PRIMEIRA EDIÇÃO DE 02-02-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 02 DE FEVEREIRO DE 2018
Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar esquema de fraudes de mais de R$5 bilhões no seguro obrigatório DPVAT, administrado pela Seguradora Líder, ao longo de dez anos. Tem todos os ingredientes de um caso de polícia: haveria aumento da despesa da Líder para justificar a fixação de valor maior do imposto no ano seguinte, além de pagamentos irregulares de sinistros e a advogados.

A Seguradora Líder recebe 2% da arrecadação com o DPVAT, seguro obrigatório de todos os veículos como condição para circular.

Após a operação Tempo de Despertar, da PF, e uma auditoria inicial no DPVAT, o valor caiu 35% e gerou economia de R$3 bilhões em 2017.

A investigação do TCU visa identificar falhas que "viabilizaram fraudes" e a atuação da Susep (Superintendência de Seguros Privados)"

Auditoria inicial identificou R$946 milhões pagos a advogados, apesar do êxito "muito baixo", e a despesa era usada para aumentar o DPVAT.

A principal característica que o eleitor espera do próximo presidente da República é o otimismo, diz estudo da consultoria Cambridge Analytic Ponte com 1,2 mil pessoas no mês de janeiro. Para 52,8%, o líder deve ser otimista. Pedidos para escolher entre “presidente que nos diga o tamanho da crise ou como sair da crise”, 58,8% preferem “como sair”. O estudo foi realizado com pessoas de 18 a 55 anos, em todo o País.

Entre pré-candidatos citados pelos eleitores, Jair Bolsonaro (PSC) lidera com 23,2%, Lula (PT) tem 18,7% e Marina (Rede) 6,3%.

Ciro Gomes (PDT) tem a preferência de apenas 5% dos eleitores otimistas, e Geraldo Alckmin (PSDB) 2,3%.

A suspensão da aposentadoria do presidente Michel Temer, e pelo fato de não haver realizado prova de vida, é produto de pegadinha típica da burocracia. Quem mandou insistir na reforma da Previdência?

A partir do dia 14, Luis Roberto Barroso, do STF, será ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral. Os outros dois ministros do Supremo, Luiz Fux e Rosa Weber, serão o presidente e a vice do TSE, respectivamente.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, finalmente rompeu o silêncio e fez vigorosa advertência àqueles que ameaçam magistrados até de morte, por discordar de sentenças.

As mortes de brasileiros em meio à guerra aberta entre bandidos no Ceará e no Rio de Janeiro passaram batidas nas redes sociais. O Facebook não disponibilizou filtro para fotos de perfil com “je suis Ceará” ou “je suis Carioca”. A verdade é que “je suis” pobre ou nordestino não dá ibope.

O condenado Lula terá “inimiga” de peso no STF. A corte pede parecer da PGR em julgamentos. Raquel Dodge sempre defendeu e continua defendendo a prisão de condenados em segunda instância.

A Câmara dos Deputados marcou a “volta ao trabalho” para esta sexta-feira (2). Mas como ninguém é de ferro e semana que vem já é Carnaval, trabalho pesado mesmo ficou apenas para o dia 20.

O valor total de dívidas cresceu em 2017, segundo levantamento do Serasa Experian. As dívidas em geral somavam R$ 122,9 bilhões em dezembro, valor 10,1% maior que o do mesmo mês em 2016.

...no fundo, no fundo, o recado do STF para Lula foi outro: se não for preso pela condenação em 2ª instância, vai em cana por desacato.

