SEGUNDA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 11 DE OUTUBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Só Bolsonaro pode derrotar Bolsonaro
Quinta-feira, 11.10.18 10:24
Só Jair Bolsonaro pode derrotar Jair Bolsonaro.
Diz O Globo:
“A vantagem exibida ontem na pesquisa Datafolha deixa claro que será hercúlea a tarefa de derrotar Bolsonaro. A histórica militância do PT é hoje visivelmente menor que a massa de adoradores do deputado, as estruturas partidárias não tem mais o peso de outrora e a eleição foi marcada por um sentimento de renovação. A única trilha que ainda parece aberta é a de um eventual erro de grandes proporções de Bolsonaro e de seu entorno — o que, pelo histórico recente, não é de todo desprezível.”

Jaques Wagner visita o criminoso no lugar do poste
11.10.18 10:10
O poste não vai mais visitar Lula durante a campanha, mas Igor Gadelha, na Crusoé, informa que o criminoso receberá Jaques Wagner hoje na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

BOLSONARO 59% X HADDAD 41%
11.10.18 09:40
A pesquisa da XP mostra Jair Bolsonaro com 59% dos votos válidos, 18 pontos a mais do que Fernando Haddad, que arranca com 41%.

As quedas de PT e PSDB
11.10.18 09:27
O PT perdeu 15 milhões de eleitores desde 2014, segundo a Folha de S. Paulo.
A queda foi de 14,5%. 
Pior do que o PT, só o PSDB, que perdeu 52% de seus eleitores.

Lula sumiu
11.10.18 09:12
Lula sumiu.
Um levantamento da Folha de S. Paulo mostra que, ao contrário do que ocorreu até a semana passada, não há sombra do presidiário entre os 5 tópicos mais tratados pela campanha de Fernando Haddad.

O apoio de Marina, Alckmin ou Ciro não conta nada
11.10.18 08:09
Os eleitores não dão a menor pelota para a opinião dos candidatos derrotados no domingo.
72% dos entrevistados do Datafolha se disseram indiferentes sobre um eventual apoio de Marina Silva no segundo turno. 69% responderam a mesma coisa sobre o apoio de Geraldo Alckmin e 63% sobre aquele de Ciro Gomes.
Essa gente morreu.

Os presos votam em Haddad
11.10.18 07:37
Fernando Haddad, o poste de um presidiário, teve uma vitória plebiscitária entre os presos provisórios da Paraíba.
Segundo o G1, ele teve 65,6% dos votos totais nas cadeias paraibanas, contra apenas 5,9% de Jair Bolsonaro.

NO CEARÁ NEWS 7
Expresso 150: PF cumpre 6 mandados de busca e apreensão em Fortaleza e Juazeiro
Escritórios e casas de dois advogados criminalistas foram alvo da operação
Quarta-feira, 10/10/2018 14:03
A Polícia Federal, na Operação Expresso 150, cumpriu na manhã desta quarta-feira (10), seis mandados de busca e apreensão, sendo dois em Fortaleza e quatro em Juazeiro do Norte, na Região do Cariri do Ceará.
Agentes da PF fizeram a devassa nas casas e nos escritórios dos advogados Paolo Gurgel e Paulo Quezado. Os dois são investigados por compra de sentença judicial no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE).
A Expresso 150 investiga a venda de liminares nos plantões do TJCE. Segundo a PF, as investigações são decorrentes da 5ª fase da Operação.
Em tempo
Os advogados Paolo Gurgel e Paulo Quezado negam, peremptoriamente, envolvimento com a compra de habeas corpus. Eles afirmam que os documentos que estão nas mãos do ministro do STJ, Herman Benjamin, comprovam a inocência de ambos.

