SEGUNDA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 06 DE SETEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Lula já gastou quase 20 milhões de reais
Quinta-feira, 06.09.18 09:06
A campanha de Lula já gastou 19,7 milhões de reais, diz a Crusoé.
O criminoso condenado pela Lava Jato limpou o cofre do PT.
Fernando Haddad terá de se virar com o que sobrou.

A miséria do poste
06.09.18 09:15
Raquel Dodge resolveu esperar os recursos de Lula no STF antes de pedir de volta o dinheiro gasto em sua campanha.
Como mostrou a Crusoé (leia aqui), Lula já torrou 19,7 milhões de reais, quase metade do total reservado à campanha presidencial.
Se o PT tiver de devolver o dinheiro, não vai sobrar um tostão para Fernando Haddad.

Bom dia, Lula
06.09.18 08:31
Os petistas sumiram.
Ninguém quer ir à cadeia para comunicar a Lula que a farsa de sua candidatura acabou.

O boicote aloprado
 06.09.18 08:53
Os lulistas mais aloprados ainda pensam em sabotar a disputa presidencial.
Diz Merval Pereira:
“A disputa interna no PT para definir a estratégia nesses próximos dias, até o dia 11, está mais acirrada do que se pensa. Por incrível que pareça, há quem defenda o boicote às eleições presidenciais. Isso porque o prazo do PT, que podia ir até além do dia 17 com esses recursos infindáveis, até conseguir colocar seu nome na urna eletrônica a partir do dia 20, encurtou-se tremendamente.”
Isso facilitaria o caminho de Ciro Gomes, é claro (que garantiria a anistia de Lula).

O criminoso sai de cena
06.09.18 07:52
A campanha do PT promete parar de citar a candidatura de Lula.
Diz uma circular obtida pelo Estadão:
“Discordamos da decisão do TSE, estamos nos defendendo em todas as instâncias, no entanto, acatamos o teor dessa decisão. A velocidade e o horário em que são julgados recursos contra nossos programas nos obrigam a manter estado de atenção permanentes”.

Crepúsculo de Lula
06.09.18 07:45
Um dirigente petista disse para O Globo que “o momento de sacramentar a saída da cena política está sendo difícil para Lula”.
É Glória Swanson em Crepúsculo dos Deuses.

NO BR18
Quinta-feira, 06.09.2018 | 08h04
Caserna indócil
Os militares estão indóceis. Em sua coluna nesta quinta-feira no Estadão, William Waack constrói um apanhado de conversas com representantes de alta patente das Forças Armadas, entre eles dois comandantes, todos falando sob a condição de anonimato. Eles se preocupam com o risco de haver alguma agitação – que localizam na chance de o STF conceder uma decisão pró-Lula ou de um movimento grevista que paralise o País – e com a falta de autoridade do governo.
“Oficiais generais não manifestam qualquer disposição para a tal “intervenção” militar. Mas se perguntam, sem conseguir responder, o que fazer se houver rompimento de um tecido social já “esgarçado” (expressão muito usada por eles)”, escreve o colunista.

06.09.2018 | 08h31
Momentos finais
Como previsto, o caos dentro do PT em relação ao nome do candidato que vai, de fato, concorrer ao Planalto tem prejudicado o partido na disputa por votos. Contudo, a confusão ainda deve continuar até o dia 11 de setembro. Lula vai tentar uma última cartada.
“A realidade deve se impor nos próximos dias e a máquina propagandística do PT terá que carregar Haddad ao segundo turno. Por enquanto, essa confusão toda não o tem beneficiado”, escreveu Merval Pereira no Globo.

06.09.2018 | 08h18
Ansiedade toma conta
Um clima de ansiedade parece ter contaminado o Ministério Público e o Judiciário neste período eleitoral. O primeiro desde que as duas instituições assumiram o protagonismo da vida pública do País.
“Os filtros da máquina de depuração política lançada pela Lava Jato estão entupidos a 31 dias da eleição. Promotores, procuradores e juízes jogaram às pressas no aparelho tudo o que encontraram pela frente. Nem eles sabem ao certo o que sairá do outro lado da esteira”, escreveu Bruno Boghossian na Folha.

