PRIMEIRA EDIÇÃO DE 31-5-2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2018
Denunciado em outubro de 2015, no âmbito da Lava Jato, por receber R$33,7 milhões em propina, o deputado Nelson Meurer (PP-PR) foi condenado a devolver apenas R$5 milhões à Petrobras. O valor, além de irrisório perto do montante surrupiado, é menor que o rendimento da poupança entre a denúncia e a condenação. Noves fora, Meurer fica com a propina, usa o rendimento para fazer a devolução e ainda sobra.

A propina de R$33,7 milhões aplicada na poupança, investimento aliás desaconselhado por economistas, renderia R$6,6 milhões ao deputado.

O deputado recebeu 99 pagamentos mensais, desde 2006, no valor de R$300 mil, além de R$4 milhões em espécie na campanha de 2014.

A condenação de Meurer por unanimidade na Segunda Turma do STF, a mais “boazinha”, é má notícia para parte dos acusados na Lava Jato.

Os custos para acabar a greve dos caminhoneiros, estimados em R$10 bilhões, correspondem a apenas 30% do lucro previsto pela Petrobras para 2018, de cerca de R$30 bilhões. Se a ganância da estatal fosse um terço menor, não haveria greve: seu lucro somou R$7 bilhões em três meses (janeiro a março), garantido pelos aumentos quase diários dos combustíveis que fizeram os caminhoneiros parar o País.

O lucro bilionário da Petrobras serve para pagar dividendos a acionistas. Mas o maior acionista fica de fora: o povo brasileiro.

O lucro da Petrobras não decorre de eficiência, mas da dolarização criminosa dos combustíveis. A estatal é campeã de ineficiência.

Em 2017, o lucro operacional da Petrobras foi de mais de R$ 5 bilhões, mas a estatal registrou como “prejuízo” o acordo bilionário nos EUA.

Segundo a autora do pedido de CPI para investigar preços da Petrobras, senadora Vanessa Grazziotin (PC-doB-AM), no governo Temer foram realizadas 229 variações de preços do diesel, álcool e gasolina.

As cinco reduções de preço em oito dias de greve de caminhoneiros, enquanto o dólar e o barril subiam, apenas mostra que a dolarização dos combustíveis nada tem de “técnica”. A Petrobras aumenta ou diminui preços de acordo com os seus interesses. Financeiros ou políticos.

“Intervenção militar” é coisa de quem conspira contra a única chance de Jair Bolsonaro chegar a presidente: o voto direto. Em situação de golpe, o poder jamais seria entregue ao capitão reformado do Exército.

O Banco do Brasil está cobrando 0,5% sobre faturas com vencimento em junho do cartão Visa Infinite, alegando “encargos financeiros do rotativo”, até de quem quitou todo o débito. Aos que reclamam, a atendente diz que houve “erro no sistema”. Mas só a quem reclama.

…já que subjugou sua política econômica à Petrobras, o governo Temer bem que poderia dolarizar também os salários.

NO O ANTAGONISTA
Gilmar Mendes, 19h17
Brasil Quinta-feira, 31.05.18 07:27
Gilmar Mendes ordenou a soltura de Paulo Preto no meio da audiência em que ele seria mandado para a prisão preventiva.
O Estadão publicou a ata do Tribunal.
Veja o momento em que a juíza foi informada sobre o novo habeas corpus concedido pelo ministro do STF:

Filme B
Brasil 31.05.18 06:33
O ator Danny Glover, casado com uma ativista brasileira, foi ao acampamento do presidiário em Curitiba.
Ele disse:
“Estou aqui em nome de milhões de pessoas que exigem que Lula seja libertado. Meu amigo e irmão Lula precisa ser libertado para unir o Brasil e dar seguimento às conquistas do Partido dos Trabalhadores.”
Danny Glover, que fez uma ponta em Fuga de Alcatraz, quer fazer uma ponta também em Fuga da PF.

