PRIMEIRA EDIÇÃO DE 1º-12-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sexta-feira, 01 de Dezembro de 2017
Após surrupiar refinaria, Bolívia quer gás mais caro
O presidente cocaleiro da Bolívia, Evo Morales, o mesmo que mandou seu exército invadir a refinaria na qual a Petrobras investiu cerca de R$3 bilhões, desapropriando-a em seguida, tenta ser recebido pelo presidente Michel Temer, contra quem fez declarações agressivas, para exibir sua melhor expressão de “coitadinho” e pedir reajuste nos valores do Acordo do Gás entre Brasil e Bolívia, que expira em 2019.
Pés gelados
Evo Morales pode ser dono de um ar de pés geladíssimos: Michel Temer baixou hospital duas vezes às vésperas de suas visitas.
Cara de paisagem
Nem precisa Evo Morales aparecer em Brasília, no dia 5: Michel Temer fará “cara de paisagem” diante do pires estendido.
Não é comigo
A posição do governo é não negociar “politicamente” o acordo do gás. Considera uma transação entre Petrobras e a estatal boliviana YPFB.
Preços para baixo
O esperto Morales quer o Brasil pagando acima do mercado pelo gás, mas o excesso de oferta tem empurrado os preços para baixo.
Antes, PT e PSDB queriam reformar a previdência
PT e PSDB, quando chefiaram o governo federal, defenderam a mesma coisa que o governo do PMDB, de Michel Temer: a reforma da Previdência. Em 1998, gestão FHC, o governo perdeu por um voto a reforma que fixava idade mínima para a aposentadoria, mas aprovou tempo mínimo de contribuição. Já o governo do PT realizou duas reformas: a primeira em 2003 e a segunda em 2005, concedendo ainda mais benefícios para servidores e multiplicando o rombo em 20 vezes.
Reformas para o rombo
Em 2003, o rombo na previdência era de R$ 9,6 bilhões, batendo recordes históricos. O rombo previsto em 2017 é de R$180 bilhões.
Reforma do PT
Apesar da oposição, a reforma da Previdência do governo Lula, em 2003, teve apoio de 7 de 10 senadores do ex-PFL (atual DEM).
Oposição complacente
Votaram pela reforma da previdência do PT, 18 de 22 senadores do PMDB, 6 de 11 senadores do PSDB, além de todos do PPS.
Alô, polícia!
O faturamento das operadoras de planos de saúde no ano passado, no valor de impressionantes R$178,7 bilhões, obtidos com a exploração cruel e implacável dos brasileiros, é muito maior que o orçamento do Ministério da Saúde (R$125 bilhões), em 2017.
Assaltos legalizados
A nova lei dos planos de saúde não os impedirá de explorar a clientela. Ao contrário, até ainda “legaliza” assaltos como os R$9.800 por mês cobrados de quem quiser garantir um hospital melhorzinho.
Rei de Roma
Não é a toa que o governador de Minas Gerais tirou da Secretaria de Fazenda o controle exclusivo do fluxo financeiro do Estado. Enquanto Fernando Pimentel vai a Brasília catar soluções para conseguir pagar o 13º salário, o secretário José Afonso Bicalho passa a semana na Itália.
Faltou flagrante
Para dar credibilidade à própria a pesquisa apontando que no Brasil há 1 milhão de crianças trabalhando, o IBGE deveria ter documentado flagrantes em fotos e vídeo. Tem pesquisador duvidando disso.
Sacode a poeira
Vitoriosa na eleição presidencial de 2014, a chapa PT-PMDB negocia parcerias em pelo menos oito Estados, para 2018, apesar do “golpe” denunciado pelo PT em 2016. Estão otimistas em Sergipe e Bahia.
Conta de diminuir
Segundo o deputado Major Olímpio (SD-SP), o governo de São Paulo mentiu ao “empossar” 1.240 novos policiais civis: 281 não assinaram a posse. Dos 959 que assinaram, 186 já eram policiais. “Logo, a Polícia Civil recebeu, de fato, 773 novos integrantes”, diz.
Minoria no grito
Nove senadores do PT assumiram a paternidade de 197 emendas para tentar desfigurar a reforma trabalhista. O senador Jorge Viana (AC) é o único petista que não apresentou qualquer emenda.
Vanguarda do atraso
O Brasil levou trinta anos para proibir o amianto na produção de telhas e caixas d’água. Nos Estados Unidos, o amianto é banido desde 1989. Em outros 50 países, também.
Pergunta na urna
Ainda é do PSDB a reforma da Previdência de 1998 que baixou a idade de aposentadoria e fez o rombo explodir?

