SEGUNDA EDIÇÃO DE 04-01-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Uma tropa comandada por Zé Dirceu só consegue matar de rir
A ofensiva do guerrilheiro de festim é tão real quanto a frase que repetia antes que o templo das vestais virasse bordel: "O PT não róba nem dêxa robá"

Por Augusto Nunes
Quarta-feira, 03 jan 2018, 22h34 - Publicado em 3 jan 2018, 21h15
Em países menos indulgentes com criminosos sem remédio, o fora-da-lei José Dirceu estaria purgando na cadeia os incontáveis pecados cometidos pelo subchefe da quadrilha do Mensalão. Depois de uma curta temporada no xilindró, acabou indultado pela camarada Dilma Rousseff. Reincidente irrecuperável, enfiou-se até o pescoço no esquema do Petrolão. Preso de novo, foi solto por outro habeas corpus fabricado pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal.
Há poucos meses, foi condenado em segunda instância a 20 anos de gaiola. Graças a embargos protelatórios, continua exercendo o direito de ir e vir. Há dois dias, aproveitou a morosidade da Justiça para avisar que comandará em Porto Alegre, no dia 24 de janeiro, os batalhões mobilizados para impedir que Lula seja condenado também pelo Tribunal Regional Federal. Um general de bloco carnavalesco é mais amedrontador que o guerrilheiro urbano que ficou fora até de assaltos a joalherias.
Igualmente jejuno em trocas de chumbo, o guerrilheiro rural só disparou balas de festim no cursinho intensivo em Cuba que lhe garantiu o diploma de revolucionário. Mas Dirceu botou na cabeça que é mesmo um guerreiro do povo brasileiro, e anda à caça de barulho. Para não desperdiçar o tempo de militares profissionais, o Tiro de Guerra de Taquaritinga pode encarregar-se de enfrentar o exército de araque.
A ofensiva liderada por Dirceu é tão real quanto a frase que repetia de meia em meia hora antes da descoberta de que o templo das vestais era bordel: “O PT não róba nem dêxa robá”. Uma tropa comandada por um guerrilheiro de festim só consegue matar de rir.

NA VEJA.COM
A namorada chinesa de Camões inspirou o maior cacófato do idioma
O dilema atravessou os séculos e sobrevive até hoje: salvar a pessoa amada, ou a obra de uma vida?

Por Maicon Tenfen, no O Leitor
Quinta-feira, 04 jan 2018, 09h03 - Publicado em 4 jan 2018, 09h00
Conta-se que Camões enfrentou inúmeros naufrágios em suas andanças pelo Oriente. O mais famoso se deu na foz do Rio Mekong, quando uma tempestade pôs a pique a caravela em que viajava.
Na confusão que se seguiu, o poeta deparou com um dilema que atravessaria os séculos: de um lado, sumindo na imensidão das águas, viu a bolsa com o manuscrito d’Os Lusíadas; de outro, tomando os primeiros caldos e gritando por socorro, a sua bela namorada chinesa.
A quem salvar?
Veja que a resolução do problema não era tão simples quanto pensam os apressados.
Camões sabia que Os Lusíadas tornar-se-iam o poema mais importante do idioma. Símbolo máximo da cultura portuguesa, é composto por 8.816 decassílabos simetricamente heroicos (com tônica na sexta e na décima sílaba de cada verso), algo muito difícil de fazer, trabalho que lhe consumiu anos e mais anos de reclusão.
E a namorada chinesa… Ah, era doce e graciosa como um lírio num vaso de ouro, um pêssego em forma de gente, uma flor de tamareira. Dizem que se chamava Dinamene, tinha os olhos mais verdes que o poeta conheceu (algo raro numa chinesa) e declamava madrigais depois do amor.
Se Camões salvasse Dinamene, Os Lusíadas desapareceriam nas águas inclementes; se salvasse Os Lusíadas, Dinamene é que afundaria e morreria afogada. Mais que violenta, a borrasca não permitia a alternativa de socorrer a obra e a amada ao mesmo tempo. Ou uma, ou outra, e o poeta tinha menos de dois segundos para decidir.
Considerando que hoje o resumo d’Os Lusíadas aparece em todos os manuais de Língua Portuguesa da Europa, da América, da África e da Ásia, é óbvio que Camões ignorou as súplicas da pobre Dinamene e mergulhou para salvar a bolsa com o manuscrito. Tudo isso pode ser mentira, lenda, lorota, mas o poema dedicado à chinesa — bem como o espalhafatoso cacófato do verso inicial — são reais:
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na Terra sempre triste.

Se lá no assento do Etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente,
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma coisa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.


