PRIMEIRA EDIÇÃO DE DOMINGO, 07 DE OUTUBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 07 DE OUTUBRO DE 2018

Sete de outubro é dia de eleger quem tem ficha limpa, é dia de investir nos sonhadores, naqueles que têm boas ideias, bons propósitos. Se a escolha for por alguém com mandato, que ao menos não seja um ladrão evidente. No Brasil, não ser corrupto já é um grande diferencial.

A redução de partidos, provocada pela “cláusula de desempenho” (ou “de barreira”) forçará o retorno ao PT dos “puxadinhos” criados por ex-petistas desgarrados, por opção ou expulsão. As negociações já começaram, mas antigos petistas – hoje no Psol, Rede, PCdoB, PSTU, PV etc – exigem que o PT mude de nome, para “virar página” e tentar deixar para trás os escândalos de corrupção dos governos petistas.

Os partidos que não atingirem a cláusula de desempenho ficarão sem tempo na TV e perdem o dinheiro fácil dos fundos Partidário e Eleitoral.

A avaliação dos dirigentes partidários de esquerda é que não dá para voltar sem dar ao PT uma nova aparência, mais moderna e mais limpa.

Grande preocupação de ex-petistas é a herança maldita de escândalos que inspiraram a Lava Jato e levaram à prisão seu principal líder: Lula.

A estimativa é que, após a eleição, hoje, haverá redução de 35 para 18 partidos, e em 2022 o fim das coligações diminuirá ainda mais, para 8.

A reforma política em 2017, que proibiu o financiamento empresarial, não eliminou o “Caixa 2” nas eleições deste ano. Para especialistas em direito eleitoral, como o advogado Luiz Eugênio Scarpino Jr., houve um afrouxamento dos mecanismos de controle, após a redução do tempo de campanha para 45 dias. Deixaram de ser contabilizados gastos da pré-campanha com jatinhos, comícios, eventos. Para Scarpino Jr, é “grande falácia” afirmar que tempo menor de campanha reduz gastos.

Em delação, Antônio Palocci, que coordenou a campanha de reeleição de Dilma, disse que as campanhas da petistas custaram R$ 1,4 bilhão.

Ao custo de R$85 milhões por dia, a eleição 2014 foi a mais cara da história. Este ano, atualmente em R$84,1 milhões, pode bater a marca.

Neste 7 de outubro, domingo de eleição, o ex-presidente Lula completa os primeiros seis meses de sua sentença de 12 anos e 1 mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O apoio a Haddad no Nordeste é o menor a um candidato do PT desde a eleição de Lula em 2002. Os 37% de Haddad, no Datafolha, estão longe dos 60% de Dilma, em 2014.

Apenas 21,4% dos entrevistados do Paraná Pesquisas (BR-08437/18) acreditam que Haddad (PT) vencerá as eleições. Menos que a intenção de votos. Bolsonaro (PSL) tem 34,9% dos votos e 49,7% das apostas.

Os adversários de Jair Bolsonaro reclamaram da sua ausência no debate de sexta (5), inclusive Haddad. A nenhum deles interessou lembrar que Lula também faltou ao debate da Globo, em 2006.

A audiência da Record bateu recorde de dois anos com a entrevista de Jair Bolsonaro, simultaneamente ao último debate dos presidenciáveis. Chegou a 13,6 pontos de audiência, contra 22 da Globo.

Para evitar mal-entendidos, o TRE-DF enviou orientação para a Polícia Militar reafirmando que os eleitores podem usar camisas de políticos e partidos. O que não pode é tentar convencer ou coagir outros eleitores.

…com o fim da campanha eleitoral, o presidente Michel Temer perde o sossego.

