TERCEIRA EDIÇÃO DE 23-11-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO DIÁRIO DO PODER
Irritado, Garotinho disse que precisava de R$ 5 milhões, afirma delator
Empresário relatou supostos métodos do ex-governador do Rio

Publicado quinta-feira, 23 de novembro de 2017 às 15:43
Da Redação
O empresário André Luiz da Silva Rodrigues, delator da Operação Caixa D’Água, revelou aos investigadores como agia Anthony Garotinho (PR), ex-governador do Rio preso nesta quarta-feira, 23, com a mulher Rosinha, que também chefiou o Executivo fluminense. Em depoimento às promotoras eleitorais Maristela Naurath Rebello de Faria e Ludimila Bissonho Rodrigues, do Ministério Público do Estado, no dia 19 de julho, Rodrigues detalhou uma reunião no escritório de campanha de Garotinho, na Torre Rio Sul, realizada em setembro de 2014. Ele disse que foi ‘convocado’ para uma reunião com o ‘Líder’, segundo ele como Garotinho é chamado, por um telefonema de Dinalva, então secretária do ex-governador.
“Que Garotinho entrou na sala muito irritado, ficou em pé na cabeceira da mesa e disse que seria breve e que precisava de 5 milhões de reais para a campanha e que era para cada um dos presentes dar 1 milhão de reais”, relatou André Rodrigues.
“Que o declarante não entendeu porque estava ali, já que tinha ido a Brasília por umas quatro vezes, quando Garotinho era deputado, para tentar receber seus créditos junto à prefeitura de Campos, entendendo que não tinha condições financeiras de fazer nenhuma doação.”
O depoimento de Rodrigues é apontado como peça importante no conjunto de provas contra os ex-governadores.
Na ocasião, Rosinha Garotinho era prefeita de Campos dos Goytacazes, Norte do Rio. Garotinho era secretário municipal da gestão da mulher.
“Os gestores municipais não tinham autonomia para realizar nenhum pagamento, sem autorização de Garotinho”, seguiu o empresário. “Toda vez que o declarante falava em pagamento com Garotinho, ele abria um programa em um tablete e conferia a movimentação financeira do Município, que era atualizada diariamente. Ele sabia quem havia recebido algum valor, quem tinha nota a ser paga.”
Segundo André Rodrigues, o então secretário de Controle do governo Rosinha, Suledil Bernardino, costumava reter notas fiscais, antes de enviá-las à Secretaria de Fazenda, ‘tanto para ganhar tempo como para exigir que o empresário fosse implorar pelo pagamento, a fim de ficar devendo favores’.
O colaborador contou que um outro empresário disse na reunião que ‘já tinha feito doação oficial e que estava com dificuldades, também pelos atrasos de pagamento da prefeitura de Campos’.
Segundo Rodrigues, outros empresários que estavam no escritório político de Garotinho também reclamaram. Um deles disse que ‘Ari’, de uma construtora, ‘mandou oferecer 500 mil reais para ajudar’.
“Garotinho falou que era ‘para mandar Ari enfiar os 500 mil no cú, que eu não quero essa porra desse dinheiro dele, porque ele está lá fazendo campanha para Pezão, gastando os tubos, gerando prejuízo pra mim'”, afirmou o delator.
“Dali mesmo, Garotinho autorizava os pagamentos”, afirmou André Rodrigues. “Era comum, entre os servidores municipais, dizer que nada era pago sem ordem do chefe Garotinho. Suledil, da Secretaria de Controle, sempre falava que todo mundo sabia quem deveria ordenar qualquer pagamento, referindo-se a Anthony Garotinho. Era comum receber ligações de gestores municipais e do próprio Garotinho para resolver problemas da Prefeitura, como conserto de ar condicionado para médicos em Farol de São Tomé, problemas em hospital, etc.”
O colaborador relatou às promotoras eleitorais que ‘quem se opunha a obedecer as ordens de Garotinho e seu grupo sofria retaliação, principalmente, com o atraso de pagamento de faturas’.
Sua empresa, entre os anos de 2012, 2013 e 2014, acumulou créditos com a Prefeitura de Campos, por serviços prestados e não recebidos, por isso ‘estranhou o fato de (Garotinho) ter pedido 5 milhões’. (AE)

PMDB decide expulsar a senadora Kátia Abreu do partido
Por unanimidade, Conselho do partido decidiu expulsar a senadora

Publicado quinta-feira, 23 de novembro de 2017 às 15:02 - Atualizado às 15:11
Por André Brito
O Conselho de Ética do PMDB Nacional decidiu, por unanimidade, expulsar a senadora Kátia Abreu (TO) do partido. Abreu, junto com o também senador Roberto Requião (PR), adotaram seguidas vezes posições contrárias à orientação do partido e o parecer do colegiado foi apoiado por todos os membros.
Durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Kátia e Requião adotaram posição de defesa da petista apesar do rompimento do PMDB com o governo à época. Ambos acabaram por integrar a pequena base de apoio de Dilma durante as reuniões da comissão especial e nas sessões em plenário, o que irritou a direção do partido.
Em nota, o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), disse que o partido "acatará de imediato a decisão do Conselho de Ética" e vai cancelar a filiação partidária da parlamentar. "A medida demonstra nova fase de posicionamento do partido", finaliza a nota.