NO DIÁRIO DO PODER
VÁRIOS CRIMES
PGR DENUNCIA DEPUTADO ALFREDO KAEFER E PEDE BLOQUEIO DE R$ 341 MILHÕES
MP ACUSA DEPUTADO DE FALSIDADE IDEOLÓGICA, FRAUDE E PEDE BLOQUEIO
Publicado quinta-feira, 01 de fevereiro de 2018 às 16:23 - Atualizado às 16:47
Da Redação
A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) duas denúncias contra o deputado Alfredo Kaefer (PSL-PR) por sonegação, omissão de informações, falsidade ideológica e fraude a credores. O parlamentar disse que todas as denúncias apresentadas são vazias e infundadas. 
Para garantir o ressarcimento dos danos causados com as irregularidades, Dodge pediu o bloqueio e a indisponibilidade de bens, direitos e valores do parlamentar e de 14 empresas pertencentes a ele no valor de R$ 341 milhões.
Kaefer foi denunciado pela prática de vários crimes para obter vantagens ilícitas e beneficiar suas empresas, causando prejuízos a credores públicos e privados.
“Ao longo dos anos, valendo-se de ampla estrutura empresarial, Alfredo Kaefer fez diversos atos de confusão patrimonial, de blindagem de seu patrimônio pessoal e de concentração de dívidas em empresas, com a capitalização de outras não englobadas no Processo de Recuperação Judicial”, aponta trecho da denúncia.
Segunda denúncia
A segunda denúncia da PGR inclui a companheira do deputado, Clarice Roman. Neste caso, os dois são acusados de causar prejuízo de R$ 249,5 mil a empresas com a emissão de duplicatas falsas, por meio da empresa Diplomata S/A Industrial e Comercial, com sede em Cascavel, no oeste do Paraná.
Uma das empresas prejudicadas deixou de receber pela venda de milho e farelo de soja à Diplomata. A denúncia indica que uma manobra de recompra das duplicatas dadas como garantia de pagamento dos insumos impediu que a cooperativa recebesse o valor das mercadorias.
Novo inquérito
Raquel Dodge pediu, ainda, a abertura de um novo inquérito contra Kaefer para apurar indícios de que outras empresas dele, ainda ativas, teriam sido utilizadas para lavagem de dinheiro.
A PGR sustenta que Kaefer se utilizou do patrimônio dessas pessoas jurídicas para financiar, em 2010 e 2014, suas candidaturas políticas, e que se afastou apenas formalmente de parte dos negócios, utilizando testas de ferro.

OPERAÇÃO PAUSARE
PRESIDENTE DO BNDES É ALVO DE BUSCA E APREENSÃO E DEPÕE NA POLÍCIA FEDERAL
A BUSCA DA PF FOI EM UM ENDEREÇO LIGADO A RABELLO DE CASTRO NO RIO DE JANEIRO
Publicado quinta-feira, 01 de fevereiro de 2018 às 20:04
Da Redação
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quinta-feira, 31. A ação da PF contra o presidente do banco público se deu no âmbito da operação Pausare, que investiga desvios no fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis.
A busca da PF foi em um endereço ligado a Rabello de Castro no Rio de Janeiro. Assim que soube, ele se dispôs de forma espontânea a ir até a sede da PF, em Brasília, onde prestou depoimento aos investigadores do caso. O motivo da busca e apreensão contra o executivo foi o apontamento, em relatórios de órgãos de controle, da atuação da SR Rating - uma empresa de classificação de riscos - em investimentos suspeitos do Postalis. Rabello de Castro foi um dos fundadores e trabalhou na empresa antes de assumir o comando do IBGE e, posteriormente, do BNDES.
Em relação a Rabello de Castro, a investigação ainda está no início e que a medida cautelar de busca e apreensão e o posterior depoimento dele tiveram como objetivo esclarecer sua atuação da SR Rating e aprofundar a apuração sobre sua relação com o Postalis.
A operação Pausare foi deflagrada pela PF e pelo Ministério Público Federal (MPF). Segundo os investigadores, a operação é consequência de um conjunto de auditorias de órgãos de controle encaminhados ao MPF, que "identificaram má gestão, irregularidades e impropriedades na aplicação dos recursos do Postalis."
Desde a manhã desta quinta-feira, 1º, 62 equipes policiais cumprem mais de 100 mandados judiciais no Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo e Alagoas. Entre os alvos, estão o ex-presidente do Postalis, Alexej Predtechensky, e o empresário Milton Lyra, apontado como operador do senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Em nota, o MPF afirma que a atuação do grupo criminoso no Postalis "consistiria no desvio sistemático dos recursos garantidores dos planos de benefícios dos empregados dos Correios para favorecer dirigentes do fundo de pensão, empresas de avaliação de risco, instituições financeiras, gestores, administradores de fundos de investimentos, agentes e empresários que recebem as aplicações".
"A operação é um desdobramento das investigações realizadas em três inquéritos instaurados para apurar irregularidades que teriam ocorrido no Postalis. A suspeita de que haveria problemas na administração partiu da constatação de que os investimentos fracassados realizados pelos administradores do Postalis nos últimos anos causaram prejuízos que geraram um forte impacto negativo no resultado geral do fundo de pensão", afirmou em nota o MPF.
Entre os investimentos investigados estão a aplicação de aproximadamente R$ 223,4 milhões no Fundo de Investimento em Participações (FIP) ETB, que envolvia o projeto Nova Bolsa; as emissões de Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) da Mudar Master II Participações S/A, adquiridas no valor total de R$109,8 milhões e o investimento de R$190 milhões na FIP Bionergia, vinculado ao Grupo Canabrava.
Procurada, a PF afirmou que não divulga os nomes de alvos da operação uma vez que o procedimento corre sob sigilo. A reportagem aguarda resposta da assessoria do BNDES sobre o assunto.(AE)

