PRIMEIRA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 17 DE AGOSTO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 17 DE AGOSTO DE 2018

A manifestação desta quarta (15) diante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), organizada pelo MST, PT e outros partidos, foi uma das menores da História recente. Os dez mil “mortadelas”, segundo estimativa da Polícia Militar do DF, representaram apenas a quinta parte do protesto em 2016, organizado em Brasília pelo PT e seus puxadinhos, reunindo 50 mil pessoas contra o impeachment de Dilma.

A manifestação de quarta foi semelhante ao ato favorável ao habeas corpus para Lula, em 4 de abril: 10 mil, conforme a estimativa da PM.

O ato pró-Lula só foi maior do que a manifestação pró-Dilma, em Brasília, no dia 18 de março de 2016, que segundo a PM reuniu 6 mil pessoas.

Em 6 de abril deste ano, o PT só conseguiu colocar nas ruas de Brasília 300 pessoas protestando contra a ordem de prisão de Lula.

Em março de 2016, a PM calculou 3,6 milhões de pessoas nas ruas contra o governo do PT. Favoráveis, somente 300 mil.

Dois assessores do TSE impediram o registro de imagens no protocolo do Tribunal, mas, simpáticos ao PT, abriram exceção ao fotógrafo do partido. Seguranças do TSE advertiram a dupla sobre o “favorecimento pessoal”, previsto no artigo 348 do Código Penal. Foi inútil.

…para a turma do PT, vale até gol de mão.

Ameaçado de cassação, o então governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), fez barulho e até passeata para pressionar o TSE, como faz o PT no caso Lula. Foi inútil. Perdeu o mandato e ficou inelegível.

A Lei Geral de Proteção de Dados, sancionada pelo presidente Michel Temer, não garante a segurança de dados como prometeram. Para especialistas, com o veto à criação do órgão fiscalizador, os cidadãos terão de confiar que seus dados não vão ser compartilhados por empresas inescrupulosas. E quem for lesado será obrigado a provar na Justiça, tecnicamente, que tiveram as informações vazadas.

A lei brasileira foi baseada em legislação da União Europeia, que prevê multas de até €20 milhões. Mas, lá, existem os órgãos fiscalizadores.

Sem fiscalização, o cidadão é obrigado a provar o vazamento, sob risco de pagar honorários em caso de derrota. As denúncias serão escassas.

Cármen Lúcia no STF, Laurita Vaz no STJ e agora Rosa Weber no TSE. Três mulheres comandando três tribunais em Brasília. Somente o TST (Brito Pereira) e o STM (José Coelho) são presididos por homens.

Distribuidoras de combustíveis são investigadas por sonegação de ICMS. Tem gente presa. São os que se opõem à venda direta de etanol aos postos alegando que “acabaria” com a arrecadação dos Estados.

Além de atuar incansavelmente para multiplicar os lucros das empresas aéreas, a agência de Aviação Civil (Anac) fecha os olhos para seus sites campeões de pegadinhas, que induzem o passageiro a contratar serviços dispensáveis ao exibir opções já selecionadas.

NO DIÁRIO DO PODER
TSE arquiva pedido de Lula para participar de debate na TV Presidiário não é assunto para a Justiça Eleitoral
Da Redação 
Quinta-feira, 16/08/2018 às 19:16 | Atualizado às 23:53
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Sérgio Banhos, decidiu há pouco rejeitar o pedido do PT para autorizar a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no debate que será realizado amanhã (17), na Rede TV!, com candidatos à Presidência da República nas eleições de outubro. Na decisão (abaixo), o ministro entendeu que a prisão de Lula está ligada com questões criminais, que não podem ser analisadas pela Justiça Eleitoral. “Carece esta Justiça especializada de atribuição constitucional e legal para intervir em ambiente carcerário, no qual em curso o cumprimento, ainda que provisório, de sanção penal, dispondo sobre a eventual utilização intramuros de aparato tecnológico que possibilite, para além de todas as demais questões jurídicas certamente envolvidas, a participação do segundo requerente, por videoconferência ou por meio de vídeos pré-gravados, em debates a serem realizados nos mais diversos meios de comunicação social”.
Lula está preso desde 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, em função de sua condenação a 12 anos e 01 mês de prisão na ação penal do caso do tríplex do Guarujá (SP). Para o PT, como candidato registrado no TSE, Lula tem direito de participar do debate.
Na quarta-feira (15), o partido registrou no TSE a candidatura de Lula à Presidência e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad com vice na chapa. Em tese, o ex-presidente estaria enquadrado no artigo da Lei da Ficha Limpa que impede a candidatura de condenados por órgãos colegiados. No entanto, o pedido de registro e a possível inelegibilidade precisam ser analisados pelo TSE. O pedido funciona como o primeiro passo para que a Justiça Eleitoral analise o caso. (ABr)