Lava Jato acha áudio da propina com Rei do Ônibus: ‘é 1 milhão por mês’
Gravação ambiental estava anexada a e-mail de Jacob Barata Filho

Publicado quinta-feira,  23 de novembro de 2017 às 12:08
Da Redação
A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Rio, encontrou no e-mail do empresário Jacob Barata Filho, o ‘Rei do Ônibus’, um ‘áudio da propina’. O arquivo estava anexado a uma mensagem de título ‘maluco’ e foi anexado a uma ação penal perante o juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Criminal Federal, do Rio.
Segundo o Ministério Público Federal, ‘maluco’ é o codinome do ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro), Rogério Onofre nas planilhas do operador de propinas Álvaro Novis – delator da Lava Jato. A gravação ambiental, afirma a Procuradoria, pegou um diálogo entre o Rei do Ônibus, Rogério Onofre e os empresários do setor de Transporte do Rio, José Carlos Lavouras, Lélis Marcos Teixeira e Marcelo Traça Gonçalves.
“No diálogo, é clara a negociação de valores de propina entre os réus”, afirmou o Ministério Público Federal ao juiz Bretas.
No dia 14 de novembro, Marcelo Traça Gonçalves prestou depoimento a força-tarefa da Lava Jato. O empresário é colaborador da Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato que pegou de novo a cúpula do Transporte do Rio e também o presidente licenciado da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, e os deputado estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi. Todos do PMDB.
Marcelo Traça Gonçalves declarou à Procuradoria da República que não se lembrava ‘especificamente’ dessa reunião, mas reconheceu as vozes dos empresários.
“Após ouvir o áudio, o depoente pode afirmar que reconhece as vozes de Rogério Onofre, de José Carlos Lavouras, de Lélis Marcos Teixeira e de Jacob Barata Filho”, afirmou o empresário. “Lélis Marcos Teixeira é a pessoa que fala “quando tinha tarifa tinha outra coisa, um plus … “; que o declarante reconhece a voz de Jacob Barata Filho como o interlocutor a partir do trecho ‘Marcelo, pra trás não existe. Ou ele vai se convencer de que pra trás não existe e que é um milhão por mês a partir desse mês, tá certo?’.”
No depoimento, Marcelo Traça Gonçalves declarou também ‘antes das reuniões do Conselho da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro) era comum que Lélis, Lavouras e Barata se reunissem previamente em particular, muitas vezes fazendo com que os demais conselheiros ficassem aguardando’.
“Essa reunião prévia entre Lélis, Lavouras e Barata era por eles denominada de ‘conselhinho’; que o depoente não tinha conhecimento dessa gravação”, disse Marcelo Traça Gonçalves.
Na primeira parte do diálogo, um homem não identificado diz. ‘Eu nunca te tratei como capacho. Isso não existe, cara! Sempre te considerei, porra!”
Em seguida, Rogério Onofre se refere a ‘Zé Carlos’. “Eu recebo um milhão há mais de um ano e meio, desde a casa do caralho. A partir de setembro, vocês, por vontade sua foi lá cortou e botou seiscentos. Eu fiquei quatro meses sem receber.”
José Carlos Lavouras responde. “Não, não, vc tá enganado. Os quatrocentos a mais era por tarefa. Eu tô te falando!”
“ Tarefa? Que tarefa? Eu recebia há dois anos, pô! Tem tarefa todo ano?”, diz Onofre.
“Foi o que foi combinado. Foi o que foi combinado…”, afirma Lavouras.
“Eu não sei como funciona isso lá. Eu só tô te falando isso. E me pagou! Olha só. E me pagou até dezembro”, reclama Onofre.
“O nosso acerto… O nosso acerto…”, inicia Lavouras.
“Cê não me pagou em setembro, não me pagou em outubro e novembro, mas quando foi dezembro chegou e acertou tudo. Eu não tô cobrando não!”, continua Onofre.
Adiante, o ex-presidente do Detro afirma. “Mas eu recebia um milhão por mês há dois anos.”
“Acertaram uma tarefa todo mês que passaram pra mim, daí eu paguei e dividi pra você. Eu paguei dividido, mas paguei aquilo tudo por que? Eu já tinha acertado um “esquema” porque o nosso acerto era 600 mil reais por mês, onde era 350 do Rio e o resto do Estado”, explica Lavouras.
“Então, tá bom, alguém me deu 400 mil durante um ano e meio, que eu não sei quem é e eu fico agradecido”, diz Onofre.
Em outro trecho da diálogo, o Rei do Ônibus se manifesta. “Marcelo, pra trás não existe. Ou ele vai se convencer de que pra trás não existe e que é um milhão por mês a partir desse mês, tá certo? Ou então não vamos chegar a um denominador. E pra falar com ele eu vou ter que me aborrecer com ele. Porque não existe pra trás porque ele não fez porra nenhuma do que ele contratou comigo e vou ter que falar isso de qualquer maneira. Tô evitando falar porque ele tratou comigo, depois parou em dezembro, depois parou em janeiro, depois parou em fevereiro, parou em março. Então, ele não fez um puto do que ele combinou comigo. Tô evitando falar porque vou me aborrecer com ele. Então…”
Em seguida, a transcrição ligada a Marcelo Traça é ‘inaudível’.
O Rei do Ônibus volta à cena. “Marcelo, Marcelo, na saída a gente conversa, tá certo? É um milhão por mês e não tem pra trás porque não fez merda nenhuma pra trás. Se você quiser que eu fale com ele eu vou falar. Você tem que avaliar se vale a pena. Porque eu vou falar pra ele: ‘não recebeu porque não fez merda nenhuma’.”
Jacob Barata Filho está preso. Ele tem contra si dois mandados de prisão, um da Cadeia Velha e outro da Operação Ponto Final, que também investiga corrupção no Transporte do Rio.
O empresário foi capturado em 14 de novembro pela Polícia Federal na Cadeia Velha. O Rei do Ônibus estava em casa, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
A primeira prisão de Jacob Barata Filho ocorreu em 2 de julho na Operação Ponto Final. Em 17 de agosto, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, mandou soltar o ‘Rei do Ônibus’. O juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal, ordenou nova prisão. Gilmar soltou mais uma vez. No dia 16 de novembro, a juíza federal Caroline Vieira Figueiredo, da 7.ª Vara Federal Criminal, do Rio, decretou o novo mandado de prisão contra Barata Filho. (AE)

