SEGUNDA EDIÇÃO DE SÁBADO, 27 DE OUTUBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
TRE manda retirar vídeo de apoio a Haddad que usa música de Paula Toller
Sábado, 27.10.18 09:40
O TRE-RJ determinou que sejam excluídos das redes sociais vídeos de apoio a Fernando Haddad que usam a música “Pintura Íntima”, do Kid Abelha, sem autorização.
A decisão se deu depois de pedido da cantora Paula Toller, ex-vocalista da banda.
Nos vídeos, a frase “amor com jeito de virada” foi usada em referência ao mote petista.
“A despeito de a propaganda fazer menção a candidato ao cargo de Presidente da República a ilegalidade da utilização de imagem alheia sem sua prévia permissão caracteriza a ilicitude da conduta permitindo a atuação da equipe de fiscalização de propaganda eleitoral”, diz trecho da decisão.

“Está faltando cabeça e sobrando fígado”
27.10.18 09:15
Em entrevista ao Estadão, Carlos Ayres Britto diz ver com otimismo o processo eleitoral e acredita que a democracia, embora “desafiada”, resistirá.
“O quadro pelo acirramento é sombrio, mas não chega a ser tenebroso, porque temos o sol a pino da democracia, que há de prevalecer antes, durante e depois do processo eleitoral.”
O ex-ministro também comentou as declarações de Eduardo Bolsonaro sobre o STF.
“É uma declaração rimada com esse momento extremamente passional da vida política. Caracterizada muito mais pelo derramamento de bílis, do que por visão racional das coisas. Ou seja, está faltando cabeça e sobrando fígado.”

TRE permite debates eleitorais nas universidades do Rio
27.10.18 08:26
Raphael Mattos, do TRE-RJ, deferiu na noite de sexta-feira um habeas corpus para que debates sobre a eleição possam acontecer nas universidades do estado do Rio sem qualquer risco de repressão judicial.
Na decisão, Mattos expede o salvo-conduto para assegurar a “livre união de alunos e professores nas dependências universitárias”.
A decisão do TRE não menciona as faixas que foram retiradas das universidades por juízes nos últimos dias.

A cautela de Bolsonaro
27.10.18 08:13
Jair Bolsonaro vai aproveitar as últimas 24 horas antes da votação para falar com os eleitores pela Internet e pedir votos.
Segundo O Globo, no início deste sábado começará a circular um vídeo por grupos de WhatsApp em que o candidato deixará de lado os ataques mais pesados ao PT para exaltar um “Brasil patriota”.
“A propaganda, que se inicia com o nascimento de um bebê, apresenta violinistas executando o Hino Nacional e ainda uma sequência de imagens do presidenciável em várias regiões do País”.

NO BR18 (Estadão)
Sexta-feira, 26.10.2018 | 23h31
O silêncio de Ciro
Ciro Gomes está de volta ao Brasil. Esperança de Fernando Haddad para tentar reverter na urna a vantagem de Jair Bolsonaro nas pesquisas, o pedetista estava no exterior desde o último dia 11. Recepcionado por uma multidão de apoiadores no aeroporto de Fortaleza, Ciro chegou mudo e permaneceu calado: nem uma palavra de apoio ao petista.

Sábado, 27.10.2018 | 08h19
Pedido de cassação do registro de Haddad
A campanha de Jair Bolsonaro pediu que o TSE casse o registro da candidatura de Fernando Haddad por entender que o artista Roger Waters, um dos fundadores da cultuada banda Pink Floyd, fez “showmício” a favor do petista durante sua turnê pelo Brasil, informa o Estadão.
O pedido de investigação de Bolsonaro também mira na T4F Entretenimento, que promove a turnê do artista. O objetivo da ação é também declarar Haddad e sua candidata a vice, Manuela D’Ávila (PCdoB), inelegíveis por um período de oito anos.

27.10.2018 | 07h38
Bolsonaro: ‘Vamos votar para evitar surpresa’
Jair Bolsonaro, preocupado com o clima de “já ganhou” em sua campanha, reforçou pedido para que seus eleitores não deixem de ir votar no domingo da eleição. Em uma live no Facebook realizada na última sexta-feira, 26. o presidenciável do PSL disse que “o outro lado está ativo”, em referência a campanha de Fernando Haddad (PT) e reforçou: “Nada está ganho”.
“Como nós estamos bem, apesar das pesquisas, tem gente que não quer votar. O outro lado está ativo, com artistas, com cartazes no peito. Vamos votar no domingo para evitar qualquer surpresa”, disse.

