PRIMEIRA EDIÇÃO DE 04-12-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Segunda-feira, 04 de Dezembro de 2017
Temer: ‘aos poucos, conspiração vem vindo à luz’
O presidente Michel Temer afirmou a esta coluna que “pouco a pouco, a conspiração vem vindo à luz”, ao se referir à súbita mudança de opinião do advogado Flávio Pansieri, que, em mensagem de áudio a um grupo de colegas do Conselho Federal da OAB, isentou-o das acusações da Procuradoria Geral e desqualificou minuciosamente a gravação “manipulada” de Joesley. No dia seguinte, designado relator do caso pelo presidente da OAB, Claudio Lamacchia, mudou de ideia.
Prova imprestável
“Essa prova ilícita não podemos usar”, diz Pansieri, lembrando que no caso da Dilma a OAB descartou a interceptação telefônica com Lula.
‘Decisão prematura’
Ao enviar seu áudio, o conselheiro relator da OAB avaliava “prematura e temerária uma decisão amanhã (20 de maio).” Mas mudou de ideia.
‘Grande armação’
A mensagem de áudio de Flávio Pansieri deu força à certeza do governo de que o presidente Temer foi vítima de “grande armação”.
Delação sem recheio
Flávio Pansieri afirma em sua mensagem que o ministério público “precisava de alguma coisa para rechear a delação” de Joesley Batista.
‘Estratégia de Combate à Corrupção’ fracassou
Completa 15 anos a Estratégia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), criada em 2003, curiosamente durante o governo que é considerado um dos mais corruptos da História, chefiado pelo ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. Criado no âmbito do Ministério da Justiça e composta por 79 órgãos dos Três Poderes e da sociedade civil, propôs leis e até inventou um “índice” para medir a corrupção.
Controle perfeito?
Entre os resultados da Enccla, a Justiça lista o “aperfeiçoamento do cadastro de entrada e saída de pessoas do território nacional”. Humm...
Criou e nada
Também é atribuído à Enccla a criação do cadastro de empresas inidôneas e suspensas... onde não estão as empreiteiras da Lava Jato.
Departamento de TI
O Ministério da Justiça dá à Enccla o crédito pela informatização das declarações de porte e valores quando do ingresso e saída do País.
Nada fatura tanto
A receita de R$178,4 bilhões dos planos de saúde em 2016 é superior aos PIBs de Luxemburgo, Paraguai e Afeganistão, só para mostrar como o setor tem faturado às custas da exploração dos brasileiros.
Sinuca de bico
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) acha que o PSDB “está numa sinuca de bico”, ao subir no muro para dizer que saiu do governo Temer, mas não virou oposição. Se a reforma da Previdência não sair, e houver fuga de investidores e a volta da crise, “nós vamos cobrar”.
Advogadas se unem
Instala-se nesta segunda em Brasília a Abra (Associação Brasileira de Advogadas), presidida por Meire Lúcia Gomes Monteiro Mota Coelho. O evento terá o prestígio das presidentes do STF e do STJ, Cármen Lúcia e Laurita Vaz, ministros e Grace Mendonça, chefe da AGU.
Ativismo em pauta
O Superior Tribunal de Justiça realiza nesta segunda (4) o seminário “Independência e Ativismo Judicial: Desafios Atuais”. O ativismo tem sido considerado uma dos maiores problemas da Justiça brasileira.
O Brasil lá
O governo brasileiro participa em Genebra, Suíça, até quinta-feira (6), de dois importantes eventos: a 62ª sessão do Comitê Contra a Tortura e a 94ª sessão do Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial.
Santander reduz velocidade
O banco espanhol Santander anunciou dia 29 que deixa de patrocinar a Fórmula 1 após 11 anos. A escuderia Ferrari, que substituiu os cigarros Marlboro pelo Santander há 8 anos, também perderá a bolada.
Economia e crédito
As projeções de mercado no Brasil “sugerem expansão da economia próxima a 2,5% em 2018”, prevê o resultado mensal da corretora Bradesco. O crédito total deve crescer alinhado ao PIB (6,5% a mais).
Negócios Brasil-França
Nesta segunda-feira (4), a Fiesp realiza o Fórum de Negócios Brasil-França para discutir financiamentos de longo prazo no Brasil, agroindústria, startups e inovação. Embaixador da França, Michel Mirrailet participará.
Pensando bem...
...não fazer a reforma da Previdência deve ser o assunto da semana.

