PRIMEIRA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 02 DE OUTUBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 02 DE OUTUBRO DE 2018

As pesquisas indicam que os partidos hoje existentes serão reduzidos à metade, caindo dos atuais 35 apenas para os 18 que devem superar, este ano, a chamada “cláusula de desempenho” (ou “de barreira”), e poderão ter atuação plena no Congresso, e parlamentos estaduais e municipais. Em valores de 2018, só esses 18 terão acesso aos R$800 milhões do Fundo Partidário e aos R$1,7 bilhão do Fundo Eleitoral, na eleição municipal de 2020, confirmada a tendência das pesquisas.

“A expectativa é que, por conta das mudanças, em 2023 tenhamos no máximo 10 partidos”, diz o ministro Gilberto Kassab, fundador do PSD.

Especialista nessas estimativas, Kassab acha que PP e PT elegerão 50 deputados. PSDB, PSD e PR terão bancadas de 45 federais cada.

A avaliação é que MDB elegerá só 40 deputados, DEM e PRB 36, PDT 29, PSB 25, PSL 18, PTB 17, SDD 11; Pros, Pode, PCdoB e Psol, 10.

Na zona da degola, lutam para escapar o PPS, que pode eleger 8 deputados, além do PV, Rede e Novo, que devem eleger 6, no máximo.

A devastadora delação premiada do ex-ministro Antônio Palocci, detalhando a ladroagem revelada pela Operação Lava Jato, introduz na campanha presidencial um tema praticamente ignorado, apesar de explosivo: a corrupção dos governos de Lula e Dilma. Somente Álvaro Dias (Podemos) e Jair Bolsonaro (PSL) têm disposição para atacar a corrupção dos governos do PT. O que não têm é tempo no rádio e TV.

Geraldo Alckmin (PSDB) evita o tema Lava Jato acintosamente em sua campanha porque tem rabo preso: seu nome foi citado no escândalo.

O Rede de Marina e o PDT de Ciro também calam sobre corrupção do PT pelas mesmas razões. Ou pelo temor de afugentar o eleitor petista.

Partidos não atacam ladroagem petista e também não são criticados pelo PT. A turma tem horror à Lava Jato, não às suas descobertas.

Ao criticar o Brasil por “tratar mal” empresas americanas, Donald Trump tentou atingir o embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), que luta contra as políticas anti-concorrenciais e protecionistas do seu governo.

O governo federal vai realizar em dezembro a licitação da Ferrovia Norte-Sul e de mais três blocos de aeroportos controlados pela estatal Infraero. Contratos bilionários para o futuro governo pagar. Vai dar rolo.

O ex-ministro Antonio Palocci contou na delação que seria muito mais fácil discutir sobre dinheiro com a OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa do que com empreiteiras estrangeiras.

Para explicar o aumento da cobrança por bagagem, que dobrou de preço em um ano, empresas áreas recorrem à justificativa da Petrobras na exploração criminosa dos brasileiros: “variação do dólar”. A trapaça foi instituída em 2017 para aumentar o faturamento das aéreas.