OPERAÇÃO PAUSARE
PF REFORÇA APURAÇÃO DE FATOS QUE LIGARAM RENAN A FRAUDES NO POSTALIS
BUSCAS CONTRA OPERADOR 'LIGADO A RENAN' GERA TENSÃO EM ALAGOAS
Publicado quinta-feira, 01 de fevereiro de 2018 às 13:36 - Atualizado às 17:26
Por Davi Soares
A realização de buscas e apreensões no âmbito da Operação Pausare, em Alagoas, levou apreensão a aliados e pessoas próximas do senador Renan Calheiros (MDB-AL), por causa da notícia de que Milton Oliveira Lyra é um dos alvos da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (1º). O acusado de ser operador de propina para senadores do MDB é investigado no mesmo inquérito que apura se o ex-presidente do Senado foi beneficiado por fraudes no fundo de pensão dos Correios, o Postalis.
O senador não é alvo desta operação, mas a ação visa a robustecer a investigação que envolve fatos relacionados a inquérito que tramita contra Renan Calheiros, no Supremo Tribunal Federal (STF). E ocorre em São Paulo, no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em Alagoas.
A apreensão entre os aliados de Renan foi ampliada pela postura sigilosa da PF a respeito dos alvos da operação em Alagoas, e pela notícia de que o cumprimento de 100 mandados de busca e apreensão deve durar 48 horas. Além disso, há quase 50 mandados de condução coercitiva já autorizados pela Justiça.
Segundo os inquéritos nº 4.326 e nº 4.492, relatados pelo ministro Edson Fachin no STF, há evidências de que Milton Lyra exercia influência no Congresso Nacional, atuando como intermediário para o pagamento de propinas a Renan e outros senadores do MDB, Romero Jucá, Valdir Raupp e Edson Lobão.
Segundo fatos narrados por delatores como o senador cassado Delcídio do Amaral e o doleiro Alberto Youssef, o fundo Postalis teria comprado papéis de empresas de fachada que seriam geridas por Milton Lyra e Arthur Machado. Sendo que algumas destas operações consistiam na criação de empresas com o objetivo de emitir debêntures que seriam integralmente adquiridas pelo fundo Postalis. E esta dupla de investigados chegou a captar R$ 570 milhões de reais do fundo em investimentos que, como afirma o Ministério Público Federal, “nunca saíram do papel”.
Segundo o MPF, um montante de R$ 13,8 milhões de fundos de investimentos em que o Postalis é cotista foi pago a Milton Lyra, que é citado nos autos dos inquéritos como “muito ligado ao senador Renan Calheiros”.
O Diário do Poder tentou contato com a assessoria de imprensa de Renan Calheiros e aguarda um posicionamento do senador. E não conseguiu contato com Milton Lyra e com os demais citados nos inquéritos.
O inquérito nº 4.492, contra Renan Calheiros, está concluso ao relator Roberto Barroso, desde a última segunda-feira (29). Mas segue aberta a possibilidades de inclusão de fatos novos nos autos, a partir de provas coletadas no âmbito da Operação Pausare, sejam estes para confirmar ou negar os relatos de delatores e do MPF.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Só Maduro, sem Chávez
O Sistema Lula-PT ameaça, mas não tem força para dobrar o Brasil
Por J.R. Guzzo
J.R. Guzzo, publicado no Blog Fatos
Sexta-feira, 02 fev 2018, 07h08
