PRIMEIRA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 11 DE OUTUBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

A pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta (10) revela que Jair Bolsonaro passou dos 62 milhões de votos (58% dos 107 milhões de votos válidos do primeiro turno). Registro no TSE: BR-00214/2018.

Levantamento do Paraná Pesquisas para o site Diário do Poder, do primeiro no 2º turno da eleição presidencial, mostra liderança folgada de Bolsonaro (PSL) nos votos válidos, com 74,5%, contra 25,5% de Haddad (PT). No primeiro turno, Bolsonaro teve 58,37% dos votos no DF. Incluindo brancos e nulos, Bolsonaro tem 62,9% contra apenas 21,6% do petista, mas 4,7% não sabem e 10,8% não escolheram. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o nº BR-06352/2018.

Bolsonaro também lidera a disputa pelo voto feminino no segundo turno, no DF: 56,6% contra 22,8% do petista.

Ao fazer a “defesa da democracia”, a candidata a vice Manuela D’Ávila (PCdoB), cujo partido bajulava a violenta ditadura albanesa de Enver Hoxha, dá pista do que ela quis dizer, em freudiano ato falho, quando recomendou a liderados usar a hipocrisia como argumentação política.

O “apoio crítico” à candidatura do petista Haddad, decidido pela Executiva do PDT, foi alvo de críticas de deputados do partido que saíram inconformados com o que chamam de “abraço dos derrotados”.

O economista do Banco Votorantim, Roberto Padovani, afirmou em entrevista que o programa econômico do candidato Jair Bolsonaro, até pela clareza, seria o melhor para o momento do Brasil.

…a proposta de Bolsonaro de criar 13º para Bolsa Família é mais eficaz que a nova logomarca-melancia de Haddad, vermelha por dentro.

NO DIÁRIO DO PODER
Primeira pesquisa Datafolha no 2º turno: Bolsonaro 58% e Haddad 42% 
Ele cresce em relação ao 1º turno e abre 16 pontos sobre Haddad 
Por Tiago Vasconcelos 
Quarta-feira, 10/10/2018 às 19:08 | Atualizado às 19:41
Na primeira pesquisa do instituto Datafolha no segundo turno da eleição presidencial, o vencedor do primeiro turno, Jair Bolsonaro, aparece com 58% dos votos válidos, contra 42% do petista Fernando Haddad.
No levantamento que não exclui os votos brancos, nulos e abstenções, o candidato do PSL tem 49% e o candidato petista tem 36%. Brancos e nulos representam 8% dos entrevistados e aqueles que não sabem em quem votar no segundo turno são 6%. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número BR-00214/2018 (no TSE).

Ex-governador de Goiás Marconi Perillo é preso durante depoimento na PF 
É suspeito de receber R$12 milhões de empreiteiras 
Por André Brito 
10/10/2018 às 16:34 | Atualizado às 19:31
O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), teve mandado de prisão expedido durante o depoimento que prestava na Polícia Federal relacionado à operação Cash Delivery, que investiga o pagamento de propina durante campanhas eleitorais. 
Perillo é suspeito de receber R$ 12 milhões de empreiteiras durante as campanhas ao governo, em 2010 e 2014. A operação Cash Delivery já prendeu outras cinco pessoas ligadas ao tucano no último dia 28 de setembro. 
O advogado de defesa do político, Antonio Carlos Almeida Castro, disse estar “perplexo” com a decisão e que não há “nenhum fato novo que justifique o decreto do ex-governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento”. 
Confira o que diz a defesa de Perillo sobre o episódio: 
"A defesa de Marconi Perillo, perplexa, vem registrar a completa indignação com o decreto de prisão na data de hoje. O Tribunal Regional da Primeira Região já concedeu 2 liminares para determinar a liberdade de duas outras pessoas presas nessa mesma operação, através de decisões de 2 ilustres Desembargadores. O novo decreto de prisão é praticamente um “copia e cola” de outra decisão de prisão já revogada por determinação do TRF 1. Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex-governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento. Na visão da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados. A defesa acredita no Poder Judiciário e reitera que uma prisão por fatos supostamente ocorridos em 2010 e 2014, na palavra isolada dos delatores, afronta pacífica jurisprudência do Supremo, que não admite prisão por fatos que não tenham contemporaneidade. Marconi Perillo recebeu o decreto de prisão quando estava iniciando o seu depoimento no departamento de Polícia Federal e optou por manter o depoimento por ser o principal interessado no esclarecimento dos fatos."

