretário de política agrária da Contag, disse que é “ilusão” Nabhan “achar que não vai fazer reforma agrária e, na base da força, ter um campo pacífico”.
“Não vou entrar nesse mérito, porque a realidade que conhecemos bem é uma só”, respondeu Garcia ao jornal. “A realidade é que essas pessoas [do MST] são usadas como massa de manobra por ditos movimentos sociais, que de sociais não têm nada”.
“Se o MST está preocupado, tem que se preocupar mesmo, porque tem que parar de invadir propriedades”.

“Aceitei o convite para fazer uma disrupção no País”
24.11.18 07:41
O empresário Salim Mattar, dono da Localiza e futuro secretário de Privatizações do governo Jair Bolsonaro, disse à Folha pretende “levar o País para outro patamar”.
“Aceitei o convite para participar do governo com o intuito de fazer uma disrupção no País, levar para outro patamar. Tem um projeto interessante de reconstrução do País. Gostei do projeto e me dispus a participar do governo (…).
Vou para a vida pública fazer uma doação. Faço isso com muito prazer e acho que outros deveriam seguir o mesmo caminho, porque é hora de a sociedade mudar.”

O espírito do Banco do Brasil
24.11.18 07:20
Quem conhece o serviço público já está dizendo que Rubem Novaes, escolhido por Paulo Guedes para comandar o Banco do Brasil, vai encontrar mais dificuldade do que o resto da equipe econômica.
Diz a Folha:
“Há anos um governo não ousa alçar ao comando do banco um nome de fora, que não é servidor. O espírito de corpo no BB é forte”.

O fracasso de mais um golpe para tirar Lula da cadeia
24.11.18 07:08
O ministro Félix Fischer, do STJ, desarmou o golpe para tirar Lula da cadeia.
Os advogados do presidiário esperavam que o recurso sobre o triplex fosse remetido à Quinta Turma. Nos últimos dias, segundo a Folha de S. Paulo, eles “percorreram gabinetes para entregar memoriais”.
Em vez disso, Felix Fischer decidiu monocraticamente, impedindo qualquer tipo de tramoia.
“Aliados do petista avaliam que a decisão de Fischer foi um duro golpe para ele. Mesmo com a análise de eventuais recursos, dizem, o ministro esvaziou o julgamento. As esperanças, agora, estão no habeas corpus a ser analisado pela Segunda Turma do STF — onde as chances de vitória também são remotas.”

Com ajuda de Palocci, Léo Pinheiro fez presidente da Petros para obter aditivo em obra de Salvador
Sexta-feira, 23.11.18 21:02
Por Claudio Dantas
Na representação do MPF na Operação Sem Fundo, 56ª fase da Lava Jato, chama a atenção a influência de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, na indicação do presidente da Petros – o fundo de pensão dos servidores da Petrobras.
Em troca de mensagens com Antônio Carlos Mata Pires (já falecido), o empreiteiro diz que estava tratando da sucessão na Petros “com Brani, a pedido do Médico”, numa referência a Branislav Kontic, assessor de Antonio Palocci.
Léo Pinheiro, como se vê nas mensagens seguintes, conseguiu a nomeação de Carlos Fernando Costa para o comando do Fundo, assim como emplacou Newton Carneiro na Diretoria Financeira.
Em troca, obteve a assinatura de mais um aditivo na obra que alcançou quatro vezes seu valor original. Parte da diferença, como mostramos mais cedo, virou propina para o PT.

AUDITORES DA CAIXA APONTAM ‘CONFLITO DE INTERESSES’ EM INDICAÇÃO DE PEDRO GUIMARÃES
23.11.18 20:33
A Associação Nacional dos Auditores Internos da Caixa Econômica Federal acaba de divulgar uma dura nota contra a indicação de Pedro Guimarães, do Brasil Plural, para o comando do banco estatal.
No texto, eles afirmam que o banco Brasil Plural “é o principal credor no processo de recuperação judicial da empresa Ecovix, na qual Caixa e Banco do Brasil também são credores”.
Os auditores também alertam para o envolvimento da empresa na Operação Greenfield, como já mostrou O Antagonista. Além disso, Guimarães é genro de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS preso pela Lava Jato. A empreiteira é devedora da Caixa em diversos empreendimentos.
Leiam a nota:
"É com imensa preocupação que as entidades representativas dos empregados da Caixa acompanham a indicação do sócio e diretor do Banco Brasil Plural, Pedro Guimarães, para a presidência da empresa pública federal.
O Brasil Plural é o principal credor no processo de recuperação judicial da empresa Ecovix, na qual Caixa e Banco do Brasil também são credores.
É evidente, portanto, a incompatibilidade, por conflito de interesses, de um sócio-diretor do Brasil Plural ocupar qualquer cargo de gestão na Caixa ou no Banco do Brasil.
Além do evidente impedimento, pesa contra a empresa de Pedro Guimarães a suspeita de envolvimento na supervalorização artificial registrada pelo FIP Florestal, fundo do qual a empresa Brasil Plural é gestora. A operação causou prejuízos à Funcef e à Petros e está sob investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal no âmbito da Operação Greenfield.
Esses motivos tornam a indicação de Pedro Guimarães extremamente temerária e suspeita, para muito além dos interesses privatistas os quais, ademais, jamais foram mantidos em segredo.
É importante lembrar que a CAIXA não pertence a um Governo, mas ao Estado Brasileiro. A CAIXA mantém hoje a melhor estrutura de capital entre todos os bancos brasileiros, já alcançou este ano o maior lucro da sua história, vem sendo administrada nas últimas gestões por empregados de carreira da empresa e continua sendo o banco essencial para a sociedade. Precisamos estar atentos."