E o terremoto, onde está? Já deveria ter acontecido: à essa altura passou mais de uma semana depois que o ex-presidente Lula teve confirmada, por 3 a 0, a sua sentença de prisão, por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Tinha de ter acontecido, então, a rebelião dos trabalhadores, e do resto das classes populares do Brasil, contra a decisão da Justiça. Lembram? A liderança do PT, em peso, prometeu que não iria obedecer a decisão judicial. Eles garantiam, na verdade, muito mais que isso: era a população inteira do Brasil, e não apenas os diretórios do PT, que iria impedir a execução da sentença. Ou as autoridades competentes, que no caso ninguém sabe quais poderiam ser, anulavam a decisão do TRF-4 (e também a anterior, do juiz Sérgio Moro, ao que se presume), ou o Sistema Lula ia “partir pro pau”. Partir pro pau? O que quer dizer isso na prática, mais exatamente? Ninguém no PT deu um mínimo de informação concreta a respeito, mas, pela cara brava e pelo palavreado enfurecido dos dirigentes, o Brasil ia explodir, no mínimo.
Mas até agora, é claro, não aconteceu coisa nenhuma. A “convulsão social”, prevista pelo ministro Marco Aurélio, do STF, até agora ainda não foi percebida ─ o ministro, como se lembra, declarou que a decisão do TRF-4 não poderia ser cumprida, pois qualquer ato legal contra Lula lançaria o País numa guerra civil. A cúpula do PT, reduzida hoje a figuras de comédia, obrigadas a se esconder no “foro privilegiado” do Senado para fugir ao Código Penal, também não entregou o que prometeu. Asseguraram à plateia que o povo iria “para as ruas”, pois não reconheciam mais o Poder Judiciário no Brasil, e ninguém foi a lugar nenhum. Na verdade, nem se sabia o que o “povo” iria fazer nas “ruas”. Sair no braço? Contra quem? Ocupar o Congresso, os palácios dos governadores, o quartel-general do Exército? Iriam tomar as centrais de distribuição de eletricidade? Com que armas iriam derrotar militarmente a “elite”? Armar uma greve geral por tempo indeterminado, no Brasil todo, de Norte a Sul? E imaginem só se ganhassem ─ que diabo iriam fazer na vida real? Pedir ajuda da Venezuela? É tudo uma perfeita palhaçada, mas é mais ou menos isso, ou exatamente isso, o que o Complexo Lula está falando.
Chega de PT “frouxo”. Chega de trabalhar “dentro das instituições”. Chega de “diálogo”. Chegou a hora de “radicalizar”. Chegou a hora do povo assumir “a luta”. Não reconhecemos a existência de “uma democracia” no Brasil. Etc. Etc. Etc. Ouvimos isso todo o santo dia. Nada de prático acontece, porque a grande verdade, uma verdade que o mundo político brasileiro vacila em reconhecer, é que Lula e o PT são minoria. Não têm força para dobrar o Brasil à sua vontade. Têm um Nicolás Maduro para sentar no trono, mas não o Hugo Chávez que o colocou lá com a força armada. Não têm a bomba atômica que ameaçam jogar no País ─ não têm sequer um buscapé. O que têm, de sobra, é a falta de coragem das lideranças políticas atuais que teriam a obrigação de enfrentá-los. Infelizmente, tais lideranças ─ e o ex-presidente Fernando Henrique se deixa apresentar entre elas ─ acham que o problema mais grave que o Brasil tem hoje é a possível prisão de Lula. Ou seja: o pior que poderia nos acontecer é cumprir a lei. “Enfrentar Lula? Eu não. Podem achar que eu sou a favor do Bolsonaro”. É o que estão dizendo tantas das nossas mais ilustres cabeças.

A turma de Cristiane Brasil é contra o trabalho
O elenco do vídeo gravado no litoral fluminense informa que a filha de Roberto Jefferson merece o Ministério do Turismo. Ou o Ministério da Pesca
Por Augusto Nunes
Quinta-feira, 1º fev 2018, 17h04
Se não fosse filha de Roberto Jefferson, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) teria afogado suas escassas chances de virar ministra do Trabalho nas águas do litoral fluminense.
Ao debochar das leis trabalhistas, ela conseguiu deixar ainda mais constrangido o presidente Michel Temer. Ao escolher o cenário e o elenco do vídeo que gravou a bordo de um barco, irritou até o pai, para quem uma figura pública deve comportar-se com algum decoro.
A julgar pelo bronzeado do quarteto de coadjuvantes, a turma da estrela do vídeo não trabalha há muito tempo. Pela extensão da temporada na praia, Cristiane deveria reivindicar o Ministério do Turismo. Ou o Ministério da Pesca.

NO BLOG DO JOSIAS
Para Pezão, solução do Rio é trocar de imprensa
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 02/02/2018
O governador Luiz Fernando Pezão descobriu uma solução revolucionária para os problemas do Rio de Janeiro. Após profundas reflexões, ele concluiu que, no quesito segurança pública, a capital do seu Estado é bem menos violenta do que se imagina. E tudo pode ficar ainda melhor com uma providência simples: trocar de imprensa. Essa que atua no Rio é de péssima qualidade.
Pressionado a pronunciar meia dúzia de palavras sobre o surto de violência que invade o noticiário, Pezão declarou: “A cidade do Rio não é a cidade mais violenta do País. Mas se a gente vir os nossos noticiários, os nossos jornais, parece que é. É uma cobertura cruel, o que a nossa área de segurança tem aqui. Infelizmente.”
Para que o Rio se torne um paraíso seguro, livrando seus moradores da violência, é imperioso que os jornalistas, depois de reciclados como lixo, façam o seu papel: de cegos. Do jeito que está, o noticiário não pode continuar. Se deixar, essa gente acaba retratando o governador como um reles impostor.
Se a imprensa não for trocada, disseminará a tese segundo a qual alguém que, em meio ao pipocar de escândalos e de tiros, depois de anos em que o Rio foi saqueado pelos esquemas que o acompanham no poder desde Sérgio Cabral, continua a empunhar a bandeira da normalidade ou é um cínico ou um banana. Em nenhum dos casos é o governador que seus eleitores esperavam.
Com uma imprensa nova e menos rigorosa, nem que seja pela desatenção, o comandante da Polícia Militar do Rio, Wolney Dias, poderá levar adiante o plano que expôs a Pezão. Prevê a redução do número de UPPs, Unidades de Polícia Pacificadora — em vez de 38, restariam apenas 18.
“A proposta foi no sentido de se extinguir 18 UPPs”, explicou o coronel Wolney. “Logicamente que isso passa, como eu disse, por uma análise técnica. […[ Aquelas em que não haja um domínio territorial maior, talvez possa ser reavaliada a sua manutenção.” Genial: as favelas que o Estado, por esculhambado, não conseguiu dominar voltam integralmente para o controle do crime organizado.
A fórmula encontrada por Pezão é revolucionária porque serve para solucionar problemas em qualquer área. Tome-se o exemplo da Medicina. Guiando-se pela lógica do governador, os médicos não precisarão mais curar as doenças. Basta que destruam as radiografias e as tomografias. Com uma vantagem: num Estado assim, tão criativo, as pessoas poderão escolher entre dois papéis: bobos ou cínicos.