NO BLOG DO JOSIAS
Bolsonaro e Haddad são dois fantásticos avisos
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 11/10/2018 05:27
A Presidência da República oferece àqueles que a exercem uma tribuna vitaminada. Algo que Theodore Roosevelt chamou de bully pulpit — púlpito formidável, numa tradução livre. De um bom presidente, espera-se que aproveite o palanque privilegiado para irradiar bons exemplos. Na corrida pelo trono, Bolsonaro e Haddad ainda não foram capazes de inspirar bons exemplos. Mas tornaram-se ótimos avisos.
Bolsonaro teve duas oportunidades para se manifestar sobre a profusão de casos de violência protagonizados por seus eleitores ou apologistas de sua candidatura. Já houve até um assassinato. O candidato poderia ter declarado algo assim: “O que nos torna civilizados é o respeito às opiniões de quem pensa diferente. Numa democracia, a melhor arma é o argumento. Peço aos meus apoiadores que se municiem de ideias, não de facas, canivetes ou revólveres. Eleito, vou unificar e pacificar o País.”
Indagado sobre a onda de atos criminosos, Bolsonaro preferiu lamentar à sua maneira: “Essa pergunta não tem que ser invertida? Quem levou a facada fui eu. Agora um cara com uma camisa minha comete lá um excesso, o que eu tenho com isso? Peço ao pessoal que não pratique isso, mas não tenho controle. São milhões e milhões de pessoas que me apoiam. A violência vem do outro lado, a intolerância vem do outro lado. Eu sou a prova, graças a Deus, viva disso daí.”
Diante da má repercussão de suas palavras e da continuidade das agressões criminosas, Bolsonaro manifestou-se novamente. Dessa vez, pendurou um par de notas no Twitter.
Numa, imunizou-se: “Dispensamos o voto e qualquer aproximação de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim. A este tipo de gente peço que vote nulo ou na oposição por coerência, e que as autoridades tomem as medidas cabíveis, assim como contra caluniadores que tentam nos prejudicar.”
Noutra, pôs em dúvida a própria existência dos ataques: ''Há também um movimento orquestrado forjando agressões para prejudicar nossa campanha nos ligando ao nazismo, que, assim como o comunismo, repudiamos completamente. Trata-se de mais uma das tantas mentiras que espalham ao meu respeito. Admiramos e respeitamos Israel e seu povo.'' O capitão parecia mais preocupado em salvar votos do que vidas.
Haddad enxergou no desatino retórico do rival uma oportunidade a ser aproveitada. ''Meu adversário diz: ‘Eu não posso responder pelos atos dos meus correligionários’. É como alguém que tem um cachorro bravo, solta da coleira e diz que não pode responder pelas ações do animal''. Insensatez na candidatura dos outros é refresco. O diabo é que Bolsonaro deve sua chegada à antessala do gabinete presidencial, em boa medida, à falta de juízo do petismo.
Tome-se o caso de Haddad. Frequenta a cena eleitoral como um candidato-laranja de Lula. Seu padrinho é um ficha-suja com sentença de segunda instância. Mas Haddad o chama de “preso político”. Com isso, desrespeita o Judiciário. Nesta quarta-feira, 10, em entrevista a jornalistas estrangeiros, o candidato petista teve mais uma chance de se reconciliar com o óbvio. Esbarrou no óbvio, tropeçou no óbvio e, sem pedir desculpas, seguiu adiante.
Recordou-se a Haddad que muitos eleitores da periferia votaram em Bolsonaro por estar descontentes com PT. O que o partido pode fazer para reconquistar essas pessoas? E o candidato: “Olha, acho que são gestos que precisam ser feitos pela classe política em geral, para repactuar a República com essa camada social.”
Instado a falar sobre os erros dos governos do PT na economia e na Venezuela, Haddad disse que já escreveu “ensaios longos sobre os equívocos que nós cometemos.” Não conseguiu reconhecer que os venezuelanos vivem sob um regime autocrático. Citou dois “equívocos”: 1) O excesso de desonerações fiscais concedidas no final do primeiro mandato de Dilma Rousseff; 2) A ausência de uma reforma política.
Abstendo-se de citar os escândalos do Mensalão e do Petrolão, Haddad acomodou toda a corrupção que marcou as administrações do PT sob o manto diáfano da reforma política. Para ele, o PT “não podia ter esperado o Supremo para pôr fim ao financiamento empresarial de campanha.” Por quê? “Qualquer pessoa podia falar em nome do partido, em nome do candidato, sem que houvesse sistema de filtros e controles.”
Sob Dilma, produziu-se a mais severa recessão da História. Foram ao olho da rua mais de 11 milhões de brasileiros. E Haddad sustenta que o único problema foi o excesso de desonerações do final do primeiro mandato da madame. Sob Lula e Dilma, o acerto das grandes propinas foi negociado no Ministério da Fazenda. Primeiro por Antonio Palocci. Depois, por Guido Mantega. A cúpula petista foi em cana, inclusive Lula. E Haddad passeia pelos escombros morais do petismo como se o responsável pelas ruínas fosse um sujeito oculto: “Qualquer pessoa podia falar em nome do partido…”
Ao lavar as mãos diante das agressões praticadas pelos apologistas de sua candidatura, Bolsonaro revela-se um personagem sem estatura para ocupar o assento de presidente. Ao sonegar uma autocrítica aos brasileiros, Haddad estimula a conclusão de que, eleito, repetirá os desatinos econômicos de Dilma e permitirá que correligionários e aliados voltem a plantar bananeira dentro dos cofres públicos.
A palavra de um presidente da República é o seu atestado. Ou a plateia confia no que seu presidente afirma ou se desespera. A suspeita de que as boas intenções dos presidenciáveis não passam de um disfarce de quem não tem condições de se dissociar da própria precariedade ou da voracidade da banda podre do seu partido conduz o brasileiro a um ceticismo terminal. Daí a conclusão exposta no primeiro parágrafo: Bolsonaro e Haddad ainda não foram capazes de inspirar bons exemplos. Mas tornaram-se ótimos avisos.

