SEGUNDA EDIÇÃO DE SÁBADO, 1º DE SETEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
“É um trauma”, diz Ciro sobre Lula fora da eleição
Sábado, 01.09.18 11:38
Ciro Gomes cumpriu agenda neste sábado em Curitiba e comentou a decisão do TSE de barrar a candidatura de Lula, publica o Valor.
“Vou reforçar o que falei nas últimas semanas, ter o maior líder político impedido de participar das eleições é um trauma.”
Mais cedo, o candidato do PDT havia dito no Twitter que a decisão do TSE “infelizmente já era prevista”.
“Ainda que considere injusta sua condenação, a Lei da Ficha Limpa certamente impediria sua candidatura. Compreendo a dor e o momento difícil por que passa o PT, mas entendo que a decisão neste momento tornará a campanha mais clara para os eleitores, evitando o trauma e a perplexidade de uma substituição na véspera da eleição.”

Evo Morales ‘repudia’ decisão do TSE
01.09.18 10:59
Evo Morales, o presidente que rasgou uma consulta popular para se conceder reeleição eterna na Bolívia, foi ao Twitter “rechaçar” a decisão do TSE de barrar a candidatura do condenado Lula.
“O Tribunal Eleitoral do Brasil barrou a candidatura à Presidência de Lula, ainda que ele lidere a preferência eleitoral.”
O boliviano disse que repudia a decisão da Corte porque ela “atenta contra a democracia e a vontade do povo brasileiro.”


NO O POVO
Ex-tesoureiro do Pros acusa Ciro de integrar esquema da JBS
Em entrevista à Revista Veja, Niomar Calazans acusou Ciro de "conhecer e participar" de irregularidades. Ele admite, no entanto, não ter provas
Sexta-feira, 22:12 | 31/08/2018
O ex-tesoureiro do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Niomar Calazans, acusou o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, de conhecer e participar de suposto esquema de corrupção envolvendo a JBS e o governo do Ceará. O caso, envolvendo financiamento de campanhas eleitorais em 2010 e 2014, é alvo da Lava Jato. A informação é da Revista Veja.
"O Ciro Gomes sabia e participava, com certeza", disse Niomar, que comandou transações financeiras do Pros - sigla dos irmãos Ferreira Gomes entre 2013 e 2015 - durante período em que teria funcionado o esquema. Ainda segundo o ex-tesoureiro, Ciro teria ido pessoalmente a Brasília em 2014 para "comprar" o diretório do Pros no Ceará por R$ 2 milhões.
Suposto esquema da JBS no Ceará foi revelado em maio de 2017, em depoimento de delação premiada de Wesley Batista, ex-dirigente do grupo, na Lava Jato. Segundo ele, o então governador Cid Gomes (PDT) teria condicionado liberação de créditos de empresas do grupo com o Estado em troca de R$ 20 milhões em doações à campanha de Camilo Santana (PT).
As propinas teriam, segundo Wesley, sido intermediadas pelo secretário Arialdo Pinho (Turismo) e pelo deputado Antônio Balhmann (PDT). O caso se encontra em fase de inquérito na Polícia Federal do Ceará. Na última terça-feira, Calazans teria prestado depoimento como testemunha em outro inquérito, que apura falsificação de documentos do Pros.
"Todo mundo sabia (do esquema no Ceará). Eles fizeram uma jogada lá, e o dinheiro veio desse acerto com os empresários", disse Calazans à Veja. Questionado sobre quem seria "todo mundo", o ex-tesoureiro é taxativo: "Cid Gomes, o Ciro, o governador Camilo Santana, o Eurípedes Júnior, o Arialdo Pinho, o Antônio Balhmann e todos os aliados que usaram o dinheiro na campanha".
O próprio Calazans, no entanto, admite não possuir quaisquer provas do envolvimento de Ciro Gomes nas denúncias. "Prova material eu não tenho (...) meu compromisso é com a verdade. Aquilo que me for perguntado e de que eu tiver conhecimento, vou falar sem restrição alguma", disse o ex-tesoureiro, que foi expulso do Pros em 2015 após desentendimentos com Eurípedes Júnior, à Revista Veja.
A reportagem procurou Arialdo Pinho, Antônio Balhmann e Eurípedes Júnior, mas não obteve retorno. Na época em que foi citado, Arialdo destacou que não responde a nenhum procedimento formal de investigação ou acusação em processo judicial. "A citação ao meu nome foi feita, até o presente momento, em uma delação, que são palavras", diz.
Ciro rebate acusação
Em nota oficial divulgada na noite de sexta-feira, 31, Ciro Gomes rebateu acusações da Revista Veja e disse que irá processar tanto a publicação quanto o ex-tesoureiro do Pros.
"Nunca me envolvi em qualquer tipo de corrupção, ilegalidade ou imoralidade ao longo dos meus 38 anos de vida pública (...) vou processar criminalmente essa revista moribunda e o tal entrevistado que está, flagrantemente, mentindo a serviço de interesses clandestinos".