NO DIÁRIO DO PODER
Depois de 155 anos, Diário Oficial da União deixa de ter versão impressa
DOU tinha tiragem de 6 mil exemplares impressos ao dia

Publicado quinta-feira, 30 de novembro de 2017 às 13:30
Da Redação
Após 155 anos de existência da versão em papel do Diário Oficial da União (DOU), o governo decidiu suspender a impressão do documento a partir de 1º de dezembro. O acesso passará a ser feito exclusivamente pela Internet, o que é um marco de modernidade para o governo, disse hoje o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que participou da cerimônia que marca o fim da versão impressa do DOU.
Segundo dados do governo, a maioria dos leitores da Imprensa Oficial já acessa o conteúdo pela Internet. São 700 mil acessos online ao mês, enquanto a versão impressa circula com tiragem de 6 mil exemplares por dia.
Padilha destacou que a medida vai trazer economia para o País e também impacto positivo para o meio ambiente. Isso porque o governo deixará de consumir 60 toneladas de papel por mês ou 720 toneladas por ano, a um custo estimado de cerca de R$ 204 mil mensais ou R$ 2,5 milhões anuais. Além disso, deixarão de ser consumidos 32 milhões de litros de água por mês para a impressão oficial, o equivalente a pouco mais de oito piscinas olímpicas. "Isso é um grande exemplo e um salto ecológico", afirmou.
"Esse dia de hoje é histórico por tudo que o Diário Oficial representa. A edição de hoje tem 608 páginas, mas chegamos ao Guiness (livro de recordes) com 2.112 páginas há 20 anos. Agora, podem ser publicadas com quantas páginas forem necessárias sem custo. Temos que buscar outros recordes para nossa imprensa nacional", disse Padilha.
Durante o evento, a Imprensa Nacional assinou acordo de cooperação para permitir o uso de ferramentas tecnológicas da Microsoft na leitura e processamento do Diário Oficial da União (DOU). A ideia é aprimorar a pesquisa e usar métodos de inteligência artificial para trabalhar nos dados. O órgão também recebeu pelo Ministério do Meio Ambiente certificado de adesão à agenda ambiental da Administração Pública (A3P). (AE)

NO BLOG DO JOSIAS
Previdência dá a Temer a aparência de estorvo

Por Josias de Souza
Sexta-feira, 01/12/2017 04:31
Nos últimos seis meses, Michel Temer demonstrou que a honestidade é uma virtude facilmente contornável. Fez isso ao obter da Câmara o congelamento de duas denúncias criminais. Depois de desperdiçar quase meio ano do seu mandato-tampão para se salvar, Temer retoma o objetivo de salvar o País. Ele assegura que aprovará a reforma da Previdência.
O problema é que Temer conseguiu manter a cabeça sobre o pescoço com métodos que levaram os aliados à sua volta a perder as suas cabeças. Hoje, embora reconheçam que a mexida previdenciária é essencial, os deputados governistas alegam que já se desgastaram demais socorrendo o presidente. E não se dispõem a aprovar mais uma reforma impopular na antessala das eleições.
Sem os 308 votos de que necessita para prevalecer na Câmara, Temer torra milhões numa campanha publicitária para esclarecer ao povo o quão necessária é a reforma que seu governo não consegue aprovar. Simultaneamente, Temer se vangloria de ter recolocado a economia nos trilhos. É lorota. Em verdade, Temer comanda um governo aético e disfuncional, que torna precária uma retomada do crescimento econômico que deveria ser exuberante. No momento, o Brasil é presidido por um estorvo.