Respeito ao Judiciário começa pelo autorrespeito
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 01/02/2018 20:53
Em discurso na solenidade de abertura do Ano Judiciário, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, cobrou respeito às decisões judiciais. Ela declarou que “é inadmissível desacatar a Justiça, agravá-la ou agredi-la. Justiça individual, fora do Direito, não é Justiça, senão vingança ou ato de força pessoal”. Impossível discordar de afirmações tão óbvias. Mas faltou dizer uma coisinha: para ser integralmente respeitado, o Judiciário precisa se portar de maneira respeitável.
Esse debate é de grande pertinência, pois nosso amigo Supremo, por vezes, adota um comportamento de risco, com forte tendência à autodesmoralização. Os ministros do Supremo insultam-se em público. Um deles, julga casos de amigos. Os outros, fingem não ver. Há duas Turmas. Uma, prende. Outra, solta. A segurança jurídica vai para o beleléu. A Primeira Instância condena corruptos. O Supremo os protege. Se pune, de raro em raro, transfere ao Legislativo a prerrogativa de perdoar.
Cármen Lúcia não disse, mas, quando pediu respeito, referia-se a Lula, que esperneia contra o 3 a 0 do TRF-4. Para o PT, só são legítimas as decisões favoráveis. O resto é golpe. No momento, o petismo acha antidemocrático prender Lula. Exige a revisão da regra sobre o encarceramento após condenação na segunda instância. Rever em função de Lula seria “apequenar” o Supremo, já disse Cármen Lúcia. Mas há colegas da ministra querendo reanalisar um tema que já foi objeto de três julgamentos. Um, dois, três julgamentos. O Supremo não se deu conta de que a Roleta Russa é uma modalidade de suicídio.

NO O ANTAGONISTA
Moradia de Moro
Brasil 02.02.18 06:14
Sérgio Moro recebe 4 mil reais de auxílio-moradia apesar de ter um apartamento em Curitiba, acusa a Folha de S. Paulo.
O TRF-4 explicou à reportagem que “a ajuda de custo para moradia no âmbito do Poder Judiciário (…) é devida a todos os membros da magistratura nacional”.
O penduricalho tem de ser tirado de todos os juízes, portanto, e não apenas de Sérgio Moro.
O auxílio-moradia é o novo Rodrigo Tacla Duran da Folha de S. Paulo.

O auxílio-imprensa do PT
Brasil 02.02.18 08:18
Gleisi Hoffmann, ré na Lava Jato, acusada de ter recebido propina das empreiteiras, agora tenta se igualar a Sérgio Moro.
A Folha de S. Paulo é o auxílio-imprensa do PT.

Empresa da Lava Jato volta atrás em acordo
Brasil 02.02.18 08:11
Depois de firmar um acordo de leniência com CGU, AGU e TCU, no valor de 1,2 bilhão de reais, a holandesa SBM Offshore, envolvida na Lava Jato, voltou atrás, segundo Murilo Camarotto.
Motivo: seis dias depois, o MPF entrou com ação de improbidade administrativa contra a empresa.

Mais um recorde do PT
Brasil 02.02.18 08:03
Em janeiro, 469 pessoas foram assassinadas no Ceará.
É mais um recorde do governo petista.
O número de mortes praticamente dobrou de 2015 para cá, diz o G1.

O auxílio-moradia de Lula
Brasil 02.02.18 07:50
Para constar: o auxílio-moradia de Lula, apenas no caso do triplex do Guarujá, foi de 2,2 milhões de reais.
Só que era ilegal.
Sogro na cadeia
Brasil 02.02.18 07:20
“O advogado que obteve o auxílio-moradia para Marcelo Bretas é parente de um alvo da operação Lava Jato que foi acusado de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro para Sérgio Cabral”.
O fato noticiado pela Folha de S. Paulo parece escandaloso, porque associa Marcelo Bretas (e seu auxílio-moradia) a um criminoso.
Na última linha da reportagem, porém, descobre-se que se trata de um engodo.
O advogado Bruno Calfat é genro do empresário Carlos Borges, acusado de envolvimento no esquema de Sérgio Cabral.
E o que Marcelo Bretas fez com o sogro de seu advogado?
Condenou-o a cinco anos de cadeia.

