SEGUNDA EDIÇÃO DE 26-5-2018

NO O ANTAGONISTA
132 pontos desbloqueados
Brasil 26.05.18 09:51
Dos 519 pontos de manifestação dos caminhoneiros, 132 foram desbloqueados até agora, informa o G1.

BRT Rio suspenso por tempo indeterminado
Brasil 26.05.18 10:07
O sistema BRT suspendeu as operações no Rio de Janeiro.
No Twitter, o BRT informou que “todos os serviços estão suspensos por tempo indeterminado. Os estoques de diesel das empresas consorciadas estão zerados. Os articulados voltarão a circular tão logo se restabeleça a distribuição de combustível e o consórcio consiga abastecer o número de veículos necessário para normalizar a operação”.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 26 de maio de 2018
Exército não acredita em ruptura institucional
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O General Eduardo Villas-Bôas novamente usou seu twitter para uma “intervenção” no debate esquisito sobre o movimento dos caminhoneiros que deixou o temerário Governo refém e expôs toda a fragilidade estrutural do modelo 'Capimunista' Rentista brasileiro. “Mais uma vez, o Exército será empregado em uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), a fim de atender às necessidades da população afetada pela ‘greve dos caminhoneiros’. Como sempre, agiremos com base na Constituição Federal, em apoio às instituições e pela democracia. É necessário que todos os setores da sociedade brasileira atuem para uma solução rápida dessa crise”.
A tradução mais singela dessa twittada é que o Alto Comando do Exército, definitivamente, não aceita qualquer hipótese de intervenção militar direta para derrubar o Governo. Também está claríssimo que o Exército não acredita em ruptura institucional, mesmo diante de vários exemplos objetivos que comprovam como a ação do Crime rompeu com nossas instituições, inviabilizando a Democracia (sinônimo de segurança jurídica, política, econômica, institucional e individual). Resumindo: as Forças Armadas querem apenas cumprir seu papel de servidores públicos. Na visão solidificada da maioria dos Generais, “#1964nuncamais”.
Os militares vão insistir no discurso de que “as instituições brasileiras funcionam normalmente”. Eis a verdade objetiva que muitos insistem em não aceitar. Nem adianta reclamar que esse comportamento é de quem está vivendo numa zona de conforto. Aparentemente, a maioria dos militares que tem a hegemonia sobre as decisões e ações das Forças Armadas rejeita a tese da “intervenção” para derrubar e assumir o Governo. Não importa que sejam chamados de “prisioneiros cognitivos de suas convicções estratégicas”. Apenas uma minoria dos generais acredita em intervenção, porém prefere optar por uma “solução pela via pacífica eleitoral”.
Do ponto de vista da estratégia política, os militares simplesmente demonstram duas coisas: 1) Ou não têm uma estratégia política eficiente, eficaz e efetiva, baseada na realidade objetiva. 2) Ou a estratégia política dos militares é absolutamente irreal, equivocada e acomodada. Aliás, a maioria dos militares vive uma megacontradição e um superparadoxo: a crença deles é estatista-intervencionista, e este é exatamente o modelo brasileiro que causa todos os nossos problemas. Traduzindo: o Estado que se mete em tudo, interferindo abusivamente na vida do cidadão e do empreendedor, é a tragédia tupiniquim. E tudo fica pior com a ação sistêmica do crime e a corrupção sistêmica.
Os militares encontraram na doutrina da Garantia da Lei e da Ordem a possibilidade de sobrevivência institucional e sustentação financeira para manter a tropa em tempos sem guerra convencional. Cada ação de GLO ou as várias “intervenções” humanitárias em operações de emergência social obrigam o Tesouro Nacional a transferir mais verbas para as Forças Armadas mantidas à míngua por seus verdadeiros inimigos – aqueles que não querem a soberania nacional do Brasil. Assim, as Forças Armadas recebem recursos e ficam “bem na foto e na fita” perante a sociedade.
A verdade dói? Problema de quem quiser sentir a dor dela... Apesar de todos os problemas e inconvenientes gerados, os brasileiros devem agradecer muito ao “Movimento dos Caminhoneiros” – indevidamente chamado de “Greve” pela mídia amestrada e abestada. Notem que no twitter do General Villas-Bôas o militar escreve “greve dos caminhoneiros”, corretamente, entre aspas... A ação livre (mesmo corporativa) dos motoristas e donos de caminhões expuseram o Brasil Real, aquele no qual o Estado-Ladrão manda, e força a obediência de quem tenta sobreviver e produzir. 
Os bloqueios e carreatas dos caminhoneiros, legais ou não, ganharam adesão popular. O movimento animou a massa para outros protestos que acontecerão de agora em diante. O fenômeno fugiu ao controle dos seus ideólogos e radicalizou (ainda mais) o processo político brasileiro. Se isso é bom ou ruim é o tempo que vai dizer... O que mais assustou os donos do poder foi os caminhoneiros pedindo “Intervenção Militar”. Apavorou até a maioria dos militares que não querem saber disso... Por isso, é tão urgente “resolver o problema” dos caminhoneiros... Vai que a maioria esmagadora da população brasileira concorda com eles...
Cuidado com as leituras feitas por analfabetos políticos... Os caminhoneiros hoje são ideólogos mais eficientes e populares que os intelectuais orgânicos que infestam nossos extremos da politicagem...
E para os militares mais conservadores resta agora um consolo. Já que não querem mais dirigir a Nação, pelo menos dá para dirigir o caminhão do rebelde motorista que ocupa estradas... Quem sabe se, de caminhão, as “aproximações sucessivas” chegam mais depressa ao destino...
Os bloqueios em estradas começam a se dissipar, com ou sem a ajuda dos militares... Porém, o movimento dos caminhoneiros, não...
(...)