Propaganda sobre Previdência é um desperdício
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 30/11/2017 20:41
O governo criou um outro nome para desperdício de dinheiro público ao batizar de campanha publicitária os vídeos que trombeteiam a reforma da Previdência em rede nacional de televisão. Nesta quinta-feira, a juíza Rosimayre Gonçalves de Carvalho, da 14ª Vara do Distrito Federal, suspendeu a exibição. Por mal dos pecados, tomou a decisão certa pela razão errada.
A juíza vetou a campanha a pedido de guildas sindicais que representam servidores públicos. Entre eles auditores fiscais da Receita Federal. Alegam que a publicidade é ofensiva. Bobagem. As peças atacam não os servidores, mas os privilégios concedidos a eles e sonegados aos trabalhadores da iniciativa privada. Por exemplo: integralidade, eufemismo para pensão igual ao último salário; e paridade, sinônimo de reajustes iguais aos concedidos aos servidores ativos.
Não é o conteúdo que faz da campanha uma variante da velha prática de jogar dinheiro público pela janela. O desperdício decorre da inutilidade da iniciativa. Na prática, o governo torra milhões para informar ao povo, composto de ignorantes criaturas, sobre as vantagens de uma reforma que o Planalto sabe que não sairá do papel.
Temer se jacta de presidir um governo semiparlamentarista. Mas não dispõe de 308 votos para prevalecer no plenário da Câmara. É certo que o Planalto comunica-se parcamente. Mas o que impede a decolagem da reforma previdenciária é a falta de votos no Congresso, não o déficit de comunicação. Para livrar-se de denúncias criminais, Temer comprou a lealdade de congressistas com emendas e cargos. Para salvar o País da ruína previdenciária, faltam-se argumento$. Nessa hora, o presidente mais impopular da História se lembra de que a sociedade existe.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O “Ex-ministro” 
Correr do camburão da Polícia virou coisa do dia-dia para os políticos
Por J.R. Guzzo
Publicado no Blog Fatos
Sexta-feira, 1º dez 2017, 07h27
Houve um tempo em que fugitivos da Justiça, em geral, eram criminosos endurecidos pela áspera vida no submundo dos fora-da-lei – gente de cara ruim e sem gravata, capazes de trocar tiros com a polícia e de meter medo em todo mundo. Mas o Brasil, como se sabe, passou por um notável processo de ascensão social nos últimos anos – e um dos resultados talvez tenha sido um up-grade, como se diz, no tipo de indivíduo que aparece atualmente na imprensa na condição de foragido das autoridades. Para começar, já não são revelados ao público no noticiário policial — migraram para o noticiário político. Podem viajar de avião, têm casa própria e compraram o seu carrinho. Também não são mais aqueles sujeitos sinistros que em geral povoam o mundo do crime (esses continuam existindo, claro, mas suas fotos já nem chegam mais à imprensa – são tantos, que acabaram perdendo a graça). Hoje, o tipo clássico do fugitivo da polícia é um desses Antonio Carlos Rodrigues da vida, para citar o exemplo mais recente, que acaba de entregar-se à PF de Brasília após passar uns quatro ou cinco dias escondido. Seu crime é exatamente aquilo que você imagina: ladroagem, no caso, um esquema de propinas despachadas pelos cofres do inevitável empresário Joesley Batista (campeão nacional dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff) que no momento trafega entre as operações “Chequinho” e “Caixa d’Água” da Polícia Federal. É coisa em que também está metido o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, outro grande nome da política que no momento mantém residência no sistema carcerário nacional.
O foragido da vez era até há pouco tempo um transeunte no baixo clero da política brasileira, na condição de presidente do PR – um desses bandos que se formam para vender apoio aos governos, quaisquer que sejam, em troca de cargos públicos, dinheiro e outros benefícios materiais. Também operam no lucrativo mercado da venda de minutos no “programa eleitoral” obrigatório no rádio e TV — esta fortaleza que defende o acesso dos menos favorecidos às informações políticas e garante as eleições livres neste País. Como as outras gangues partidárias que vivem no mesmo ecossistema, são tratados como essenciais para a sobrevivência da democracia no Brasil, segundo o entendimento dos mais ilustrados cérebros do nosso Direito, Ciências Políticas e demais disciplinas que se dedicam a nos ensinar o que é uma sociedade de justiça social, igualdade e respeito às minorias. Antonio Carlos — que foi preso, mas pode perfeitamente estar negociando daqui a pouco, de dentro ou de fora da cadeia, o seu apoio a algum futuro candidato à presidência da República – apareceu no noticiário, mais do que tudo, como chefe de “um partido que apoia Michel Temer”. Foi citado também como “ex-ministro”. Fora isso, pouco mais foi dito nas notícias.
Tudo bem, mas “ex-ministro” do que? De que governo? Durante quanto tempo? Se tiver paciência para fazer uma rápida pesquisa, o cidadão descobre que esse Antonio Carlos foi ministro dos Transportes. Foi ministro da ex-presidente Dilma Rousseff, e de mais ninguém nessa vida. Foi ministro durante todo o segundo mandato de Dilma – do dia 1º. de janeiro de 2015, quando ela tomou posse, até 12 de maio de 2016, quando foi afastada do cargo pelo Senado Federal e começou a contagem regressiva até a sua deposição definitiva. Ninguém é ministro por acaso durante um governo inteirinho – se ficou lá do primeiro ao último dia é porque a presidente gostava muito dele. Seu partido ficou grudado no osso do governo até o caixão baixar à cova. A soma de todas as suas realizações em benefício dos Transportes no Brasil chegou ao total de zero.
Culpa do governo Temer, sem dúvida.