CORRUPÇÃO DE LULA E DILMA
NO DIÁRIO DO PODER
Palocci: quase todas as MPs foram assinadas em troca de propina 
Ex-ministro conta que 90% das medidas provisórias foram vendidas  
Da Redação 
Segunda-feira, 01/10/2018 às 20:07 | Atualizado às 20:10
Em trecho de delação premiada divulgado nesta segunda-feira (1º), o ex-ministro petista Antonio Palocci afirma que 90% das medidas provisórias propostas pelos governos petistas envolveram pagamentos de propina. Um dos esquemas de arrecadação seria a venda de emendas legislativas e medidas provisórias, de acordo com Palocci. Segundo ele, as campanhas presidenciais do PT em 2010 e 2014, que elegeram a ex-presidente Dilma Roussef, custaram até quatro vezes o valor declarado à Justiça Eleitoral. Segundo ele, a campanha de 2010 custou R$ 600 milhões, e a de 2014, R$800 milhões. Os gastos declarados, porém, foram de R$ 153 milhões e R$ 350 milhões, respectivamente.
Palocci, que foi ministro dos governos  Lula e Dilma, afirmou que era um dos arrecadadores do PT, sendo responsável por tratar de “doações de grande porte junto aos empresários”. Essas doações, segundo ele, tinham, em sua maioria, origem ilícita, resultante da negociação de contratos e percentuais com o governo. “Ninguém dá dinheiro para campanhas esperando relações triviais com o governo”, disse o ex-ministro petista, segundo o termo assinado com a Polícia Federal. 
Os contratos de publicidade da Petrobras também envolveriam repasses de 3% ao PT. A própria proposta de nacionalizar a exploração do pré-sal, de acordo com Palocci, envolveu “um interesse social e um interesse corrupto”, já que atender aos interesses das empreiteiras nacionais facilitaria doações para as campanhas do PT. 
A delação de Palocci foi homologada em junho pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região. Lá, tramita a apelação do ex-ministro contra sua condenação a 12 anos e 02  meses de prisão imposta pelo juiz Sergio Moro, em 2017. Nesta segunda-feira foram tornados públicos os primeiros trechos do acordo. 
O acordo prevê o pagamento de indenização de R$ 37,5 milhões e que o bloqueio de bens seja suspenso para que a obrigação seja quitada. Ele está preso no Paraná há dois anos. Os termos do compromisso firmado também citam a possibilidade de uso das informações do ex-ministro em cinco casos sob apuração, incluindo um inquérito sobre a hidrelétrica de Belo Monte, um procedimento sobre a relação do grupo Schahin com o PT e uma outra apuração sobre a atuação da Petrobras na África. 
O acordo difere dos demais da Lava Jato porque foi firmado com a Polícia Federal – anteriormente apenas o Ministério Público tinha essa prerrogativa. 
OUTRO LADO 
Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, afirmou que a maneira como o juiz Sergio Moro agiu, ao levantar o sigilo das informações, reforça “o caráter político dos processos” relacionados ao ex-presidente. “Moro juntou ao processo, por iniciativa própria (‘de ofício’), depoimento prestado pelo Sr. Antônio Palocci na condição de delator com o nítido objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados, até porque o próprio juiz reconhece que não poderá levar tal depoimento em consideração no julgamento da ação penal. Soma-se a isso o fato de que a delação foi recusada pelo Ministério Público.” Para a defesa, o ex-ministro mentiu mais uma vez, “sem apresentar nenhuma prova”, para obter benefícios, como a possibilidade de perdão judicial.

NO BLOG DO JOSIAS
Blindagem do PT e do PSDB revelou-se suicida
Por Josias de Souza
Terça-feira, 02/10/2018 01:22
Petistas e tucanos desenvolveram um método suicida para livrar seus cardeais de complicações criminais. Ao protelar o andamento dos processos, enfiaram os escândalos dentro da campanha eleitoral de 2018. Num processo contra Lula, Sergio Moro acaba de levantar o sigilo da delação-companheira de Antonio Palocci. Vieram novamente à tona os podres de Lula num instante em que o líder-presidiário transfere eleitores para o seu poste.
Em São Paulo, dias atrás, o Ministério Público formalizara denúncias contra os presidenciáveis Fernando Haddad e Geraldo Alckmin. Noutras praças, realizaram-se prisões ou batidas policiais de busca e apreensão contra três réus tucanos: Beto Richa, no Paraná; Reinaldo Azambuja, no Mato Grosso do Sul; e Marconi Perillo, em Goiás. Em vez de se defender, os acusados atacam magistrados e investigadores, acusando-os de persegui-los politicamente para influir nas eleições.
Quase tudo mudou na política brasileira, menos a mania do PT e do PSDB de reagir aos escândalos acionando a tática da blindagem dos seus suspeitos. No gogó, todos pregam o rigor e a transparência nas investigações. Na prática, querem rigor para os adversários e transparência de vidro fumê para o eleitor. Petistas e tucanos deveriam refletir sobre os efeitos da política de acobertamento. O resultado mais visível se chama Jair Bolsonaro.