06.09.2018 | 07h00
A Opinião do Estadão: Segue a farra dos privilégios
“Com pouco dinheiro, muita despesa e um déficit previsto de R$ 139 bilhões nas contas primárias (sem juros), o governo ainda vai renunciar a R$ 306,40 bilhões de tributos, no próximo ano, para sustentar benefícios fiscais. Esses benefícios irão em grande parte para os cofres e bolsos de quem menos precisa de favores oficiais.”
Trecho de editorial do Estadão desta quinta-feira, 6.

NO O GLOBO
MP pede que TRE suspenda registro de candidatura de Lindbergh
Procuradoria pediu suspensão até que Câmara de Nova Iguaçu julgue contas do petista quando prefeito
POR MARIANA MARTINEZ
Quarta-feira, 05/09/2018 20:07/atualizado 05/09/2018 21:53
RIO - A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE-RJ) pediu nesta quarta-feira que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) suspenda, em caráter liminar, a tramitação do pedido de registro de candidatura do senador Lindbergh Farias (PT), candidato à reeleição, até que a Câmara Municipal de Nova Iguaçu aprecie as contas de quando ele era prefeito da cidade. O petista governou Nova Iguaçu de 2004 a 2010, quando renunciou para se candidatar a senador.
Em 21 de agosto, a Procuradoria impugnou o registro de Lindbergh. O Ministério Público entende que o senador deve ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa porque o Tribunal de Contas do Estado (TCE) reprovou as contas de sua gestão na Prefeitura do Município. No entanto, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara Municipal é o órgão competente para julgar as contas de prefeito, uma vez que o parecer do Tribunal de Contas tem caráter meramente opinativo. Segundo o MP, o processo está parado desde 2014.
A Procuradoria pediu ainda que o TRE determine um prazo para que a Câmara de Nova Iguaçu julgue em definitivo as contas de Lindbergh, sob pena de multa pelo não cumprimento. O MP solicitou ainda que, na hipótese de rejeição das contas pela Casa, o registro de candidatura do senador seja indeferido.
A defesa de Lindbergh, por sua vez, pediu ao TRE maior rapidez para apreciar o caso, já que a demora para conceder o registro da candidatura pode implicar prejuízo eleitoral para o senador. De acordo com a defesa, não há nada que impeça o registro, pois todos os documentos e requisitos para a candidatura ser deferida foram apresentados.
Foram julgadas irregulares as contas de gestão vinculadas a um ato de dispensa de licitação e a um contrato entre a Prefeitura e a Fundação Apoio à Universidade do Rio de Janeiro. A licitação dispensada foi para uma consultoria custando R$ 1,9 milhão para a realização de um diagnóstico de áreas, com levantamento topográfico, econômico, social e fundiário. Na ocasião, de acordo com o Ministério Público Eleitoral, ficou comprovado um superfaturamento de R$ 198 mil para o aluguel de vans que seriam usadas para transportar as equipes da consultoria.
Procurado quando teve a candidatura impugnada pela Procuradoria Eleitoral, Lindbergh disse que nunca teve as contas rejeitadas pelo órgão competente quando foi prefeito de Nova Iguaçu. "Fica explícito o propósito de prejudicar minha campanha. O pedido é frágil e escancara a perseguição ao PT", disse o senador.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Fachin deixa Lula cada vez mais 'PRESOdentro'
Quinta-feira, 06 de setembro de 2018
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Perdeu, novamente, '$talinácio'. O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal, decidiu que o pronunciamento de apenas dois membros do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas não alcançou o efeito de suspender a decisão soberana do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que confirmou a condenação de Lula a 12 anos e 01 mês de prisão por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Lula já está fora da corrida maluca presidencial e PT saudações.
A decisão monocrática de Fachin teve impacto profundo. Até porque o ministro foi o único dos sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral que votou a favor da manutenção da candidatura de Lula, com base no esdrúxulo pedido do comitê da ONU. Na madrugada de sábado passado, o TSE negou o registro de Lula por 6 a 1. A caríssima defesa de Lula ainda tenta que o TSE acate um recurso extraordinário – o que tem chance quase zero de dar certo. Também deve falhar a petição ao STF que contesta a decisão do TSE. O ministro Celso de Mello relatará o caso.
Lula será mal sucedido no golpe baixo de forçar recursos judiciais inúteis a fim de tentar ter a foto na urna eletrônica. Fernando Haddad será o retrato que aparecerá na hora da dedada fatal no número 13. Pelo desgaste com a corrupção (o Mensalão impune na prática e a Lava Jato que ainda tem de pegar muito bandido), o PT só tem chance de derrota. A sucessão presidencial segue aberta. Jair Bolsonaro, no mínimo, está no segundo turno.
Quem vai com Bolsonaro para a disputa final é a dúvida. O Mecanismo força a barra para que o adversário seja Geraldo Alckmin. A desgraça é que o tucano não decola... Estola... O Mercado rejeita Ciro Gomes. Não acredita na força de Marina. Por isso os deuses da grana gargalham com as pesquisas que apontam derrota de Bolsonaro para Ciro ou Marina na disputa direta. Segundo turno é outra eleição. Qualquer previsão de pesquisa, agora, é mais leviana que a candidatura fake de um 'PRESOdentro'...
A única certeza que persiste é a força da crise econômica, da corrupção e da violência descontrolada até o resultado do primeiro turno eleitoreiro. Ainda beira o percentual de 30 por cento os que pensam em não aparecer para votar ou que prometem dedar branco ou nulo. O volume da abstenção eleitoral é que definirá se haverá segundo turno ou não. Caso o cenário persista, se Bolsonaro ultrapassar 30 por cento de votação, a parada pode ser definida dia 7 de outubro, sem segundo turno. Eis o cagaço da turma do Mecanismo...
(...)