“Lula estava furando a greve de fome, recebendo barras de chocolate e comendo às escondidas”
Brasil 02.02.18 07:01
Os petistas espalharam que Lula poderia fazer uma greve de fome na cadeia.
Merval Pereira, em O Globo, debochou:
“Os que tiveram essa ideia não sabem que essa questão sempre foi problemática para Lula. Quando foi preso em 1980, durante a ditadura militar, devido à greve dos metalúrgicos, os sindicalistas resolveram fazer uma greve de fome.
O líder, Zé Maria, um dos fundadores do PT, e hoje candidato permanente à presidência da República pelo PSTU, conta, em relato publicado no blog do sociólogo Ricarte Almeida Santos, nunca desmentido, que houve ‘uma grande decepção’ quando descobriram que ‘Lula estava furando a greve de fome, recebendo barras de chocolate e comendo às escondidas’.
Ainda presidente, Lula fez uma visita oficial a Cuba em meio a uma greve de fome de um preso político conhecido por Zapata. Lula deu declarações dizendo: ‘Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubanos. A greve de fome não pode ser um pretexto de direitos humanos para liberar as pessoas. Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade’.
Zapata morreu com Lula ainda em solo cubano, e a comparação de presos políticos com presos comuns levou a críticas severas contra ele.”

Queima de arquivo no esquema do PT
Brasil 02.02.18 06:51
Sérgio Moro suspeitou que o assassinato de Roberto do PT, delator de um esquema de propinas para o partido, fosse o primeiro caso de queima de arquivo da Lava Jato.
O delegado que investiga o crime, entrevistado pela Veja, confirmou a suspeita:
“Roberto estava vendendo seu carro e queria comprar um veículo blindado. Por suas conversas com o pessoal da PF, fica claro que ele sabia de muita coisa. Seria natural, portanto, que esse arquivo fosse queimado. Os nove tiros evidenciam que foi uma execução”.
Ele disse também:
“A probabilidade de prendermos o autor do crime é grande. Há uma mobilização conjunta das instituições para isso. Essa investigação é prioritária. Afinal, é a primeira execução de uma testemunha da Lava Jato. Amanhã ou depois, podem morrer políticos, outros empresários, autoridades policiais ou juízes. Todos ficarão vulneráveis se não houver punição exemplar.”

PF levou três meses para deflagrar Operação Pausare
Brasil Quinta-feira, 01.02.18 19:27
A decisão do juiz Vallisney de Oliveira no âmbito da investigação sobre investimentos irregulares do Postalis é de 06 de novembro de 2017.
Ou seja, levou quase três meses para ser cumprida pela Polícia Federal. Talvez por isso o nome ‘Pausare’.

Segóvia cancela nomeação de superintendente da PF no Rio
Brasil 01.02.18 22:44
O Antagonista apurou que Fernando Segóvia desistiu de nomear Felício Laterça para o comando da superintendência da PF no Rio.
O diretor-geral avaliou que surgiram “muitos problemas” envolvendo o nome do delegado.
(...)

Rosa Weber pede vista e adia julgamento de prisão de Garotinho
Brasil 01.02.18 21:20
Na primeira sessão do TSE neste ano, Rosa Weber pediu vista e adiou a análise da decisão que suspendeu a prisão preventiva de Anthony Garotinho, acusado de crime eleitoral.
Garotinho foi libertado por habeas corpus concedido por Gilmar Mendes em 20 de dezembro, mas a liminar ainda precisa ser referendada pelo plenário da Corte eleitoral.
O ex-governador do Rio havia sido preso em novembro, acusado de corrupção, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais.

Gilmar: condenação em 2ª instância leva à inelegibilidade
Brasil 01.02.18 20:28
Gilmar Mendes evitou se manifestar sobre o caso de Lula, mas disse que a Lei da Ficha Limpa torna inelegível o candidato condenado em segunda instância.
“Eu não vou emitir juízo concreto sobre isso, mas quando há decisão de segundo grau, esses crimes dão ensejo à inelegibilidade”, declarou o presidente do TSE.
Foi uma não-manifestação claríssima.

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