PRIMEIRA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO DE 2018

O Ministério da Educação aguarda apenas a conclusão da perícia e do inquérito da Polícia Federal para abrir procedimento administrativo para apurar responsabilidades dos gestores do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, que foi destruído pelo fogo. São consistentes indícios de desleixo e omissão da reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro e de gestores do Museu, mas ao MEC resta apenas esperar.

Incapazes de providências simples, como criar equipe de brigadistas, o reitor Roberto Leher e a direção do Museu estão na mira.

A expectativa era que a cúpula da UFRJ pedisse demissão, como o fazem gestores públicos que preservam a dignidade.

A direção da Federação de Trabalhadores do Judiciário da União tenta emplacar um “megatrem da alegria” para elevar para nível superior a escolaridade de 85 mil técnicos judiciários de nível médio em todo o País. Simples assim. Sem concurso publico ou previsão legal, a ideia da manobra é equiparar os seus salários àqueles pagos a 45 mil analistas judiciários de nível superior. A conta, como sempre, é nossa.

Segundo a Anajus, entidade dos analistas, a proposta dos técnicos deve aumentar em R$ 4,5 bilhões por ano as contas públicas.

Os técnicos judiciários querem aproveitar a “mão aberta” dos ministros do STF que aprovaram aumento de quase 17% para eles mesmos.

O candidato do PT, Fernando Haddad esteve em Maceió ao lado do senador Renan Calheiros e do filho governador, mas ao publicar fotos da visita nas redes sociais, cortou os dois. Vergonha de quê?

Francisco Valdeci Cavalcante (Fecomércio-PI) ficou valente referindo- se ao Tribunal de Contas da União, que o declarou inelegível: “Nós vencemos essa canalha toda. Vencemos tribunais, Justiça, partidos e Ministério Público”. A arrogância chocou juízes e ministros do TCU.

O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) concedia entrevista ao site Diário do Poder quando se deu o ataque a Bolsonaro, em Minas. Ao ser informado da facada, exclamou “Elegeram o presidente, pronto”.

A chicana jurídica pode, em tese, prejudicar Fernando Haddad. Mas o objetivo não é soltar Lula e sim mantê-lo “vivo politicamente”, melhorando as chances de transferência de votos.

…pela primeira vez na História do Brasil é unânime: a violência é intolerável.

NO DIÁRIO DO PODER
TSE vai suspender propaganda do PT, se Lula aparecer como candidato
Ministro Barroso proíbe o PT de exibir Lula 'candidato' Da Redação 
Domingo, 09/09/2018 às 16:19 | Atualizado às 18:37
Em decisão tomada neste domingo (9), o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, proibiu a coligação “O povo feliz de novo” (PT/PC do B/Pros) de apresentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato ao Palácio do Planalto. Se o partido descumprir a ordem, poderá ter suspensa sua propaganda no rádio e na televisão.
“Determino à Coligação “O Povo Feliz de Novo” e a Luiz Inácio Lula da Silva que se abstenham, em qualquer meio ou peça de propaganda eleitoral, de apresentar Luiz Inácio Lula da Silva como candidato ao cargo de Presidente da República e apoiá-lo na condição de candidato, sob pena de, em caso de novo descumprimento, ser suspensa a propaganda eleitoral da coligação, no rádio e na televisão”, diz Barroso na decisão. 
No início de setembro, o TSE barrou a candidatura de Lula com base na Lei da Ficha Limpa. O ministro considera que “Nada obstante, as sucessivas veiculações de propaganda eleitoral em desconformidade com o decidido revelam que a atuação da coligação se distanciou dos compromissos por ela assumidos, a exigir uma atuação em caráter mais abrangente”, afirma Barroso em resposta a uma reclamação apresentada pelo Ministério Público Eleitoral. (Folhapress)

