PRIMEIRA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 26 DE OUTUBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 26 DE OUTUBRO DE 2018

O candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro, pretende recriar o antigo Ministério do Interior, com o objetivo de coordenar as iniciativas de desenvolvimento. O Ministério do Interior fazia obras contra as secas, cuidava de índios, habitação popular, saneamento, zona franca de Manaus, enfrentava calamidade pública e chefiava autarquias fortes (Sudene, Sudeco, Sudesul, Sudam etc).

Setembro deste ano viu 137.336 postos de trabalho a mais. É o melhor resultado do governo Temer e o melhor para o mês desde 2013.

No ritmo atual, Temer pode passar a faixa ao próximo presidente com os mesmos 12 milhões de desempregados que recebeu de Dilma.

Com a decisão do ministro Ricardo Lewandowski de mandar à prisão domiciliar 14.750 traficantes, porque as bandidas são mães de crianças de até 12 anos, ficam criados 14.750 novas bocas no País.

A agressão do ex-vice-reitor a eleitor de Bolsonaro, em Alagoas, chama atenção para um dos mais graves problemas do País: os boçais idiotizados que têm “educado” várias gerações, impondo o pensamento único em universidades por temer ou não respeitar as divergências.

Militantes do PT passam a “colinha” nas redes sociais dos que têm o apoio informal do partido no 2º turno: Márcio França (SP), Eduardo Paes (RJ), Anastasia (MG), Rollemberg (DF) e Belivaldo Chagas (SE).

Após 45 dias, a campanha mais curta da História chega ao fim neste sábado. Hoje (26) é o último dia de propaganda eleitoral no rádio e TV, mas a campanha da mídia anti-Bolsonaro continua até domingo.

…os eleitores já não sabem se acreditam mais nas previsões de mãe Dinah, vindas do além, ou nas pesquisas do Ibope e Datafolha, após o vexame do 1º turno, quando erraram feio.

NO DIÁRIO DO PODER
Datafolha mostra Bolsonaro com 56% e Haddad com 44% dos votos totais 
Datafolha reafirma liderança do candidato do PSL 
Da Redação
Quinta-feira, 25/10/2018 às 19:13 | Atualizado às 19:47
A distância entre os candidatos a presidente Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) caiu de 18 para 12 pontos em uma semana, aponta pesquisa do Datafolha. A três dias do segundo turno, o deputado tem 56% dos votos válidos, contra 44% do ex-prefeito de São Paulo. No levantamento passado, apurado em 17 e 18 de outubro, a diferença era de 59% a 41%. Tanto a queda de Bolsonaro quanto a subida de Haddad se deram acima da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O Datafolha entrevistou 9.173 eleitores em 341 cidades no levantamento, encomendado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo e realizado na quarta (24) e na quinta (25). O nível de confiança é de 95%. 
O resultado é a mais expressiva mudança na curva das intenções de voto no segundo turno até aqui, e reflete um período de exposição negativa para o deputado do PSL. No período, emergiu o caso do WhatsApp, revelado em reportagem da Folha de S. Paulo que mostrou como empresários compraram pacotes de impulsionamento de mensagens contra o PT pelo aplicativo. A Justiça Eleitoral e a Polícia Federal abriram investigações. No domingo (21), viralizou o vídeo da palestra de um de seus filhos, o deputado reeleito Eduardo (PSL-SP), em que ele sugere que basta “um soldado e um cabo” para fechar o Supremo Tribunal Federal em caso de contestação de uma vitória de seu pai. A fala foi amplamente condenada, obrigando Bolsonaro a se desculpar com a Corte. No mesmo dia, o candidato fez um discurso via internet para apoiadores em São Paulo cheio de elementos polêmicos: sugeriu, por exemplo, que os “vermelhos” poderiam ser presos ou exilados, e disse que Haddad deveria ir para a cadeia. 
Em votos totais, Bolsonaro tem 48%, ante 38% de Haddad e 6% de indecisos. Há 8% de eleitores que declaram que irão votar branco ou nulo. Desses, 22% afirmam que podem mudar de ideia até o dia da eleição. O deputado perdeu apoio em todas as regiões do País, embora mantenha sua liderança uniforme, exceto no Nordeste, onde Haddad tem 56% dos votos totais e Bolsonaro, 30%. 
A maior subida de Haddad ocorreu na região Norte, onde ganhou sete pontos, seguido da Sul, onde ganhou 4. Já Bolsonaro mantém uma sólida vantagem na área mais populosa do País, o Sudeste: 53% a 31% do petista. O Centro-Oeste e o Sul seguem como sua maior fortaleza eleitoral, com quase 60% dos votos totais nas regiões. Entre os mais jovens (16 a 24 anos), Haddad viu sua intenção de voto subir de 39% para 45%, empatando tecnicamente com Bolsonaro, que caiu de 48% para 42%. 
O segmento em que o petista mais subiu foi entre os mais ricos, aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos. Ali, cresceu oito pontos, mas segue perdendo de forma elástica para Bolsonaro: 61% a 32% dos votos totais. Lidera na outra ponta do estrato, entre os mais pobres (até 2 salários mínimos), com 47% contra 37% do deputado. Entre o eleitorado masculino, Bolsonaro mantém ampla vantagem sobre Haddad, embora tenha caído três pontos - mesma medida da subida do petista. Tem 55% a 35%, distância que é reduzida a um empate técnico por 42% a 41% entre as mulheres. A rejeição a ambos os candidatos, uma marca desta eleição, permanece alta. Haddad viu a sua oscilar negativamente de 54% para 52%, enquanto Bolsonaro teve a sua subindo três pontos, para 44%. A certeza do voto dos eleitores declarados de ambos é alta: 94% dos bolsonaristas e 91% dos pró-Haddad se dizem convictos.(Folhapress)