Procuradoria visita o Posto Ipiranga do capitão
Por Josias de Souza
11/10/2018 02:31
Na política, as boas intenções costumam diminuir à medida que se aproxima o dia da posse. No caso de Jair Bolsonaro, a promessa de moralização do Estado subiu no telhado antes mesmo da conclusão do processo eleitoral. Descobriu-se que o Ministério Público Federal inaugurou em 2 de outubro uma investigação contra Paulo Guedes, o guru econômico.
Notícia da Folha informou que Paulo Guedes, nomeado antecipadamente para o cargo de ministro da Fazenda num hipotético governo Bolsonaro, é suspeito de envolvimento em fraudes com recursos dos fundos de pensão de estatais como Petrobras, Correios e Banco do Brasil. Negócios estimados em R$ 1 bilhão, fechados entre 2009 e 2013. O caso envolve também prepostos do PT e do MDB, que dirigiam os fundos de pensão.
Investigação não é condenação. Mas os efeitos políticos da notícia são óbvios. Especialistas ensinam que um investidor não deve depositar todos os seus ovos num único cesto. Os ativos de Bolsonaro estão acomodados em dois cestos. Na política, a retórica anticorrupção do candidato. Na economia, a suposta segurança técnica oferecida por Paulo Guedes. Ou seja: a apuração do Ministério Público atinge a alma do projeto de poder de Bolsonaro. Ou a campanha se explica ou o combustível do Posto Ipiranga do capitão pode acabar antes da inauguração.

Bolsonaro abre 2º turno com mesmo tônus do 1º
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 10/10/2018 20:36
Computados os votos válidos do primeiro turno, Jair Bolsonaro (46,03%) prevaleceu sobre Fernando Haddad (29,28%) com uma vantagem de 16,75 pontos percentuais. Na primeira pesquisa feita pelo Datafolha no segundo turno, Bolsonaro (58%) ficou 16 pontos à frente de Haddad (42%). Ou seja: nada mudou.
O vaivém do eleitorado, com as inevitáveis migrações de segundo turno, não alterou o tônus da musculatura eleitoral de Bolsonaro. Má notícia para Haddad, que dispõe de menos de três semanas para alcançar e ultrapassar o rival. Tarefa hercúlea.
Na virada de um turno para o outro, o PT excluiu Lula do material de campanha de Haddad, substituindo o vermelho partidário pelo verde e amarelo da Pátria. Mas a reforma gráfica dos panfletos talvez não seja suficiente para atenuar em poucos dias uma rejeição construída em 14 anos de governos petistas.