Exclusivo: A Copa de Dario Messer
Brasil Quarta-feira, 30.05.18 22:27
Por Claudio Dantas
O Antagonista revelou ontem que o megadoleiro Dario Messer mantinha em sua agenda contados de políticos, empresários e celebridades.
Outros trechos do documento, que está em poder da Lava Jato no Rio, mostram que Messer tinha um pé no mundo do futebol.
O doleiro é conhecido, por exemplo, por sua amizade com Ronaldo Fenômeno. E constam lá da agenda os nomes do ex-atacante e de seu irmão Nelinho, com os respectivos celulares.
Mas o que chama atenção são os contatos do megadoleiro com empresários do futebol, como Renato Tiraboschi (ex-sócio de Roberto Teixeira), Helio Viana (ex-sócio de Pelé) e Eduardo Uram, agenciador de jogadores.
Tiraboschi, Viana e Uram tiveram seus nomes expostos no Swissleaks como titulares de contas no HSBC da Suíça.
Também está lá na agenda o agiota Sérgio Mizrahri, preso na Operação Câmbio, Desligo. Ele foi citado pelos delatores Juca Bala e Tony numa operação para o atacante Emerson Sheik, do Corinthians, que queria comprar um apartamento.
Mizrahi repassou US$ 500 mil do atleta para contas indicadas pelos doleiros no exterior e recebeu o equivalente em dinheiro vivo no Brasil.
(...)

PF: sobrinhos de líder do PTB cobravam até 4 milhões por carta sindical
Brasil 30.05.18 20:55
Por Claudio Dantas
No relatório da Operação Registro Espúrio, obtido com exclusividade por O Antagonista, a Polícia Federal relata a atuação da lobista Verusca Peixoto da Silva Brito, em parceria com Leonardo e Rogério Arantes, sobrinhos do líder do PTB, Jovair Arantes.
Verusca foi flagrada em ação controlada da Polícia Federal com Afonso Rodrigues de Carvalho, do Sindicato das Pequenas e Microempresas de Transportes de Veículos Novos de Goiás (Sintrave-GO).
A lobista cobrou R$ 4 milhões pelo registro sindical e marcou um encontro com Rogério Papalardo Arantes, que confirmou a cobrança. Na conversa, ocorrida no ano passado, Rogério comenta que seu primo Leonardo era quem acompanhava os processos.
A quebra de sigilo bancário dos investigados confirmou transferências das contas de Verusca para as de Leonardo Arantes, secretário-executivo do Ministério do Trabalho.
Na ação controlada envolvendo a liberação da carta sindical do Sintrave, a PF também confirmou o envolvimento do lobista Sílvio Assis, que disse ter “contato forte” com o vice-presidente do Solidariedade – o nome não é mencionado.
Segundo Assis, a participação de outros políticos seria o motivo para cobranças tão altas.

Justiça restringe vigília pró-Lula aos sábados e domingos
Brasil 30.05.18 20:48
O desembargador Fernando Paulino da Silva Wolff Filho, do TJ-PR, impôs hoje uma série de restrições às manifestações pró-Lula na área próxima à PF em Curitiba, informa o UOL.
Em liminar, Wolff determinou que os militantes só poderão se reunir no local em sábados e domingos, em encontros com duração máxima de seis horas.
Além disso, os eventos não poderão ter início antes das 9h nem passar das 19h, com intervalo mínimo de duas semanas entre eles.
A decisão do desembargador foi proferida após advogados do PT recorrerem de outra sentença, do juiz Jailton Tontini, que determinou multa diária de R$ 500 mil aos fiéis lulistas caso eles não desocupassem as proximidades da PF.

Lula esteve no sítio de Atibaia em 72 fins de semana, diz segurança
Brasil 30.05.18 20:24
O tenente Valmir Moraes da Silva, da equipe de segurança de Lula, disse hoje a Sergio Moro que Lula esteve no sítio de Atibaia em cerca de 72 finais de semana de 2012 a 2015, informa a Folha.
O segurança depôs como testemunha de defesa no processo que apura se Lula se beneficiou de R$ 1,02 milhão em benfeitorias no sítio, pagas por Odebrecht e OAS.