NA VEJA.COM
Empresário afirma ser dono dos R$ 51 milhões de apartamento em Salvador
Valor é parte de um montante de R$ 65 milhões pagos como propina, segundo o empresário baiano
Por Estadão Conteúdo
Sábado, 26 maio 2018, 10h03
Se até hoje, quase nove meses depois da apreensão pela Polícia Federal de mais de R$ 51 milhões em dinheiro em um apartamento em Salvador, os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima não reivindicaram a propriedade nem deram explicações sobre a origem da fortuna, tem quem o faça. Diferentemente da Procuradoria-Geral da República, que afirma em denúncia que o dinheiro tem origem em propinas da construtora Odebrecht, o empresário baiano Carmerino Conceição de Souza acha que é dele.
E diz mais: os R$ 51 milhões apreendidos no âmbito da operação Tesouro Perdido, em setembro, seriam parte de um montante de R$ 65 milhões que ele afirma ter repassado em dinheiro a um intermediário de Geddel – e do qual não recebeu a contrapartida acertada com o ex-Ministro, uma carta-fiança da Caixa Econômica Federal para fundamentar um pedido de financiamento no valor de R$ 110 milhões junto ao BNDES. “Até hoje, não houve a aplicação”, disse.
Segundo Carmerino, a negociação foi acertada pessoalmente com Geddel “no final de 2012 ou início de 2013”, quando o ex-Ministro era Vice-Presidente de Pessoa Jurídica da Caixa.
Ele relata que o dinheiro foi entregue por um de seus sócios entre os meses de outubro e dezembro de 2015 na Superintendência de Pessoa Jurídica na Bahia. À época, Geddel não estava mais na Caixa. Ele foi exonerado em dezembro de 2013.
Segundo o empresário, foram “mais de dez” entregas. “No total, foram 225 envelopes cheios de notas de R$ 50 e R$ 100, guardados em 19 malotes”, disse, citando as mesmas características do dinheiro apreendido pela Polícia Federal.
Carmerino afirma “acreditar” que tenha os recibos dessa transação. “De qualquer forma, deve ter imagem de câmeras de segurança mostrando as entregas dos malotes. Já pedi isso à Caixa, mas eles não me atendem. Quando chego lá, parece que sou um fantasma.”
Ele nega que a transação com Geddel tenha sido pagamento de propina. “Não tem por que pagar propina. Dei o dinheiro para receber a aplicação”, disse. Afirmando conhecer Geddel há pelo menos 20 anos, Carmerino disse não acreditar que o ex-Ministro tenha agido de má-fé. “Se ele guardou esse dinheiro, é porque não tinha nenhuma maldade”, afirmou.
Segundo ele, os pagamentos “à Caixa” foram feitos em dinheiro porque é assim que suas empresas recebem da maioria de seus clientes. “Tratamos com muita gente ‘negativada’, que não podem usar a conta bancária. Por isso recebíamos muito em dinheiro. Mas estamos mudando isso”, disse.
O empresário se apresenta como presidente do grupo Polocal, holding que reúne mais de 30 empresas em 19 Estados, com cerca de 300 funcionários. As atividades do grupo vão da manutenção predial à venda parcelada de veículos. O faturamento anual, segundo ele, é de cerca de R$ 300 milhões.
Busca
Carmerino disse que após a apreensão dos R$ 51 milhões e a posterior prisão de Geddel, iniciou uma verdadeira peregrinação atrás do dinheiro. Procurou a PF em Salvador e pediu para visitar o ex-Ministro, que está preso desde setembro no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
A PF o orientou a procurar a defesa de Geddel, o que foi feito diversas vezes e insistentemente, segundo o advogado Gamil Foppel. Em petição enviada à PF, cujo conteúdo foi revelado pela coluna Satélite, do Jornal Correio, de Salvador, Foppel informa que o empresário “tem insistido em buscar contato com este peticionário e demais advogados do escritório, passando a proferir expressas ameaças contra a defesa técnica”.
“A insistência do referido senhor já tem causado estorvo ao normal funcionamento do escritório diante do número absolutamente elevado de ligações diárias (que superam o total de duas dezenas)”, escreveu o advogado.
Em resposta, Foppel orientou o empresário a procurar a PF “para que, perante a autoridade policial, ele pudesse esclarecer os fatos que julgasse pertinentes, notadamente sobre a sua alegada propriedade”. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o advogado disse que as alegações do empresário, “são absurdamente mentirosas”.
Carmerino diz que também tem procurado o Deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) e a Caixa, igualmente sem resposta. Sua intenção, diz, é apenas reaver o dinheiro ou receber a carta-fiança. “Só preciso que Geddel diga: ‘foi fulano de tal que pegou e, se esse dinheiro não aparecer na Caixa, esse cidadão vai ter de explicar o que fez com ele”.
“Com relação à denúncia apresentada, a Caixa Econômica Federal esclarece que irá apurar internamente as declarações do empresário e, se necessário, acionará os órgãos competentes”, afirmou a Caixa em nota. Procurado pela reportagem, o Deputado Lúcio Vieira Lima não retornou os contatos.

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