PRIMEIRA EDIÇÃO DE SÁBADO, 13 DE OUTUBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

O PSL, de Jair Bolsonaro, cresceu mais de 1.300% em votos, elegendo 52 deputados este ano, muitos deles sem recursos do Fundo Eleitoral, por opção ou por falta de dinheiro mesmo. Antes, em eleições, mais dinheiro significava mais eleitos, mas essa lógica perdeu sentido em 2018: o MDB distribuiu R$232,4 milhões a seus candidatos e elegeu 34 deputados, a quinta maior bancada. Os 56 do PT custaram R$212,2 milhões. Já o PSDB gastou R$185,8 milhões e foi um fiasco: elegeu 29.

Somados os fundos Partidário e Eleitoral, só este ano o MDB nos tirou R$296 milhões, o PT R$290 milhões e o PSDB R$245 milhões.

É só fazer as contas: PT, MDB e PSDB, só estes três, torraram R$831 milhões de dinheiro público para elegerem 119 parlamentares.

O Novo, que não existia em 2014 e recusa Fundo Partidário e Fundo Eleitoral, conseguiu emplacar 08 deputados federais na Câmara.

A Rede de Marina, que abiscoitou mais de R$10,7 milhões de Fundo Eleitoral, elegeu apenas 01 deputado e 05 senadores.

Provocou grande irritação na campanha de Jair Bolsonaro (PSL) um suposto pedido de “apoio financeiro” ao insinuante empresário Rubens Ometto, que ficou bilionário com um dos cartórios mais rentáveis do País: a distribuição de combustíveis. O cartório foi criado por resolução suspeita da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no governo Dilma, obrigando refinarias e usinas de etanol a entregar seus produtos às distribuidoras, que têm sido acusadas de atuar como atravessadoras.

Dono da distribuidora Conas, Rubens Ometto distribuiu dinheiro para 50 candidatos de 13 partidos, no total R$6,98 milhões.

Bolsonaro recusou todas as ofertas de “ajuda”, até devolveu doações, inclusive modestas, por não seguirem os trâmites legais.

O candidato do PSL determinou que doações devem ser feitas no site oficial, o que impõe diversas restrições.

Em 2010, Marina teve 611 mil votos no DF, quase 43% do total. Em 2014, recebeu 563 mil, perdendo para Aécio Neves (PSDB) por 0,3%. Em 2018, teve 32 mil votos (2%). Bolsonaro, 936 mil (58,3%) no DF.

Até os petistas mais experientes não conseguiram identificar quem fez companhia ao candidato entre quarta e quinta (11) no Hotel Meliá, em Brasília. Ele reapareceu para militância sem dar bolas a pesquisas.

O prefeito de Salvador, ACM Neto, que tem duas filhas, está entre os pais atormentados pela meleca que virou mania na garotada. Mistura de cola, água boricada, creme de barbear, pasta de dente e tinta guache. ”Eu acordo com isso até na minha cama”, diz ele, resignado.

Relator do projeto que obriga divulgação de nome, endereço e CPF de vencedores da loteria, Pedro Chaves (PRB-MS) mudou tudo e obriga o apostador a se identificar, mas manteve o anonimato dos ganhadores.

…considerado a folha corrida de vários políticos não reeleitos, é bom ficar de olho na prataria.

NO BLOG DO JOSIAS
Dória entra no segundo turno com o pé esquerdo
Por Josias de Souza
Sábado, 13/10/2018 05:06
João Dória chega à casa onde deveria encontrar Jair Bolsonaro, mas o capitão preferiu se abster.
João Dória, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, precisa se benzer. Passou para o segundo turno com dez pontos de vantagem sobre seu oponente. Desde então, enfrenta uma sucessão de trapaças da fortuna. Teve uma semana integralmente regida pela Lei de Murphy — “Quando uma coisa pode dar errado, ela dá errado”. Dória amargou três reveses.
1. Márcio França, o rival que Dória chama de “vermelho” e “esquerdista”, obteve o apoio do capitalista Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
2. Geraldo Alckmin, o padrinho político de Dória no tucanato, grudou nele a pecha de traidor. Fez isso a portas fechadas. Mas o áudio ganhou as manchetes antes que a maçaneta fosse virada.
3. Jair Bolsonaro, a nova paixão política de Dória, tratou-o como persona non grata. O tucano voou de São Paulo para o Rio de Janeiro com o deliberado propósito de posar ao lado do capitão. Que preferiu não dar as caras.
Nelson Rodrigues ensinou que, sem sorte, o sujeito não chupa nem um picolé, pois pode engasgar com o palito. No comitê eleitoral de Dória, a má sorte parece ter chegado junto com a inépcia. O candidato jura que não é político. Talvez por isso tenha exagerado na matreirice política.
Por esperteza, um candidato a governador pode declarar apoio a um presidenciável que caiu no gosto do eleitorado do seu Estado. Mas ir atrás do Bolsonaro, cortejar o Bolsonaro, enganchar a viabilidade de uma candidatura na conveniência do Bolsonaro… Fazer tudo isso sem combinar com o sorveteiro é mais ou menos como pedir para ser atropelado pela carrocinha de picolé antes da primeira lambida.
O direitista Dória entrou no segundo turno com o pé esquerdo.