NO O ANTAGONISTA
A ditadura cubana ganhou no STF
Brasil Quinta-feira, 30.11.17 21:20
O STF decidiu pela total legalidade do programa Mais Médicos.
Vamos continuar a financiar a ditadura cubana.
Justiça manda soltar ex-secretário da Casa Civil de Cabral
Brasil 30.11.17 18:55
O TRF-2 concedeu liminar para soltar o ex-secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, Régis Fichtner. Ele está, porém, proibido de deixar o País.
A decisão ainda será julgada pela Primeira Turma Especializada do Tribunal.
Preso na quinta passada, Fichtner é acusado de integrar a organização criminosa de Sérgio Cabral e receber R$ 1,56 milhão em vantagens indevidas.
O Antagonista previu, no dia 24, que a correria para soltar o ex-chefe da Casa Civil seria grande. Ele é um dos maiores peixes fisgados pela Lava Jato.
Chegou a vez de desfigurar a restrição ao foro privilegiado
Brasil 30.11.17 17:31
O Estadão noticia que líderes de partidos na Câmara manobram para vincular a restrição do foro privilegiado ao projeto de abuso de autoridade.
Um ano depois de desfigurar as Dez Propostas contra a Corrupção, no Senado, eles continuam a fazer o mesmo.
Ajuda, Sarney
Brasil 30.11.17 17:19
A Procuradoria da República no Rio Grande do Norte, que denunciou Henrique Eduardo Alves ontem, também pediu à Justiça a decretação de um terceiro mandado de prisão contra o peemedebista.
Segundo os procuradores, Alves fez sua família acionar José Sarney para obter sua soltura, “mediante interferência e influência política perante o Poder Judiciário”. Eles citaram interceptações telefônicas de Andressa Steinmann, a filha do ex-deputado.
O ex-presidente da Câmara já está preso desde 6 de junho deste ano. Um dos seus mandados de prisão está ligado às Operações Sépsis e Cui Bono?, que apuram irregularidades na Caixa; o outro é o da Operação Manus, que investiga desvios de R$ 77 milhões na construção da Arena das Dunas.
PF vasculha gabinete do Fantasma, ex-secretário do Bobão
Brasil 30.11.17 16:48
Agentes da Polícia Federal vasculharam hoje o gabinete do secretário de Ciência do Ministério da Saúde, Marco Antonio Fireman, ex-secretário de Infraestrutura do ex-governador Teotônio Vilela Filho.
Ambos são alvos da Operação Caribdis, que investiga se houve pagamento de propina pela Odebrecht nas obras do Canal do Sertão em Alagoas.
O secretário é o 'Fantasma' da planilha de propinas da empreiteira.
O Ministério da Saúde informou que não foram levados documentos da sala do secretário, que “está à disposição da PF para prestar todos os esclarecimentos”.

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