NO DIÁRIO DO PODER
Pedro Barusco, que devolveu R$200 milhões, vai se livrar da tornozeleira
Ex-gerente ficará livre e Cerveró vai para o regime semiaberto

Publicado domingo, 03 de dezembro de 2017 às 13:18 - Atualizado às 21:51
Da Redação
Condenado na Lava Jato, o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco – que assinou acordo de delação e devolveu à Justiça cerca de R$ 200 milhões – depende de um OK de Sérgio Moro para tirar sua tornozeleira eletrônica até o final deste mês.
“Não vemos nenhum impedimento para isso, já que ele cumpriu todos os termos do acordo de colaboração”, disse à coluna seu advogado, Antonio Figueiredo Basto.
O pedido formal a Moro deve ser feito esta semana.
Outro colaborador, Nestor Cerveró, também da Petrobras, deve passar ao regime semiaberto antes do fim do ano – ou seja, vai poder trabalhar durante o dia. Entretanto, continuará com a tornozeleira.

Moro aceita provas de Liechtenstein e aumenta denúncia contra Renato Duque
Cooperação com autoridades do paraíso fiscal levam a aditamento

Publicado domingo,  03 de dezembro de 2017 às 12:44
Da Redação
O juiz federal Sérgio Moro aceitou o aditamento de denúncia contra o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque e o lobista Guilherme Esteves, proposto pelo Ministério Público Federal, com base em novas provas obtidas por meio de cooperação internacional com Liechtenstein.
Documentos enviados pelas autoridades do paraíso fiscal revelam a titularidade de Esteves de uma offshore que foi utilizada para fazer pagamentos de US$ 4,4 milhões ao ex-agente público. Por ter identificado três transferências entre os investigados por meio de empresas de fachada, a Procuradoria imputou a eles mais três crimes de lavagem de dinheiro.
“Considerando que o aditamento da denúncia envolve a discriminação de pagamentos de vantagem indevida no mesmo acerto de corrupção, é o caso de permitir o aditamento, já que os fatos inserem-se no contexto da denúncia”, anotou o magistrado.
Nesta denúncia, Esteves já era acusado de 7 crimes de lavagem de dinheiro. Com o aditamento, a procuradoria passa a denunciá-lo por cometer o delito 10 vezes. Já Duque, antes livre da acusação de branqueamento de capitais, passa a responder por três crimes.
Segundo a peça, entre 2011 e 2014, o lobista Guilherme Esteves, na condição de representante comercial da Jurong, junto de outros estaleiros cartelizados, pagaram propinas a agentes da Petrobrás, entre eles, o então diretor Renato Duque.
O então diretor de Engenharia e Serviços da Petrobrás Renato de Souza Duque e o gerente executivo de Engenharia e Serviços da Petrobrás Roberto Gonçalves teriam recebido um sexto, cada, do total das propinas. Um sexto seria dividido entre Pedro José Barusco Filho, Eduardo Costa Vaz Musa e João Carlos de Medeiros Ferraz, à época em que eram diretores da Sete Brasil.
A denúncia ainda dá conta de que dois terços teriam sido destinados ao Partido dos Trabalhadores, com arrecadação por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.
A contabilidade dos pagamentos teria sido realizada por Barusco, em ‘planilha na qual ele próprio, Renato Duque, João Ferraz e Eduardo Musa eram identificados pelas alcunhas de “SAB”, “MW”, MARS” e “MZB”.
A Procuradoria apontava Opadale Industries LTD como a empresa de fachada, usada por Guilherme Esteves para o pagamento de propinas. A conta da offshore é mantida no Banco Valartis Bank em Liechtenstein. Documentação bancária encaminhada pelo principado revelam três transferências da Opadale para a Drenos Corporation, mantida no Banco Cramer & CIE AS, na Suíça, de Renato Duque. Os papéis chegaram em fevereiro de 2017 às mãos dos investigadores brasileiros e, por meio deles, a transação foi identificada.
“Tais transferências, realizadas com o intuito de ocultar e dissimular o repasse de valores ilícitos decorrentes da prática dos crimes de organização criminosa e corrupção, configuram operações de lavagem de dinheiro, aludidas na exordial acusatória e que são agora denunciadas”, afirma a força-tarefa, em aditamento da denúncia.
“Nas datas de 23/05/2013, 15/08/2013 e 13/12/2013, Guilherme Esteves de Jesus, na condição de representante comercial e operador do Grupo Jurong, de modo consciente e voluntário, serviu-se de conta mantida em Liechtenstein, em nome da offshore Opdale Industries LTD., da qual era controlador, para remeter, respectivamente, as quantias de US$ 2.168.203,04 (dois milhões, cento e sessenta e oito mil e duzentos e três dólares e quatro centavos), US$ 1.195.063,00 (um milhão, cento e noventa e cinco mil e sessenta e três dólares) e US$ 1.063.675,31 (um milhão, sessenta e três e seiscentos e setenta e cinco dólares e trinta e um centavos) para Renato de Souza Duque, na conta nº 65408333 do Banque Cramer & CIE SA, localizada na Suíça e de titularidade da offshore Drenos Corporation S.A., controlada por Renato de Souza Duque, de forma a, assim, ocultarem e dissimularem a natureza, origem, localização, disposição, movimentação e propriedade de valores provenientes, direta e indiretamente, dos delitos antecedentes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, praticados em detrimento da PETROBRÁS”, detalha a força-tarefa.
De acordo com o Ministério Público Federal, ao analisar os documentos de Liechtenstein, Guilherme Esteves ‘era um dos responsáveis pela conta bancária’ Opdale, ‘com poderes para movimentá-la sozinho’; De outro lado do balcão, investigadores concluem que ‘a documentação relativa à conta Drenos Corporation S.A confirma que referida conta é de fato de propriedade de Renato Duque’. (AE)