Ruína ideológica torna 2018 parecido com 1989
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 12/10/2018 20:34
Recomeçou o horário eleitoral, agora em ritmo de mata-mata, com tempo de propaganda igual para os dois presidenciáveis. Num ponto, a disputa atual lembra a sucessão de 1989. A exemplo do que fizeram Collor e Lula na primeira eleição direta depois da ditadura militar, Bolsonaro e Haddad insultam-se em rede nacional, ocultando dos eleitores as fragilidades de suas propostas para um País em crise.
Há sobre a mesa do próximo presidente da República uma turbulência fiscal, uma crise moral e um Congresso fragmentado. O resultado das urnas não fará desaparecer os problemas. O que pode desaparecer é a legitimidade de um presidente eleito que tenha vendido na campanha soluções simplistas para encrencas complicadas.
Há 29 anos, Collor achincalhava Lula, acusando-o de planejar “luta armada”, inspirado em “Hitler e Khomeini”. Lula afrontava Collor, tachando-o de filho de uma família que “mata trabalhador rural”. Hoje, Bolsonaro trata Haddad como doutrinado do Foro de São Paulo, que fará do Brasil uma Cuba ou uma Venezuela. E Haddad insinua que Bolsonaro mergulhará o País na barbárie. O Brasil não será comunista. Também não há sinal de guerra civil. Mas as ruínas ideológicas de 2018 revelam que aquele horizonte bonito que viria junto com a democracia continua sendo uma utopia irrealizável.

Era o que faltava: a sucessão virou guerra santa
Por Josias de Souza
12/10/2018 19:29
Nesta sexta-feira (12), dia dedicado a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, a sucessão presidencial ganhou ares de guerra santa. Preocupado com a devoção de evangélicos pentecostais a Jair Bolsonaro, Fernando Haddad achegou-se aos católicos. Após participar de uma missa na periferia de São Paulo, Haddad relatou episódio que diz ter ocorrido na véspera, quando participou em Brasília de evento organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
''Um ativista do Bolsonaro começou a ofender a Igreja Católica”, afirmou Haddad. “Nós nos retiramos da CNBB, onde a entrevista ia ser concedida. E ele começou a ofender a igreja chamando de 'igreja comunista', de 'igreja gay', coisas completamente sem sentido…''
A resposta de Bolsonaro veio por meio das redes sociais: “O PT agora tenta jogar católicos e evangélicos uns contra os outros. Essa divisão ofende várias famílias que, assim como a minha, são formadas por diferentes vertentes. Não conseguirão! Estamos todos unidos contra a inversão de valores que impera há anos e que destrói nosso País!”
Num País laico, envolver igrejas em campanhas políticas em é algo tão apropriado quanto convidar orquestras sinfônicas para festivais de rock. Deus, como se sabe, está em toda parte. Mas de maneira geral o Tinhoso é quem controla a sucessão presidencial de 2018.

NO O ANTAGONISTA
O “namorado da Dilma” nos atos contra Bolsonaro
Sábado, 13.10.18 06:08
O brasilianista James Green, que foi chamado de “namorado da Dilma”, é um dos organizadores dos atos contra Jair Bolsonaro nos Estados Unidos, marcados para o dia 20, diz O Globo.
Talvez ele saiba informar o paradeiro de Dilma Rousseff, que está desaparecida desde que foi massacrada nas urnas.
O Brasil em suspense pelas próximas 3 semanas… O que querem esconder de VOCÊ no 2º turno? Veja AQUI

O voto vergonhoso em Haddad
13.10.18 06:04
Letícia Sabatella, Wagner Moura e Camila Pitanga assinaram um manifesto pedindo um voto “na civilidade, no respeito pelas pessoas, pelo que é diferente”.
Da mesma maneira que Fernando Haddad escondeu Lula e a estrela do PT na propaganda eleitoral, os atores de telenovela resolveram esconder Fernando Haddad. O manifesto pede um voto no candidato do PT, mas jamais cita seu nome.
No primeiro turno, havia o voto envergonhado em Jair Bolsonaro. Agora há o voto vergonhoso em Fernando Haddad.
Foi declarada a guerra do 2º turno, que definirá também o curso da Lava Jato. Saiba mais AQUI

O bolo de Bolsonaro em Dória. Quem disse que o capitão não é político?
13.10.18 00:17
João Dória vazou que seria recebido por Jair Bolsonaro, viajou ao Rio de Janeiro e levou um bolo.
Bolsonaro decidiu que ficará neutro na disputa de segundo turno de São Paulo e Rio de Janeiro.
Ele não teria nada a ganhar apoiando um ou outro candidato ao governo de ambos os estados. Oficialmente, o PSDB de João Dória o acha um “perigo”; o PSB de Márcio França apoia Fernando Haddad.
Quem disse que Bolsonaro não sabe fazer política?