NO O ANTAGONISTA

STF TEM MAIORIA PARA RESTRIÇÃO DO FORO
Brasil Quinta-feira, 23.11.17 16:18
Com pedido de vista ou não, o STF já tem maioria para restringir o foro privilegiado.
Seis ministros votaram para que o benefício só valha para crimes cometidos por deputados e senadores durante o mandato e em razão da função desse cargo.
Crimes comuns cometidos por congressistas antes de eles assumirem a função pública passariam a ser julgados pela primeira instância, não mais pelo STF.
Exclusivo: “índios” usam carro do Ibama para invadir fazenda Brasil 23.11.17 15:23
Oitenta “índios” invadiram a Fazenda Baia da Bugra, em Pantanal da Nabileque, no Mato Grosso do Sul. Agora são cinco as fazendas invadidas na região, todas de gado de corte. Um carro do Ibama foi usado na invasão.
Outras doze estão ameaçadas de invasão por “índios”.
São elas:
Fazenda Boa Sorte
Fazenda Pau Fincado
Fazenda Baia dos Carneiros
Fazenda Terra Preta
Fazenda Vila Real
Fazenda Ressaco
Fazenda Santa Márcia
Fazenda Capim Gordura
Fazenda Lontra
Fazenda Esteio
Fazenda São Sebastião
Fazenda Independência
Esses “índios” interessados em gado de corte trabalham para frigorífico?
Procuradora diz que mulher de Cabral tem “verdadeiro séquito” de empregados
Brasil 23.11.17 14:59
O TRF-2, no Rio de Janeiro começou a julgar o pedido do MPF para que Adriana Ancelmo, esposa de Sérgio Cabral, volte para a cadeia. Atualmente, ela cumpre prisão domiciliar.
O G1 registra que a procuradora Mônica de Ré diz que filhos de Adriana Ancelmo têm “verdadeiro séquito” de empregados para cuidar de seus filhos menores de 12 anos.
Ontem testemunha, hoje preso
Brasil 23.11.17 14:59
O Globo conta que o empreiteiro Maciste Granha de Mello Filho assinou como testemunha o auto de prisão de Sérgio Cabral, há pouco mais de um ano.
Maciste mora no mesmo prédio de Cabral e Adriana Ancelmo, na rua Aristides Espínola, no Leblon. Em 17 de novembro de 2016, estava saindo para caminhar na orla, cruzou com os agentes na portaria e atendeu à solicitação deles para assinar o auto.
Hoje, os agentes da PF foram diretamente ao apartamento do empreiteiro, acusado de pagar mais de R$ 500 mil ao esquema de Cabral.
Para Crivella, o casal Garotinho é “pobre e honesto”
Brasil 23.11.17 12:34
Marcelo Crivella, prefeito do Rio disse à Folha que o casal Anthony e Rosinha “pode ter feito alguma bobagem na campanha”, mas é “pobre e honesto”. No entender de Crivella, os dois estão sendo injustiçados.
“O Garotinho é pobre. É um cara que não tem nenhum tostão.”
Numa entrevista em 2012, FHC afirmou que o petista José Dirceu errou, mas não era um bandido.
Ciro procura palanques
Brasil 23.11.17 11:49
Ciro Gomes, presidenciável pelo PDT, está em busca de palanques nos Estados.
O Valor noticia que há negociações avançadas em sete Estados: São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco e Sergipe.




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