NO PUGGINA.ORG
O POVO BRASILEIRO ACORDOU
Por Percival Puggina 
Artigo publicado quarta-feira, 10.10.2018
Não adiantou a enorme e persistente campanha para afastar os brasileiros das urnas. Poucas coisas são tão consensuais entre nós quanto a inconfiabilidade das urnas eletrônicas em uso no País. Descrédito total! O solene depoimento de meia dúzia ou mais de ministros do STF e do TSE só agrava a situação. Quem confia nessas Cortes? Pois mesmo assim, olhando de soslaio, com um pé atrás, os eleitores brasileiros foram às seções de votação no dia 7 de outubro. O pleito era sua bala de prata! Era a possibilidade de usar a minúscula fração de poder nas mãos de cada cidadão. Apenas nove horas, das 8h às 17h. Mas durante esse curto espaço de tempo podia mandar quadrilheiros para casa e para a Justiça, renovar o Congresso Nacional e evitar o retorno de criminosos aos locais dos crimes.
O jogo foi pesado. Havia na sociedade uma firme disposição de renovar o parlamento, suprimindo o foro privilegiado dos corruptos e despachando os coniventes e os omissos. Confrontados com essa notória intenção dos eleitores, os parlamentares avaliavam suas chances e muitos já buscavam alternativas pessoais longe do poder. Subitamente, tudo mudou. Impulsionados pela oportunidade de ouro concedida pelo STF ao impedir o financiamento empresarial no modo como o fez, os parlamentares criaram o Fundão de Campanha com nosso dinheiro e o ratearam entre si. Em seguida, encurtaram todos os prazos, com o intuito de dificultar o trabalho dos novos postulantes. Para estes, apenas 45 dias de campanha, horário gratuito reduzido, publicidade dificultada e custeio por “vaquinha”. Enquanto os novatos corriam por uma pista cheia de obstáculos, os detentores de mandato colhiam os frutos da generosa distribuição de emendas parlamentares. A vida lhes voltou a sorrir e o céu de Brasília se fez novamente azul. O STF é bom e Deus existe, talvez dissessem, blasfemando.
Quem haveria de imaginar que o povo, contra tudo e contra todos, saísse de casa, mandasse às favas a desconfiança nas urnas e levasse a cabo sua tarefa promovendo a maior renovação do Congresso Nacional em vinte anos? O bom povo brasileiro fez o que lhe correspondia. De cada quatro senadores que tentaram reeleição, três não conseguiram; das 54 vagas em disputa, 46 serão ocupadas com novos nomes! Na Câmara dos Deputados, dos 382 parlamentares que tentaram a reeleição, 142 foram destituídos de seus mandatos. A renovação atingiu mais da metade da Casa. O número de conservadores e liberais eleitos marca o que a imprensa militante qualificou como um inusitado giro à direita. Infelizmente, alguns inocentes foram descartados com a água desse banho.
É claro que esse giro se fez ao arrepio da grande imprensa. Nesta, viceja, cada vez mais forte, um rancor em relação às redes sociais. Acostumados a infundir suas convicções a um público dócil e cativo, muitos formadores de opinião viram o próprio poder se diluir, quase atomizar-se, na caótica democratização das redes sociais. Os grandes jornalões, as principais revistas semanais, a Vênus Platinada e os militantes globais do “progressismo” debochado e do esquerdismo anacrônico, em vão tentaram conter o sucesso eleitoral de Bolsonaro. Em vão queimaram o filme perante seu público. Em vão promoveram o presidiário. Em vão tentaram vender picolé de chuchu por chicabom. A Nação, preferindo escolher o próprio caminho, recusou o buçal insistentemente apresentado.
O povo brasileiro acordou em tempo de salvar o País e os próprios dedos, que os anéis já lhe levaram.