Escalada de Bolsonaro desafia Lula e a lógica
Por Josias de Souza
02/10/2018 01:04
Após três semanas de estabilidade, Bolsonaro subiu no Ibope de 27% para impressionantes 31% das preferências do eleitorado. Abriu dez pontos de vantagem sobre o vice-líder Haddad, que parou momentaneamente de subir. O desempenho do capitão desafia o prestígio de Lula e, sobretudo a lógica.
Todos os presidenciáveis ajustam seus discursos e suas táticas. Bolsonaro não. Suas (poucas) ideias continuam inabaláveis. Sua pregação não se alterou um milímetro, mesmo depois da facada. Muitos já disseram que a agenda de Bolsonaro é fascista. Houve quem enxergasse nele até pendores hitlerianos. O líder deu de ombros. Manteve-se fiel aos seus valores: o moralismo bisonho, o desprezo pelos signos democráticos, o ódio à imprensa, a segurança imposta manu militari
Noutros tempos, a ciência política classificaria Bolsonaro como um candidato inviável. A sociedade brasileira, com seus valores escrachados e seus princípios flexíveis, revelava-se majoritariamente refratária à disciplina sanguínea do fascismo. Na década de 90, o nome de Bolsonaro seria Enéas e seu teto nas pesquisas não ultrapassaria os 7%.
O que mudou? Bolsonaro, até ontem um inexpressivo membro do baixo clero da Câmara, sintonizou-se com os brasileiros atropelados pela economia débil e afrontados pela roubalheira vigorosa. Sem estrutura, a bordo de um partido de aluguel, com ridículos 8 segundos no horário eleitoral, ele se impôs perante os velhos tecelões da política artesanal.
Perdendo ou ganhando, Bolsonaro consolida-se como principal fenômeno político desde Fernando Collor. De costas para os partidos, o mercado, a academia e a imprensa, ele capturou os principais focos de contestação social que se movem à margem da liderança populista de Lula e do sindicalismo companheiro da CUT. Parte do tucanato e do centrãozão — versão hipertrofiada do centrão que inclui o MDB de Michel Temer — corre atrás do prejuízo, aderindo às pressas.
Bolsonaro chega à beirada da urna como um líder paradoxal. Deputado há 27 anos, vendeu-se como um oposicionista extraparlamentar, avesso ao sistema. Direitista convicto, conquistou as massas como uma opção “jurássica” ao clepto-distributivismo da chamada esquerda.
Assim, o fato mais inédito na política, a saber, o surgimento de um líder sem a enlameada plumagem tucana capaz de desafiar o projeto político-criminal de Lula, parece combinar-se com o desejo de um pedaço do eleitorado de restaurar uma ilusão de ordem e progresso de inspiração militar.
Repetindo: a associação do lodo que encobriu a modernidade tucana com o dinheirismo que sufocou os clichês varguistas do lulismo deram à luz Bolsonaro, uma novidade feita de resíduos verbais da década de 60.
Um pedaço do eleitorado ouve o poste de Lula falando num “Brasil feliz de novo” e chega à conclusão de que o futuro era muito mais feliz antigamente.

Se depender de Lula, eleitorado vota no escuro
Por Josias de Souza
Segunda-feira, 01/10/2018 19:11
Sergio Moro levou ao ventilador trechos da delação-companheira de Antonio Palocci. Alegou razões processuais. Mas a defesa de Lula, como de hábito, enxergou no gesto o “objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados”. Algo que “apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente Lula.”
Lula pode alegar que a exposição do destampatório de Palocci em plena temporada eleitoral tenha o efeito de uma cotovelada. Mesmo assim, o juiz da Lava Jato não fez nada que estivesse fora dos limites de sua competência. Problema houve quando Lula permitiu as delinquências que Palocci testemunhou e executou. Esquisitice haveria se o eleitor fosse privado de conhecer os podres.
Os defensores de Lula não reclamaram quando Moro congelou o processo sobre o sítio de Atibaia para evitar turbulências eleitorais. Pediram que os autos sobre o Instituto Lula também fossem levados ao freezer. Mas Moro alegou que a encrenca já se encontra naquela fase em que defesa e acusação precisam apresentar suas últimas alegações.
As insinuações endereçadas pela defesa ao juiz da Lava Jato flertam com o ridículo quando se considera que não haveria Palocci sem Lula. O agora delator foi homem forte dos governos do delatado. Czar da economia, operou parte da engrenagem que fez do PT uma máquina coletora de propinas. Fez isso com o consentimento do chefe.
Se quiser, o eleitor pode dar de ombros para as acusações de Palocci contra seus ex-companheiros. Mas o dono do voto tem o direito de conhecer o lodo que escapa dos lábios do ex-braço direito de Lula. A tentativa de impor o voto no escuro apenas piora um espetáculo que já é deprimente.

