PRIMEIRA EDIÇÃO DE SÁBADO, 08 DE SETEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 08 DE SETEMBRO DE 2018

Sindicalistas bancários de Brasília garantiram o faturamento fazendo aprovar um nova convenção coletiva que recriou o imposto obrigatório, extinto pela reforma trabalhista. E ainda a rebatizaram de “contribuição negocial”, a pretexto de custear gastos da “campanha salarial”. Pior: todos, sindicalizados ou não, estão “obrigados” a pagar a “contribuição” correspondente a 1,5% do salário, “sem direito de oposição individual”.

Além do desconto no primeiro salário após o acordo, também irá para o sindicato 1,5% do que o funcionário receber de participação nos lucros.

Segundo Rogério Marinho (PSDB-RN), relator da reforma, a cobrança é ilegal. E cita decisões do STF limitando a cobrança aos associados.

A “contribuição negocial” obrigatória varia de R$50 a R$250 descontados os salários e até R$210 sobre a participação nos lucros.

A justificativa para meter a mão no bolso dos colegas é um primor de caradurismo: acumular recursos “para fazer frente aos banqueiros”.

“Especialistas” virtuais, ignorantes em campanha eleitoral, criticaram o “corpo-a-corpo” de Bolsonaro, afirmando que ele foi atacado a faca porque se expôs. É como culpar a roupa da mulher pelo estupro.

Desde a sua primeira condenação à prisão na Justiça Federal, por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula já acumula quase 100 derrotas em sua chicana imparável no TRF4, STJ, TSE, STF etc.

…as candidaturas de Marina, Ciro e Alckmin têm sido comparadas ao atacante Fred, na Copa de 2014: estão lá, mas parecem cones.

NO DIÁRIO DO PODER
Agressor de Bolsonaro já tem quatro ‘vaquinhas virtuais’ para garantir fiança
Em uma dessas campanhas o pedido é feito pelo "nosso guerreiro Adélio" 
Por Francine Marquez 
Sexta-feira, 07/09/2018 às 14:10 | Atualizado às 15:30
Em menos de 24 horas, Adélio Bispo de Oliveira, que agrediu com uma facada o deputado federal e candidato a Presidência, Jair Bolsonaro, ganhou quatro campanhas de financiamento, para custear as despesas judiciais e pagar a sua fiança. As “vakinhas” foram criadas por Marlon Costa, de São João de Meriti/RJ, Hudson Alves, de Brasília, Talles de Peruíbe, interior do Estado de São Paulo e Genival da Costa Bentes de Santarém/PA. O Diário do Poder tentou entrar em contato com Hudson Alves, por meio de mensagem, para saber qual o motivo para criar uma campanha em prol de Adelio, porém não recebeu nenhuma resposta até o momento. 
Nas campanhas os “solidários” autores pedem ajuda para Adélio, a quem consideram um herói. “Vamos ajudar a tirar esse herói da cadeia”, ou “Vamos ajudar o nosso guerreiro Adélio, esse homem que por um descuido acabou sendo preso”.
Entretanto, até o momento todos os autores receberam esculachos em suas campanhas, e nem um tostão.