“Dilma praticamente não fez campanha”, diz candidato que ‘roubou’ votos da petista e garantiu vaga
Sexta-feira, 12.10.18 19:14
Por Diego Amorim
Carlos Viana, do PHS, de Alexandre Kalil, é o responsável por “roubar” votos de Dilma Rousseff na região norte de Minas Gerais e no vale do Jequitinhonha, o que ajudou a petista a não se eleger para o Senado.
Viana garantiu a segunda vaga — a primeira ficou com o deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM) — depois de ter rodado, segundo ele, 186 cidades e um total de 27 mil quilômetros durante a campanha.
“Consegui avançar no território do PT porque ela [Dilma] praticamente não fez campanha. Ela passou a maior parte do tempo [da campanha] fora de Minas. Ela nunca morou aqui”, disse o senador eleito a O Antagonista.
“As poucas vezes em que ela arriscou ir para a rua, foi vaiada. Talvez, por isso, preferiu ficar mais em estúdio, gravando programas. Mas não se ganha mais eleição assim”, acrescentou.
Ao longo de toda a campanha, os institutos de pesquisa mostravam que Dilma seria eleita em primeiro lugar. Em 7 de outubro, porém, apesar dos 2.709.223 votos, a ex-presidente acabou ficando em quarto, com 15,35% dos votos.
“A votação nela foi de quem consome o PT por ideologia e só. O eleitor mesmo não quis Dilma.”

MPF e Arquidiocese acionaram padre que declarou voto em Bolsonaro. E agora?
12.10.18 18:19
Na semana passada, o procurador da República, Leandro Mitidieri entrou com uma representação junto à Procuradoria Regional Eleitoral contra um padre que, em Cabo Frio, na Região dos Lagos, declarou apoio a Jair Bolsonaro durante uma missa.
O procurador explicou, na ocasião:
“A propaganda eleitoral no interior da igreja é expressamente proibida a qualquer tempo, pois os templos constituem bens de uso comum, sendo neles vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, de acordo com o artigo 37 da lei 9.504/97 [Lei das Eleições, veja trecho abaixo].”
A Arquidiocese de Niterói, à qual a paróquia do padre pertence, também se manifestou, dizendo que iria ouvir o religioso sobre o episódio, que acabou se vendo obrigado a divulgar uma nota pedindo desculpas.
Hoje, Fernando Haddad e Manuela D’Ávila participaram de uma missa-comício na região do Jardim Ângela, em São Paulo, em que o padre pediu expressamente votos para a chapa lulista (...)
Você precisa redobrar a atenção no 2º turno. Entenda por que clicando AQUI

Quem é o padre que pediu voto para Haddad na missa-comício com o petista
12.10.18 17:38
O padre Jaime Crowe, que celebrou a missa-comício na manhã de hoje com a presença de Fernando Haddad e Manuela D’Ávila — e pediu voto para a chapa lulista –, é velho aliado do PT.
O sacerdote irlandês — há 40 anos no Brasil — participou, inclusive, da cerimônia ecumênica em homenagem a Marisa Letícia, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, no dia da prisão de Lula. Na ocasião, ele estava lá, em cima do trio elétrico, ao lado do bispo emérito dom Angélico Sândalo Bernardino, amigo do ex-presidente.
Em dezembro de 2016, quando Haddad ainda era prefeito de São Paulo — embora já tivesse sido derrotado, no primeiro turno, por João Dória –, o padre Crowe recebeu das mãos do petista o prêmio de Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns (...), promovido pela Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania.
O religioso ficou conhecido em razão do trabalho de combate à violência que desenvolve na zona sul da capital paulista. Sua paróquia, de nome Santos Mártires, fica na região do Jardim Ângela, pertencente à Diocese de Campo Limpo e, portanto, fora da jurisdição do cardeal dom Odilo Scherer, considerado “conservador” em meio a tantos bispos ligados à esquerda.
O padre, que se apresenta como “um combatente dos mecanismos de exclusão”, fez a paróquia que comanda se transformar basicamente em uma ONG assistencialista nos últimos anos.

Bolsonaro contra o aborto
12.10.18 18:09
No Twitter, Jair Bolsonaro reafirmou há pouco sua posição contrária ao aborto.
Leia também aqui.
Foi declarada a guerra do 2º turno, que definirá também o curso da Lava Jato. Saiba mais AQUI

Leia a íntegra das orientações de Raquel Dodge contra as ‘fake news’
12.10.18 16:49
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, divulgou aos integrantes do Ministério Público Eleitoral em todo o País uma instrução para combater as fake news.
Ela pede, por exemplo, que sejam responsabilizados envolvidos em atos de propaganda que “faça apologia a guerra, a processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social” ou “incite atentado contra pessoa ou bens”.
Veja AQUI a íntegra do documento.

O PT ainda vai virar à direita
12.10.18 15:00
Depois da derrota no domingo, o PT passou a ser definido por gente muito isenta de partido de “centro-esquerda”.
Daqui a uma semana, será provavelmente um partido de “centro”.
E daqui a duas, talvez até de “centro-direita”, com Manuela D’Ávila puxando novenas em prol da família brasileira.
Você quer saber por que o poste de Lula se aliou aos coronéis golpistas? Confira AQUI.

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