NO BLOG DO JOSIAS
Parte do PT torce por veto rápido do TSE a Lula
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 17/08/2018 06:21
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A banda muda do PT festejou em silêncio a confirmação do ministro Luís Roberto Barroso como relator do pedido de registro da candidatura de Lula no TSE. Esse grupo avalia que o partido tomou gosto pela teoria da perseguição e está esquecendo que sua obrigação é estruturar uma campanha competitiva. Seus integrantes enxergam na relatoria de Barroso o caminho mais curto para o veto a Lula e o consequente lançamento de Fernando Haddad como presidenciável do PT.
A lealdade da banda muda à figura imperial de Lula se mantém intacta. O grupo diverge no ritmo, não na montagem da coreografia. Todos no PT — do próprio Lula até o porteiro — concordam que o jogo no TSE está jogado. O problema é que Lula liberou os advogados para empurrar o processo com a barriga. E a ala dos insatisfeitos defende um julgamento rápido do pedido de registro. Daí a aprovação silenciosa à confirmação de Barroso como relator.
Lula e os devotos que o visitam no bunker carcerário acreditam que o poder de transferência de votos do pajé do PT aumenta se sua candidatura sobreviver até o início do horário eleitoral, em 31 de agosto. O bloco dos insatisfeitos acha que, a 50 dias da eleição, é preciso adiantar o relógio da campanha. Sob pena de afugentar o eleitor menos ideológico de Lula.
Na versão dos apressados, o arranjo da chapa três-em-um é precário. Com ele, o PT tem um candidato que não pode ser candidato, tem um substituto que é obrigado a se comportar como vice e mantém no banco de reserva uma vice que aguarda o fim da fantasia para assumir seu lugar. Na pele de porta-voz de Lula, Haddad desperdiça com declarações de fidelidade ao dono de sua língua o Latim que poderia utilizar nos debates e sabatinas presidenciais.
Aos poucos a fricção interna do PT vai produzindo uma solução intermediária. Haddad já realiza gravações para o horário eleitoral em cenários e circunstância que grudam sua imagem à de Lula. De resto, o futuro substituto de Lula inicia na próxima terça-feira um mergulho pelo Nordeste. Receberá tratamento de candidato.

Com preso ou sem preso?, eis a dúvida nacional
Por Josias de Souza
17/08/2018 03:42
O IBGE contabilizou 27,6 milhões de brasileiros cuja força de trabalho foi desprezada ou subutilizada no segundo trimestre deste ano eleitoral de 2018. O número inclui os que procuram emprego, os que se renderam ao desalento e os que trabalham menos do que gostariam. E a grande dúvida nacional é: com preso ou sem preso?
Entre o primeiro e o segundo trimestre, a quantidade de desempregados oscilou ligeiramente para baixo, estacionando em 12,9 milhões de pessoas. Mas antes que algum incauto soltasse fogos, o IBGE esclareceu que não há razão para celebrações. Deve-se a ligeira queda no índice de desempregados ao aumento da quantidade de “desalentados”.
Assim são catalogados os patrícios que já desistiram de procurar emprego. A legião dos desalentados soma 4,8 milhões de pessoas. Coisa jamais vista desde 2012, quando a estatística começou a ser feita. E as manchetes continuam roendo o seu dilema: pode um presidiário disputar a Presidência da República?
Bateu recorde também o número de infelizes que frequentam as filas de desempregados há mais de dois anos. Estão nessa situação 3,1 milhões de brasileiros. Se nada for feito, logo estarão alistados no exército dos que jogaram a toalha. E a Justiça Eleitoral busca uma resposta: por quanto tempo um corrupto de segunda instância pode se fingir de presidenciável?
Há ainda 6,5 milhões de desafortunados cuja renda é insuficiente para encher a geladeira e, por isso, pegam em lanças por algumas horas adicionais de trabalho. E o mundo da política hipnotizado pela grande dúvida nacional: afinal, a sucessão de 2018 será com presidiário ou sem presidiário.
Certas dúvidas definem o nível civilizatório de uma sociedade. Num país 'empregocida', quando a definição de uma disputa presidencial passa pela cadeia, o único empreendimento que prospera é a indústria da decadência. Está demonstrado: no Brasil, o fundo do poço é apenas mais uma escala rumo às profundezas. Resta saber até que ponto o brasileiro está disposto a cavar.