Ele lamenta a morte daquela que deixou morrer? É isso mesmo?
Mas o assunto era o cacófato, não? É o termo usado para indicar os sons pejorativos ou engraçados que se formam a partir de uma combinação involuntária de palavras. Assim, quando Camões escreveu “Alma minha gentil, que te partiste”, estava formulando (sem querer?) o cacófato “maminha”.
É claro que isso serve de reflexo defensivo para todos os que se atrevem a escrever. Se o maior dos maiores cometeu um cacófato logo na abertura de um soneto, é justo que se perdoem os escorregões dos modestos redatores que existem por aí, incluso este mortal que ora se enuncia.
Resta perguntar se Camões agiu com correção ao preferir Os Lusíadas. O que você teria feito no lugar dele? A resposta a esse tipo de pergunta é capaz de revelar muito de nós mesmos ou do momento pelo qual passamos. Seja como for, lanço um conselho às Dinamenes do mundo: antes de se meterem com poetas, inscrevam-se numa academia de natação.

NO BLOG DO NOBLAT
Por que a maioria dos políticos investigados não precisará se preocupar com a Lava Jato no STF em 2018

Quinta-feira, 04/01/2018 - 09h30
Por André Shalders, BBC Brasil
Ao longo do ano de 2017, a aposta entre analistas e até mesmo investigadores que acompanhavam o andamento da operação Lava Jato era de que o Supremo Tribunal Federal (STF) começaria ainda no ano passado a julgar os casos da operação envolvendo políticos, o que não aconteceu. E uma análise mais profunda mostra que a maioria desses investigados ainda não precisa se preocupar: dos mais de cem inquéritos, só dois estão prontos para serem julgados.
Na prática, a existência do chamado "foro privilegiado" para os políticos com mandato adia o risco de punições. E, em muitos casos, evitará que investigados na Lava Jato sejam enquadrados pela Lei de Ficha Limpa, o que poderia excluí-los das eleições deste ano - a norma impede que condenados na segunda instância por certos crimes sejam candidatos.
Saiba mais:
Por que a maioria dos políticos investigados não precisará se preocupar com a Lava Jato no STF em 2018

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Verdade distorcida

Por Merval Pereira
Quinta-feira, 04/01/2018 06:30
É patética a tentativa de petistas e seus assemelhados de transformar o acordo que a Petrobras teve que fazer com acionistas estrangeiros na Corte de Nova York, conseqüência da roubalheira desenfreada nos governos Lula e Dilma, em uma ação prejudicial à estatal brasileira.
É a tática vulgar de o ladrão sair correndo a gritar “pega ladrão”, a prática perversa de transformar a vítima em culpada. O crime de lesa-pátria foi o esquema oficial de corrupção na Petrobras para financiar o PT e partidos políticos de sua base, e não houve uma manifestação de sindicalistas contra os escândalos revelados.
Inclusive no sistema de previdência de seus funcionários, pois a Petros admite que o prejuízo com a falta de rentabilidade dos investimentos feitos nos últimos anos foi de R$ 7,8 bilhões. Os aposentados estão tendo que pagar mais 20% ao fundo de pensão, durante os próximos muitos anos, para cobrir o buraco deixado por investimentos mal feitos, muitos encomendados pelos dirigentes petistas para empresas do esquema de corrupção instalado na estatal, como está sendo revelado pela Lava Jato.
Simplesmente o acionista no exterior está cobrando o dinheiro que roubaram dele, e como o sistema judiciário americano funciona, o melhor foi buscar o acordo, como, aliás, acontece na grande maioria dos casos de ações coletivas como essa. Estava previsto o julgamento de um recurso da Petrobras na Suprema Corte dos Estados Unidos, com risco grande de perder, e o caso iria a júri popular.
A indenização poderia ser bem maior, havendo escritórios que previam entre US$10 bilhões e US$ 15 bilhões. O calvário da Petrobras não terminou ainda, pois as ações de indenização aqui no Brasil devem ser beneficiadas com a decisão dos Estados Unidos, embora nada tenham de ligação jurídica, somente moralmente estão conectadas. A Comissão de Valores Mobiliários e os julgadores das causas estarão expostos diante do acordo feito em Nova York, e os investidores brasileiros ganharam novo ânimo.
Para o consultor Adriano Pires, diante do que o PT fez na Petrobras, é absurdo considerar que não foi um bom negócio. Ele ressalta que só de subsídio de gasolina e diesel a Petrobras perdeu U$ 40 bilhões no governo Dilma. Além disso, a Petrobras investiu em ativos sem nenhuma taxa de retorno: Comperj, a refinaria Abreu e Lima para agradar Chávez, as obras políticas no Maranhão e Ceará, a empresa Sete Brasil.
Diante de tudo o que aconteceu, o acordo foi vantajoso para a Petrobras, salienta Adriano Pires. Outro especialista no setor, David Zilberstein, ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo, concorda que o acordo foi benéfico para a empresa. Embora seja um montante entre os mais elevados, a indenização a ser paga pela Petrobras na "class action" não é diferente dos acordos feitos como empresas como American Online (AOL) ou a Tyco.
David |Zilberstein lembra que para uma empresa do porte da Petrobras, o montante pode ser compensado com a valorização das ações, pois o principal é que os investidores internacionais vão se acalmar. “Simbolicamente é muito ruim, uma ação coletiva é imprevisível, machuca muito a empresa”, ressalta Zilberstein.
A empresa já estava se preparando para esse tipo de problema e reforçou seu caixa nos últimos anos, e poderá tirar de seu balanço essa provisão, o que será benéfico, lembra David Zilberstein. Ao aceitar fazer o acordo, a Petrobras continua fazendo uma limpeza em seus números, reorganizando-se depois da calamidade que viveu nos anos Lula e Dilma.