NO PUGGINA.ORG
E SE O IMPEACHMENT NÃO TIVESSE ACONTECIDO?
Por Percival Puggina 
Artigo publicado quarta-feira, 05.09.2018
Na semana passada completaram-se dois anos do impeachment de Dilma Rousseff. Por isso, os ponteiros do relógio da História sinalizam momento adequado para examinarmos se foi útil e oportuna a mobilização nacional que levou àquele desfecho. O tema, aliás, tem motivado ponderações de alguns leitores.
Capitaneados pelo PT, os partidos de esquerda qualificam o episódio como “golpe”, desatentos a suas múltiplas causas e ao longo e cuidadoso procedimento jurídico e político em que se desenrolou sob os olhos da opinião pública e sob a lupa jurídica do STF. Esquecem, também, que a oposição “golpista” conviveu democraticamente com a primeira vitória de Lula, tolerou o escândalo do Mensalão, reconheceu a segunda vitória de Lula, conviveu com a primeira vitória de Dilma e com a segunda vitória de Dilma. Foi a imensa mobilização popular de protesto contra seu desastroso governo no dia 15 de março de 2015 que desencadeou o processo jurídico-político do impeachment.
Dezessete meses mais tarde, ele culminaria com a perda do mandato presidencial. A palavra golpista é bem mais aplicável ao partido que pediu impeachment de Collor, Itamar, FHC, e que, nos Estados e Municípios do País, grita “Fora!” a todo ocupante de cadeira que tenha ambicionado.
Vamos, agora, ao futuro do pretérito. Não costuma ser fácil discorrer sobre como as coisas teriam acontecido se conduzidas de outro modo. Neste caso, porém, é fácil, sim. O PT ajuda. Em agosto de 2016, o País afundava no terceiro ano consecutivo de recessão. Deslocado do governo para a oposição, o PT votou contra as tímidas reformas graças às quais Temer, conseguindo apoio parlamentar, estancou a recessão. Agora, em campanha eleitoral, não deixando margem a dúvidas, o partido reitera a intenção de acabar com elas de vez. Se o impeachment não tivesse acontecido, o Brasil estaria no rumo seguido pela Venezuela.
Tem mais. Sem o impeachment, o PT estaria disputando esta eleição com apoio da máquina governamental, teria mantido as fontes de financiamento e os empregos de sua militância. E o candidato seria Lula. Com efeito, todos sabem ser escassamente majoritária a posição do STF em favor do combate à corrupção, da Lava Jato, da colaboração premiada, e da prisão após condenação em segunda instância. Esta última foi mantida graças ao voto “pró-colegialidade”, proferido pela ministra Rosa Weber. Se Dilma continuasse presidente, teria cabido a ela indicar o substituto de Teori Zavascki. Alexandre de Moraes não seria membro da Suprema Corte e a base petista no STF se ampliaria decisivamente. A “sangria” teria parado, a Lava Jato secaria e o Mecanismo retomaria o ritmo de seus negócios. 
O impeachment de Dilma Rousseff foi decisão certa no momento certo.