Ricardo Lewandowski manda para casa 14,7 mil traficantes presas 
Por serem mães de filhos de até 12 anos, criminosas saem da prisão
Da Redação 
25/10/2018 às 18:22 | Atualizado às 00:36
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu conceder prisão domiciliar a todas as presas por tráfico de drogas, inclusive as condenadas em 2ª instância, que estiverem grávidas ou tenham filhos de até 12 anos. 
Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), há 14.750 presas que se enquadram nessas condições. A decisão teve como base ação envolvendo uma mulher condenada em segunda instância por tráfico de drogas e outras nove presas pelo mesmo motivo, mas o ministro decidiu estender o benefício a todas as traficantes do sistema prisional.
Lewandowski usou o entendimento da Segunda Turma do STF, que assegurou a possibilidade de prisão domiciliar a presas provisórias que preenchessem os requisitos. Segundo o ministro, o Supremo permitiu a prisão após condenação em 2ª instância, mas não versou sobre a provisoriedade dessas prisões. Lewandowski ainda afirmou que a prática do tráfico de drogas não encontra “amparo legal” para negar às mães o benefício da prisão domiciliar. “A concepção de que a mãe trafica põe sua prole em risco e, por este motivo, não é digna da prisão domiciliar, não encontra amparo legal e é dissonante do ideal encampado quando da concessão do habeas corpus coletivo”, disse. 
Lewandowski avança sobre as condições dessas mães de criarem os filhos, afirmando que “não há razões para suspeitar que a mãe que trafica é indiferente ou irresponsável para a guarda dos filhos”, disse.

NO BLOG DO JOSIAS
Vaivém pode tornar Bolsonaro um ex-Bolsonaro
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 25/10/2018 20:33
Há dois Bolsonaros na praça. Um, exibe nas redes sociais a retórica crispada do candidato em fim de campanha, preocupado em manter apoiadores mobilizados. Outro, ensaia em reuniões reservadas o timbre moderado de um favorito a virar presidente no domingo. Esse Bolsonaro que se equipa entre quatro paredes para governar começa a ficar bem diferente do Bolsonaro do palanque eletrônico.
À medida que vai farejando a perspectiva de vitória, é natural que um candidato aproxime sua retórica da realidade. No tudo-ou-nada da campanha, os programas de governo tornam-se aguados. E as promessas ajustam-se mais àquilo que o eleitor deseja ouvir do que à viabilidade da consecução do que é prometido.
Confirmando-se os prognósticos de vitória, o risco que um candidato tido como mitológico corre é o de ficar irreconhecível. O ministério ultra-enxuto de Bolsonaro começou a esticar. O Meio Ambiente não será mais fundido à Agricultura. A pasta da Indústria e Comércio não será incorporada à Fazenda. O governo Temer já não é de todo ruim. Integrantes da equipe econômica podem ser aproveitados. O time de ministros especialistas pode ter um ou outro político derrotado nas urnas. Bolsonaro começa a virar ex-Bolsonaro antes mesmo de se tornar presidente.