Depois de 12 horas de prisão, Gilmar solta Paulo Preto outra vez
Brasil 30.05.18 19:51
Gilmar Mendes também já soltou de novo Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor do Dersa em governos do PSDB que teve sua prisão preventiva decretada novamente hoje.
A decisão judicial que mandou prendê-lo afirmava que sua volta à cadeia era necessária para “assegurar a instrução criminal” do processo em que ele é acusado pelo desvio de R$ 7,7 milhões entre 2009 e 2011, relata Fausto Macedo.
A defesa de Paulo Preto alegou que o novo decreto ignorava as limitações legais da prisão preventiva e afrontava a decisão de Gilmar.
Disse, ainda, que não ficaram provadas as supostas ameaças do ex-diretor do Dersa a testemunhas, relatadas na decisão que mandou prendê-lo pela segunda vez.
O ministro do STF também mandou soltar Tatiana Souza Cremonini, filha de Paulo Preto, que pedira à Justiça autorização para viajar às ilhas Maldivas, paraíso fiscal no Índico.

Dodge pede para arquivar inquérito sobre Aloysio Nunes
Brasil 30.05.18 19:43
Raquel Dodge pediu para arquivar o inquérito que apura a doação no caixa 2 da UTC para a campanha ao Senado do tucano Aloysio Nunes Ferreira, em 2010.
Alegou falta de provas.

Fim de imposto sindical obrigatório é ‘grave’, diz Fachin
Economia 30.05.18 19:19
Edson Fachin afirmou em despacho publicado hoje que o fim do imposto sindical obrigatório é “grave e repercute, negativamente, na esfera jurídica dos trabalhadores”, registra a Folha.
O imposto deixou de ser compulsório em novembro de 2017, com a reforma trabalhista. Fachin é relator das Adins ajuizadas por sindicatos e outras entidades contra a contribuição sindical voluntária.
Cármen Lúcia marcou o julgamento sobre a constitucionalidade da contribuição sindical para 28 de junho.
Até lá, o ministro, que não entrou no mérito da validade da regra trazida pela reforma, diz que não tomará nenhuma decisão monocrática.

Contribuição sindical: grave é Fachin não se declarar impedido
Brasil 30.05.18 19:27
Edson Fachin deveria declarar-se impedido de ser relator e até mesmo de votar nas ações que tratam do fim da contribuição sindical obrigatória — ela passou a ser voluntária depois da reforma trabalhista.
Por um motivo simples: ele foi indicado pela CUT para integrar a Comissão da Verdade do Paraná.
Grave, portanto, é Fachin relatar, votar e opinar publicamente sobre o assunto.

“Eu vou te pegar, vagabundo!”
Brasil 30.05.18 18:48
Fulo da vida por ter sido citado no jornal da mulher do deputado Alfredo Kaefer (PP-PR), em reportagem relacionada a Nelson Meurer, condenado ontem no STF, o deputado Giacobo (PR-PR) partiu para cima do colega, gritando:
“Vai tomar no cu. Eu vou te pegar, vagabundo! Vou mostrar suas notas frias!”
São os políticos criminalizando a política.

TRF-4 mantém pena de Cabral em 14 anos e dois meses
Brasil 30.05.18 18:10
A Oitava Turma do TRF-4 manteve hoje a pena de Sérgio Cabral em 14 anos e 02 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
No processo em questão, o ex-governador do Rio é acusado de ter recebido R$ 2,7 milhões em propina pelo contrato de terraplanagem do Comperj, obra da Petrobras. Sergio Moro o condenou pela primeira vez na Lava Jato em junho de 2017.
O TRF-4 também manteve a decisão do juiz federal de absolver Adriana Ancelmo, a mulher de Cabral, por considerar não haver provas suficientes de que ela tenha participado dos atos de corrupção.
​O ex-governador está na cadeia desde novembro de 2016, e as penas a que ele já foi condenado pela Justiça Federal, somadas, ultrapassam 100 anos.