Fundador da rede de farmácias Pague Menos é preso no Ceará 
Deusmar Queirós se apresentou à PF sob acusação de crime contra o Sistema Financeiro Nacional 
Da  Redação 
Domingo, 09/09/2018 às 17:41 | Atualizado às 17:42 
O empresário Deusmar Queirós, fundador da rede de farmácias Pague Menos, foi preso sob acusação de crime contra o Sistema Financeiro Nacional. Ele apresentou-se à Polícia Federal na noite deste sábado (9) cumprindo ordem da juíza da 12ª Vara da Justiça Federal do Ceará, Cíntia Brunetta. Deusmar já tinha sido condenado em primeira instância em 2012 e em segunda instância em 2013 a uma pena de nove anos e dois meses de prisão e pagamento de multa de 2.500 salários mínimos.
O início da execução da pena foi requerido pelo Ministério Público Federal e deferido pelo ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça. Após entregar-se na superintendência da Polícia Federal, o empresário foi encaminhado para unidade prisional Irmã Imelda, em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza.
Deusmar foi denunciado pela Procuradoria da República no Ceará por crime contra o Sistema Financeiro por meio da Renda Corretora de Valores, empresa de sua propriedade. Segundo a Procuradoria, entre os anos de 2001 e 2006, a empresa atuou no mercado de valores mobiliários sem registro junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A Pague Menos é uma das maiores redes de farmácias do País, com 1.110 lojas em 354 cidades e forte atuação na região Nordeste. A companhia tem cerca de 23 mil funcionários e teve um faturamento de R$ 6,3 bilhões em 2017. Em nota, os escritórios Rocha, Marinho e Sales Advogados e Marcelo Leal Advogados Associados, responsáveis pela defesa do empresário, afirmam que a ação ainda está em curso e a condenação não é definitiva: ”A defesa continua acreditando na Justiça e na sua absolvição”. 
A Pague Menos informou que o processo não tem relação com a rede de farmácias e que a decisão judicial em nada afeta as operações da empresa. Também disse que todas as informações sobre o processo foram prestadas de maneira transparente pela empresa.
A empresa também informou que Mário Henrique Alves de Queirós, filho de Deusmar Queirós, foi nomeado para o cargo de presidente do Conselho de Administração no lugar do pai. (Folhapress)

NO BLOG DO JOSIAS
Líder de menções no Twitter, Ciro faz dancinha
Por Josias de Souza
Segunda-feira, 10/09/2018 05:50
Num debate sem o líder Jair Bolsonaro, Ciro Gomes foi o campeão de menções no Twitter: 45%. O percentual inclui postagens positivas, negativas e neutras. Mesmo sem saber se foi mais enaltecido do que achincalhado, o presidenciável do PDT celebrou o feito com uma dancinha no palco do teatro da TV Gazeta, que transmitiu o debate.
Depois, Ciro gravou num restaurante mensagem de agradecimento aos internautas. ''Eu definitivamente tenho a melhor, sem rival, turma na Internet. Hoje, vocês me comoveram. Ficar lá em cima no Twitter… eu sei que isso foi serviço da turma toda que me ajuda na internet. Vamos ganhar essa eleição graças a vocês.''

Haddad vai à prisão e espera obter aval de Lula
Por Josias de Souza
10/09/2018 05:02
Fernando Haddad visitará Lula na prisão novamente nesta segunda-feira. Espera sair da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba com o aval do preso petista à sua candidatura presidencial. Haddad cuida dos minutos, porque as horas passam. Termina nesta terça-feira o prazo concedido pela Justiça Eleitoral para a substituição de Lula na cabeça da chapa presidencial do PT.
A ordem judicial transformou os ponteiros do relógio do PT em espadas. Mas ainda há no partido dirigentes que acreditam em milagre. Avessos a Haddad, avaliam que nenhum anúncio deve ser feito antes de uma resposta aos recursos judiciais contra o veto imposto pelo TSE à candidatura de Lula.
Os próprios advogados são pessimistas quanto às chances de o Judiciário autorizar Lula a fazer campanha. Mas o pedaço do PT que ainda leva fé na candidatura do preso age como se enxergasse as digitais de São Judas Tadeu, o padroeiro dos desesperados, numa decisão tomada pela ministra Rosa Weber em pleno final de semana.
Presidente do TSE, Rosa enviou para o STF o recurso da defesa de Lula contra a decisão da Corte Eleitoral que enquadrou o pajé do PT na Lei da Ficha Limpa, vetando suas pretensões eleitorais. O diabo é que são Judas não fez o serviço completo, pois Rosa negou o pedido do PT para estender do dia 11 para 17 de setembro o prazo para a substituição de Lula. No Supremo, o recurso vai à mesa do ministro Celso de Mello, o agnóstico decano da Corte.
A exemplo de Haddad e seu grupo, também a cúpula do PCdoB está impaciente com a demora de Lula. O partido não vê a hora de formalizar a presença de sua filiada, Manuela D’Ávila na posição de número dois da nova chapa, conforme acordo firmado em 5 de agosto. No dia seguinte, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse ter ouvido de Lula que Haddad estava em ''estágio probatório''. Daí o anseio do presidenciável-estepe de sair da cadeia nesta segunda munido de um habeas-candidatura.