TSE impõe a Bolsonaro censura absurda e inútil
Por Josias de Souza
25/10/2018 19:39
É preciso chamar pelo nome correto a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de banir da Internet o vídeo no qual Jair Bolsonaro declara que a fraude na urna eletrônica é uma “possibilidade concreta”. A coisa se chama censura. Foi imposta por 6 votos a 1. Google e Facebook serão notificados para retirar a peça de suas plataformas em 24 horas. Trata-se de providência absurda e inútil.
A medida é absurda porque a Justiça Eleitoral não tem poderes — ou não deveria ter — para impor limites ao direito de qualquer cidadão de se manifestar livremente. É inócua porque até os ácaros do carpete do plenário do TSE já tomaram conhecimento do desapreço de Bolsonaro pelas urnas eletrônicas. Quem não conhecia a posição do candidato ficará conhecendo, pois o TSE cuidou de chamar a atenção.
A ação contra Bolsonaro foi movida pelo PT. Relator do processo, o ministro Carlos Horbach havia indeferido o pedido em decisão liminar (provisória). ''Os comentários questionados, por mais incisivos e provocativos que sejam, devem ser considerados como abrigados no âmbito da liberdade de expressão”, avalia Horbach. O partido de Fernando Haddad recorreu. E a encrenca subiu para o plenário.
Rosa Weber, a presidente do TSE, declarou: ''Críticas são legítimas, vivemos graças a Deus num Estado Democrático de Direito. Agora, as críticas que buscam fragilizar o sistema eleitoral e retirar a credibilidade da população vão encontrar limites.'' Manifestando-se antes dela, Edson Fachin dissera: “Não creio que um juiz eleitoral possa, diante da serenidade que ele deva ter, também deixar de ter a firmeza para refutar qualquer possibilidade de fraude''.
Ora, se desejava impor “limites” a línguas como a de Bolsonaro, como pregou Rosa, ou agir com a “firmeza” preconizada por Fachin, o TSE deveria ter acionado o candidato judicialmente, exigindo retratação. Ficou entendido que a Corte Eleitoral tenta compensar com a censura, tardiamente, o que deixou de fazer na hora devida. Se for censurar retroativamente todos as estultices que Bolsonaro pronunciou durante a campanha, o TSE terá de fazer hora-extra.

NO O ANTAGONISTA
DataCrusoé
Sexta-feira, 26.10.18 06:27
Se confiássemos no Datafolha e no Ibope, não teríamos encomendado nossa própria pesquisa.
Daqui a pouco, às 9 horas, vamos divulgar os resultados da última rodada da pesquisa Crusoé/Empiricus, feita pelo Instituto Paraná.
No domingo, saberemos quem acertou.

PT quer perder por menos de 10 pontos
26.10.18 06:45
“O PT almeja o que passou a chamar de vitória política”.
A vitória política, segundo a Veja, é perder de pouco – “uma derrota por uma diferença de no máximo 10 pontos percentuais.”

Perder de novo
26.10.18 06:33
Um dos coordenadores da campanha de Fernando Haddad “já diz abertamente que o petista deve considerar seriamente a possibilidade de disputar a prefeitura de São Paulo daqui a dois anos”, diz a Veja.
Ele quer perder de novo.

Os números não batem
26.10.18 06:10
O Antagonista não vai fazer a análise detalhada dos números do Datafolha porque eles não batem com os nossos.
Na véspera do primeiro turno, o Datafolha mostrava Jair Bolsonaro e Fernando Haddad empatados no segundo turno.
Quatro dias depois, o mesmo instituto deu uma vantagem de 16 pontos percentuais para o candidato do PSL.
Isso não existe.

General Heleno acusa Datafolha de manipular pesquisa
26.10.18 05:53
O general Augusto Heleno acusou o Datafolha de ter manipulado o resultado de sua pesquisa, aproximando os candidatos “de modo a favorecer aquele que lhe interessa”.
No caso, ele prosseguiu, Jair Bolsonaro “é o adversário do sistema e precisa ser combatido”.
Revelamos detalhes do plano de Bolsonaro para o Brasil. Confira AQUI

Bolsonaro quer 60%
Quinta-feira, 25.10.18 23:44
Enquanto Fernando Haddad acha que “a virada já começou”, Jair Bolsonaro pede mais engajamento dos seus militantes, em especial os parlamentares eleitos, porque quer ultrapassar os 60% dos votos válidos.
Coitado do Haddad.