PSDB derrete em tempo real, junto com a política
Por Josias de Souza
10/10/2018 19:11
Foi em cana o grão-tucano Marconi Perillo, ex-governador de Goiás. Há três dias, era candidato ao Senado e coordenava a campanha presidencial de Geraldo Alckmin. Numa disputa em que estavam em jogo duas poltronas de senador, terminou na quinta colocação. E testemunhou o pífio quarto lugar obtido pelo correligionário que concorria ao Planalto. Perillo e Alckmin têm algo em comum além do fiasco eleitoral. Ambos foram alvejados pela delação da Odebrecht. Tornaram-se personagens de um enredo que expõe a decrepitude do PSDB.
A prisão de Perillo deveria ter ocorrido na semana passada. Mas a lei eleitoral impediu. Teve mais sorte que o tucano Beto Richa, que foi passado na tranca no Paraná antes da eleição. Richa foi solto pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo. Mas o estrago estava feito. Amealhou o sexto lugar na disputa pelo Senado, ficando em situação ainda mais constrangedora que a de Perillo.
Por uma trapaça do destino, Perillo prestava depoimento na Polícia Federal no instante da decretação do seu encarceramento preventivo. Foi detido ali mesmo. A sorte deixou de ser full time para os tucanos. O ex-partido da ética vira suco junto com a liquefação do sistema político brasileiro.
A liderança de Aécio Neves, gigante da disputa presidencial de 2014, cabe numa caixa de fósforos. Sem votos para se manter no Senado, elegeu-se deputado a duras penas. Na presidência do partido, Alckmin lava roupa suja com o pupilo João Dória. “Não sou traidor”, diz a portas fechadas, insinuando que o interlocutor é um silvério. Antes do final da reunião, o áudio do arranca-rabo chega às redes.
Modernizou-se o tucanato. Deixou o velho PMDB numa época em que a má-fama de Orestes Quércia grudava como chicletes. Desde então, apresentava-se como reformador do sistema político, que derrete. Hoje, expõe seu próprio derretimento em tempo real, direto na internet.

Cabo Daciolo agora deseja anular a eleição! Hã?
Por Josias de Souza
10/10/2018 16:10
Se Deus pudesse escolher um local para viver, não hesitaria em optar pelo Brasil. Como não pode, nomeou Cabo Daciolo como seu legítimo representante. Num de seus recolhimentos espirituais, o embaixador do Céu recebeu uma mensagem divina. O Todo-poderoso informou que Cabo Daciolo seria eleito presidente da República no primeiro turno.
O resultado das urnas, como se sabe, foi outro. O representante do Senhor não saiu mal na foto. Obteve um honroso sexto lugar. Ficou à frente, por exemplo, de Henrique Meirelles e Marina Silva. Mas Cabo Daciolo, inconformado, decidiu contestar a apuração. Foi ao Tribunal Superior Eleitoral nesta quarta-feira (10) para reivindicar o cancelamento das eleições.
Daciolo deseja que a votação seja refeita. Exige cédulas de papel, pois Deus escreve certo por linhas tortas. É improvável que a Justiça Eleitoral defira o pedido. Os sete ministros que integram a Corte decerto acreditam no brocardo segundo o qual 'a voz do povo é a voz de Deus'. E talvez concluam que a urna eletrônica é um porta-voz mais confiável de Deus do que Cabo Daciolo.