NO BLOG DO JOSIAS
PT faz a campanha de Lula escondendo Dilma

Por Josias de Souza
Domingo, 03/12/2017 18:45
A forma como a presidente do PT celebra o resultado do Datafolha levanta a suspeita de que a companheira esteja com a febre dos políticos picados pelo mosquito que faz sumir a memória. A senadora Gleisi Hoffmann atribuiu a liderança de Lula na pesquisa “aos resultados do seu governo.” Ela emendou: “As pessoas analisam o que elas já viveram e comparam. Elas tinham renda e emprego. Hoje, voltou a pobreza e a miséria.” A amnésia apagou da análise de Gleisi a companheira Dilma Rousseff.
A gestão de Michel Temer revela-se perversa. Mas a ruína econômica não deriva da malignidade intrínseca do governo do PMDB. A recessão que espalhou desemprego e desesperança é uma consequência direta do desastre gerencial que foi o governo de Dilma, ao qual Gleisi serviu como uma cultuada chefe da Casa Civil. A febre do esquecimento afetou também a memória da senadora sobre os “resultados” da passagem de Lula pelo poder.
Na formulação da presidente do PT, o governo Lula é um borrão cor-de-rosa. Foram para o armário do esquecimento todas as mazelas que tingiram a estrela vermelha de cinza. As máculas trazem impressas as digitais de Lula. Por exemplo: a criação do mito da gerentona; a cumplicidade cega com o Mensalão e as petrorroubalheiras que vieram à luz na sua gestão; a transformação do presidencialismo de coalização num eufemismo para organização criminosa.
O PT e Lula só lembram de Dilma quando querem fazer pose de vítimas de um ''golpe''. O diabo é que madame foi deposta por seus aliados, sob regras constitucionais, numa sessão presidida pelo amigo Ricardo Lewandowski, que representava a Suprema Corte. No limite, Lula é responsável também pela perversão do governo Temer, pois foi nos seus mandatos que o PMDB tornou-se sócio do PT na fábrica de fazer propinas.
Hoje, os acionistas da massa falida que tem PT e PMDB como sócios majoritários dividem-se em dois grupos. Os que dispõem de mandato desfrutam das imunidades do cargo e do privilégio do foro do Supremo Tribunal Federal. Essa ala inclui Temer e os ministros palacianos Eliseu Padilha e Moreira Franco. Mas também inclui gente como a ré Gleisi Hoffmann.
Os que não têm mandato se encontram na cadeia ou na fila de espera. Integram esse contingente barões do PMDB como Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves. Mas também estão em cana marqueses petistas do porte de Antonio Palocci e João Vaccari Neto. José Dirceu arrasta uma tornozeleira em Brasília à espera da ordem de retorno para o xadrez. E Lula, já condenado a 9 anos e meio de cana, costeia as grades à espera da confirmação da sentença no TRF-4.
Gleisi celebra o favoritismo de Lula sem levar em conta dois detalhes: 1) para quem desceu a rampa do Planalto cavalgando uma popularidade de 84%, os 37% de intenção de votos detectados pelo Datafolha revelam que a divindade do PT também está sujeita à condição humana; 2) Para que as urnas confirmem o favoritismo de Lula, o Poder Judiciário terá de contrair a mesma febre que transforma parte da memória de Gleisi em vapor.
Na hipótese de a candidatura de Lula ficar em pé, Gleisi e o petismo talvez descubram que esconder pedaços do passado pode custar caro. Os presidenciáveis do PSDB especializaram-se em esconder Fernando Henrique Cardoso. Ocultaram até o que deveriam exibir. Isso transformou os tucanos em candidatos favoritos a fazer de seus adversários os novos presidentes da República. Esconder a gestão de Dilma, com todas as digitais de Lula, é algo tão difícil como acomodar uma baleia numa banheira jacuzzi.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
A farra bilionária dos sindicalistas pelegos está perto do fim
Dirigentes da CUT já lutam por vagas nos botes que podem depositá-los em algum gabinete do Congresso