Coitado do Haddad
25.10.18 23:39
Em Recife, Fernando Haddad comemorou o resultado do Datafolha de hoje:
”A virada já começou.”
Coitado do Haddad.

Campanha de Bolsonaro muda estratégia
25.10.18 20:20
Uma leve piora para Jair Bolsonaro, que ainda lidera as pesquisas sobre o segundo turno presidencial, fez com que a campanha mudasse a estratégia.
O presidenciável do PSL decidiu aparecer mais e cobrar foco de aliados que estão envolvidos em campanhas estaduais.
A decisão foi tomada depois da divulgação do Ibope na terça, segundo o qual Bolsonaro oscilou de 59% dos votos válidos para 57% em relação ao levantamento anterior.
Até a semana passada, a cúpula do PSL trabalhava com a ideia de “jogar parado”.

Bolsonaro é 13. Milhões a mais
25.10.18 19:28
Os petista ficaram animados com o resultado do Datafolha, mas a realidade é que Fernando Haddad teria de conseguir 13 milhões de votos, até domingo, para superar Jair Bolsonaro.
Bolsonaro é 13. Milhões a mais.

Nota da TwoFlex
25.10.18 19:06
A assessoria de imprensa da TwoFlex enviou a O Antagonista o seguinte posicionamento em relação à nota O voo suspeito do empresário que fugiu do tiroteio em Juiz de Fora.
1. A TwoFlex é uma empresa de táxi aéreo que opera em 174 aeroportos e cumpre rigorosamente os procedimentos para o transporte de passageiros. No caso do empresário Flávio Guimarães, ele contratou o voo e apresentou os documentos normalmente requeridos para o embarque, e inclusive sequer levava malas. Não compete a empresa investigar os motivos da viagem dos seus passageiros.
2. Em relação ao transporte do ex-ministro José Dirceu, Rui Aquino e a TwoFlex nunca foram investigados, denunciados ou se tornaram réus no âmbito da Lava Jato.
3. Em relação ao programa desenvolvido em Minas, não há qualquer beneficiamento ilícito. A TwoFlex venceu uma licitação dentro da legalidade.
5. O Sr. Rui Aquino não é mais sócio da TwoFlex, há dois anos, e nunca foi sócio da Flex Aero.
6. A TwoFlex é uma empresa reconhecida por sua atuação no mercado de táxi aéreo, e cuja atuação sempre se pautou pela conduta ética, respeito à legislação e às normas do setor de aviação.

PF ENTRA NO CASO DO TIROTEIO DE JUIZ DE FORA
25.10.18 18:52
Por Claudio Dantas
O Antagonista apurou que a Polícia Federal em Minas Gerais está investigando o caso do tiroteio em Juiz de Fora, que envolve a transação de R$ 14 milhões em cédulas falsas – o que é crime federal.
A PF já iniciou diligências para identificar a origem do dinheiro.
O episódio, ocorrido na sexta-feira passada, deixou ao menos dois mortos. Devido ao envolvimento de policiais civis de Minas e São Paulo, a Corregedoria da Polícia Civil também foi acionada.

“Bravatas acabam quando o cabra chega ao poder”
25.10.18 17:54
Por Diego Amorim
O senador Benedito de Lira (PP) disse a O Antagonista torcer para que Jair Bolsonaro — que ele já considera eleito presidente — “seja capaz de montar uma equipe que pense no País”.
“Bravatas acabam quando o cabra chega ao poder. Uma coisa é o discurso da campanha, outra completamente diferente é quando se governa.”
Para o senador, que não conseguiu se reeleger em Alagoas, o PT sofrerá no domingo uma derrota que reflete os erros que o partido cometeu em suas gestões.
“O PT não errou só na campanha. O PT errou durante muito tempo. Está pagando e vai pagar pelos erros que cometeu durante muito tempo.”
Sobre a transferência de votos de Lula para Fernando Haddad, principalmente no Nordeste, que não ocorreu na proporção que o PT esperava, Lira comentou:
“O povo brasileiro não esquece que o Lula foi quem escolheu e elegeu Dilma. É a mesma coisa que acontece hoje. O Haddad, todo mundo percebeu, é como fosse um segundo poste. Isso não cola mais.”
O senador acrescentou que “o PT agora vai para a oposição, onde eles são bons”.

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