NO DIÁRIO DO PODER
Bolsonaro lidera em quatro das cinco regiões, com viés de alta no Nordeste 
Candidato tem 49% no Centro-Oeste, 44% no Sul, 40% no Sudeste e 35% no Norte 
Da Redação 
Sábado, 06/10/2018 às 22:34 | Atualizado às 23:49
O presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, lidera as preferências de voto em quatro das cinco regiões do Brasil, revela pesquisa Datafolha. No Nordeste, único lugar onde não está em primeiro, o militar tem viés de alta. Reduto eleitoral do PT, o Nordeste é a única região onde Fernando Haddad (PT) lidera, com 36% das preferências de voto. Ainda assim, ele oscilou um ponto para baixo em relação a pesquisa feita entre os dias 3 e 4 deste mês.
Bolsonaro tem 22% na região. Ele oscilou dois pontos para cima, na comparação com último levantamento do Datafolha. No início de setembro, porém, ele tinha apenas 14% na região - de lá para cá, ganhou oito pontos percentuais. 
Em terceiro lugar no Nordeste, Ciro Gomes tem 19% das preferências na região. Ele cresceu três pontos na região. 
A melhor performance de Bolsonaro é no Centro Oeste, onde ele tem 49% das preferências de voto. No Sul, ele tem 44%; no Sudeste, 40%; no Norte, 35%. 
Já Haddad tem 26% no Norte; 14% no Centro Oeste; 17% no Sul; e 16% no Sudeste. 
Bolsonaro tem performance idêntica em regiões metropolitanas e no interior: 36%, na pesquisa estimulada. Já Haddad se sai melhor no interior, onde tem 24% das preferências, do que nas regiões metropolitanas, em que registra 19%. 
Na pesquisa Datafolha, Bolsonaro tem 40% das intenções de votos válidos (conta que exclui brancos, nulos e indecisos) e Haddad 25%. 
Em terceiro Lugar, Ciro está com 15%. A margem de erro da pesquisa Datafolha é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. E o nível de confiança, que é a chance de o resultado retratar a realidade, é de 95%. A pesquisa foi contratada pela Folha de S.Paulo e TV Globo e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-01584/2018.

NO BLOG DO JOSIAS
2018 faz de 2013 o ano mais longo da História
Por Josias de Souza
Domingo, 07/10/2018 02:21
A História que começou a ser escrita em junho de 2013 tornou-se um pesadelo do qual o Brasil não consegue acordar. Há cinco anos, as ruas roncaram para reivindicar menos roubalheira, mais prosperidade e serviços públicos decentes. O sistema político ofereceu uma espécie de Bolsa Teatro. Entrou em cartaz um espetáculo de cinismo, desemprego e descaso. A sucessão de 2018 revela que o público não foi devidamente ensaiado para a encenação.
Desenvolveram-se muitas teorias para tentar explicar o fenômeno que explodiu em junho de 2013. Cada um enxerga o que lhe convém. Mas todas as teses convergem para um mesmo ponto: quem deveria ter oferecido soluções virou parte dos problemas. Reeleita em 2014, ao final de uma campanha marcada pela mentira, Dilma entregou o avesso do que prometera. Aquecido pela Lava Jato, o asfalto ferveu até obter o impeachment.
Além de produzir uma ruína econômica jamais vista, Dilma deixou como herança Michel Temer, um substituto constitucional apodrecido. Colou-se na frente do teatro um cartaz novo: “Ponte para o Futuro”. A ponte revelou-se uma pinguela construída sobre um rio de lama.
O Tribunal Superior Eleitoral poderia ter cassado a chapa Dilma-Temer numa fase em que ainda era possível convocar novas eleições. Contudo, sob a presidência de Gilmar Mendes, o TSE julgou tarde e decidiu mal. Financiada com verbas roubadas, a chapa foi absolvida por excesso de provas.
Ao sentir o cheiro de enxofre, um pedaço do eleitorado disse a si mesmo: “Se este é o Brasil do futuro, me deem um do passado”. Repaginou-se a polarização. De um lado, o grupo que recuou à era do autoritarismo fixou-se em Bolsonaro. Na outra ponta, a ala que voltou aos tempos do ‘rouba, mas faz’ optou por um Haddad que diz ser Lula.
Abaixo da dupla, gente como Ciro, Alckmin e Marina grita para o eleitor: “Tem certeza? Pense bem! Deve estar havendo algum engano”. Ninguém enxerga defeitos no próprio umbigo. Ciro massageou Lula, flertou com o Centrão e falou em colocar procuradores e juízes “na caixinha”. Alckmin fechou negócio com o Centrão, serviu refresco a Aécio e convive com um rastro pegajoso que inclui mimos eleitorais de R$ 10 milhões da Odebrecht. Marina paga o preço de ter tomado chá de sumiço depois de ser moída pela marquetagem de Dilma.
Se 2018 revela alguma coisa é que 2013 tornou-se o ano mais longo da História. E ainda vai longe. Os eleitores mais velhos, já meio cansados de tanta experiência, comportam-se como se o País não tivesse futuro. Os mais jovens, sem experiência, acham que não há um passado. O Brasil vai às urnas de saco cheio de sua própria realidade.