Alckmin pode ser denunciado na Justiça Eleitoral
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 16/08/2018 19:14
Geraldo Alckmin está prestes a ser denunciado no âmbito da Justiça Eleitoral. O crime a ser imputado ao presidenciável do PSDB é o de falsidade ideológica. Consiste em omitir ou inserir declaração falsa em documento para fins eleitorais. O caso envolve o repasse de R$ 10,3 milhões em verbas de má origem da Odebrecht para campanhas de Alckmin.
Deve-se a revelação da novidade ao repórter André Guilherme Vieira. Em notícia veiculada no site do jornal Valor, ele lembrou que, se a denúncia for aceita pela Justiça Eleitoral, Alckmin será convertido em réu. Em estágio inicial, o processo não colocaria em risco a campanha do tucano, pois apenas os condenados em segunda instância caem na malha da Lei da Ficha Limpa, tornando-se inelegíveis.
Além do inquérito eleitoral, delações de executivos da Odebrecht resultaram na abertura de investigação na esfera civil. Corre na Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de São Paulo. Apura-se a suspeita de que Alckmin tenha praticado improbidade administrativa. Foi neste processo que o candidato tucano prestou depoimento nesta quarta-feira. Não há, por ora, decisão sobre o oferecimento de denúncia.
Os processos correm em sigilo. Quando questionado a respeito, Alckmin diz que é ''dever'' do homem público prestar esclarecimentos com ''transparência absoluta.'' Contudo, a defesa do grão tucano cogita pedir o trancamento dos dois inquéritos, o eleitoral e o civil.

NO O ANTAGONISTA
Os kamikazes de Gleisi
Sexta-feira, 17.08.18 06:43
Gleisi Hoffmann continua a sabotar a candidatura de Fernando Haddad.
Como diz a Crusoé, a presidente do PT e seus comparsas insistem em levar o nome de Lula às urnas, “mesmo correndo o risco de o TSE vetar a manobra ou não computar os votos”.
Leia aqui e aproveite para assinar a revista.

“Cacique Mourão é a solução”
17.08.18 06:14
O general Hamilton Mourão registrou-se como índio no TSE. Ele explicou sua escolha num evento em Porto Alegre:
“É só olhar para o meu rosto. Eu sou pardo? Eu sou negro? Eu sou asiático? Eram as opções que eu tinha, e a quinta opção era indígena”.
Atacado por ter chamado os índios de indolentes, ele já arrumou até um bordão, segundo o relato da Folha de S. Paulo:
“Não sei a qual etnia deveria pertencer, mas pode ter certeza de uma coisa: Cacique Mourão é a solução”.

Romário é negro
17.08.18 06:06
A petista Márcia Tiburi, durante o debate da TV Bandeirantes, disse que não havia nenhum negro entre os candidatos a governador do Rio de Janeiro.
Romário respondeu:
“Eu sou o negro aqui desse debate”.
A esquerda brasileira reciclou o mito da pureza racial.

Não perca a conta dos pedidos de impugnação de Lula
Quinta-feira, 16.08.18 21:15
Já são sete os pedidos de impugnação da candidatura do presidiário Lula recebidos pelo TSE, informa o site jurídico Jota.
O sétimo pedido veio do Partido Novo, que também solicitou liminar para suspender a participação em debates e a realização de qualquer tipo de propaganda eleitoral por parte do condenado.

