SEGUNDA EDIÇÃO DE SÁBADO, 18 DE AGOSTO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Serra abalado
Sábado, 18.08.18 09:51
José Serra está abalado com a revelação de que sua filha, Verônica Serra, administrava contas secretas na Suíça, registra colunista da Folha.
Documentos enviados ao Brasil pela Suíça mostram que Verônica administrava uma conta que recebeu R$ 1,78 milhão em depósitos.
O dinheiro teria sido usado em campanhas de Serra.

TSE pode julgar registro de Lula em setembro
18.08.18 08:15
O ministro Luís Roberto Barroso sinalizou que respeitará os prazos de tramitação do registro da candidatura de Lula, o que pode levar o plenário do TSE a julgar o caso apenas no início de setembro, publica o Estadão.
Fontes ouvidas pela reportagem do jornal acreditam que o processo será julgado no dia 4 de setembro.
Como o horário eleitoral gratuito começa no dia 31 de agosto, a propaganda partidária já estará sendo veiculada no rádio e na TV.

Morre Kofi Annan
18.08.18 08:02
Aos 80 anos, o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, morreu neste sábado de uma doença súbita.
Annan foi chefe da diplomacia das Nações Unidas entre 1997 e 2006 e um dos ganhadores do prêmio Nobel da Paz.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Médico que atende grevistas de fome em Brasília é servidor municipal em POA e não está de férias
Sexta-feira, 17/08/2018 às 11:38
O médico Ronald Selle Wolf praticamente mudou o seu domicílio para a Capital Federal, desde que foi deflagrada a greve de fome de meia dúzia de insanos militantes petistas.
Em Brasília, Ronald frequentemente tem dado entrevistas e vem prestando cuidados médicos à legião de fanáticos militantes, que clamam pela liberdade de um cidadão condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Ocorre porém, que o mencionado médico é servidor público municipal da Prefeitura de Porto Alegre.
Pelo que consta, Ronald não está de férias e nem tampouco gozando de algum tipo de licença.
Como pode se ausentar assim de seu local de trabalho? Como ficam os pacientes porto-alegrenses a quem o médico deveria estar prestando atendimento?
E o prefeito Nelson Marchezan Júnior, outrora tão enérgico, entregou os pontos?
A Prefeitura de Porto Alegre tem a obrigação de dar satisfação à sociedade.

Inversão de valores: Toffoli manda investigar Dallagnol
Sexta-feira, 17/08/2018 às 14:12
Parece piada, mas é a mais cruel realidade.
O ministro Dias Toffoli determinou que o procurador da República e coordenador da força tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, seja investigado pela corregedoria do Ministério Público Federal.
Segundo a Folha de S.Paulo, o ministro foi pessoalmente ao encontro do corregedor-geral do Conselho Nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, exigir a providência.
A ‘gravíssima’ infração cometida por Deltan, teria ocorrido numa entrevista concedida à rádio CBN.
O procurador, em comentário sobre a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de tirar da Lava Jato os relatos das delações da Odebrecht sobre a propina do meliante Lula, teria dito que a medida foi realizada “pelos três de sempre, que tiram tudo de Curitiba e que mandam tudo para a Justiça Eleitoral e sempre dão habeas corpus, estão sempre formando uma panelinha e que mandam uma mensagem muito forte de leniência a favor da corrupção”.
É um absurdo que o Ministério Público mantenha essa relação de subordinação ao STF.

NO BLOG DO PERCIVAL PUGGINA
OS INIMIGOS DAS ESCOLAS MILITARES
Por Percival Puggina 
Artigo publicado em sexta-feira,  17.08.2018
Aproveito-me da analogia que o amigo Procurador de Justiça Fábio Costa Pereira tem traçado entre aspectos do setor público brasileiro e o fantástico mundo de Nárnia concebido pelo escritor C.S.Lewis para abordar alguns problemas da Educação no Brasil.
Aqui na nossa Nárnia, o que está bem vai mal e o que está mal vai bem. Quem diverge, sustentando que para estar bem é preciso não estar mal e, simetricamente, que não pode estar mal o que vai bem, é imediatamente considerado fascista, filho de uma égua, inadequado à vida civil de uma sociedade em transformação.
Há muitos anos, ao sul de Nárnia, houve um rei que, entre outros desatinos, decidiu investir contra o educandário militar conhecido como Colégio Tiradentes. Acumulavam-se ali três equívocos intoleráveis: não formava militantes, era dirigido pela Brigada Militar e era bom demais. Situação insustentável que levou o rei a agir rapidamente e com frieza. Cravou o punhal na comunidade escolar e transferiu o Tiradentes para a burocracia aparelhada da Secretaria da Deseducação. Uma tragédia. Foi necessário derrotar o rei em refrega, quatro anos mais tarde, para que a situação se normalizasse.
Ano após ano, os educandários militares despontam entre os melhores do País. Pais os procuram e prestigiam, professores ensinam, alunos estudam e seu desempenho é superior à média. O que pode ser pior do que isso em Nárnia? Respondo: o profundo mal estar que suscita a evidência de certos problemas com o ensino público.
Não cometeria a leviandade de desconsiderar as vantagens qualitativas que atuam em favor dos colégios militares. No entanto, posso afirmar que mesmo se essas desigualdades não existissem, tais colégios teriam desempenho superior à média em virtude de características que lhes são inerentes. Entre outras: disciplina de alunos e professores; respeito às autoridades escolares, à hierarquia, aos códigos de conduta e às tradições; ordem, civismo, meritocracia; professores que ensinam e alunos que estudam. Ora, onde a orientação pedagógica de Nárnia for freireana ou assemelhada, tendo por objetivo “formar cidadãos conscientes a serviço da transformação da sociedade”, o que descrevi acima está fora de cogitação.
Recentemente, li um artigo crítico à educação nos colégios militares. O autor, professor de História, os acusa de não promover a crítica histórica da sociedade brasileira. “Crítica Histórica”, para quem não acompanha esses academicismos, é uma operação muito complexa, envolvendo, além da crítica propriamente dita, tarefas de heurística e hermenêutica. O filme, muitas vezes, termina longe de quaisquer certezas e o mais comum é que tudo seja relatado segundo o viés ideológico do sujeito que pilota o giz. Um bom militante cumprirá seu dever despertando nos alunos aversão à História do Brasil e aos fundamentos da civilização ocidental cristã, sentimentos de revolta ou de culpa e vergonha sobre nossa História, ao cabo dos quais sua identidade nacional rastejará em desconforto e autodesprezo.
Não conheço outra nação cuja identidade tenha sido tão acossada por maligna ação interna quanto esta Nárnia onde se fala o Português. Tudo por obra daqueles que suscitam e operam com os piores sentimentos e condutas para, supostamente, construir um mundo melhor. Coisas de Nárnia.