Fachin nega 35 HCs em nome de Lula num só dia
Brasil 30.05.18 17:36
Em um só dia, Edson Fachin negou 35 habeas corpus em nome de Lula, preso em Curitiba desde o dia 7 de abril, informa O Globo.
Todos foram apresentados por pessoas que não fazem parte da defesa do petista. O mais antigo dos pedidos é de 16 de abril, e o mais recente, de 22 de maio. As decisões foram tomadas nesta segunda-feira, dia 28.
O ministro do STF lembrou que, embora seja possível qualquer pessoa apresentar um HC em nome de outra, isso é relevante quando o preso não tem advogado.
Não é o caso de Lula, que tem um batalhão de advogados a seu serviço.

NO BLOG DO JOSIAS
Prisão de Lula deu origem à greve de petroleiros
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 31/05/2018 04:20
O acervo de textos e documentos disponíveis no site da Federação Única dos Petroleiros (FUP) revela que a prisão de Lula, em 7 de abril, está na origem da greve de 72 horas deflagrada pela corporação da Petrobras na quarta-feira. Durante a primeira semana de encarceramento de Lula, dirigentes da FUP e de “sindicatos aliados” estiveram em Curitiba. Em 14 de abril, a federação divulgou o documento intitulado “Petroleiros e petroleiras rumo à greve.” Nele, Lula é tratado como “primeiro preso político pós-64.” Os pontos mais relevantes do texto foram destacados em vermelho, na margem esquerda. Num dos tópicos, lê-se: “Reunidos em Curitiba, petroleiros apontaram o caminho da resistência: A GREVE”. (leia a íntegra)
A passagem do sindicalismo petroleiro pela capital paranaense coincidiu com a transferência simbólica da sede do PT para a cidade da Lava Jato, em 9 de abril. Foi nessa época também que o partido e suas ramificações no sindicalismo e nos movimentos sociais instalou o acampamento “Lula Livre” nas imediações da superintendência curitibana da Polícia Federal. Contra esse pano de fundo, os petroleiros decidiram “traçar novas estratégias de luta e garantir a democracia no País.”
O documento de 14 de abril explica o que foi acertado em Curitiba: “Seguindo o indicativo do Conselho Deliberativo, serão realizadas assembleias entre os dias 30/04 e 12/05 para aprovar a greve nacional contra as privatizações do Sistema Petrobras e retiradas de direitos dos trabalhadores próprios e terceirizados, além da defesa da democracia e contra a prisão política de Lula.” O texto traz declarações do coordenador geral da FUP, José Maria Rangel: “Os golpistas estão acabando com nossa soberania, e fizeram tudo isto com Lula solto. Imagine agora com ele preso, o que serão capazes de fazer com nosso País e com a classe trabalhadora.”
A paralisação de 72 horas foi convocada como uma “advertência”. De acordo com o comunicado divulgado pela FUP na quinta-feira da semana passada, trata-se de “mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado.” Nesse texto (íntegra aqui), ao enumerar as razões que motivaram a greve, a entidade sindical omitiu a principal: o encarceramento de Lula. Preferiu pegar carona na paralisação dos caminhoneiros, apoiada por 87% dos brasileiros, segundo o Datafolha.
Eis o que escreveu a FUP no comunicado sobre sua greve de advertência: “Os eixos principais do movimento são a redução dos preços dos combustíveis, a manutenção dos empregos, a retomada da produção das refinarias, o fim das importações de derivados de petróleo, não às privatizações e ao desmonte da Petrobras e pela demissão de Pedro Parente da presidência da empresa.”
Em 15 de maio, num manifesto sobre a greve nacional que virá depois da paralisação de advertência, a FUP foi mais explícita. Chegou mesmo a ilustrar o texto com uma foto de Lula (veja a imagem abaixo e leia a íntegra aqui). O documento informa que, nas mesmas assembleias em que aprovaram a ''greve nacional'', os petroleiros endossaram ''um manifesto público em defesa da soberania, pela democracia e contra a prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.''