NO CEARÁ NEWS 7
Esquema de propina envolvendo Ciro e Cid Gomes vira escândalo nacional
A reportagem da Revista Veja aponta os irmãos num esquema de propina e extorsão
Sábado, 01/09/2018 10:06 
O escândalo de pagamento de propina envolvendo o ex-governador do Ceará e candidato a Presidente do Brasil, Ciro Gomes (PDT), vira escândalo nacional. O esquema criminoso foi revelado pela revista Veja. Ciro se defende atacando.
Ciro Gomes foi o primeiro a se defender atacando, depois vieram a vice-governadora Izolda Cela e o irmão do presidenciável, o ex-governador Cid Gomes.
O candidato a presidente já processou a Revista Veja e acabou perdendo a causa na Justiça. A revista revelou um esquema de desvio de R$ 300 milhões do político cearense durante sua gestão à frente do Ministério da Integração.
Ciro Gomes diz que não é investigado pela Operação Lava-Jato, mas a Polícia Federal está no seu encalço, segundo reportagem da Veja publicada nesta sexta-feira (31). À pedido da Procuradoria da República no Ceará (Ministério Público Federal/MPF), a PF apura um esquema de extorsão contra empresários pelo governo do Ceará.
Testemunha
De acordo com a revista, entre os suspeitos figuram um dos irmãos, o marqueteiro e um ex-empregador de Ciro Gomes e, agora, apareceu uma testemunha dizendo que o próprio Ciro participava do esquema.
“Ciro sabia e participava, com certeza”, declara Niomar Calazans, ex-primeiro tesoureiro do Pros, ao qual Ciro Gomes e seu irmão Cid foram filiados de 2013 a 2015. Calazans afirma que o esquema de extorsão era usado para financiar campanhas eleitorais.
O tesoureiro diz também que os irmãos Ferreira Gomes pagaram R$ 2 milhões para “comprar” o controle do Pros nas eleições de 2014 no Ceará e, desde então, passaram a orientar as ações locais da sigla.
(Com informações do BR18)

NO BR18
Sábado, 01.09.2018 | 10h26
Da Vera: Judiciário e seus ‘puxadinhos’
Exatamente um ano depois de Ricardo Lewandowski “fatiar”, com a ajuda de Renan Calheiros (MDB-AL), a Constituição, para que Dilma Rousseff sofresse impeachment, mas mantivesse os direitos políticos, foi a vez de o Tribunal Superior Eleitoral promover mais um puxadinho numa decisão.
Em sessão secreta, os ministros do TSE decidiram abrandar a decisão que haviam acabado de tomar, de indeferir a candidatura de Lula e vedar o acesso do PT ao horário eleitoral até que o partido apresentasse outro candidato. Assim, na base do jeitinho, da acochambração a portas fechadas, os juízes mitigaram a própria decisão. Insegurança jurídica: hoje o Judiciário é a maior fonte desse mal. / Vera Magalhães

01.09.2018 | 10h21
Aplicativo de elogios a Quintão
Não bastasse Miguel Corrêa Jr. (PT-MG), agora surge novo exemplo suspeito de propaganda eleitoral nas redes. O deputado Leonardo Quintão (MDB-MG) pretende se reeleger a partir de um aplicativo que recruta cabos eleitorais para trabalhar com remuneração que pode chegar a R$ 9 mil, informa a Folha.
Segundo a legislação eleitoral, apenas o candidato está autorizado a pagar propaganda em redes sociais. Um eleitor não pode receber dinheiro para impulsionar a candidatura de qualquer candidato.

01.09.2018 | 10h01
Do Fucs: O fim de uma farsa anunciada
A decisão do TSE de rejeitar a candidatura de Lula à Presidência com base na Lei da Ficha Limpa põe um ponto final na farsa montada pelo PT, para manter o nome de seu aiatolá em evidência e tentar levantar o “poste” Fernando Haddad, indicado como seu vice e provável substituto na disputa.
Ainda que o PT continue a bater o seu bumbo aqui e lá fora, para propagar a versão fake do “golpe” e da “perseguição política” contra Lula, que segue preso em Curitiba, o Brasil virou mais uma página importante de sua História na noite desta sexta-feira, 31 de agosto. Agora, com o ex-presidente definitivamente fora do pleito, como se previa, o País poderá, enfim, concentrar-se no que realmente interessa nestas eleições — talvez as mais importantes desde a redemocratização — para sair do atoleiro em que se encontra. / José Fucs

01.09.2018 | 09h00
Começa a ‘aula’ para aprender a falar ‘Haddad’
“É um menino muito bom”, afirma o candidato ao Senado pelo PT da Bahia, Jaques Wagner, em vídeo postado em seu perfil no Twitter, após ensinar o público a falar o nome de Fernando Haddad, que deve substituir Lula na chapa presidencial do partido. Alguns eleitores baiano têm chamado o ex-prefeito de “Andrade”.

