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SEGUNDA EDIÇÃO DE 20-5-2018

NO O ANTAGONISTA
Moro: “Ninguém está acima da lei”
Brasil domingo 20.05.18 15:10
Sergio Moro discursou hoje na cerimônia de formatura da Universidade de Notre Dame, nos EUA, publica a Folha.
Moro, que foi o principal orador do evento, disse que o trabalho da Lava Jato não tem sido fácil e falou em “ameaças, riscos e tentativas de difamação”.
“Alguns criminosos não querem mudar o status quo da corrupção e da impunidade. E eles são muitos, e poderosos”.
Ele disse também que o alicerce de nações democráticas é o Estado de Direito, “o que significa que todos têm direito à igual proteção da lei. Isso quer dizer que é preciso proteger os mais vulneráveis, mas também que ninguém está acima da lei”.

Chefe da milícia na Praça Seca é preso
Brasil 20.05.18 14:40
Hélio Albino Filho, chefe da milícia da Praça Seca, no Rio, foi preso na madrugada de hoje, publica o jornal Extra.
Lica, como é conhecido, se aliou a uma facção criminosa que comanda o tráfico da região e estava na lista de procurados da Polícia.

Centros eleitorais vazios na Venezuela
Mundo 20.05.18 14:12
A movimentação de pessoas é mínima nos centros eleitorais venezuelanos, informa a Folha.
Para tentar atrair eleitores, o ditador Nicolás Maduro prometeu pagar 10 milhões de bolívares (US$ 11) a quem aparecer nos centros de votação.
“O que a gente ganha não dá nem para comer, quem vai se entusiasmar com essa eleição?”, disse um venezuelano ouvido pela reportagem.
Na Venezuela de Maduro, nem a fraude de uma fraude funciona.

Verba da Saúde é usada para propaganda do governo Temer
Brasil 20.05.18 13:40
A propaganda de dois anos do Governo de Michel Temer teve parte de seu orçamento obtida com recursos de outros Ministérios, publica Lauro Jardim em O Globo.
Só da Pasta da Saúde foram deslocados R$ 22 milhões que originalmente seriam destinados à campanha de vacinação, de febre amarela, de doações de órgãos, etc.

Justiça de Portugal determina extradição de Raul Schmidt
Brasil 20.05.18 13:11
A PGR informou hoje que o Tribunal de Relação de Lisboa determinou a extradição de Raul Schmidt para o Brasil.
Schmidt deve ser entregue às autoridades brasileiras assim que for localizado pela polícia portuguesa.
Ele é investigado na Operação Lava Jato pelo pagamento de propina a ex-diretores da Petrobras.

Condenado na Lava Jato vai entregar R$ 3 milhões a mais do que valor da multa
Brasil 20.05.18 11:55
O ex-diretor de engenharia da Riotrilhos, Heitor Lopes de Sousa Júnior, vai entregar R$ 6 milhões à Justiça, publica Ancelmo Góis em O Globo.
O valor é mais que o dobro do que da propina de R$ 2,6 milhões que ele disse ter recebido no consórcio da Linha 4 do metrô do Rio.

Antes de fugir, Messer negociou delação
Brasil 20.05.18 10:54
Dario Messer, o doleiro dos doleiros, foragido da Justiça, chegou a negociar uma delação, publica Lauro Jardim em O Globo.
A negociação só teria se encerrado porque Messer não queria ser preso, como queria o MPF.

