SEGUNDA EDIÇÃO DE SÁBADO, 13 DE OUTUBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
TSE nega pedido de Haddad para retirada de conteúdo de WhatsApp
Sábado, 13.10.18 11:17
O TSE negou um pedido de Fernando Haddad para a retirada de conteúdos compartilhados em grupo privado no WhatsApp, registra o Uol.
Para o ministro Luis Felipe Salomão “a comunicação é de natureza privada e fica restrita aos interlocutores ou a um grupo limitado de pessoas”.
As mensagens alvo da representação dizem, por exemplo, que o PT teria “financiado performances com pessoas nuas” e que um eventual governo Haddad contaria com um “sistema educacional” que incentivaria a “hipersexualização de crianças”.

Para iniciativa privada, ataques contra Paulo Guedes são políticos
13.10.18 09:42
Integrantes da iniciativa privada não veem com surpresa as acusações contra Paulo Guedes que vieram a público na última semana.
Diz Sônia Racy:
“O que surpreende, destaca um conhecido executivo de fundos, é que a matemática acusatória dos críticos não fecha. No caso da Funcef, dos 46 fundos que investiram na Fundação e estão sendo investigados o de Guedes foi dos poucos que deram… lucro”.
Um dos fundos, publica a colunista, recebeu aporte de R$ 324 milhões, sendo que foram devolvidos R$ 705 milhões – ou seja, o dobro do valor aplicado.

Lupi: “Quem quiser ir para um governo do PT, que saia do PDT”
13.10.18 09:14
Carlos Lupi, presidente do PDT, mandou um recado aos pedetistas que pretendem participar de um eventual governo de Fernando Haddad:
“Quem quiser ir para um governo do PT, que saia do PDT. Isso é uma coisa fechada”.

Bolsonaro: “Haddad prega divisão entre católicos e evangélicos”
13.10.18 08:46
Em transmissão ao vivo pelo Facebook na noite de sexta-feira, Jair Bolsonaro fez uma série de ataques a Fernando Haddad.
Para o candidato do PSL, o poste de Lula tenta promover um racha entre católicos e evangélicos.
“Como se não bastasse o PT ter dividido o Brasil, agora também prega divisão entre católicos e evangélicos. O senhor Haddad perdeu a linha, nós temos que unir o Brasil”.

TSE manda retirar de circulação vídeo atribuído a Bolsonaro
13.10.18 08:03
O ministro Carlos Horbach, do TSE, mandou retirar de circulação vídeos atribuídos à campanha de Jair Bolsonaro que atacam membros do STF, publica o Estadão.
No vídeo, aparecem imagens de Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Segundo a defesa de Bolsonaro, a peça “prejudica a imagem” do presidenciável, porque o coloca em “linha de colisão com a atuação do Poder Judiciário brasileiro”.

O conselho de Major Olímpio
13.10.18 07:43
Major Olímpio, senador mais votado do País, foi um dos conselheiro a pedir que Jair Bolsonaro não gravasse vídeo em apoio a João Dória, registra o Estadão.
“PSDB e PT são irmãos gêmeos, separados no parto. Eu não me abraço com meu carrasco”, disse.

Bolsonaro imunizado
13.10.18 07:22
A propaganda eleitoral de Jair Bolsonaro foi mais eficaz do que a produzida pelo PT.
É o que dizem publicitários que avaliaram o primeiro programa de TV dos dois candidatos, registra a Folha.
“Bolsonaro, avaliaram os especialistas, levou o discurso que faz sucesso nas redes para o horário eleitoral gratuito e, de quebra, se vacinou de críticas que são rotineiras a ele, exibindo mulheres, negros e uma criança, a filha caçula, em seu programa”.

NO CEARÁ NEWS 7
PDT, de Ciro Gomes, anuncia apoio a Bolsonaro no Rio Grande do Norte
Ciro cobrou metade dos cargos em troca de apoio, mas Haddad recusou a chantagem
Sexta-feira, 12/10 15:59
O PDT, de Ciro Gomes, no Rio Grande do Norte anunciou apoio ao candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). O candidato pedetista ao governo, Carlos Eduardo, começou a campanha do segundo turno com um vídeo criticando o PT e pedindo votos para Bolsonaro no estado.
Carlos Eduardo disputa o governo contra Fátima Bezerra (PT).
Em tempo
Ciro Gomes tentou fazer chantagem contra o PT e cobrou metade dos cargos em troca de seu apoio. Os petistas não aceitaram.