NO INSTITUTO MILLENIUM
O PARTIDO ANTI-LULA
Por J.R. Guzzo
Terça-feira, 09/10/2018
Durante as próximas três semanas você vai ler, ver e ouvir um oceano de explicações perfeitas sobre o que aconteceu nas eleições deste domingo – e em todas elas, naturalmente, os cérebros da análise política nacional dirão ao público o quanto acertaram nos seus pronunciamentos durante a campanha eleitoral, embora tenha acontecido em geral o contrário de quase tudo que disseram. A mesma cantoria, com alguns retoques, deve ser feita daqui para frente para lhe instruir em relação ao desfecho do segundo turno, no próximo dia 28 de outubro. Em favor da economia de tempo, assim, pode ser útil anotar algumas realidades básicas que o primeiro turno deixou demonstradas.
1 – A grande força política que existe no Brasil de hoje se chama antipetismo. É isso que deu ao primeiro colocado, Jair Bolsonaro, 18 milhões de votos a mais que o total obtido pelo “poste” do ex-presidente Lula. Esqueça a “onda conservadora”, o avanço do “fascismo”, as ameaças de “retrocesso” – bem como toda essa discussão sobre homofobia, racismo, machismo, defesa da ditadura e mais do mesmo. Esqueça, obviamente, a força do PSL, que é nenhuma, ou o esquema político do candidato, que não existe. O que há na vida real é uma rejeição tamanho gigante contra Lula e tudo o que cheira a Lula. Quem melhor soube representar essa repulsa foi Bolsonaro. Por isso, e só por isso, ficou com o primeiro lugar.
2 – O PT, como já havia acontecido nas eleições municipais de 2016, foi triturado pela massa dos eleitores brasileiros. Seu candidato a presidente não conseguiu mais que um quarto dos votos. Os candidatos do partido a governador nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul tiveram votações ridículas. Todos os seus candidatos “ícone” ao Senado, como Dilma Rousseff em Minas Gerais, Eduardo Suplicy em São Paulo e Lindbergh Farias no Rio de Janeiro foram transformados em paçoca, deixando o PT sem um único senador nos três maiores colégios eleitorais do Brasil. Mais uma vez, o partido só tem a festejar a votação no Nordeste – e mais uma vez, ali, aparece aliado com tudo que existe de mais atrasado na política brasileira.
3 – A força política de Lula, que continua sendo descrito como um gênio incomparável no “jogo do poder”, é do exato tamanho dos resultados obtidos nas urnas pelo seu “poste”. As mais extraordinárias profecias vêm sendo repetidas, há meses, sobre a sua capacidade de “transferir votos” e a sua inteligência praticamente sobre-humana em tudo o que se refere à política. Encerrada a apuração, Lula continua exatamente onde estava – trancado num xadrez em Curitiba e com muito cartaz do “New York Times”, mas sem força para mandar em nada.
4 – Os institutos de “pesquisa de intenção de voto”, mais uma vez, fizeram previsões calamitosamente erradas. Dilma, segundo garantiam, ia ser a “senadora mais votada do Brasil”. Ficou num quarto lugar humilhante. Suplicy, uma espécie de Tiririca-2 de São Paulo, também era dado como “eleito”. Foi varrido do mapa. Os primeiros colocados para governador de Minas e Rio de Janeiro foram ignorados pelas pesquisas praticamente até a véspera da eleição. Tinham 1% dos votos, ou coisa que o valha. Deu no que deu.
5 – O tempo de televisão e rádio no horário eleitoral obrigatório, sempre tido como uma vantagem monumental — e sempre vendido a peso de ouro pelas gangues partidárias — está valendo zero em termos nacionais. Geraldo Alckmin tinha o maior espaço nos meios eletrônicos. Acabou com menos de 5% dos votos. Bolsonaro não tinha nem 1 minuto. Foi o primeiro colocado. Parece não valer mais nada, igualmente, a propaganda fabricada por gênios do “marketing eleitoral” da modalidade Duda Mendonça-João Santana – caríssima, paga com dinheiro roubado e criada numa usina central de produção. A votação de Bolsonaro foi construída nas redes sociais, sem comando único e sem verbas milionárias.
Daqui até 28 de outubro o público será apresentado a outras previsões, teoremas e choques de sabedoria. É bom não perder de vista o que acaba de acontecer antes de acreditar no que lhe anunciam para o futuro.
(Fonte: “Veja”, 08/10/2018)

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