José Dirceu tornou-se aliado tóxico de Haddad
Por Josias de Souza
01/10/2018 13:24
Em todas as suas aparições, José Dirceu vem dando um tremendo apoio a Fernando Haddad. Mas o que o presidenciável do PT precisa mesmo é que Dirceu não apareça tanto. Ele adquiriu o hábito de dizer em público o que antes era cochichado pelos petistas apenas à sombra.
Condenado em segunda instância a mais de 30 anos de cadeia, Dirceu está solto graças à benevolência da Segunda Turma do Supremo. Percorre o País como caixeiro viajante de uma biografia que escreveu na prisão. Espalha declarações tóxicas por onde passa.
Em entrevista ao portal piauiense AZ, Dirceu criticou procuradores da República e desqualificou a Lava Jato. Para ele, é preciso “tirar o poder de investigação” do Ministério Público, pois o órgão virou “uma polícia política”. Acha que a operação nascida em Curitiba tornou-se “um dos maiores erros do País” e tem grande responsabilidade na ''estagnação econômica que o País vive''.
Antes, em conversa com o jornal El Pais, Dirceu afirmara que não acredita em uma vitória de Jair Bolsonaro. Insinuara que a chegada do capitão ao poder poderia levar o PT a trafegar por caminhos alternativos à democracia.
“Acho improvável que o Brasil caminhará para um desastre total”, dissera Dirceu. “Na comunidade internacional isso não vai ser aceito. E dentro do País é uma questão de tempo pra gente tomar o poder. Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição.”
Mal comparando, Dirceu exerce na trincheira de Haddad um papel semelhante ao que o general Hamilton Mourão desempenha na tropa de Bolsonaro. Ambos cuidam do departamento responsável pelo disparo de tiros contra o próprio pé.
Num instante em que Haddad critica Bolsonaro por afirmar que não aceita outro resultado das urnas eletrônicas que não sua vitória, fica difícil justificar uma declaração como “nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição.”
Na última semana do primeiro turno, o PT faria um favor a Fernando Haddad se desligasse José Dirceu da tomada.

NO O ANTAGONISTA
Haddad omite bens ao TSE
Terça-feira, 02.10.18 06:30
Fernando Haddad mora num apartamento de um milhão de reais. Mas declara bem menos do que isso.
Diz o Estadão:
“Fernando Haddad informa, na sua declaração de bens ao TSE, ter um apartamento no valor de R$ 90 mil. O registro do cartório, contudo, mostra que ele comprou o imóvel, em 1998, por R$ 120 mil. No mesmo ano, Haddad adquiriu uma garagem no local por R$ 20 mil, informação que também omite na declaração entregue ao TSE (…).
O apartamento, onde Haddad mora com a família, tem valor venal de R$ 997,9 mil. Ele não é obrigado a atualizar o valor e diz que não vai fazê-lo.”

Pesquisas paralelas
02.10.18 06:22
A pesquisa da Crusoé, publicada na última quarta-feira, mostrava Jair Bolsonaro com 31%, Fernando Haddad com 20%, Ciro Gomes com 10%, Geraldo Alckmin com 8% e Marina Silva com 4%.
O Ibope mostrou praticamente os mesmos números, só que com uma semana de atraso: 31%, 21%, 11%, 8% e 4%.
Na próxima sexta-feira, dois dias antes do primeiro turno, vamos divulgar mais uma pesquisa.

Bolsonaro ganha seis pontos entre as mulheres
02.10.18 06:05
Jair Bolsonaro subiu seis pontos percentuais entre as mulheres.
Ele tinha 18% do voto feminino na semana passada, agora tem 24%.
Márcia Cavallari, do Ibope, disse à GloboNews que o maior aumento ocorreu entre as eleitoras de alta renda do Sudeste.
Se os petistas organizarem mais um #EleNão, Jair Bolsonaro ganha no primeiro turno.

Urgente: Toffoli mantém suspensa entrevista de Lula à Folha
Segunda-feira, 01.10.18 21:31
Dias Toffoli decidiu manter a liminar concedida por Luiz Fux que suspendeu a entrevista de Lula à Folha.
O presidente do STF respondeu a um questionamento feito por Raul Jungmann sobre qual decisão deveria ser cumprida.
“Diante da solicitação, a fim de dirimir a dúvida no cumprimento da determinação desta Corte, cumpra-se, em toda a sua extensão, a decisão liminar proferida em 28/9/18 pelo vice-presidente da Corte, Luiz Fux, no exercício da Presidência, nos termos regimentais, até posterior decisão do Plenário.”