Boulos usou bolsa da Capes para dizer que MTST cura depressão
16.08.18 20:22
Por Claudio Dantas
Como mostramos ontem, Guilherme Boulos inseriu informações falsas em seu currículo na plataforma Lattes, sugerindo vínculo profissional (inexistente) com a USP.
Como informou o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Boulos atuou apenas como professor convidado em cursos da Escola de Educação Permanente da FMUSP.
Além de professor titular, seu pai, Marcos, foi diretor da FMUSP. A mãe, Maria Ivete, é médica assistente do Hospital das Clínicas.
Além disso, Boulos cursou o mestrado em Saúde Mental com bolsa da Capes. Entre 2014 e 2017, ele recebeu R$ 1,5 mil/mês num total de cerca de R$ 40 mil.
Nesse mesmo período, Boulos liderava o MTST, que transformou em ‘alvo’ de sua dissertação: “Estudo sobre a variação de sintomas depressivos relacionada à participação coletiva em ocupações de sem-teto em São Paulo.”
“Os resultados confirmaram as principais hipóteses estabelecidas nos objetivos deste trabalho: a relação entre o envolvimento nas ações coletivas das ocupações e a remissão dos sintomas depressivos e a relação entre depressão e isolamento social.”
Ou seja, Boulos usou dinheiro público para dizer que o MTST ajuda a curar a depressão.

Boulos defende indulto a Lula
16.08.18 21:00
Guilherme Boulos, aquele que já escreveu que o MTST cura depressão, defendeu – para a surpresa de ninguém – o indulto a Lula em entrevista à TV Record, informa o G1.
“É algo que está previsto […] em várias Constituições do mundo para corrigir erros da Justiça. Vamos dar o exemplo: nos EUA, alguém que está no corredor da morte e se descobre que ele foi condenado injustamente, o presidente pode ir lá e dar o indulto e liberá-lo. O caso do ex-presidente Lula, do meu ponto de vista, é […] uma condenação injusta”, disse o playboy sem-teto.
Corruptos e lavadores de dinheiro costumam ser severamente punidos nos EUA, mas não com o “corredor da morte”. O talento de Boulos para comparações é diretamente proporcional à sua capacidade de ser eleito presidente.
(...)

ROSA WEBER MANTÉM PEDIDO DE LULA COM BARROSO
16.08.18 20:58
Rosa Weber decidiu manter com Luís Roberto Barroso o pedido de registro da candidatura do condenado e inelegível Lula no TSE.
A informação é do repórter Rafael Moraes Moura, do Estadão.
Os petistas perderam mais essa.

PGR recorre ao STF contra soltura de João Rodrigues
16.08.18 20:19
Raquel Dodge recorreu hoje ao STF contra a decisão do STJ que determinou a soltura de João Rodrigues, informa o G1.
Acusado de fraude e dispensa de licitação quando era prefeito de Pinhalzinho (SC), o deputado do PSD estava preso por ordem do STF, mas tinha autorização para trabalhar no Congresso.
Uma liminar concedida na terça por Rogério Schietti Cruz, do STJ, não apenas soltou o parlamentar como suspendeu os efeitos da condenação – ou seja, sua inelegibilidade, o que permite a Rodrigues concorrer nas eleições deste ano.

Banqueiro preso hoje tinha relação com Nuzman, Barata Filho, Traça e Lélis Teixeira
16.08.18 18:43
Por Claudio Dantas
A Operação Golias descobriu que Edson Menezes, ex-presidente do Banco Prosper, era amigo íntimo de Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro.
Nuzman foi preso na Operação Unfair Play acusado de corrupção na escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Mensagens de celular obtidas pelo MPF mostram que Menezes e Nuzman se tratavam como “irmãos”. O ex-banqueiro era diretor financeiro do COB na gestão de Nuzman e substituiu este no comando da Rio-16.
Menezes também integrou o conselho da Riopar Participações, ao lado de Marcelo Traça, Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira, todos denunciados na Operação Ponto Final – que trata do esquema envolvendo empresas de ônibus no governo Cabral.
(...)




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