Ciro Gomes é hostilizado durante voo que o levava para a Europa
FG tomou na cara que havia traído Eunício Oliveira no Ceará e ficou bem caladinho
12/10/2018 9:00
O candidato derrotado ao Planalto, Ciro Gomes (PDT), foi hostilizado em voo da TAP quando estava indo para Lisboa. Ele não reagiu com gritos, apenas fez cara feia.
A cena foi a seguinte: o FG estava bem sentado em sua poltrona. Uma senhora chega perto dele e o cumprimenta. Ciro retribuiu com carinho. A mulher devolve com virulência para surpresa de Ciro: “Foi ótimo para o Brasil você ter perdido a eleição e péssimo para o Ceará, vocês, Ferreira Gomes, terem traído o Eunício”.
Ciro acusou o golpe e calou.
Em tempo
O pedetista já avisou ao PT e a Haddad que só volta ao Brasil — está em viagem romântica, na Europa, com Giselle Bezerra — e adere à campanha petista se levar 50% do Governo.
Em tempo II
Além da presidência do Congresso.

NO BR18
Sábado, 13.10.2018 | 08h37
A bancada dos sem foro
Políticos que não conseguiram se reeleger ou se eleger para outros cargos deverão integrar a partir do ano que vem a bancada dos sem foro, cujos processos decorrentes da Lava Jato ou e outras investigações devem descer para a primeira instância.
A Folha reuniu os principais casos e lembra que o “elevador” processual não é automático: depende de pedido do Ministério Público ou da defesa e de despacho do juiz ou análise de algum colegiado.

Frente frustrada
O segundo turno começou mal para Fernando Haddad, que viu frustrada sua expectativa de construir em torno de si uma frente ampla contra Jair Bolsonaro. Em sua coluna no Estadão, João Domingos lista as más notícias que assolam a campanha do petista nesta reta final da campanha, como o bate-boca na sexta-feira com uma eleitora ao sair de uma missa em São Paulo. “Qualquer manual mequetrefe sobre política desaconselha o candidato a bater boca com quem quer que seja, mesmo que este esteja cumprindo tarefa de um adversário, provocando-o ao máximo. É o candidato que está atrás de votos. É ele que está exposto. Nessa condição, não pode cometer deslizes”, analisa.

Haddad, a metamorfose ambulante
Sexta-feira, 12/10/2018
Nesta campanha, Fernando Haddad já foi coordenador do programa de governo do PT, advogado de Lula, vice-presidente na chapa de Lula, substituto de Lula, cover de Lula, Andrade, Radard… Levado ao segundo turno por este blend de personalidades, agora encarna outras: se afastou convenientemente de Lula, passou a evocar com mais frequência a (real) influência do avô, líder religioso, em sua formação e, agora, fez questão de ir a uma missa no dia de Nossa Senhora de Aparecida e comungar.
Enquanto prefeito, Haddad não ficou conhecido pela assiduidade a missas e atos religiosos. Tampouco essa característica costumava ser reforçada por ele ao descrever a própria trajetória – a ascensão no movimento estudantil, o trabalho na loja do pai, a carreira multidisciplinar na academia e a posterior carreira no setor público sempre foram seus principais atributos. Essa falta de nitidez de personalidade talvez seja uma das razões da dificuldade eleitoral do candidato do PT. / V.M.

Dória: ‘Vim reafirmar meu apoio’
João Dória Jr. disse nesta sexta-feira ao BR18 que não levou um “chá de cadeira” de Jair Bolsonaro. Afirmou que o candidato do partido se sentiu mal e, por recomendação médica, não pôde sair de casa. “O objetivo da visita não era obter o apoio do PSL, e sim reafirmar meu apoio ao Bolsonaro”, afirmou o tucano.
A deputada federal eleita pelo PSL Joice Hasselmann, que acompanhou Dória na reunião com a cúpula do partido, disse que vai anunciar oficialmente seu apoio a Dória. “Como o partido e o Jair reafirmaram a posição de neutralidade neste momento, vou anunciar o apoio ao Dória, como a deputada mais votada de São Paulo", afirmou. Segundo ela, o economista Paulo Guedes também vai manifestar seu apoio ao tucano. / V.M.