Banco Plural, de indicado para Caixa, está no vermelho
23.11.18 17:23
Dados do Banco Central sobre o lucro líquido do Banco Brasil Plural indicam que a instituição financeira está trabalhando no vermelho desde o ano passado.
O relatório do BC mostra ainda queda no patrimônio líquido do banco e índice de imobilização superior a 29%.
Pedro Guimarães, genro de Léo Pinheiro e sócio do Plural, é o favorito de Paulo Guedes para assumir o comando da Caixa.

Mourão: “Não vamos receber ninguém na garagem à meia-noite”
23.11.18 19:42
O vice Hamilton Mourão, que vem atuando como porta-voz informal do governo de Bolsonaro, disse que será o “escudo e a espada” do presidente.
Em fórum organizado pela Revista Voto, ele ironizou o episódio envolvendo Michel Temer e Joesley Batista: “Não vamos receber ninguém na garagem à meia-noite, podem ter certeza disso aí.”
(...)

A imprensa tem de pedir desculpa pela lorota do Mais Médicos
23.11.18 18:52
Cerca de 90% das vagas antes ocupadas por médicos cubanos já foram preenchidas — e por médicos com diploma reconhecido.
Ou seja, era lorota a história de que o Brasil precisava de Cuba para oferecer assistência médica à população. E lorota escandalosa. Foi apenas uma forma de o governo do PT transferir mais de 7 bilhões de reais à ditadura comunista amiga do partido — valor maior do que o prejuízo oficial da Petrobras com o Petrolão.
A imprensa que disse que faltariam médicos para os pobres, por causa da oposição de Bolsonaro ao acordo com Cuba, tem de pedir desculpa.
E o PT tem de ser investigado por mais esse esquema — que também tirou empregos de milhares de brasileiros.

Ôôô, o PT devastou, o PT devastou, o PT devastou, ôôô…
23.11.18 18:34
O Estadão noticia:
“Dados oficiais do governo apontam uma expansão de 13,7% no desmate da região amazônica no período de agosto de 2017 a julho de 2018, quando comparado com o mesmo ciclo anual anterior. Ao todo, a remoção total da vegetação (corte raso) na Amazônia atingiu 7.900 km², uma área equivalente a mais de cinco vezes a capital de São Paulo.”
E acrescenta:
“Trata-se da maior área devastada desde o ciclo de 2007/2008, quando 12.911 km² foram desmatados.”
Quem governava o País nessa época mesmo?

Lava Jato ainda tenta prender herdeiro da OAS
23.11.18 18:11
A juíza Gabriela Hardt expediu mandado de prisão temporária contra o empresário César de Araújo Mata Pires Filho, herdeiro da OAS.
Segundo a Lava Jato, ele está ligado diretamente ao esquema de corrupção nas obras de construção da Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador, que rendeu ao PT ao menos R$ 68 milhões em propina.
“Foram colhidos elementos indicativos do envolvimento direto de César de Araújo Mata Pires Filho, então vice-presidente da empreiteira OAS, nas ilicitudes verificadas na construção da Torre Pituba, como restou evidenciado por sua atuação destacada na obtenção do aditivo contratual com a SPE Edificações Itaigara, que garantia não apenas maior volume de ganhos para a empreiteira, mas, de consequência, também o repasse ainda maior de recursos ilícitos ao Partido dos Trabalhadores, dirigentes da Petros e demais envolvidos”, escreve Hardt, em seu despacho.
Até agora, a PF cumpriu 22 mandados de prisão, sendo 14 de prisão temporária e 8 de prisão preventiva. Dois alvos estão fora do País.

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