27.10.2018 | 07h21
Haddad: ‘Ciro me dará 3 ou 4 pontos’
Fernando Haddad parece estar contando com os ovos antes da galinha botá-los. Em agenda de campanha em Salvador na última sexta-feira, 26, o petista disse acreditar que ganhará “3 ou 4 pontos” com o apoio declarado de Ciro Gomes. Após conversa com o presidente do PDT, Carlos Lupi, Haddad espera que Ciro grave um vídeo para ser exibido no último dia de campanha nas redes sociais.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Os mesmos eleitores
POR MERVAL PEREIRA
Sábado, 27/10/2018 06:30
O que poderia ser uma “onda vermelha” não se confirmou. Nenhum fato novo ocorreu ontem para reforçar essa possibilidade, e a média das pesquisas divulgadas mostra uma situação estável, indicando que o segundo turno está praticamente definido a favor de Bolsonaro.
É quase impossível que cerca de 15 milhões de pessoas mudem o voto de um dia para outro em favor de Haddad. Os resultados dos diversos institutos de pesquisa são diferentes, mas dentro das margens de erro. Apenas com a pesquisa de hoje, a terceirada série no segundo turno de Ibope e Datafolha, será possível dizer se a tendência de Bolsonaro é de queda e de Haddad é de alta, o que até agora não se confirmou tecnicamente. E qual a velocidade das mudanças.
O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, explica que, para definir se houve uma variação fora da margem de erro, é preciso que os números se movam na proporção de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. Por isso, mesmo Haddad tendo crescido 3 pontos e Bolsonaro caído outros 3, teoricamente fora da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais, ainda não há indicação de que houve uma alteração efetiva do quadro eleitoral.
Se analisarmos bem, o resultado é praticamente o mesmo em todas as pesquisas, algo em torno de 60% para Bolsonaro e 40% para o PT, pouco mais ou pouco menos. O interessante é que esses números são da mesma ordem de grandeza das vitórias que Lula teve em 2002 sobre Serra (61,27% a 38,72) e Alckmin em 2006 (60,83% contra 39,17%).
Essa média caiu um pouco em 2010 com Dilma sobre Serra (56,05% contra 43,95%), indicando que a onda petista estava se aproximando do fim, e veio 2014, com um virtual empate no final, uma vitória apertada de Dilma sobre Aécio, de 51,64% contra 48,36%.
Desde 2013 estava em curso uma mudança de humor da sociedade, que se cristalizou na eleição municipal de 2016 e nesta, presidencial. Se os tucanos tivessem mantido o eleitorado cativo e pudessem avançar sobre o do PT, que é o que Bolsonaro está fazendo, elegeriam o próximo presidente, e Bolsonaro provavelmente seria mais um candidato nanico. Mas o PSDB se perdeu no caminho, chegou às eleições depauperado pelos erros que cometeu e pelos acertos que se recusou a assumir. O PT foi aos poucos sendo levado para o Nordeste, perdeu a classe média para o PSDB primeiro, e agora para Bolsonaro.
O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, entende que os números semelhantes indicam que Lula em 2002 roubou parte dos votos do PSDB, que havia elegido Fernando Henrique Cardoso no primeiro turno em 1994 e 1998, com 54,24% e 53,06% respectivamente, limitando os tucanos a uma parcela de 40% do eleitorado nas duas eleições seguintes, que agora foram assumidos por Bolsonaro.
O cientista político Sérgio Abranches acha que esses são os mesmos eleitores, uma parte que é volante, não tem preferência nenhuma pelos candidatos e vota de acordo com sentimentos diferenciados: uma parte porque quer votar no favorito, outra porque considera que ele vai resolver seus problemas.
Isso em geral acontece, diz Sérgio Abranches, no estamento médio das classes médias, que é muito vulnerável a incertezas, “aquele pessoal que está começando a ser bem-sucedido e tem muito medo de retroceder”. Preferem as coisas mais certas, evitar qualquer tipo de incerteza. “Sente a onda e vai na onda”. “Quando muda, muda na mesma onda porque é o mesmo comportamento social”.
O economista Sérgio Besserman, que foi presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também vê uma mudança do que chamam de “nova classe média”, que melhorou de vida nos últimos 25 anos, agora já tem o que perder em crises econômicas ou políticas, e procura um porto seguro de acordo com o momento do País.
Lula está sendo vítima de sua própria atuação política. Pai dos pobres, mas percebido pela classe média e pelos investidores como capaz de trazer progresso ao País, foi de desgaste em desgaste até ser preso em Curitiba. Sua imagem, que parecia inabalável, acabou simbolizando a corrupção que tomou conta dos governos petistas.
A nova classe média, gestada desde o Plano Real e consolidada nos governos de Lula, com a crise econômica e a recessão dos governos Dilma, acabou correndo para outro populista, este de direita, em busca da segurança que o PT não oferece mais.

BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sábado, outubro 27, 2018
LÁ FORA JORNALISTAS BEM INFORMADOS JÁ SABEM: SÓ JAIR MESSIAS BOLSONARO GARANTE A DEMOCRACIA E A LIBERDADE NO BRASIL
Com tradução dos Tradutores de Direita, agora em Português, o editorial de um dos principais jornais de economia dos Estados Unidos, The Wall Street Journal, sobre o fenômeno Jair Bolsonaro. Refere-se também ao fato de que os esquerdistas ao redor do mundo estão ansiosos com a provável vitória de Bolsonaro, mas adverte que seus eleitores talvez saibam mais que os críticos internacionais. Diz também que Haddad é uma ameaça à liberdade pois deseja reescrever a Constituição incluindo dispositivos ‘bolivarianos”, tornando-a igual à Constituição da Venezuela, cujo modelo foi desenhado pelo finado caudilho comunista Hugo Chávez. Leiam:
"Os progressistas ao redor do mundo estão tendo um ataque de ansiedade devido à quase vitória de um candidato conservador nas eleições de domingo no Brasil, Jair Bolsonaro. Depois de anos de corrupção e recessão, evidentemente milhões de brasileiros acham que um outsider é exatamente o que o país precisa. Talvez eles saibam mais do que os críticos internacionais.
Bolsonaro obteve surpreendentes 46%, pouco menos que os 50% necessários para vencer no primeiro turno. Ele agora está na frente de Fernando Haddad, um prefeito de São Paulo que obteve 29%. O segundo turno é em 28 de outubro.
Bolsonaro, que passou 27 anos no Congresso, é melhor entendido como um conservador popular que promete tornar o Brasil excelente pela primeira vez. O homem de 63 anos está seguindo os valores tradicionais e frequentemente diz coisas politicamente incorretas sobre políticas de identidade que enfurecem seus oponentes. No entanto, ele atraiu o apoio da classe média ao se comprometer a reduzir a corrupção, reprimir o crime desenfreado no Brasil e libertar os empresários do controle do governo.
Ele não chegou a prometer a privatização total da estatal Petrobras, mas seu assessor econômico disse que venderia suas subsidiárias, desregulamentaria grande parte da economia e restringiria os gastos do governo. Quanto ao combate à criminalidade, ele prometeu restaurar a presença policial em áreas urbanas e rurais que se tornaram sem lei.
Os oponentes alegam que o apoio de Bolsonaro às forças armadas e, às vezes, ao regime militar de 1964-1985, sugere que ele é uma ameaça à democracia. Mas ele não está propondo mudar a constituição, que restringe o poder dos militares no país.
Por outro lado, Haddad quer reescrever a constituição para incluir uma assembleia constituinte semelhante ao modelo venezuelano. Ele também quer mudar a forma como as promoções militares são feitas, dando o poder ao presidente. Isto vem do manual de Hugo Chávez.
Haddad é o candidato escolhido a dedo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está cumprindo uma sentença de 12 anos por suborno, mas continua sendo um herói da esquerda. Lula ganhou popularidade ao surfar no boom das commodities nos anos 2000, mas ele e sua sucessora geriram mal a economia, e um escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras manchou grande parte da classe política.
O pequeno Partido Social Liberal, de Bolsonaro, não possui o dinheiro e a máquina do Partido dos Trabalhadores (PT) de Haddad, mas Bolsonaro está em alta e no domingo ele também elegeu os seus. O PT continua sendo o maior bloco na câmara dos deputados com 56 deputados, mas o partido de Bolsonaro elegeu 52 deputados e conquistou quatro cadeiras no Senado. O PT se saiu bem em sua base eleitoral do Nordeste, mas não conseguiu eleger um governador no resto do país.
Depois de tanto escândalo político e corrupção, não é de surpreender que os brasileiros estejam aderindo a um candidato que promete algo melhor."
[*] Editorial. Brazilian Swamp Drainer”. The Wall Street Journal, 9 de Outubro de 2018.
Tradução: Lívia Prates
Revisão: Jônatas


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