Ausente, Bolsonaro vira protagonista de debate
Por Josias de Souza
Domingo, 09/09/2018 23:04
Os participantes do terceiro debate entre presidenciáveis, levado ao ar neste domingo pela TV Gazeta, enfrentaram uma concorrência desleal. Hospitalizado, Jair Bolsonaro foi o protagonista do programa. Todo o resto (aqui e aqui) serviu de pano de fundo para que os demais candidatos exibissem uma ensaiada presença de espírito para lidar com a ausência de corpo do rival esfaqueado.
(...)
Bolsonaro foi duplamente beneficiado. Além de ser poupado de ataques, escapou de contraditórios que, nos debates anteriores, realçaram seus pés de barro. Livrou-se de um terceiro constrangimento. Antes do atentado, mandara a assessoria avisar que não compareceria ao debate. Seria castigado com a exposição de um púlpito vazio. Entretanto, a pedido dos rivais, o estrado de onde falaria foi retirado de cena.
A principal vítima da ausência de Bolsonaro foi Geraldo Alckmin. Último colocado do pelotão de candidatos que sonham em provar que são competitivos, ele precisa alvejar Bolsonaro, que lhe rouba votos até em São Paulo. Privado pelas circunstâncias do seu alvo preferencial, Alckmin ainda foi fustigado por Henrique Meirelles por ter atacado a vítima da facada no horário eleitoral.
De fato, Alckmin reservou 30% de sua vitrine eletrônica para expor pontos fracos de Bolsonaro. Por exemplo: discussões do candidato com mulheres e seu apreço pelas armas. A facada levou Alckmin a retirar os ataques do ar. Mas não deu tempo de cancelar a exibição dos vídeos programados para o dia do ataque. Daí a provocação de Meirelles.
“Certamente, o candidato não viu meus spots”, respondeu Alckmin. “Em nenhum momento pregamos violência. O que mostramos foram frases, não ditas por mim, exatamente para dizer que o caminho da violência não vai levar a nenhum lugar melhor. Sou contra qualquer tipo de radicalismo.”
Nenhum outro nome foi tão mencionado no debate quanto o de Bolsonaro. Antes atacado por seu extremismo, o paciente do Hospital Albert Eisntein foi citado em contextos que oscilaram entre o neutro e o positivo, sempre associado à ideia de que o atentado que sofreu evidencia a necessidade de pacificação política do País.
Marina Silva foi quem melhor aproveitou o mote da reunificação. Usou-o como escada para alcançar as mulheres, que representam 52% do eleitorado: “Esse é o primeiro debate que nós estamos fazendo depois do atentado contra o candidato Jair Bolsonaro”, disse a presidenciável da Rede. Lembrou o assassinato de Marielle Franco e o tiro contra a caravana de Lula. E convidou o eleitorado feminino para se juntar a ela num “grande movimento de unir o Brasil a favor daquilo que interessa: saúde, educação, vida digna para todos, um país próspero, bom de se viver.”
Ao final do debate, restou a sensação de que Bolsonaro vai consolidando sua presença no segundo turno. O capitão tinha 8 segundos no horário eleitoral. Agora, sem sair da cama do hospital, dispõe de uma exposição de 24 horas diárias no noticiário. Poupando-o, seus rivais se concentram na disputa pela outra vaga. Também ausente do debate, o quase-candidato Fernando Haddad entra na briga nesta terça-feira.


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