NA COLUNA DA ELIANE CANTANHÊDE
Fundo do poço
Alguém precisa dizer a PT e PSDB que um não é mais o pior inimigo do outro
Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo
Domingo, 20 Maio 2018 | 05h00
Como a política brasileira chegou a esse fundo de poço? Uma das origens está em 1994, quando o PT e o PSDB ficaram muito próximos e, depois, não apenas se separaram como passaram a se odiar. E a se destruir, abrindo espaço para legendas oportunistas, conchavos escandalosos no Congresso, toda sorte de desmandos e corrupção. O resultado é o esfacelamento do PT, o imenso desgaste do PSDB, uma indefinição preocupante para outubro e um exército de “coxinhas” e “mortadelas” se atacando irracionalmente pela internet, incapazes de entender que estão entregando o campeonato de bandeja para os reais inimigos.
O grande líder e candidato do PT está preso, o mais poderoso ex-presidente do partido acaba de voltar para a prisão com uma nova condenação, de 30 anos, a atual presidente é alvo da PF e tem horizontes nebulosos no Supremo. Sem candidato e sem comando, fica difícil fechar alianças e traçar estratégias. E o tempo está correndo.
No PSDB, o único candidato de “centro” com alguma viabilidade não sai do lugar, os ex-candidatos enfrentam processos graves na Justiça e na próxima terça-feira um de seus ex-presidentes pode estar a caminho da prisão. E o partido se contorce no eterno dilema de ser ou não ser qualquer coisa. Uma ala pragmática defende alianças. Seu maior líder lança manifesto por alianças restritas.
A cada petista enroscado na Lava Jato, o PT reage com o mesmo refrão: “Mas o PSDB....” A cada tucano enrolado, o PSDB reclama: “Não somos iguais ao PT...”. O PT só pensa no PSDB, o PSDB só pensa no PT. Enquanto isso, o inimigo comum Jair Bolsonaro é o segundo nas pesquisas, o ex-PDS Ciro Gomes se lança como esquerda e cisca à direita e a ex-PT Marina Silva atrai os perplexos.
Em 1993 e 1994, o PSDB admitia abrir mão da cabeça de chapa para Lula, então considerado imbatível. Mas o PT, que é o PT, não retribuiu na mesma moeda quando Fernando Henrique patrocinou o Plano Real e o jogo se inverteu. O PT, que aceitava de bom grado a aliança a seu favor, nem sequer considerou ser a favor dos velhos parceiros de combate à ditadura.
Isso empurrou o governo Fernando Henrique para os braços do então PFL, hoje DEM, para o PMDB, hoje MDB, e para o desgastante e perigoso jogo do toma-lá-dá-cá no Congresso. Sem 308 votos na Câmara e 54 no Senado, nenhum Presidente aprova reforma e avanço nenhum. E, quando veio o PT, Lula mergulhou alegremente nessa farra e ultrapassou todos os limites. Como pano de fundo, a luta feroz entre petistas e tucanos e o vale tudo nas campanhas, com o confronto direto entre eles em 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014.
O resultado é que PT e PSDB estrebucham no fundo do poço da política brasileira, enquanto o inimigo comum esfrega as mãos. O Centrão se prepara para, ou pular no barco vitorioso, ou até lançar candidatura própria, mas com um objetivo: fazer do próximo governo um novo refém no Congresso. Nada passa sem DEM, PP, PRB e Solidariedade, que ainda negociam com PR, PSC e Avante. E eles só crescem...
Em algum momento, alguém precisa dizer ao PT e ao PSDB que um não é mais o principal inimigo do outro, até porque nunca, jamais, em tempo algum, os dois estiveram tão fracos e tão sem horizontes como neste 2018 cercado de incertezas. E de temores.
Temer
Do Secretário de Comunicação do Planalto, Márcio de Freitas, sobre a coluna de sexta, 18 de maio, 'Murro em ponta de faca': “O governo Temer nunca parou de trabalhar. (...) Trouxe para o País o menor índice de taxa Selic e de juros básicos e a menor inflação desde o Plano Real. (...) O líder da agência Moody´s para a América Latina, Mauro Leos, declarou: “(...)Temer fez em apenas dois anos o que muitos Presidentes não fizeram em quatro ou oito”.


NO BLOG DO BERNARDO MELLO FRANCO
O IBGE desmentiu o presidente Temer: nunca houve tantos brasileiros em desalento
POR BERNARDO MELLO FRANCO
Domingo, 20/05/2018 06:00
Há duas semanas, Michel Temer sustentou que a alta no desemprego seria uma notícia... positiva. “É um dado positivo que revela esse suposto desemprego”, disse o presidente à CBN. “Quando a economia melhora, as pessoas que estavam desalentadas e não procuravam emprego começam a procurar emprego”, prosseguiu.
“Como não há emprego para todos, isso eu reconheço, ele não consegue o emprego”, continuou Temer. “Ele entra, ou reentra, na área dos desempregados. Mas é interessante, eu volto a dizer. É um fato positivo”, assegurou.
“Mas é um positivo entre aspas, não é, presidente?”, questionou o âncora Roberto Nonato, numa tentativa de trazer o entrevistado ao mundo real. “Não, é fora das aspas”, ele respondeu.
Na quinta-feira, o IBGE mostrou que a conversa do Presidente era fiada. O Instituto informou que o número de desalentados está longe de diminuir. Ao contrário: aumentou para 4,6 milhões, o maior de toda a série histórica. A categoria reúne os brasileiros que, abatidos pela crise, desistiram de procurar trabalho.
No primeiro trimestre de 2016, às vésperas do impeachment, o País contava 2,8 milhões de desalentados. Isso significa que o exército de pessoas sem esperança de se realocar cresceu 64% desde que Temer vestiu a faixa. O número de desempregados também subiu neste período: de 11,1 milhões para 13,7 milhões. Um salto de 23% em dois anos de governo.
A subutilização da força de trabalho também atingiu nível recorde. O índice acaba de bater em 24,7%, o maior desde o início da PNAD Contínua, em 2012. Hoje falta trabalho para 27,7 milhões de brasileiros, somando desempregados, subocupados e desalentados.
Entre os fatos e a propaganda, Temer continua a escolher a propaganda. No dia 4, em palestra numa faculdade de São Paulo, ele disse que o número de desempregados estaria “começando a cair”. Era mentira, porque o índice só cresceu nos últimos três trimestres.
“Quando nós assumimos, estava em torno de 14 milhões e meio de desempregados”, acrescentou o Presidente, em outra aventura pelo terreno da ficção. Superfaturou a conta em 3,4 milhões de pessoas, o equivalente a duas vezes a população do Recife.




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