E agora, Lewandowski?
01.10.18 21:51
Agora que Dias Toffoli manteve a decisão de Luiz Fux de impedir a entrevista de Lula à Folha, Ricardo Lewandowski vai denunciar os “desvios de poder” que ocorreriam no STF?
É só uma pergunta.

Lewandowski não pode ameaçar Toffoli e ficar tudo por isso mesmo
01.10.18 19:29
É fato gravíssimo a ameaça que, segundo a Época, Ricardo Lewandowski fez a Dias Toffoli, ao dizer que, se o presidente do STF levasse o caso da entrevista de Lula ao plenário, ele denunciaria o “desvio de poder” que ocorre no Tribunal.
Se há “desvio de poder” no STF, Lewandowski está obrigado a denunciar. Não pode fazer chantagem com informação sobre más condutas ou mesmo crimes.
Tempos estranhos, como diria Marco Aurélio Mello.

‘Com o rosto vermelho’, Lewandowski fez ameaça a Toffoli
01.10.18 18:59
Na Época, a repórter Carolina Brígido relata a conversa que Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli tiveram no evento de que participaram em São Paulo, hoje.
O presidente do STF, segundo a revista, disse ao colega que levaria ao plenário o caso da entrevista de Lula à Folha, autorizada por Lewandowski e vetada depois por Luiz Fux.
“Foi quando o sangue de Lewandowski subiu. Com o rosto vermelho, disse a Toffoli que, se o caso fosse levado ao plenário, ele denunciaria o desvio de poder que tomou conta do STF”, escreve a Época.
O ministro também disse ao presidente do STF que “pensasse bem” antes de levar o processo ao plenário, porque ele não ficaria calado. Sempre de acordo com a revista, Lewandowski “ainda estava com o semblante transtornado” quando deixou a sala.
Mais tarde, o ministro deu nova decisão e reafirmou a autorização para que o jornal entreviste o presidiário.
Você está acompanhando o movimento de bastidores para libertar Lula? Entenda o caso AQUI

A sabatina que virou uma entrevista que Lula não pediu
01.10.18 20:12
Dois ministros do Supremo ouvidos por O Antagonista criticaram a postura de Ricardo Lewandowski no caso do pedido da Folha para entrevistar Lula.
Eles disseram que Lewandowski decidiu numa reclamação constitucional incabível, pois “ninguém pode pleitear direito alheio em nome próprio”. “O direito de dar a entrevista é de Lula. Ele é quem poderia ter recorrido”, comenta um ministro.
O MPF já tinha deixado isso claro no pedido original da Folha rejeitado pela juíza Carolina Lebbos. Além disso, o caminho natural seria procurar o TRF-4 e não o STF.
Outro ministro comenta que a Folha tentava sabatinar o “Lula pré-candidato”, mas o TSE acabou indeferindo o registro de candidatura. “Me parece que a causa perdeu também seu objeto”, diz.

IBOPE: BOLSONARO ABRE DEZ PONTOS SOBRE HADDAD
01.10.18 20:59
O Jornal Nacional acaba de divulgar os novos resultados da pesquisa do Ibope.
Jair Bolsonaro cresceu quatro pontos desde a última pesquisa, de 26 de setembro, e agora está com 31%. Abriu dez pontos sobre Fernando Haddad, que manteve os 21% do levantamento anterior.
Ciro Gomes oscilou de 12% para 11%, Geraldo Alckmin manteve seus 8% e Marina Silva encolheu ainda mais, de 6% para 4%.

IBOPE: REJEIÇÃO DE HADDAD CRESCE 11 PONTOS
01.10.18 21:03
A nova pesquisa do Ibope também mostra que a rejeição a Fernando Haddad, o poste de Lula, cresceu 11 pontos desde a semana passada – de 27% para 38%.
Jair Bolsonaro continua líder de rejeição, mas manteve seus 44%. A distância entre ele e o petista é de apenas seis pontos.
A rejeição de Marina Silva oscilou negativamente (27% para 25%), a de Geraldo Alckmin se manteve em 19% e a de Ciro Gomes oscilou positivamente (de 16% para 18%).