NO BLOG DO FAUSTO MACEDO
‘Perderam a vergonha no Brasil, praticam crimes com naturalidade’, diz Bretas
Juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro ressalta que corrupção é praticada 'às escondidas, na intimidade de escritórios, em lugares íntimos'; alerta que 'as riquezas do Brasil estão sendo sugadas, estão sendo retiradas daqui, estão indo para algum lugar'
Por Julia Affonso
Sábado, 18 Agosto 2018 | 06h45
O juiz federal Marcelo Bretas, que comanda a Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, afirmou nesta sexta-feira, 17, em evento em São Paulo, que sua impressão é de que ‘as pessoas perderam a vergonha e praticam crimes com muita naturalidade’. Durante o 5.º Fórum de Compliance da Amcham-SP, o magistrado que mandou para a cadeia o ex-governador Sérgio Cabral (MDB) disse que ‘é preciso que as pessoas tenham receio de praticar crimes’.
“A impressão que se tem é que no Brasil, ao longo dos anos, as pessoas perderam a vergonha, praticam crimes com muita naturalidade”, declarou.
Marcelo Bretas apresentou um painel sobre combate à corrupção. O juiz falou por cerca de 40 minutos.
Durante sua palestra, o juiz da Lava Jato do Rio disse que ‘ainda há pessoas que defendem que corrupção não é um crime grave’. O magistrado se referiu à diferença entre crimes graves e crime violentos.
“A corrupção é um crime grave. É preciso distinguir crime grave de crime violento. É claro que um sujeito que está andando pela rua com uma faca, esfaqueando pessoas, é um sujeito violento que tem que ser detido, amarrado. Não há dúvida”, disse.
“Mas o crime de corrupção normalmente é associado à organização criminosa, à lavagem de dinheiro. São crimes cometidos às escondidas, na intimidade de escritórios, em lugares íntimos. Essas pessoas precisam ser paradas porque estão fazendo um mal muito grande à sociedade. Essas pessoas precisam ser responsabilizadas também, não só paradas”.
Segundo o magistrado, ‘eventualmente, isso se faz com uma medida de prisão’.
“Por que deve escandalizar a prisão de um eventual agente público, seriamente, comprovadamente, ainda que não exaustivamente comprovado? Por que a prisão de um agente tem que causar essa perplexidade? Qual é a diferença? É o saldo bancário?”, questionou.
“Ele está fazendo o mal, os hospitais não estão recebendo os valores, o transporte público está caindo aos pedaços. Isso causa um mal à sociedade. Isso é um quadro muito influenciado pelo desvio de dinheiro público. Mas ainda assim há pessoas que defendem que corrupção não é um crime grave.”
Marcelo Bretas afirmou que ‘efetivamente há muitas tentativas de frear toda a atividade que vem sendo exercida nos últimos anos’. De acordo com o juiz, ‘até agora falharam’.
“São eventuais reuniões e votações na calada da noite. Até decisões mesmo fora do horário de expediente normal, fins de semana. Tudo isso tem falhado. Isso vai deixar de acontecer? Não”, declarou.
“Acho que toda ação acaba gerando uma reação e isto é de certa forma esperado. O que é importante é o seguinte: o nosso Poder Judiciário brasileiro tem mostrado uma autonomia exemplar, eu diria. Apesar de todos esses ataques, os senhores não vão reportar nenhuma situação relevante em que um juiz fosse impedido, por exemplo, de tomar uma decisão e que um promotor ou um procurador da República fosse impedido de apresentar um requerimento ou formular um pedido de medida cautelar extrema. Muito se grita, muito se fala, muito se reclama, mas o trabalho continua.”
Na avaliação do juiz, a sociedade escolheu o combate à corrupção como prioridade. “Não adianta a autoridade que for, pertencente ao poder que for, dizer o contrário”, afirmou.
“É comum ouvir dizer que o Brasil tem que ter outras pautas que não a corrupção. Pois eu ouso discordar. A principal pauta tem que ser o combate à corrupção, porque não há programa de construção à moradia ou de oferecimento de empregos, de fornecimento se alimentos, nada, nenhum programa subsiste num ambiente corrupto, em que a prática da corrupção está disseminada.”
Marcelo Bretas alertou. “As riquezas do Brasil estão sendo sugadas, estão sendo retiradas daqui, estão indo para algum lugar.”

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