01.09.2018 | 08h21
PT promete lutar por Lula
Após ver o registro de Lula ser indeferido pela Justiça Eleitoral, o PT prometeu em nota não desistir da candidatura do ex-presidente. Em nota publicada em seu site, o partido diz que “continuará lutando por todos os meios” para colocar Lula na urna.
“Vamos apresentar todos os recursos aos tribunais para que sejam reconhecidos os direitos políticos de Lula, previstos na lei e nos tratados internacionais ratificados pelo Brasil. Vamos defender Lula nas ruas, junto com o povo, porque ele é o candidato da esperança”, diz nota assinada pela Executiva Nacional do PT.

NO PUGGINA.ORG
HÁ MALES QUE VÊM PARA PIORAR AS COISAS
Por Percival Puggina 
Artigo publicado sexta-feira,  31.08.2018
Estamos padecendo a síndrome que acomete o Brasil a cada quatro anos. A bolsa cai, o dólar sobe, os empreendedores pisam no freio e o PIB encolhe. Há várias décadas venho denunciando que o sistema de governo e o sistema eleitoral são concebidos para favorecer os interesses políticos colegiados dos senhores congressistas. Quando isso é alcançado, que tudo mais vá para o inferno.
O tempo mais perdido da minha vida corresponde às muitas horas que gastei assistindo sessões de Comissões Especiais de reforma política promovidas pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. Completamente inútil. Ao final de todos os trabalhos, preservamos o sistema vigente, cuja mais notável competência é a geração de crises periódicas.
Entende-se o motivo de nos mantermos amarrados ao pelourinho das tragédias: parcela significativa do conjunto dos eleitos vê sua atividade com os mesmos olhos que seus eleitores os veem. É uma questão de coerência: assim como os eleitores escolhem um parlamentar para cuidar de seus interesses pessoais, familiares, corporativos, etc., tais congressistas, simetricamente, entendem seus próprios mandatos como delegação para zelarem por seus próprios interesses pessoais, familiares, corporativos, etc.. Eleitor egoísta, que elege alguém para zelar por si, vota em candidato egoísta igual a si. E se desaponta.
Depois que ingressou na corrente sanguínea das instituições algum preceito que serve às conveniências corporativas dos parlamentares, dali não mais sai. É como despesa pública – uma vez transformada em rubrica orçamentária, fica até o Juízo Final. É o que vai acontecer com a conta das campanhas eleitorais. Uma vez transferida para a sociedade, pela extinção do financiamento privado, nunca mais será cancelada.
A imensa maioria dos eleitores brasileiros ansiava por grande renovação do Congresso Nacional na eleição do dia 7 de outubro. Contudo, a pressão exercida por um grupo de entidades – entre as quais OAB e CNBB – levou o STF a examinar a questão do financiamento privado e nossos supremos descobriram que ele era “inconstitucional”. Não me pergunte por quê.
A consequência logo se fez sentir. Os congressistas que estavam desistindo de suas reeleições voltaram à ativa. Paradoxalmente, nunca houve tanto desejo de renovação e nunca tantos buscaram a reeleição. De uma hora para outra, lhes foi proporcionada a prerrogativa de dispor sobre o montante e sobre a distribuição do dinheiro para as campanhas! Nossos mateus, então, passaram a cuidar dos seus, deixando à míngua de recursos os demais pretendentes às cadeiras que ocupam. E para tornar ainda mais difícil a vida dos novatos, o TSE regulamentou a atividade de campanha em proporções minimalistas. É quase proibido fazer propaganda eleitoral. A péssima prática agora em vigor impediu que candidatos novos pudessem buscar recursos entre empresas de sua região para enfrentarem, em condições menos desiguais, os detentores de mandato.
Contrastando com o dito popular, há males que vem para piorar as coisas. E essa modalidade de financiamento passa a ser um novo mal vitalício do nosso sistema político porque os parlamentos não revogam preceitos que beneficiem seus membros. Agradeçam ao STF essa conta financeira e o embaraço à manifestação democrática da vontade nacional nas urnas brasileiras.

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