NO O ANTAGONISTA
Bolsonaro no primeiro turno
Domingo, 07.10.18 06:50
Para vencer no primeiro turno, Jair Bolsonaro precisaria ganhar em um dia a mesma quantidade de eleitores que conquistou desde a primeira pesquisa Ibope.
Quando o Ibope divulgou a primeira pesquisa, no dia 20 de agosto, Bolsonaro tinha 32% de intenções de votos válidos.
Ontem, na véspera da eleição, o candidato tinha 41%. Ou seja, nove pontos a mais — exatamente a quantidade que faltaria para ele ter 50% dos votos válidos.

IBOPE: BOLSONARO 41%, HADDAD 25%
06.10.18 20:38
O Ibope acabou de divulgar uma nova pesquisa presidencial. Nela, Jair Bolsonaro continua na liderança, com 41% dos votos válidos (que excluem eleitores indecisos, brancos e nulos).
Já Fernando Haddad tem 25%, três pontos a menos do que na pesquisa anterior.

DATAFOLHA: BOLSONARO 40% X 25% HADDAD
06.10.18 20:39
O Datafolha acaba de divulgar os números de sua última pesquisa presidencial antes do primeiro turno.
Jair Bolsonaro obteve 40% dos votos válidos (sem brancos, nulos e indecisos). Para vencer a eleição no primeiro turno, precisaria de 50% mais um.
O presidenciável do PSL está 15 pontos à frente do petista Fernando Haddad (25%). Em seguida, vem Ciro Gomes, com 15% dos válidos.
Contando os votos totais, Bolsonaro tem 36%, Haddad tem 22% e Ciro Gomes, 13%.

Rio é Bolsonaro
06.10.18 19:39
No Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro poderia ser eleito no primeiro turno.
Ele disparou no Ibope, com 51% dos votos válidos. Fernando Haddad, o segundo colocado, tem apenas 16%, praticamente empatado com Ciro Gomes, com 14%.

Reforma política pronta para sucessor
06.10.18 18:45
O próximo presidente receberá uma proposta de reforma política pronta.
Eduardo Barretto, da Crusoé, conta que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social está correndo para finalizar o projeto.
Clique AQUI para ler a nota completa na Crusoé.

“Não existe a menor chance de haver ruptura institucional”
06.10.18 17:24
Em entrevista ao Estadão, o general Joaquim Silva e Luna, ministro da Defesa, disse que não há “a menor chance” de haver uma ruptura institucional do País por causa da ascensão do protagonismo de militares no processo eleitoral.
“O protagonismo dos militares tem a ver, sim, com o fato de um dos candidatos bem posicionados, o deputado Jair Bolsonaro, ser oriundo das Forças Armadas e defender valores fundamentais para os militares como ética, moral, honestidade, respeito às pessoas, às leis e à família. Também tem a ver com o fato de as pesquisas de opinião mostrarem que as Forças Armadas têm alto grau de confiabilidade. Há um grande número de militares disputando as eleições. Vale lembrar que o comandante supremo das Forças Armadas é o presidente da República, eleito democraticamente pelo povo, não importando seu partido ou origem.
Não existe a menor chance de haver ruptura institucional. Até porque, uma das missões que a Constituição atribui às Forças Armadas é a garantia às instituições”.

“Machismo?”
06.10.18 17:02
Márcia Tiburi foi ao Twitter reclamar da proposta do PT de rifar a sua candidatura ao governo do Rio de Janeiro para apoiar o socialista Tarcísio Motta.
“Desde o começo propus a unidade das esquerdas. Alguns partidos nunca quiseram. PSOL, por exemplo. Ontem surgiu a conversa de que eu devia retirar minha candidatura. Já tinham armado com a mídia. E, comigo, ninguém tinha falado. Falta de ética dos moralistas. Machismo?”

“Não devemos cargos nem favores”
06.10.18 14:27
Jair Bolsonaro mandou um recado para os oportunistas que resolveram apoiá-lo nas últimas horas.
Ele publicou no Twitter:
“Se vencermos, já começamos diferentes dos outros. Estamos livres para escolher nossa equipe pelo critério técnico e pela eficiência. Não devemos cargos nem favores que coloquem em xeque a autonomia de nosso governo e a soberania de nosso País. Nossa aliança é com a sociedade!”

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