Ativismo de Bolsonaro desmoraliza seus médicos
Por Josias de Souza
10/10/2018 15:06
Há dois Bolsonaros na praça. Um, concede entrevistas a granel, grava vídeos em profusão e mantém atividade frenética nas redes sociais. Outro, é o frágil convalescente de um par de cirurgias, incapaz de participar de um debate televisivo. A existência do primeiro Bolsonaro como que desmoraliza a avaliação médica que fornece ao segundo Bolsonaro o álibi para fugir de mais dois debates presidenciais.
O cirurgião Antônio Luiz Macedo e o cardiologista Leandro Echenique, do hospital Albert Einstein, visitaram nesta quarta-feira o Bolsonaro debilitado. Atestaram que ele não está em condições de participar do primeiro debate presidencial do segundo turno, que ocorreria na sexta-feira (12), na Band. Tampouco comparecerá ao segundo, que ocorreria no domingo (14), na TV Gazeta. Alega-se que o capitão, anêmico e 15 quilos mais magro, não pode submeter-se a atividades estressantes.
Escorado numa avaliação semelhante dos mesmos doutores, Bolsonaro absteve-se de comparecer ao último debate do primeiro turno. Alegara-se, então, que não conseguiria falar por 10, 15 minutos. Entretanto, Bolsonaro concedeu em casa uma amistosa entrevista de mais de 20 minutos. A peça foi ao ar na TV Record, do apoiador Edir Macedo. Começou a ser exibida no mesmo horário do debate transmitido pela TV Globo.
Os dois Bolsonaros convivem num território demarcado por uma linha invisível. Difícil saber, com 100% de acuidade, de que lado estão a realidade e a mistificação. Suponha que o Bolsonaro anêmico tivesse passado para o segundo turno com menos votos que o adversário, em posição de franca desvantagem. Nessa hipótese, a proibição médica talvez fosse desafiada pelo Bolsonaro intrépido, que não abriria mão de comparecer aos debates, ainda que sob supervisão médica.
Imagine que a Band, diante da ausência imprevista, decidisse converter o debate numa sabatina com Fernando Haddad. Ninguém duvida que o Bolsonaro, vivaz, daria de ombros para o Bolsonaro debilitado, convocando mais uma de suas transmissões ao vivo na internet.
É comum que políticos disfarcem sua condição de saúde. Mas Bolsonaro precisa decidir que papel deseja desempenhar. Se ainda fosse o deputado que perambulou pelos corredores da Câmara durante 27 anos sem ser notado, eventuais adaptações da realidade interessavam apenas à família e aos médicos. Mas aquele deputado do baixo clero agora se oferece para presidir um país com 208 milhões de habitantes.

NO O ANTAGONISTA
A derrota do Datafolha
Quinta-feira, 11.10.18 07:01
Duas semanas atrás, Fernando Haddad estava 6 pontos à frente de Jair Bolsonaro no segundo turno, de acordo com o Datafolha: 45% a 39%.
Nas quatro pesquisas sucessivas, eles sempre apareceram em empate técnico. Até o levantamento desta quarta-feira, que corrigiu os desvarios anteriores e mostrou Jair Bolsonaro com uma vantagem de 16 pontos.
E aqueles 39% dos votos que o Datafolha atribuiu a Lula às vésperas da decisão do TSE sobre sua candidatura? Que tipo de pesquisa foi aquela?

Requião inconsolável
11.10.18 07:07
“Roberto Requião está inconsolável com a sua derrota nas urnas”, diz a Veja.
“Extremamente abatido, ele agora se arrepende de ter gravado um vídeo em que pediu votos para Gleisi Hoffmann.”
A presidente do PT é uma garantia.

Haddad barganha o apoio de Rodrigo Maia
11.10.18 06:28
Para tentar evitar uma derrota humilhante, Fernando Haddad repete a tática de Geraldo Alckmin e negocia o apoio do Centrão.
Um de seus planos, diz o Estadão, é oferecer a Rodrigo Maia os votos do PT para reconduzi-lo à presidência da Câmara.
Se tudo der certo, o ex-poste de Lula deve acabar o segundo turno com 4% dos votos, como o candidato tucano.

“Fuck you, Roger. Play the song”
11.10.18 00:48
No show desta noite, em São Paulo, Roger Waters também incluiu Jair Bolsonaro na lista de “neofascistas”, mas antes projetou outra em que, no lugar do nome do brasileiro, aparecia a frase “Ponto de vista político censurado”.
Ao contrário da noite anterior, no entanto, Waters permaneceu fora do palco durante a projeção. Não houve vaias, mas na arquibancada um grupo abriu uma faixa com a inscrição “Fuck you, Roger. Play the song”.

STJ nega mais dois HCs a Lula
Quarta-feira, 10.10.18 21:00
Felix Fischer, do STJ, negou hoje dois pedidos de habeas corpus para Lula, registra Daniel Adjuto, do SBT.
O primeiro foi o pedido da defesa do presidiário para suspender a ação que apura a compra de um terreno para o Instituto Lula. Fischer entendeu que o HC deve ser analisado antes pelo colegiado do TRF-4.
O segundo pedido negado foi o do HC apresentado por Wadih Damous e Paulo Teixeira. Fischer teve de lembrar, de novo, que a própria defesa não autorizou que ninguém representasse em favor de Lula a não ser ela mesma.