NO BLOG DO JOSIAS
Bolsonarinho paz e amor ensaia um cessar-fogo
Por Josias de Souza
Sábado, 08/09/2018 05:18
Candidato a vice de Jair Bolsonaro, o general Hamilton Mourão reagiu à facada que hospitalizou seu companheiro de chapa com o exacerbamento retórico de praxe. Culpou o PT pelo atentado. E ameaçou: “Se querem usar a violência, os profissionais da violência somos nós''. Na noite de sexta-feira, um dia depois da manifestação insensata, Mourão como que anunciou o surgimento de um personagem novo na campanha eleitoral de 2018: o Bolsonarinho paz e amor.
Em entrevista à Globonews, o general informou que recebera um telefonema do capitão. “Hoje, o deputado Bolsonaro me ligou. Eram 19h20. O que ele me disse foi que nós vamos moderar o tom. Qual é o nosso grande objetivo? Se formos eleitos, nós vamos governar para todo o Brasil e não para pequenos grupos. (…) Sem união a gente não chega a lugar nenhum.”
Alvíssaras! A principal característica da campanha atual é o cheiro de enxofre no ar. No início, o ódio vadiava apenas pelas redes sociais. Mas passou a circular pelas ruas à procura de encrenca. A raiva tornou-se um instrumento político banal. Parecia haver no seu caminho um cadáver, uma espécie de fantasma prestes a existir. Bolsonaro notabilizou-se como um fornecedor de matéria-prima para a indústria da raiva.
Conforme já comentado aqui, o capitão frequentou o noticiário nos dias que antecederam a facada com a língua engatilhada. Interpelou um repórter: “Você pintou unha quando criança?” Fustigou adversários: “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre.” Alvejou PSDB e PT: “Vamos varrer a cúpula desses partidos para a lata de lixo da História.” Tratou a ideologia a pontapés: “Vamos dar um pé no traseiro do Comunismo”.
Tomando-se Mourão a sério, o Bolsonaro pós-facada é quase um ex-Bolsonaro. Sob orientação repassada pelo candidato desde a UTI, o comando da campanha está transmitindo a lideranças políticas estaduais o que Mourão chamou de “palavra de ordem”. Consiste no seguinte: “Atenção, reduzir as tensões. Não adianta haver o confronto nesse momento. Não faz bem a ninguém. E é péssimo para o País.”
O pedaço da audiência que rejeita Bolsonaro — 44% do eleitorado, antes do atentado — deve ter recebido as palavras sensatas de Mourão com enorme ceticismo. Muitos dos que assistiram à entrevista talvez tenham ficado com a impressão de que o general atirava palavras ao vento — mais ou menos como se brincasse de roleta-russa protegido pela certeza de que manipulava uma sinceridade completamente descarregada. Mas a essa altura, qualquer sinal de paz interessa, mesmo que seja um compromisso insincero.
Concebida como alternativa civilizatória às guerras, a política subverteu-se no Brasil. Em vez de oferecer esperança, dedica-se a industrializar a raiva. Produz choques e enfrentamentos desde o primeiro governo do PT, quando Lulinha paz e amor inaugurou a fase do “nós contra eles”. Na atual temporada, a notícia sobre a primeira morte flutua sobre as redações como um fato que deseja acontecer. O cadáver vem escapando por pouco.
O primeiro morto escapou das manchetes quando sindicalistas enfurecidos reagirem mal às palavras de um empresário, empurrando-o da calçada defronte do Instituto Lula em direção à rua, até cair e bater a cabeça no para-choque de um caminhão.
O cadáver inaugural livrou-se novamente da primeira página ao desviar dos tiros disparados contra os ônibus da caravana de Lula, no Paraná. Foi preciso que o líder nas pesquisas presidenciais escapasse da morte para que o extremismo começasse a cogitar o abandono de sua vocação para o velório.
A paisagem, dizia Nelson Rodrigues, é um hábito visual. Só começa a existir depois de 1.500 olhares. Na campanha de 2018, o cenário de guerra é um fenômeno auditivo. Existe porque políticos rendidos à radicalização se habituaram a usar palavas como armas carregadas.
A facada de Juiz de Fora inaugurou algo muito parecido com um armistício. O cessar-fogo talvez não tenha futuro. Mas ainda que dure pouco, servirá para mostrar aos brasileiros que, em matéria de civilização, o futuro era muito melhor antigamente.

Futuro do País passa pela cadeia e pelo hospital
Por Josias de Souza
08/09/2018 00:48
Mais do que em qualquer outra eleição, a campanha de 2018 colocou o Brasil numa encruzilhada. Um pedaço do eleitorado trafega pelo caminho que leva à cadeia. Outro naco de eleitores prefere a trilha que conduz ao hospital. Ao fundo, ouve-se o barulho provocado por meia dúzia de candidatos que se oferecem como alternativas ao poste fabricado atrás das grades e à vítima da facada, recolhida à UTI.
Consolidou-se um deslocamento geográfico da campanha presidencial. Preso, o ficha-suja inelegível transformou sua cela especial num comitê eleitoral de onde articula sua substituição na cabeça da chapa. Esfaqueado, o rival do polo oposto transforma seu drama clínico num grande ato de campanha, postando desde a UTI vídeos, fotos e mensagens nas redes sociais.
A um mês do dia da eleição, os dois protagonistas da disputa, Lula e Bolsonaro, guerreiam em trincheiras extremas: uma cela e uma UTI. As principais armas do combate são o veneno ideológico e a mistificação emocional. Num cenário assim, marcado por posições extremas, o extremismo que mais preocupa é o da agenda extremamente vazia. O maior perigo para o eleitor não é o risco da falta de sabedoria na escolha. O risco mais latente é o da falta de opção.

NO O ANTAGONISTA
Campanha de Bolsonaro divulgará vídeos a partir de segunda-feira
Sábado, 08.09.18 07:36
Jair Bolsonaro, antes de sofrer o atentado, gravou vídeos sobre seu programa de governo.
Os filmes serão divulgados a partir da próxima segunda-feira, publica a Folha.

“Tomem vergonha na cara!”
08.09.18 06:50
Em entrevista a jornalistas na porta do hospital Albert Einstein, Flávio Bolsonaro, um dos filhos de Jair Bolsonaro, pediu para a imprensa parar de “rotular” seu pai:
“Ficam insistindo com essa mentira que ele é homofóbico, que ele é racista, que ele não gosta de mulher. Tomem vergonha na cara! Ele não é nada disso! Vocês podem estar influenciando pessoas a praticarem esse tipo de ato contra ele. Ninguém aguenta mais essa palhaçada, pô! Vamos agir com isenção, publiquem a notícia, não fiquem falando como se fossem torcedor contra ele. Não tem necessidade disso! Parem para refletir um pouco vocês também, tá?”