NO INSTITUTO MILLENIUM
O GOVERNO DO PSOL
Por J.R. Guzzo
Quarta-feira, 05/09/2018
A situação descrita nas linhas a seguir é um pesadelo. A Universidade Federal do Rio de Janeiro, a responsável pelo Museu Nacional que acaba de ser destruído num incêndio administrativamente criminoso, não é mais uma universidade. Foi expropriada do patrimônio público e entregue a partidos políticos de esquerda, numa privatização oculta em que as despesas continuam sendo pagas pelo contribuinte, como sempre foram e serão, e o comando passou a pertencer particularmente ao PSOL. O reitor é Roberto Leher, filiado ao PSOL. A vice-reitora é Denise Fernandes Lopez, filiada ao PSOL. O pró-reitor de graduação é Eduardo Gonçalves, filiado ao PCB. O pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças é Roberto Antonio Gambine Moreira, filiado ao PCdoB. A pró-reitora de Extensão é Maria Mello de Malta, filiada ao PSOL. O pró-reitor de Pessoal é Agnaldo Fernandes, filiado ao PSOL, e o decano do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas é Vitor Mario Iorio, do PSOL. Ou seja: não sobrou nada para ninguém. Como, num País tido como “republicano”, pode acontecer uma coisa dessas? As universidades brasileiras, pagas a peso de ouro pelos impostos tirados da população, deveriam obviamente ser dirigidas pelos mais capazes. E como é possível que os mais capazes, todos eles, sejam militantes do mesmo grupo político? Eis aí um escândalo óbvio do governo Michel Temer. Mas é a esquerda que está no centro desse assalto ao patrimônio público, e por isso você não ouvirá falar quase nada a respeito.
O que essa gente tem feito de útil na administração da UFRJ não se sabe. Mas ficou provado, com a certeza dos fatos, que destruiu com sua incompetência, negligência e má fé o mais precioso museu histórico existente no Brasil. Não existe, em lugar nenhum do mundo, um caso de museu que seja destruído por um incêndio arrasador sem que fique óbvia, imediatamente, a responsabilidade de quem recebeu o dever de cuidar dele. Imaginem por um instante: o Museu do Louvre pega fogo em Paris, todo o seu acervo é destruído, mas todo mundo (incluindo o governo) aceita em perfeita paz que os diretores não têm culpa nenhuma por nada do que aconteceu. Alguém é capaz de acreditar que seria assim? Aqui é. Os atuais proprietários da UFRJ dão entrevistas na televisão. Põem a culpa do incêndio nos bombeiros e na falta de água. Criticam o prédio do museu, que era muito velho. Continuam nos seus empregos. Num de seus momentos mais delirantes, declararam culpado “o governo Temer”, por não lhes dar verbas. Como é mesmo? E de que governo os reitores, e vice-reitores, e pró-reitores, e etc. etc. da UFRJ fazem parte? Do governo da Áustria? Por acaso ficaram sem salário por “falta de verbas” durante o tempo em que têm estado lá? Por que jamais vieram a público dizer que o museu estava ameaçado por falta de segurança? Por que os hidrantes do prédio estavam secos? Por que as brigadas antifogo, que você encontra até numa drogaria, não fizeram nada? Por que o museu foi completamente abandonado pela sua direção?