No Paraná, Acir Gurgacz se entrega à Polícia
10.10.18 20:36
O senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, se entregou hoje para começar a cumprir pena de 4 anos e 6 meses de prisão imposta pelo STF, informa o G1.
Segundo informações do Supremo, Gurgacz se entregou em Cascavel (PR). A assessoria do senador afirmou que ele foi internado em seguida, por problemas de pressão. Ele deverá ser transferido para Brasília e cumprir a pena na capital.
Gurgacz foi considerado culpado de fraudar um empréstimo obtido para a empresa de turismo da sua família, a Eucatur, e condenado por crimes contra o sistema financeiro.
A defesa tentou suspender o mandado de prisão no STF, mas teve seus pedidos rejeitados pelo relator da ação, Alexandre de Moraes, e pelo presidente da Corte, Dias Toffoli.

A ‘missão impossível’ de Haddad
10.10.18 19:51
Para conseguir superar Jair Bolsonaro nos votos totais, Fernando Haddad precisaria conquistar todos os votos em branco e nulos e os eleitores indecisos, indica o novo Datafolha.
O Antagonista sugere ao PT a trilha sonora daquele filme com Tom Cruise – composta por Lalo Schifrin ainda nos anos 60, para a “Missão Impossível” da TV.

Pesquisa de Crusoé deu antes diferença no 2º turno
10.10.18 19:42
Em 5 de outubro, a pesquisa encomendada por Crusoé ao Instituto Paraná foi a primeira a apontar para a larga vantagem de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad no segundo turno.
De acordo com o levantamento, nas simulações de segundo turno (contando os votos totais), Bolsonaro derrotaria Haddad por 47,1% a 38,1% – nove pontos de diferença.
Nas pesquisas que divulgaram um dia depois, em 6 de outubro, tanto Datafolha quanto Ibope apostavam no “empate técnico” dos dois: o primeiro Instituto deu 45% a 43%, e o segundo, 45% a 41% (nos dois casos, com o candidato do PSL numericamente à frente).
Clique AQUI para ler, ou reler, a reportagem de Crusoé baseada na pesquisa do Instituto Paraná.

Um quarto dos ‘ciristas’ vota em Bolsonaro
10.10.18 19:25
O Datafolha também pesquisou a transferência de votos dos candidatos que ficaram de fora do segundo turno para Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. O recorte considera só votos válidos.
Como esperado, a maioria dos votantes em Ciro Gomes (75%) optará por Haddad – mas, surpreendentemente, 25% dos “ciristas” disseram preferir Bolsonaro.
Entre os eleitores de Geraldo Alckmin, 58% votarão em Bolsonaro e 42%, em Haddad.
No caso de João Amoêdo, do Novo, a grande maioria (73%) prefere o presidenciável do PSL, ante 27% que optam pelo poste de Lula
Já os eleitores de Marina Silva, da Rede, são majoritariamente pró-Haddad – 67% escolhem o petista e 33%, o militar.

Bolsonaro vence com folga no Sudeste
10.10.18 19:14
O voto em Jair Bolsonaro continua basante distribuído no País, como aconteceu no primeiro turno, mostra a pesquisa do Datafolha sobre o segundo turno presidencial.
A única região do País em que o capitão reformado perde de Fernando Haddad é, novamente, o Nordeste, onde o poste de Lula tem 52% dos votos totais contra 32% do deputado –o que explica os acenos recentes de Bolsonaro à região.
O presidenciável do PSL bate o petista com folga na região mais populosa, o Sudeste: 55% a 32% dos votos totais.
Seu melhor desempenho é no Sul, 60% a 26%, seguido pelo Centro-Oeste (59% a 27%). No Norte, Bolsonaro vence por 51% a 40%.

Reforma na cobertura de Obiang na mira da PF
10.10.18 18:48
Por Claudio Dantas
A PF já identificou o escritório de arquitetura, com sede na França, que assina a reforma da cobertura de Teodorin Obiang.
Segundo os investigadores, o escritório já é alvo de investigações por lá.
 

 




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