Mourão e aliados também assumirão compromissos de campanha de Bolsonaro
08.09.18 07:10
Além dos filhos de Jair Bolsonaro, o general Hamilton Mourão e outros políticos devem se dividir para assumir compromissos de campanha do presidenciável do PSL, registra a Folha.
O deputado Major Olímpio, coordenador de campanha em São Paulo, confirma a ideia de convocar os quadros do PSL e de outros partidos para atuarem nas ruas.
“Tenho uma agenda muito grande de eventos de rua, vou pedir aos deputados, às executivas, ao PRTB [que façam o mesmo]. Aliás, neste momento não, mais para a frente. Agora é 100% a saúde dele a preocupação.”

Motivo de atentado contra Bolsonaro “foi fútil e inescusável”, diz juíza
Por Felipe Moura Brasil 
Sexta-feira, 07.09.18 22:21
Ainda no termo da audiência de custódia com Adélio Bispo de Oliveira, obtido por O Antagonista, a juíza federal substituta, Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, escreve que, embora “não descartado envolvimento político-partidário, fato é que, a toda evidência, o motivo que imbuiu Adélio foi fútil e inescusável”.
Para ela, Adélio se revelou “extremamente ousado e perigoso” e “acarreta risco à ordem pública, notadamente se considerada sua periculosidade concreta corroborada pelo modus operandi da conduta, consistente na tentativa de assassinato do candidato por meio de verdadeira ‘emboscada’.”
“Ademais, o custodiado não possui residência fixa e ocupação lícita, constando do Auto de Prisão em Flagrante informações no sentido de que mantém endereços provisórios em diversas localidades e que não possui emprego ou ocupação que lhe garantam rendimentos lícitos. Deste modo, sua soltura pode inviabilizar ou dificultar sobremaneira a aplicação da lei penal.”

Fachin mantém prisão de ex-deputado
07.09.18 21:20
Edson Fachin decidiu manter a prisão do ex-deputado Márcio Junqueira, acusado de ajudar Ciro Nogueira e Eduardo da Fonte, ambos do PP, a obstruir investigações, registra o G1.
Os três foram denunciados em junho pela PGR, que acusa Nogueira, presidente do PP, e Dudu da Fonte, deputado federal pelo partido, de ordenar que Junqueira pressionasse José Expedito Almeida a desmentir depoimentos à PF.
Expedito foi assessor de Nogueira e Dudu da Fonte. Segundo a denúncia da PGR, Junqueira o ameaçou de morte, prometeu cargo público e fez entregas de dinheiro a ele. Os acusados negam.

Raquel Dodge pede arquivamento de inquérito sobre Paulinho da Força
07.09.18 20:50
Raquel Dodge pediu ao STF para arquivar um inquérito que investiga Paulinho da Força, informa o G1. A decisão caberá a Dias Toffoli.
Aberto em março do ano passado após as delações de ex-executivos da Odebrecht, o inquérito apura supostos repasses da empreiteira ao deputado e presidente do Solidariedade.
A PGR argumentou que não há elementos mínimos para oferecer uma eventual denúncia contra Paulinho nem para o prosseguimento da investigação.

PT tenta, em vão, barrar venda de camisetas de Bolsonaro
07.09.18 20:40
Luís Felipe Salomão, do TSE, rejeitou pedido da coligação PT-PC do B-Pros para proibir nove lojas na Internet de vender camisetas de apoio a Jair Bolsonaro, registra o G1.
A coligação dizia que, além de promover Bolsonaro, as camisetas faziam propaganda negativa do corrupto e lavador de dinheiro Lula.
A ação apontava suposta propaganda irregular, sob alegação de “abuso de poder econômico” que poderia desequilibrar a disputa eleitoral.
Os petistas não se cansam de bater o próprio recorde de ridículo.

TSE quer saber se o PT mentiu
07.09.18 19:55
O ministro Sérgio Banhos, do TSE, questionou a Abert, a associação das emissoras de Rádio e TV brasileiras, informa o repórter Daniel Adjuto, do SBT…
Banhos quer saber se, de fato, o PT pediu às emissoras que substituíssem a propaganda em que o impugnado Lula apareceu como candidato nos dias 1º, 2 e 3 de setembro.
Se sim, o ministro quer saber por que não foram substituídas.

Advogado de Adélio diz ter sido contratado por igreja
07.09.18 19:01
Um dos quatro advogados de Adélio Bispo de Oliveira, o agressor de Jair Bolsonaro, disse que a equipe foi contratada depois de um contato de familiares e membros das Testemunhas de Jeová, informa o UOL.
“Fomos contatados por membros da igreja para que viéssemos aqui”, declarou Zanone Manuel de Oliveira Júnior.
O advogado contestou a suspeita do deputado Fernando Francischini, aliado de Bolsonaro que participou da audiência de custódia de Adélio, para quem o servente de pedreiro desempregado não teria como pagar sua equipe jurídica.
 

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