NO O ANTAGONISTA
“O engodo praticado pelos governos de Lula e Dilma”
Brasil Quinta-feira, 04.01.18 10:05
Roberto Freire, principal patrocinador da candidatura de Luciano Huck, desmontou a propaganda lulista em comentário para a Folha de S. Paulo:
“Além de todo o desmantelo moral e da estrondosa incompetência que marcaram os 13 anos de governos lulopetistas, não se pode desprezar o efeito deletério da máquina de propaganda enganosa, da mentira, da manipulação da realidade para a construção de narrativas falaciosas que pretendiam enganar o povo e vender a ideia de que o País avançava como ‘nunca antes’ em sua História.
Os dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS 2017), levantamento divulgado pelo IBGE com base em uma análise estrutural dos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, desnudam mais um engodo praticado pelos governos de Lula e Dilma — o de que o PT mudou efetivamente a realidade dos brasileiros mais pobres. Nada mais falso (…).
Fui uma voz quase isolada — inclusive dentro do meu próprio partido — a criticar a falácia de que o Bolsa Família e os demais programas assistencialistas do governo lulopetista seriam capazes de transformar a realidade.
Eu afirmava, na época do auge da popularidade de Lula, que aquilo nada tinha a ver com uma política social verdadeiramente progressista e de esquerda. Ao contrário: o programa reforçava o coronelismo tradicionalmente arraigado em várias regiões do Brasil mais profundo, além de funcionar como escandaloso instrumento eleitoral (…).
Os dados apresentados pelo IBGE reforçam o quanto os brasileiros foram enganados por aqueles que tomaram o Estado de assalto para perpetrar seus crimes contra o Erário e os estelionatos eleitorais que lhes proporcionaram sucessivas vitórias nas urnas.
Não há mais espaço para a trapaça ou o discurso vazio e populista que tanto mal fez ao País. Depois de tanta mentira, a realidade bateu à porta e destruiu o castelo de cartas erigido por Lula e sustentado por Dilma e pelo PT por alguns anos. A sociedade brasileira não se deixará enganar novamente.”

‘Não podemos transformar Porto Alegre em uma praça de guerra’
Brasil 04.01.18 10:41
Cezar Schirmer, secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, disse à Rádio Gaúcha que “não há essa necessidade” de acionar a Força Nacional e o Exército durante o julgamento de Lula no dia 24.
“Não podemos transformar Porto Alegre em uma praça de guerra. Esse clima de raiva, ódio e acirramento que estamos vivendo no País não contribui para nada.”
E mais:
“Esse é um assunto técnico, nós temos de tratá-lo dessa forma. Claro que eu respeito a posição do prefeito [Nelson] Marchezan [quem pediu o reforço do Exército e da Força Nacional], que foi no sentido de auxiliar, mas obviamente que as forças que tratam desses assuntos elas estão trabalhando de forma adequada. O nosso papel é no sentido de estimular um clima de pacificação e serenidade.”
Prefeito de Porto Alegre pede apoio do Exército para conter as tropas lulistas
Brasil 04.01.18 09:15
Nelson Marchezan, prefeito de Porto Alegre, enviou um ofício ao próprio presidente Michel Temer para pedir apoio da Força Nacional e do Exército no dia 24.
O prefeito destacou, entre outros fatos alarmantes, “a menção à desobediência civil e luta propugnadas nas redes sociais por alguns políticos”.
Lula comanda o ataque ao TRF-4
Brasil 04.01.18 08:17
O PT se reúne nesta quinta-feira “para definir a estratégia das mobilizações do dia 24”, diz a Folha de S. Paulo.
Lula deve participar do encontro.
O comandante máximo da ORCRIM cuida pessoalmente do ataque ao TRF-4.

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