Por Augusto Nunes
Segunda-feira, 04 dez 2017, 07h07
As reformas aprovadas pelo Congresso deveriam ter sido mais ousadas? Claro que sim. O governo federal exagerou nas concessões a bancadas orientadas pelo oportunismo? Sem dúvida. Foi muito salgado o preço pago em verbas e cargos pelo apoio de deputados e senadores? Foi. Ainda assim, bem-vindas sejam as mudanças ocorridas na legislação trabalhista, no sistema eleitoral e em outras velharias do século passado.
A cláusula de barreira, por exemplo, começará a desmatar a selva dos partidos de aluguel. A coligação em eleições proporcionais vai morrer só em 2020, mas é animador constatar que a agonia é irreversível. As relações trabalhistas enfim começaram a cruzar a fronteira do terceiro milênio. E o fim da contribuição sindical obrigatória apressou a erradicação da pelegagem viciada no ócio sem dignidade.
Como a chuva de dinheiro cessou, os chefões das entidades sindicais vão descobrindo que a farra bilionária está perto do fim. Por enquanto, a maioria dos sindicatos e federações aperta o cinto dos outros e demitem funcionários, mas alguns pelegos amamentados por governos do PT já planejam o abandono do barco condenado ao naufrágio.
Dirigentes da CUT, por exemplo, lutam por vagas nos botes que podem alcançar a Praça dos Três Poderes e depositá-los no atracadouro do Congresso, ao lado de algum gabinete parlamentar. Os náufragos vigaristas sabem que só a vida mansa de deputado é comparável ao vidaço de sindicalista pelego.

Quem é Quem
Seria uma beleza se os políticos fossem julgados por aquilo que fazem

Por J. R. Guzzo
Domingo, 03 dez 2017, 15h02
Publicado no Blog Fatos
O Brasil está precisando, cada vez mais, de um “Quem é Quem” permanente em sua vida pública, a ser publicado de preferência todos os dias, como o Diário Oficial, para que as pessoas possam ter um mínimo de noção sobre a verdadeira natureza dos políticos que andam por aí – todos eles. Em geral, no momento, esse povo é apresentado pela mídia e por suas biografias oficiais (pagas por você), como sendo deste ou daquele partido, desta ou daquela corrente, e em seus currículos aparece em destaque todo o bem que fizeram até hoje para os brasileiros e para a humanidade em geral. Esse amontoado de informações não serve para nada. Praticamente tudo que está ali, na verdade, serve justamente para ocultar quem o sujeito realmente é. O “Quem é Quem” que seria de fato útil para o Brasil é um outro. Ele mostraria quem são os nossos homens públicos não por suas palavras, mas por seus atos.
Um episódio ocorrido dias atrás demonstra com muita clareza os benefícios que a população teria com um sistema permanente de informações sobre os políticos que vivem à suas custas. Ao mostrar o que fazem, em vez de repetir o que dizem, deixaria óbvio para todos os contribuintes quem é essa gente, de fato, na vida real. Um deputado do PT de quem pouco se sabia até agora, um Paulo Pimenta, conseguiu de repente os seus cinco minutos de fama – deu “voz de prisão” num corredor do Senado a uma mulher do movimento político “Nas Ruas”, que se opõe com agressividade à esquerda e, quanto tem oportunidade, atormenta os políticos do PT e suas sesmarias. “Voz de prisão”? Isso é coisa de polícia, e não de um deputado de “esquerda”, do “campo progressista” e defensor das “causas populares”, como esse Pimenta diz que é. Mais: é hoje uma piada francamente extraordinária, neste País de roubalheira desesperada, que um deputado brasileiro, e ainda mais do PT, tenha a pretensão de dar “voz de prisão” a alguém. Deputado, hoje em dia, tem mais é de fazer o contrário: dar duro todos os dias para ver se consegue, ele próprio, ficar do lado de fora do xadrez.
O surto de “autoridade” do deputado – do tipo “eu mando prender”, etc. – foi particularmente mesquinho, como em geral acontece nesses casos. Após uma altercação com a manifestante, ele perdeu o prumo e disse para ela uma das coisas provavelmente mais infelizes que poderia ter dito: “Vai trabalhar”. Um deputado mandando alguém “trabalhar”? Com uma deixa dessas só poderia mesmo ter ouvido o que ouviu: “Eu trabalho, sim, não fico roubando como vocês”. Ficou bravo, foi tirar satisfação e levou mais uma: “Ué, o PT não rouba?” Era um caso perdido, mas o deputado, cercado pela segurança do Congresso, resolveu crescer para cima de uma mulher com metade do seu tamanho, desarmada e no exercício dos seus direitos. Aí, utilizando uma coragem que mostra bem que tipo de homem ele é, mandou a Polícia Legislativa prender a oponente. Não deu em nada, obviamente, porque a “ordem” do deputado era um disparate, fruto apenas de um acesso de neurastenia. Ela foi afastada dali, ouvida na delegacia local e de lá voltou para casa.
O deputado Jair Bolsonaro, que causa tantos pesadelos ao Brasil civilizado por suas convicções “totalitárias”, nunca mandou prender ninguém em sete mandatos consecutivos como parlamentar. O deputado Paulo Pimenta, que passa por um formoso democrata dedicado à proteção dos pobres e desvalidos, pensa automaticamente em “cadeia” logo na primeira vez que toma uma pancada. É assim que as coisas deveriam aparecer no “Quem é Quem”. Jair Bolsonaro é Jair Bolsonaro. Paulo Pimenta é o PT em estado puro, exatamente como ele e o seu partido são.


