TERCEIRA EDIÇÃO DE 07-3-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
Exclusivo: Reitor obriga alunos a participar de oficinas sobre ‘diversidade e diferenças’
Sociedade Quarta-feira, 07.03.18 15:15
O reitor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais, José Roberto Soares Scolforo, decidiu obrigar os estudantes aprovados no vestibular da instituição a participar da “recepção de calouros”, marcada para a semana que vem (13 a 16 de março).
Valendo-se de uma resolução do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade, de março do ano passado, ele ameaça expulsar automaticamente quem faltar às atividades.
A informação está no próprio site da UFLA (veja abaixo).
Entre as atividades da calourada, estão oficinas organizadas pela “Coordenadoria de Assuntos de Diversidade e Diferenças”, com temas como “Questões de Gênero”, “Gênero e Sexualidade”, “A Política de Cotas na Universidade Brasileira”, “História da Lutas do Movimento LGBT” e “Mulheres fazem e contam a História: Saberes, Ciência e Movimentos Sociais”.

O motel da Lava Jato
Brasil 07.03.18 14:27
O MPE do Rio de Janeiro encontrou quatro suítes decoradas com paredes coloridas e até o desenho de um coração na cadeia de Benfica, onde Sérgio Cabral estava antes de ir para Curitiba, informa o jornal O Dia.
As celas “redecoradas”, que incluem colchões de casal e luzes vermelhas, são da ala que abriga presos da Lava Jato no Rio, detentos que têm nível superior ou que deixaram de pagar pensão alimentícia aos filhos.
O MPE acredita que as suítes do “motel da Lava Jato” fossem destinadas a visitas íntimas irregulares aos presos. A foto abaixo é do MPE-RJ.

MPF instaura inquérito para acompanhar intervenção no Rio
Brasil 07.03.18 15:01
O MPF em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, instaurou inquérito civil público para acompanhar a intervenção federal no Estado do Rio e anunciou que vai pedir aos interventores relatórios de suas operações.
Na portaria que instaura o inquérito, o procurador Júlio José Araújo Júnior escreveu que o fato de a intervenção ser uma medida excepcional “não afasta o dever constitucional de informação e tampouco de observância de direitos fundamentais, cuja restrição deve ser fundamentada e estará sujeita a controle judicial e a eventual análise de responsabilidade do ente ou do agente responsável”.

Moro rejeita ‘argumento inapropriado’ da defesa de Cunha
Brasil 07.03.18 14:57
Sérgio Moro rejeitou a exceção de suspeição que Eduardo Cunha apresentou contra ele.
O juiz escreveu na decisão:
“Deveria a defesa ser mais prudente na utilização de argumentos inapropriados, além de absolutamente improcedentes e que beiram a ofensas.”
Advogados de Cunha chegaram a dizer que ao decretar a prisão preventiva do deputado cassado, Moro tinha o objetivo de “ganhar popularidade”.

‘As palavras perderam o sentido no Brasil’, diz Barroso
Brasil 07.03.18 14:47
Na entrada da sessão de hoje do STF, Luís Roberto Barroso voltou a dizer que a ordem que emitiu em fevereiro para quebrar o sigilo bancário de Michel Temer era secreta.
“É um procedimento sigiloso. As palavras perderam o sentido no Brasil”, disse o ministro do Supremo.
Certo, mas Barroso precisa esclarecer se o vazamento de dados “absolutamente sigilosos” de que ele acusou a defesa do presidente aconteceu por simples acesso ao Diário da Justiça Eletrônico.
Do contrário, o próprio ministro ajudará a palavra “sigiloso” a não fazer mais sentido.

“Latifúndio do golpista improdutivo”
Brasil 07.03.18 13:48
Mais cedo, no Twitter, o MST comemorou a invasão da Fazenda Esmeralda, que pertence à empresa Argeplan, do Coronel Lima, amigo de Michel Temer.

“Terei que ser considerado um preso político”, diz Lula
TV 07.03.18 13:33
No dia em que levou uma goleada no STJ, Lula disse à Rádio Metrópole, de Salvador, que permanecerá no Brasil.
“Se não provarem um real na minha conta, um dólar na minha conta, uma telha na minha conta que não seja minha, terei que ser considerado um preso político.”
E mais:
“Eles vão ter que arcar com o preço de decretar minha prisão.”
O País já arcou com um preço bem maior pela liberdade de Lula.
(...)

FHC: “Se pudesse reviver a História, me aproximaria de Lula”
Brasil 07.03.18 13:21
Fernando Grostein Andrade, irmão de Luciano Huck, entrevistou Fernando Henrique Cardoso.
Na entrevista, FHC disse: “Se eu pudesse reviver a História, tentaria me aproximar não só do Lula, mas de forças políticas que eu achasse progressistas em geral. Que ajudassem a governar. E acho que o PT deveria ter feito a mesma coisa. Estou dizendo, fui lá almoçar. Eu gosto de Fernando Haddad, vou votar no Fernando Haddad se ele for candidato? Não vou, mas estou dizendo que ele é uma pessoa correta.”
A palavra progressista é vítima de apropriação indébita.