Deve-se a prisão de Lula à condenação que amargou no caso do tríplex no Guarujá. Nesse pedaço do escândalo, a Primeira e a Segunda Instâncias do Judiciário consideraram que a empreiteira OAS utilizou dinheiro roubado em contratos com a Petrobras para presentear Lula com um apartamento na praia. Ironicamente, o sindicalismo dos petroleiros jamais se insurgiu contra o saque praticado na Petrobras pelo conluio que reuniu funcionários desonestos, partidos dinheiristas e empreiteiras corruptoras. Ao contrário, a federação dos petroleiros tornou-se uma crítica ácida da Lava Jato.
Num texto recente, de 17 de maio, a entidade tratou da ruína do Comperj, o complexo petroquímico do Estado do Rio de Janeiro. Anotou coisas assim: “Tudo começou a ruir há 4 anos, quando a Operação Lava Jato, comandada pelo juiz Sergio Moro, passou a interferir nos negócios da Petrobras e afetou toda a cadeia produtiva do petróleo e gás, incluindo construtoras. A construção da Comperj foi uma das obras mais afetadas e parou totalmente, em especial na gestão do atual presidente da Petrobras, Pedro Parente, colocado no cargo pelo golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP).” (íntegra aqui)
Quer dizer: para a FUP, quem arruinou a Petrobras foi Sergio Moro, não a promiscuidade que uniu as oligarquias política e empresarial numa aliança iniciada sob Lula e mantida na gestão de Dilma Rousseff. Para o sindicalismo petroleiro, a Lava Jato pecou porque não soube preservar as empresas enquanto punia “as pessoas que praticam ilegalidades”. No Brasil, escreveu a FUP, ''pune-se o CNPJ, sem preocupações com o impacto econômico que isso representa.” Paradoxalmente, a mesma entidade enxerga Lula, a pessoa física mais graúda que a investigação alcançou, como uma vítima de perseguição, o “primeiro preso político pós 64.”
A pedido da Advocacia-Geral da União e da Petrobras, o Tribunal Superior do Trabalho declarou a ilegalidade da greve dos petroleiros. O movimento foi considerado ''político-ideológico''. Fixou-se multa diária de R$ 500 mil para o caso de descumprimento da ordem judicial. A FUP e a sua malha sindical deram de ombros (...). 
Nesta quarta-feira, em nova petição à Justiça do Trabalho, a advocacia da União pediu e obteve a elevação da multa, que passou para R$ 2 milhões por dia. Há 18 entidades sindicais envolvidas na paralisação. Se todas forem multadas, como deseja o governo, a conta será salgada: R$ 36 milhões por dia de paralisação. Muito custo para pouco resultado, pois Lula continua preso. E Pedro Parente ainda está sentado na cadeira de presidente da Petrobras.

No buraco, poder político recebe terra por cima
Por Josias de Souza
31/05/2018 00:54
Com a paralisação dos caminhoneiros em declínio, o País começa a voltar à normalidade. E o normal no Brasil, como se sabe, é a anomalia da corrupção. A Polícia Federal voltou às ruas para estourar um balcão de venda de registros de sindicatos que funciona no Ministério do Trabalho. Coisa comandada pelo PTB do ex-presidiário do Mensalão, Roberto Jefferson. Que rapidamente declarou não ter nada a ver com o ocorrido.
Uma pesquisa do Datafolha revelou que 87% dos brasileiros apoiam a paralisação dos caminhoneiros. Para 56% das pessoas, os caminhões deveriam inclusive continuar parados. Esses dados são reveladores de uma sociedade de saco cheio, capaz de se autoimolar com uma crise de desabastecimento só para sinalizar sua extrema insatisfação com o governo em particular e com os políticos em geral.
Entre os encrencados da nova investida policial está o número 2 da pasta do Trabalho: Leonardo Arantes. É sobrinho do deputado Jovair Arantes, líder do PTB na Câmara. Só não foi preso porque está, veja você, em missão oficial na Inglaterra. A investigação vai longe. Só há uma certeza: Michel Temer manterá o Ministério do Trabalho sob o domínio do PTB. É por isso que quase 9 em cada 10 brasileiros adoraram ver caminhões atravessados nas estradas. O poder político já sabia que estava no buraco. Descobre agora que o brasileiro quer jogar terra em cima.



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