Ibope explica desespero do PT
01.10.18 21:06
Os números do Ibope explicam o desespero do PT, das linhas auxiliares do partido e do Ricardão.

Justiça uruguaia solta doleiros da Câmbio, Desligo
01.10.18 20:46
A Justiça do Uruguai negou a extradição e determinou a liberdade de quatro réus da Operação Câmbio, Desligo que estavam presos no país vizinho, registra a Folha.
A decisão da juíza Maria Helena Mainard Garcia, de Montevidéu, soltou os irmãos Raul e Jorge Davies, que têm dupla nacionalidade, e os uruguaios Francisco Melgar e Raul Zoboli Pegazzano.
Segundo os delatores da Câmbio, Desligo, os também doleiros Vinícius Claret e Cláudio Barbosa, os irmãos Davies movimentaram US$ 25 milhões de 2011 a 2017. Também são réus em processo da Lava Jato e já apareciam no caso Banestado, precursor da operação.

Aécio, sobre a campanha de 800 milhões de Dilma: “Não tenho dúvidas de que Joesley foi cúmplice”
01.10.18 20:21
Aécio Neves, no Facebook, sobre a delação de Antonio Palocci:
“Nada como o tempo para que a verdade venha à tona.
Em 2014, eu já alertava para as ilegalidades cometidas pela candidata Dilma Rousseff para vencer as eleições. Hoje, quem confirma isso de forma escandalosa é um dos principais coordenadores de sua campanha, o ex-ministro Antonio Palocci.
Ele diz que naquela campanha foram gastos R$ 800 milhões, a maioria de origem ilícita.
E não tenho dúvidas de que um dos principais cúmplices desse crime foi o Sr. Joesley Batista, largamente beneficiado em seu governo e que, para atender seus aliados do PT, armou uma trama perversa para me atingir, gravando uma conversa em que um empréstimo privado adquiriu ares de ilegalidade, mesmo sem que houvesse dinheiro público envolvido ou qualquer contrapartida.
Hoje, dentre outros inquéritos, Dilma Rousseff é investigada pelo recebimento de US$ 150 milhões do Grupo J&F no exterior para abastecer suas campanhas e pelo escândalo da compra de Pasadena.
Nunca tive dúvidas de que a verdade viria à tona e, hoje, estamos mais próximos dela. A presidente afastada prometeu e cumpriu: fez o diabo.”

STF abre novo inquérito sobre Geddel
01.10.18 20:15
Alexandre de Moraes determinou a abertura de mais um inquérito para investigar Geddel Vieira Lima, seus irmãos Lúcio e Afrísio e a mãe deles, Marluce Vieira Lima, relata O Globo.
O objetivo é apurar se eles lavaram dinheiro por meio de compra e venda simuladas de gado e da locação de maquinário agrícola para as fazendas da família.
Moraes é o relator no STF do inquérito aberto para investigar se Geddel e sua família se apropriaram de remuneração paga a secretários parlamentares com recursos públicos.
Ao longo da apuração, surgiram suspeitas de lavagem de dinheiro envolvendo as atividades nas propriedades rurais dos Vieira Lima.

Intervenção do Judiciário em período eleitoral é ‘imprópria’, diz Gilmar
01.10.18 19:11
Gilmar Mendes, que deu palestra na Faculdade de Direito da USP hoje, voltou a criticar “todas essas intervenções do Judiciário” no período eleitoral, registra o UOL.
“Acho que vai ter que se pensar em um modelo institucional [para evitar isso]. Matérias que estão sendo investigadas há muito tempo há muito tempo e aí vem a decisão no período eleitoral. Acho isso absolutamente impróprio”, declarou o ministro do STF.
Gilmar estava falando, claro, da decisão de Sergio Moro que que levantou o sigilo de parte da delação de Antonio Palocci – não da autorização de Ricardo Lewandowski para que o presidiário Lula seja entrevistado.

O CNJ é fichinha perto do controle que o PT quer impor ao Judiciário
01.10.18 17:50
Como noticiamos, deputados petistas vão entrar com um representação contra Sergio Moro no CNJ, uma estrovenga criada por Lula para tentar intimidar os magistrados independentes.
O plano dos lulistas é controlar de uma vez os tribunais superiores brasileiros, como deixou claro José Dirceu.
O CNJ é fichinha perto do que esse pessoal pode fazer se voltar ao poder.

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