NO BLOG DO FAUSTO MACEDO
A pedido da PGR, Fachin arquiva investigação contra Blairo e Zeca do PT 
Inquérito tinha como base acordo de delação premiada da Odebrecht 
Por Amanda Pupo/BRASÍLIA
Sexta-feira, 12 Outubro 2018 | 16h15
BRASÍLIA – A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou nesta quinta-feira, 11, inquérito embasado na delação da Odebrecht que cita o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT) e o ex-governador de Mato Grosso do Sul José Orcírio Miranda, o Zeca do PT, hoje deputado federal.
Ao final de setembro, a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, enviou manifestação ao STF afirmando que as investigações não identificaram elemento de prova mínimo para que fosse ofertada a denúncia no caso – o que seria o próximo passo na investigação.
Um dos delatores da Construtora Norberto Odebrecht, João Antonio Pacífico Ferreira, relatou à força tarefa da Lava Jato que o ministro recebeu ‘uma contribuição’ de R$ 12 milhões para sua campanha ao governo de Mato Grosso em 2006, valor supostamente relativo à propina por pagamento de repasses da União ao governo estadual.
O diretor da construtora disse que o esquema também ‘beneficiou políticos de Mato Grosso do Sul’ – citou o ex-governador Zeca do PT, que teria recebido R$ 400 mil, o ex-senador petista e candidato derrotado ao governo naquele ano, Delcídio do Amaral, R$ 2 milhões, e o candidato vitorioso, André Puccinelli (PMDB), R$ 2,3 milhões.
A procuradora-geral, no entanto, afirmou que ‘após a realização de diversas diligências investigativas, não se obteve êxito na produção de lastro probatório apto à deflagração de ação penal efetiva e com perspectiva de responsabilização criminal dos investigados’.
“Considerando o tempo transcorrido então, mais de 12 anos, não se vislumbram novas diligências aptas à elucidação dos fatos e com eficácia para permitir a propositura de ação penal neste caso”, assinalou Raquel. 

NO BLOG DO NOBLAT
Os números elegem Bolsonaro
Bastam-lhe os votos dados a João Amoedo, Cabo Daciolo e Henrique Meirelles, que guardam perfil claramente antipetista
Por Ruy Fabiano
Sábado, 13 out 2018, 08h00
É improvável que haja surpresas no segundo turno presidencial. O espírito plebiscitário manifestou-se já no primeiro turno, visível na escassez de votos a candidatos outrora competitivos, de grandes partidos, como PSDB, PMDB e PDT.
O eleitor percebeu, desde o início, que havia – e há – apenas dois lados em disputa, projetos antagônicos. E antecipou sua escolha.
A diferença expressiva de votos pró-Bolsonaro não se reverterá. É impensável que alguém que abraçou o seu ideário venha a fazer opção oposta, já que o voto, de ambos os lados, teve o sentido de legítima defesa. Foi – e é – uma eleição binária.
Resta saber de onde os dois finalistas poderão buscar votos suplementares. E aí a vantagem também é de Bolsonaro.
O fiasco dos partidos de esquerda, aqueles cujos votos podem reverter em massa para Haddad – Psol, Rede e PDT –, indica que essa transferência já ocorreu no primeiro turno.
A votação somada desses partidos não muda o destino eleitoral de Haddad, que precisa crescer mais de 20 pontos percentuais para que sua votação em primeiro turno atinja a maioria absoluta. Já Bolsonaro, considerando-se os números do primeiro turno, está a 4,5 pontos percentuais da vitória.
Bastam-lhe os votos dados a João Amoedo, Cabo Daciolo e Henrique Meirelles, que guardam perfil claramente antipetista.
Há ainda os votos do PSDB, que devem se dividir, dado o perfil centrista do partido. FHC quer apoio ao PT; Dória, que disputará em segundo turno o governo de São Paulo, e Anastasia, que disputará o de Minas, já declararam apoio a Bolsonaro.
Idem a candidata a vice de Alckmin, senadora Ana Amélia. O Centrão, que se aliou aos tucanos, já avisou que não apoiará o PT (seu companheiro de viagem ao longo dos governos Lula e Dilma).
O PDT, de Ciro Gomes, embora aparentado ideologicamente ao PT, fez exigências tais a Haddad que sugerem que não quer se comprometer. Pediu apenas, para começar, a Casa Civil, o Ministério do Planejamento e o Banco do Nordeste.
São cofres que o PT seguramente não dispensará. Ciro, magoado com Lula, por não tê-lo escolhido, optou por sair de cena.
A tentativa desesperada do PT de obter votos fora de sua seara, buscando atrair os eleitores que se abstiveram – e que somam 29 milhões -, fez com que, no espaço de três dias após o primeiro turno, adotasse uma estratégia patética, que beira o ridículo e rompe com todo o seu passado: “renunciou” a seus símbolos e programa.
Mudou as cores do partido, trocando o vermelho pelo verde-amarelo, tirou Lula da campanha e dos panfletos e adotou parte do discurso de Bolsonaro, passando a defender o porte de armas, o Cristianismo e a família tradicional.
Nesse ritmo, acaba por perder seus próprios eleitores.
O que essas eleições estão mostrando é que os meios tradicionais de persuasão, via marqueteiros e grande mídia, perderam a relevância do passado. O candidato favorito não tinha sequer comitê de campanha; não tinha um CEP. Valeu-se das redes sociais, que o blindaram da hostilidade dos veículos tradicionais e das fake news e deram-lhe o protagonismo de que desfruta.
A brusca mudança de personalidade do PT esbarra na memória da internet. Lá estão, ainda frescas, declarações de Haddad em sentido diametralmente oposto ao que diz agora.
Entre outras, a de que subiria a rampa com “o presidente Lula” e que promoveria o desencarceramento em massa.
Em relação a Bolsonaro, não há novidade: “fascista, homofóbico, racista, misógino etc.”. Ele continua onde sempre esteve e, a menos que uma situação inteiramente nova se apresente, e que o mostre diferente do que é (algo já tentado sem êxito), está eleito.
Uma questão meramente matemática.

NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
SEXTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2018
O suicídio de um Partido
• Por Pedro Luiz Rodrigues
• Embaixador e Jornalista 
Caso fatos notáveis não venham a ocorrer, o Partido dos Trabalhadores deverá sofrer amarga derrota no segundo turno das eleições presidenciais, no próximo dia 28 de outubro.
Era apenas uma questão de tempo para que o partido começasse a se esboroar. Como desde sua criação (1980) viveu de contradições, de meias-verdades e de falsas aparências, nunca transitou com desenvoltura no ambiente da democracia. Como em obras que desabam, sobrou areia, faltou cimento.
A partir de quando o PT deixou de ser oposição e se tornou governo, suas bandeiras originais – que por vinte anos haviam seduzido massas de jovens idealistas – foram sendo jogadas na lata de lixo.
Honestidade, decência, transparência, todas deixaram de ser qualidades admiradas e praticadas por seus dirigentes. Os jovens idealistas, não mais tão jovens assim, perceberam (pelo menos alguns deles) que não haviam sido usados apenas como massa de manobra.
Fazer o quê? Quem nasceu para tubarão não pode pretender ser golfinho. O PT diz que é democrata, mas não pode ser, porque seu objetivo final é implantar uma ditadura (a do proletariado). Lula já jurou que o partido não é marxista, mas os intelectuais da agremiação dizem seguir a pauta marxista-gramsciana que rejeita a alternância democrática.
O povo não é burro e quem não espera prebendas ou favores do petismo tem razões para morrer de rir com a notícia de que o PT, juntamente com seus aliados (PCdoB, PSOL e outros), estariam para formar uma “frente democrática” para contrapor-se à candidatura de Jair Bolsonaro.
Falsear, mudar de cara, é o que a dobradinha PT-PCdoB está fazendo agora, mais uma vez. Um de seus anúncios de campanha do primeiro turno era do tipo tradicional, muito vermelho, e os dois candidatos secundados pela imagem de Luiz Inácio Lula da Silva. Na versão para o segundo turno o vermelho deu lugar ao verde, ao amarelo e ao azul e Lula, no melhor estilho soviético, foi simplesmente eliminado da fotografia.
Para o PT a derrota que se avizinha será estrondosa e definitiva; vai ser a pá de cal no túmulo de um partido que vem se suicidando aos poucos, desde 2005, quando o Mensalão revelou à sociedade que o PT falseara sua credenciais morais para chegar e se manter no poder.
Esse falseamento moral foi necessário para a participação do PT num regime democrático, onde as regras do jogo pressupõem a aceitação da diversidade ideológica, a alternância no poder e a máxima lisura na defesa dos interesses legítimos do Estado.
O PT não aceita a democracia, nem a diversidade ideológica nem a alternância no poder. Quanto ao Estado, cuidaram de aparelhá-lo partidariamente – inclusive o Itamaraty, instituição à qual pertenço – privilegiando a lealdade ou subserviência ao partido à qualidade e méritos profissionais.
Se saíram do poder no impeachment de Dilma (“o golpe, o golpe, o golpe”, do refrão partidário), serão definitivamente escorraçados agora, no final de outubro, pelo voto popular.
O PT não teve forças para corromper as instituições brasileiras, muito mais fortes do que as da Venezuela, país próspero que os aliados do PT conseguiram levar à ruína.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA