PRIMEIRA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 21 DE SETEMBRO DE 2018
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 21 DE SETEMBRO DE 2018
O Palácio do Planalto já começou as obras de adaptação do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, para instalação do gabinete de transição do futuro governo. A ordem do presidente Michel Temer é tudo estar pronto tão logo seja anunciado o novo presidente, e designou o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Ronaldo Fonseca, para cuidar disso. O ministro tem acompanhado as obras.
Com o veto às doações de empresas, os candidatos não perderam o hábito milionário adquirido nos tempos das vacas obesas de Mensalão e do Petrolão. Até agora, na eleição de 2018, já gastaram mais de R$14,2 milhões com o aluguel de jatinhos em 60 empresas de táxi-aéreo, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. Em vez de empreiteiras, agora o dinheiro saiu do bolso do contribuinte, por meio do Fundão Eleitoral.
Os gastos dos candidatos apenas com jatinhos parecem pouco em relação aos R$270 milhões gastos com “publicidade” e “impressos”.
Além de alugar aviões com dinheiro público, os candidatos gastaram R$24,1 milhões em combustíveis e lubrificantes.
Não basta haver demitido Renato de Ávila Viana com indesculpável atraso. O Ministério das Relações deveria explicar como um sujeito com o perfil de espancador de mulheres, que colecionava vítimas, foi aprovado no exame psicotécnico e admitido na carreira diplomática.
Tucano tem bico longo, mas bicada fraca, talvez por isso Geraldo Alckmin escalou a vice Ana Amélia, mulher topetuda, para atacar Jair Bolsonaro. Além do mais, tucano nunca foi bicho de coragem mesmo.
O Tribunal de Contas da União aprovou, por unanimidade, relatório do ministro Bruno Dantas com 14 alterações para concessão da Ferrovia Norte-Sul, entre Tocantins e São Paulo, incluindo recálculo de valores.
Famosa agência de inteligência norte-americana, a CIA mantém um livro de fatos na internet sobre todos os países no mundo. Segundo a agência, em 2016 houve impeachment no Brasil. Nada de golpe.
A consultoria internacional Inter.B estima que o Brasil precisará investir no mínimo 4,15% do PIB, por duas décadas (e cinco presidentes) para recuperar o atraso nacional na área de infraestrutura.
NO DIÁRIO DO PODER
Candidatos inelegíveis terão de devolver recursos públicos de campanha
A interpretação é da Procuradoria Geral Eleitoral, Raquel Dodge e inclui Lula
Da Redação
Quinta-feira, 20/09/2018 às 20:30 | Atualizado às 20:30
Todos os candidatos julgados inelegíveis pela Justiça Eleitoral terão de devolver os recursos públicos usados na campanha deste ano. A interpretação é da Procuradoria Geral da República e inclui o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve o registro da candidatura negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Conforme dados disponíveis no portal do TSE, a candidatura de Lula arrecadou R$ 20,6 milhões, sendo R$ 20 milhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e contratou despesas no valor total de R$ 26,2 milhões. A assessoria do TSE informou que será necessário fazer uma prestação de contas separada da candidatura de Fernando Haddad.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que também é procuradora-geral Eleitoral, disse que a devolução dos recursos do Fundo Especial aos cofres públicos não é surpresa aos candidatos, uma vez que foi amplamente divulgado antes da realização das convenções partidárias. “Necessário é o ressarcimento dos cofres públicos dos recursos do fundo de campanha utilizado por candidato inelegível”, disse.
Segundo Dodge, a Procuradoria espera que os candidatos inaptos devolvam espontaneamente os recursos utilizados na campanha eleitoral. “Caso não acolham, iremos a juízo pedir o ressarcimento do Erário Público”, afirmou a procuradora. Ela disse que antes das convenções foram feitas reuniões com os procuradores regionais eleitorais para esclarecimento dessa questão. Neste ano, a Procuradoria Geral Eleitoral editou quatro instruções sobre o processo, incluindo o financiamento público, a destinação de recursos para as campanhas das candidaturas e o ressarcimento, por exemplo. O intuito, segundo Dodge, foi dar transparência à aplicação da verba pública para custeio da campanha eleitoral, que chegou a R$ 1,7 bilhão. A procuradora disse que o momento de cobrar o ressarcimento será no julgamento das prestações de contas dos candidatos. A primeira parcial foi feita na semana passada e abrange a fase inicial da campanha – entre 16 de agosto e 8 de setembro. A reportagem entrou em contato com a assessoria do PT em Brasília e em São Paulo, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.(ABr)
NO BLOG DO JOSIAS
Carta de FHC cai como uma lápide sobre Alckmin
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 21/09/2018 04:11
Ao ocupar o vasto tempo de propaganda televisiva do centrão, Alckmin foi tratado como presidenciável mais vivo de 2018. Rapidamente, revelou-se um vivo tão pouco militante que o eleitorado cativo do PSDB enviou-lhe coroas de flores, migrando maciçamente para Bolsonaro. Com seu projeto jurado de morte, Alckmin ainda fingia estar cheio de vida. Súbito, Fernando Henrique Cardoso, o grão-mestre do PSDB, jogou sobre suas pretensões uma carta que tem o peso de uma lápide.
Divulgada no Facebook e endereçada “aos eleitores e eleitoras”, a carta de FHC traçou um quadro fúnebre para o País. Abordou a polarização Bolsonaro X Haddad sem mencionar-lhes os nomes. Anotou que o fato de um personagem que prega o ódio estar “à frente das pesquisas e ter como principal opositor quem representa um líder preso por acusações de corrupção mostra o ponto a que chegamos.”
Para “deter a marcha da insensatez”, FHC sugeriu “que os candidatos que não apostam em soluções extremas se reúnam e decidam apoiar quem melhores condições de êxito eleitoral tiver”. Do contrário, “a crise tenderá certamente a se agravar.” Absteve-se de citar o zumbi que reúne as tais “melhores condições”. Mas deu nome ao defunto numa outra mensagem, pendurada no Twitter:
''Enviei carta aos eleitores pedindo sensatez e aliança dos candidatos não radicais”, escreveu FHC. “Quem veste o figurino é o Alckmin, só que não se convida para um encontro dizendo ‘só com este eu falo’.”
Em timbre irônico, Marina Silva insinuou que o alfaiate da concórdia tucana chegou tarde: “Ninguém chama para tirar as medidas com a roupa pronta.”
O ex-tucano Álvaro Dias deu um toque humorístico ao velório, sugerindo que o primeiro passo rumo à unificação das forças de centro deveria ser a renúncia à candidatura de Alckmin. Apresentou um argumento convincente: “O PSDB vem perdendo para o PT desde 2002”. O próprio Alckmin foi batido por Lula na sucessão de 2006.
Na carta aos eleitores, FHC escreveu que, ''diante de tão dramática situação, os candidatos à Presidência deveriam se recordar do que prometeu Churchill aos ingleses na guerra: sangue, suor e lágrimas”. O diabo é que Alckmin promete vitória, redenção e prosperidade. Por isso, o exército tucano foi encurralado até no seu berço paulista. O estado de São Paulo foi convertido numa espécie de Dunquerque tucana —sem os barcos de resgate.
“Ante a dramaticidade do quadro atual”, anotou FHC na sua carta aos brasileiros, “ou se busca a coesão política, com coragem para falar o que já se sabe e a sensatez para juntar os mais capazes para evitar que o barco naufrague, ou o remendo eleitoral da escolha de um salvador da Pátria ou de um demagogo, mesmo que bem intencionado, nos levará ao aprofundamento da crise econômica, social e política.”
Tudo faria muito sentido não fosse por um singelo detalhe: a raiva do eleitor. Em 2018, os caciques continuam fazendo política com os pés no mundo da Lua. Promovem os mesmos cambalachos de sempre. Em órbita, não se deram conta de que um pedaço expressivo do eleitorado já não parece disposto a fazer o papel de gado. De repente, a grama da enfermaria do Einstein e da cadeia de Curitiba pareceram mais verdes.
Para ficar no personagem citado por FHC, Churchill ensinou que a democracia é o pior regime possível com exceção de todos os outros. No Brasil, os políticos engajaram-se num esforço coletivo para implementar as alternativas piores. De erro em erro, chegou-se a isso que o presidente de honra do PSDB chama de “pano de fundo sombrio”.
A carta de FHC chegou tarde. Ao lado do túmulo da candidatura de Alckmin, enterraram-se as esperanças do ex-eleitorado tucano. No epitáfio, lê-se o seguinte: “Não contem mais comigo”.
‘Casamento hétero’ de Bolsonaro revela-se frágil
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 20/09/2018 20:41
Jair Bolsonaro mantém com o economista Paulo Guedes um relacionamento que ele próprio chamou de “casamento hétero”. Coisa feita para durar até que a morte os separe. Pois bem. Falando para uma plateia restrita de investidores, o guru econômico do capitão expôs ideias tributárias sonegadas ao eleitor. Mencionou a hipótese de criação de um tributo nos moldes da velha CPMF. A harmonia trincou, porque a coisa vazou.
Certos casamentos são mesmo muito esquisitos. Casam-se pessoas que nem se conhecem: o economista ultraliberal e o capitão nacionalista, neófito nas artimanhas econômicas. Para usar uma terminologia infantil, própria do general Hamilton Mourão, vice de Bolsonaro, não é como a mamãe, que se casou com papai e a vovó que se casou com o vovô.
“Chega de impostos é o nosso lema”, escreveu Bolsonaro no Twitter, para desautorizar Paulo Guedes. O economista explicou que, na verdade, não se referia à velha taxação do cheque, mas a um imposto único, que substituiria outros tributos. Seja o que for, ficou entendido que Bolsonaro não estava brincando quando disse que jamais discutiria com o seu futuro ministro da Fazenda. Na verdade, eles nem se falam.
NO BLOG DO LAURO JARDIM
Toffoli à espera de Gilmar para marcar julgamento de Richa
POR GUILHERME AMADO
Sexta-feira, 21/09/2018 06:05
A primeira prova de fogo sobre o poder de Gilmar Mendes na presidência de Dias Toffoli será a votação do agravo regimental que Raquel Dodge apresentou contra a decisão de Gilmar Mendes para soltar Beto Richa.
Gilmar decidiu soltar Richa após a defesa do ex-governador paranaense apresentar um recurso nos autos da decisão que determinou que as conduções coercitivas eram inconstitucionais. Gilmar concordou com a defesa de Richa de que a prisão de Richa foi uma condução coercitiva disfarçada.
Raquel pediu que Gilmar volte atrás ou libere o caso para o plenário, onde a tendência é que sua decisão seja derrubada por larga maioria.
Toffoli tem dito que basta Gilmar liberar para que ele paute.
A dúvida é se Gilmar vai liberar já, o que pode fazer Richa voltar já para a cadeia, ou se vai esperar o fim do primeiro turno.
NO O ANTAGONISTA
PF APURA SE PCC PAGA ADVOGADOS DO AGRESSOR DE BOLSONARO
Sexta-feira, 21.09.18 07:03
A PF investiga se o PCC está pagando os advogados do esfaqueador de Jair Bolsonaro, revela a Crusoé:
“Um dos advogados, segundo a PF, trabalha para pelo menos quatro integrantes do Primeiro Comando da Capital, o PCC. Os policiais consideram a hipótese de a facção estar financiando a defesa de Adélio. ‘Estamos trabalhando com todas as possibilidades’, diz um investigador que trabalha no caso.”
Acabou, FHC
21.09.18 06:06
A proposta de FHC de unir o centro é mais uma de suas patetices.
O movimento deveria ter sido feito meses atrás, com a renúncia de Geraldo Alckmin.
Em vez de reconhecer que sua candidatura não tinha a menor chance de decolar, porém, os tucanos derrubaram todos os nomes que apareceram em seu campo.
Acabou, FHC.
“Estamos a um Alckminzinho de vencer no primeiro turno”
21.09.18 06:24
O deputado Major Olímpio disse para o Estadão que a campanha de Jair Bolsonaro não precisa de ajustes, porque todas as questões foram resolvidas durante um jantar na semana passada:
“Estamos a um Alckminzinho de vencer no primeiro turno. É coisa pouca”.
“O figurino do candidato laranja”
21.09.18 06:35
Jair Bolsonaro ganhou com o debate na TV Aparecida, segundo a Arko Advice:
“Em seu primeiro debate como candidato ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad se mostrou pouco à vontade. Parece ter ‘sentido’ a responsabilidade do debate. Ainda não se despiu do figurino de candidato ‘laranja’. Ele adotou uma abordagem saudosa, explorando a nostalgia de uma parcela do eleitorado com a Era Lula. Foi um discurso para a base social petista, batendo em medidas aprovadas pelo governo Temer como a reforma trabalhista e o Teto de Gastos, além de se referir de forma pejorativa ao mercado financeiro citando criticamente ‘os banqueiros da Faria Lima’ (…).
Embora não tenha havido nenhum grande vencedor ou perdedor, Haddad se desgastou com a lembrança contundente feita pelos adversários da herança negativa de Dilma. Algumas vezes, pareceu confuso. Alckmin, ainda que mais assertivo, continua com um discurso de difícil compreensão. Ausente do debate, Bolsonaro ficou no lucro.”
Um poste na porta da penitenciária
21.09.18 06:03
No debate da TV Aparecida, Fernando Haddad foi chamado de “porta voz da tragédia”, “representante do caos” e de “candidato lançado em porta de penitenciária”.
Álvaro Dias disse também:
“Vocês são especializados em distribuir a pobreza para todos. O PT é a crença na ignorância. A realidade mostra que criou um sistema corrupto e incompetente. Esse é o legado do PT. Seu discurso é o da ficção e da mentira”.
PT distribui santinhos com Lula candidato
Quinta-feira, 20.09.18 22:35
O PT e seus aliados continuam desafiando a Justiça Eleitoral e distribuem em diversos estados – de Alagoas ao Rio Grande do Sul – santinhos com Lula como candidato.
Subprocuradora que pediu suspeição de Moro quer mudar pena de Lula
20.09.18 21:45
A subprocuradora Áurea Pierre, que já foi notícia aqui em O Antagonista, opinou favoravelmente em recurso das defesas de Lula e Paulo Okamotto para mudar trecho da sentença do caso triplex.
Lula e Okamotto foram absolvidos por falta de provas na parte da investigação sobre o acervo presidencial retirado do Palácio do Planalto.
Mas os advogados querem que a absolvição seja por “atipicidade de conduta”. Dessa maneira, ficariam blindados de repercussões cíveis da decisão.
A decisão caberá ao STJ, felizmente.
Acusado de mandar matar Marielle diz ter sido coagido a assumir crime
20.09.18 21:00
Acusado de mandar matar Marielle Franco e Anderson Gomes, o ex-PM e miliciano, Orlando de Curicica, disse ter sido coagido a assumir a autoria do crime, informa O Globo.
Ele está preso na penitenciária federal de Mossoró (RN) e, em depoimento, acusou a DH-Capital, a delegacia de homicídios do Rio de Janeiro, de forçá-lo a confessar o duplo homicídio.
O depoimento do ex-PM está no gabinete de Raquel Dodge, que pode pedir a federalização do caso se entender que a investigação está sob suspeita. A Secretaria de Segurança do Rio disse que não vai se pronunciar.
Em 14 de setembro, completaram-se seis meses desde que a vereadora do PSOL e seu motorista foram mortos a tiros no centro do Rio.
‘Haddad é Lula’ confunde eleitor, acusa o MPE
20.09.18 20:20
Em parecer enviado ao TSE, o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, acusou a coligação “O Povo Feliz de Novo” de confundir os eleitores ao propagar a mensagem “Haddad é Lula”, informa o Estadão.
Para Jacques, a peça que mostra o presidiário com o poste Fernando Haddad e a vice-poste Manuela D’Ávila confunde o eleitor e dá a ideia de que a chapa é composta por três nomes.
O vice-procurador se manifestou no âmbito de uma representação do Partido Novo contra a peça publicitária da campanha petista.
O PT alegou – não vale rir – que a imagem da propaganda “garante o protagonismo do candidato Fernando Haddad”.
Ação sobre corrupção na gestão Richa sai das mãos de Moro
20.09.18 20:00
Após decisão do STJ, Sérgio Moro enviou hoje a um novo juiz a ação penal sobre suspeitas de corrupção na gestão de Beto Richa no governo do Paraná, registra a Folha.
Quem assume a ação a partir de agora é o juiz da 23ª Vara Federal Criminal de Curitiba, Paulo Sérgio Ribeiro.
A ação, cuja denúncia fora acolhida por Moro há duas semanas, apura desvios no contrato da rodovia PR-323 com a Odebrecht. Richa não está entre os réus, mas seu ex-chefe de gabinete, Deonilson Roldo, foi acusado de corrupção passiva.
A defesa do tucano alegou que os fatos não dizem respeito à Lava Jato.
Temer é chamado a depor em ação do ‘quadrilhão do MDB’
20.09.18 19:24
O juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, determinou o depoimento de Michel Temer – como testemunha – na ação que apura o “quadrilhão do MDB”, registra Daniel Adjuto, do SBT.
Eliseu Padilha, Moreira Franco e Joesley Batista também foram arrolados como testemunhas.
No processo, o MPF afirma que amigos de Temer e políticos emedebistas participaram de um esquema de desvio de dinheiro público e que há “robustos elementos que apontam que eles integraram uma organização criminosa”.
Foram negados os pedidos de absolvição do coronel Lima, José Yunes, Lúcio Funaro, Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures e Henrique Alves.
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