NO O ANTAGONISTA
GEBRAN CONCLUI VOTO SOBRE PRISÃO DE LULA
Brasil Segunda-feira, 04.12.17 00:50
O Zero Hora informa que o desembargador Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF-4, concluiu seu voto sobre o recurso de Lula contra condenação de primeira instância no caso do Triplex.
Gebran levou apenas 100 dias para analisar o processo. Seu voto já seguiu para o revisor e deve ser julgado na Turma no início de 2018.
O voto decisivo
Brasil 04.12.17 07:24
O desembargador João Pedro Gebran Neto concluiu seu voto sobre Lula.
Ele foi facilitado pelo fato de que há uma montanha de provas contra o comandante máximo da ORCRIM.
O empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, confessou o pagamento de propinas a Lula.
E ele foi condenado pelo próprio TRF-4 por esse motivo.
A decisão da Oitava Turma sobre Lula vai determinar o futuro da democracia brasileira.

O TRF-4 no pedestal
Brasil 04.12.17 07:04
O desembargador João Pedro Gebran Neto merece uma estátua.
Ele sabe que o Brasil precisa de respostas rápidas da Lava Jato.
Por isso mesmo, acelerou o ritmo e relatou o caso de Lula em exatos 100 dias.
O jornal Zero Hora explicou os próximos passos do julgamento:
1) Revisor da Lava Jato no TRF-4, Leandro Paulsen, examina o processo e elabora seu voto.
2) Votos são disponibilizados para os três desembargadores da 8ª Turma.
3) Quando os três integrantes estiveram com seus votos prontos, o presidente da turma, Leandro Paulsen, marca o julgamento da apelação.
4) Se o julgamento for por unanimidade, cabem embargos de declaração, recurso para explicar algum ponto da decisão. Contudo, em caso de condenação, os desembargadores podem decretar execução imediata da pena.
Sim, o comandante máximo da ORCRIM pode ser preso.
Proteção aos bancos suíços atrapalha investigações, diz ex-procurador
Mundo Domingo, 03.12.17 17:00
Stefan Lenz, o procurador que comandava, até outubro de 2016, as investigações da Lava Jato na Suíça pediu demissão do cargo emitindo críticas à gestão do Ministério Público de seu país.
“O Ministério Público Federal Suíço não está e não estava equipado com recursos suficientes para lidar com esses procedimentos tão complexos”, disse Lenz à Folha.
“Falta mão de obra e até a remuneração foi alterada. Restaram, assim, duas opções: renunciar à situação insustentável ou conviver com resignação interna.”
O jornal questionou se há falta de interesse para que a investigação avance.
“Apesar de o setor financeiro da Suíça estar no meio desse escândalo, um caso desta magnitude, como a Lava Jato, talvez não seja totalmente revelado por causa da escassez de recursos e diante da proteção aos bancos.
Parece-me que existe uma falta de vontade política para coordenar tais casos excepcionais com recursos adicionais, processá-los de forma eficiente e completa, e assim contribuir muito mais para a limpeza do centro financeiro suíço.”

Deve ser duro viver num país assim.













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