Tudo isso é simplesmente má fé. Quando alguém erra a esse ponto não se pode falar mais de simples inépcia ou vagabundagem, e sim de malícia deliberada ─ pois o autor do erro sabe que a sua conduta levará certamente ao desastre. O Museu Nacional do Rio de Janeiro foi destruído e causou danos sem possibilidade de recuperação ao patrimônio público brasileiro, porque quem estava cuidando dele eram o PSOL e o PCdoB. Eles fazem o papel, no Brasil, do “Exército Islâmico” e de outros grupos de terroristas alucinados que destroem monumentos históricos no Oriente Médio. Lá, os fanáticos muçulmanos querem acabar com “o passado”. Aqui a esquerda quer criar o seu tipo de “futuro”. É isso ─ e apenas isso. A tragédia do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo, nos fornece uma antevisão exata do que a “esquerda nacional” vai fazer com o Brasil todo se estiver algum dia realmente instalada no governo. Eles querem, oficialmente, chegar lá ─ estão inclusive pedindo o seu voto no horário obrigatório da televisão na campanha eleitoral que está aí. Parece que não têm a pretensão de ganhar e mandar sozinhos, como fazem na UFRJ; querem subir pendurados em Fernando Haddad e no PT. O Brasil que propõe é este do Museu Nacional ─ só que vão incendiar todos os lugares do futuro governo onde conseguirem estar presentes. Se agem assim agora, porque haveriam de mudar uma vez lá em cima?
Tão ruim quanto o PSOL e o PCdoB, porém, é o assassinato permanente da cultura brasileira por gangues que há décadas assaltam o Erário para roubar, com seus “projetos culturais”, recursos que deveriam estar sendo utilizados na conservação do patrimônio artístico e cultural do Brasil. Temos, como se sabe, um Ministério da Cultura em Brasília. Esse Ministério não é capaz de evitar que o Museu Nacional pegue fogo. Não é capaz de cuidar da Biblioteca Nacional, do Museu do Ipiranga, dos edifícios históricos, das áreas arquitetônicas tombadas e de nada, absolutamente nada, que tenha algum valor para a cultura brasileira. Não consegue tapar uma goteira, ou fechar um buraco de parece. Tudo o que o Ministério da Cultura faz é dar dinheiro do contribuinte para amigos particulares ganharem a vida dentro da “atividade artística”. É a perversão da “Lei Rouanet”, pela qual impostos são desviados do Tesouro Nacional e entregues a nossos artistas e seus empresários. Soube-se, com a tragédia, que o Museu Nacional precisava de uma verba de 600.000 reais para evitar o incêndio fatal. Não recebeu um tostão do Ministério da Cultura, e nem as lideranças do PSOL foram buscar esse dinheiro. Enquanto isso, a cantora Cláudia Leitte abocanhou do Ministério, sozinha, dez vezes essa soma, ou 5,8 milhões de reais, para fazer uma série de shows. O Cirque du Soleil, que também é um empreendimento comercial, levou mais ─ 9,4 milhões. É duro de acreditar, mas enquanto os nossos museus se afundam, o governo dá 1,5 milhão de reais para fazerem um filme sobre a vida de José Dirceu, 1,3 milhão para um projeto de poesia de Maria Betânia, e até 800.000 reais (mais do que o museu precisava) para sustentar o Queermuseu. Há dinheiro para turnês de Luan Santana, para mais um filme com a biografia de Lula, para os Detonautas, para a Peppa Pig.
Um país assim está morto.
(Fonte: “Veja”, 04/09/2018)


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