Delator da Odebrecht sobre Tacla Durán: “Ele era um doleiro”
Brasil 07.03.18 13:20
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, obtido por O Antagonista, o delator Olívio Rodrigues contou detalhes de como controlava as contas offshore usadas pela Odebrecht para pagamentos de propina e sobre os serviços prestados por Rodrigo Tacla Durán.
“Ele era um doleiro”, diz. Segundo Rodrigues, Tacla Durán entrou na Odebrecht pelas mãos de Fernando Migliaccio.
O advogado-doleiro recebia milhões de dólares em offshores no exterior, inclusive no Meinl Bank, e disponibilizava reais no Brasil. Dinheiro era entregue a Álvaro Novis. “Ele (Tacla Durán) obteve várias estruturas dentro do Meinl Bank.”
“Existia uma conta corrente entre a Odebrecht e ele e isso era balanceado. Quando existia a necessidade de pagar, eu efetuava a transferência para ele.” Rodrigues afirmou que Tacla Durán forjava os contratos para justificar os recebimentos.
(...)

Delator da UTC confirma que advogado Tacla Durán lavou 50 milhões
Brasil 07.03.18 12:46
Walmir Pinheiro, delator da UTC Engenharia, detalhou ao juiz Sérgio Moro como pagou quase R$ 50 milhões ao advogado Rodrigo Tacla Durán, com o objetivo único de gerar dinheiro em espécie para pagamento de políticos e dirigentes da Petrobras.
Em depoimento obtido por O Antagonista, o responsável pelo caixa 2 da UTC contou que foi apresentado a Tacla Durán pelo consultor Ivan Carratung. O executivo concordou em pagar de 20% a 25% para lavar propina nas empresas do advogado, atualmente refugiado na Espanha.
Pinheiro relatou a Moro que forjou contratos com as empresas TWC e Econocel, de Tacla Durán, para justificar os repasses – num total de R$ 49 milhões.
“Mensalmente, ele ia me mandando as notas e a gente pagava. Em 48 horas, o Rodrigo mandava um portador dele entregar o recurso no escritório da UTC."
TWC e a Econocel “não prestaram serviço algum”, segundo o delator, que fazia o mesmo tipo de operação com Adir Assad e Roberto Trombeta.
“O volume era muito alto para concentrar em dois operadores. A gente tentava fazer uma diluição para diminuir o risco e justificar melhor para a Receita Federal. O Ivan me falou que ele (Tacla Durán) poderia fazer essa operação com a gente.”
(...)

Defesa de Lula ‘busca, a todo custo, cassar a decisão do juízo de primeiro grau’
Brasil 07.03.18 13:20
Raquel Dodge apoiou a decisão de Sérgio Moro de ter barrado o acesso da defesa de Lula à íntegra do acordo de delação do casal João Santana e Mônica Moura.
A defesa do petista, disse a procuradora em parecer enviado ao STF, “busca, a todo custo, cassar a decisão do juízo de primeiro grau que lhe é desfavorável”.
“A decisão não apresenta quaisquer falhas passíveis de reforma”, acrescentou.

Urgente: CCJ do Senado rejeita projeto para regulamentar jogos de azar
Brasil 07.03.18 12:46
A CCJ do Senado acaba de rejeitar, por 13 votos a 2, o relatório do senador Benedito de Lira pela regulamentação da exploração dos jogos de azar e reabertura dos cassinos no Brasil.
Foi aprovado, simbolicamente, voto em separado do senador Randolfe Rodrigues, contrário às propostas.

NO DIÁRIO DO PODER
DÍVIDA DE CAMPANHA
GILMAR MANDA INVESTIGAR DEPUTADO TUCANO POR CORRUPÇÃO E LAVAGEM
EMPRESÁRIO AFIRMA QUE MARINHO TEM COM ELE DÍVIDA DE R$ 1 MILHÃO POR CAMPANHA
Publicado quarta-feira, 07 de março de 2018 às 07:17 - Atualizado às 10:52
O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) será investigado após um empresário que prestou serviços à sua campanha à Prefeitura de Natal, em 2012, admitir à Polícia Federal que o parlamentar tem com ele uma dívida de R$ 1 milhão referente ao pleito. O inquérito foi instaurado pelo ministro Gilmar Mendes.
Domingos Sávio da Costa Souza foi um dos alvos da Operação Manus, deflagrada em julho de 2017, que prendeu o ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB). O peemedebista é acusado de propinas, por meio de caixa dois, oriundas de desvios de R$ 77 milhões equivalentes ao sobrepreço na construção da Arena das Dunas – uma das obras para a Copa do Mundo de 2014.
O empresário tem três empresas que ficam em um mesmo endereço na rua da Saudade, em Natal, e prestaram serviços no valor de R$ 4,9 milhões a Henrique Alves na campanha de 2014 ao governo estadual do Rio Grande do Norte. Os endereços foram alvo de busca e apreensão.
Enquanto vasculhava os imóveis em busca de provas contra Henrique Alves, a PF encontrou arquivos que citam a campanha de Rogério Marinho à Prefeitura de Natal, em 2012.
Os investigadores apontaram, em relatório que, em um dos arquivos apreendidos, constam gastos de R$ 1,9 milhão ’em espécie’ e ‘oficiais’ da campanha de Marinho com uma das empresas de Domingos. Segundo o TSE, naquele ano, foram registrados apenas R$ 499 mil.
O empresário foi chamado para depor e ‘disse que Rogério Marinho lhe deve um milhão e meio de reais em razão dos serviços prestados na campanha eleitoral de 2012’. “Ele confirmou então que houve prestação de serviços na campanha, parte do qual não foi pago”, relata a PF.
Questionado pelos investigadores sobre ‘quem efetuava os pagamentos em espécie na campanha eleitoral de Rogério Marinho’, Domingos respondeu que ’em parte era Emilson, ex-vereador e assessor do candidato’.
A PF destaca, em relatório, que Emilson Medeiros dos Santos e Washington Cavalcanti Dias, apontados por operar para Marinho, são assessores do deputado, que teve mandato de suplente na Câmara na legislatura de 2011 a 2015.
“Nesse contexto, há de se apurar a origem dos recursos de “Caixa 2″ utilizados por Rogério Marinho, esclarecer se a percepção dos valores guarda relação com o exercício do mandato e, também, se houve utilização de terceiros para movimentar recursos de origem criminosa, fatos típicos de corrupção passiva e lavagem de dinheiro”, afirma a PF.
Ao instaurar o inquérito, no dia 2 de março, o ministro Gilmar Mendes disse ver ‘elementos suficientes portanto, a instauração do investigações para corroborar a suspeita’.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
A UnB agora forma bestas quadradas em História e Português
Todo discípulo do doutor em golpe aprende contar mentiras longe de testemunhas com mais de dez neurônios
Por Augusto Nunes
Quarta-feira, 07 mar 2018, 13h27 - Publicado em 07 mar 2018, 13h23
Docente da Universidade de Brasília, Luis Felipe Miguel aparentemente achou pouco ter descoberto que impeachment é golpe e que o despejo de Dilma Rousseff transformou o regime democrático em ditadura. Nesta segunda-feira, dia da estreia da disciplina que inventou — O golpe de 2016 e a democracia no Brasil” —, o professor aloprado resolveu criar o primeiro curso oficial clandestino da história da UnB.
Só os acadêmicos devidamente matriculados, cujos nomes Luis Felipe se recusa a revelar, souberam em qual sala a aula inaugural seria ministrada. A primeira lição ensinou à turma a importância do sigilo inexplicável: o mestre contou porque vetara a presença de alunos ouvintes, equipamentos eletrônicos, dispositivos conectados com a internet e curiosos em geral, começando pelos jornalistas.
Não é pouca coisa, mas não era tudo. “Não será admitida a gravação da aula”, advertiu o doutor em golpe. “Só eu estou gravando a aula, e essa gravação não será divulgada”. Onde gente normal viu censura, Luis Felipe enxerga cautela: “Eu quero ter proteção, caso tenha a divulgação mentirosa”, complicou em dilmês castiço.
Todo discípulo do professor que ensina a contar mentiras longe de testemunhas com mais de dez neurônios aprende, por exemplo, quais são “as chances de restabelecer o Estado de Direito destruído pelo golpe de 2016”. Também aprende que, “se acontece algo ilegal, e deixamos de dizer que foi ilegal, estamos fazendo transparecer que foi legal”.
Graças a Luiz Felipe Miguel e à UnB, vem aí a primeira turma de bestas quadradas em História e Português com diploma universitário. Oremos.

Um 5 a 0 que depositou Lula na porta da cadeia
O Brasil dos larápios impunes se tornou velho demais por ser insuportavelmente velhaco
Por Augusto Nunes
Quarta-feira, 07 mar 2018, 14h06 - Publicado em 07 mar 2018, 13h14
Ao rejeitar o habeas corpus preventivo pedido pelos advogados de Lula, o Superior Tribunal de Justiça encurtou dramaticamente a distância que separa o ex-presidente da cadeia. Com Sepúlveda Pertence no time, o ex-presidente já sabe como se sentiu a Seleção naqueles 7 a 1 contra a Alemanha.
A goleada também comunicou à bandidagem da classe executiva que o STJ não existe para desmoralizar decisões irretocáveis de juízes e desembargadores, nem para ressuscitar o País em que todos eram iguais perante a lei, embora alguns fossem mais iguais que os outros.
A passagem pela Presidência da República não autoriza ex-chefes de governo a atropelarem o Código Penal. Não emite um salvo-conduto para que quem ocupou o cargo possa pecar sem castigo. Nem condena delinquentes à perpétua impunidade.
Nesta terça-feira, 06 de março de 2018, o Brasil da Lava Jato apressou a aposentadoria de um Brasil que ficou velho demais por se ter tornado insuportavelmente velhaco.




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