PRIMEIRA EDIÇÃO DE 10-11-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sexta-feira, 10 de Novembro de 2017
Dinheiro pode ter sido levado a Portugal por ‘Rose’
Rosemary Noronha, a “Rose”, amiga íntima de Lula, é uma das hipóteses das autoridades portuguesas na tentativa de identificar os donos dos 40 milhões de euros (R$153 milhões) abandonados no Banco Espírito Santo, sem que ninguém os reclame. A suspeita é que ao menos parte desse dinheiro é de brasileiros. O banco português, em liquidação, investiu os recursos em outros bancos em contas “jumbo”.
€25 milhões
Em 2012, o então deputado Anthony Garotinho (RJ) denunciou que “Rose” levou a Portugal 25 milhões de euros. Jamais foi desmentido.
Carona amiga
Garotinho disse que Rose foi a Lisboa com Lula levando os 25 milhões no avião presidencial. Jamais foi processado por causa da denúncia.
Agência do Porto
O dinheiro levado por Rose, reafirma agora Garotinho, fora depositado em agência do Banco Espírito Santo na cidade do Porto.
Carro forte
Para levar todo aquele dinheiro ao Porto, Rose usou uma empresa de transporte de valores, cuja apólice de seguro a cita como responsável.
Cartão corporativo consumiu R$1,2 bi desde 2002
Até o dia 30 de setembro o Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira) registrou 2.907.252 despesas com cartões de pagamento do governo federal, os famosos cartões corporativos, que totalizam gastos de R$1,2 bilhão (exatos R$1.261.476.232,79) desde que foram criados em 2002. O ano de maior despesa foi o último ano do governo Lula, quando a gestão petista conseguiu torrar mais de R$80 milhões.
Em 2017
Apenas este ano, o total gasto com os cartões do governo ultrapassou os R$33,4 milhões para bancar despesas do governo Temer.
Maior gastador
A Presidência da República é responsável pela maior parte dos gastos com cartões. Somente em 2017 foram R$8,5 milhões.
Segure o bolso
Cada vez que um funcionário público usa um cartão corporativo do governo isso custa R$434, em média, ao contribuinte brasileiro.
Constitucionalidade garantida
O Planalto espera que a Declaração de Constitucionalidade da reforma trabalhista no STF elimine as duvidas citadas pelos ativistas da magistratura. Mesmo que um artigo seja considerado inconstitucional, o STF pode alterar sua interpretação e evitar conflito com a Constituição.
Casamento feliz
Michel Temer sofre quando pensa que poderá perder o ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores), com a saída do PSDB do seu governo. Nunes no Itamaraty é, para o presidente, um casamento que deu certo.
Desista, presidente
O afastamento de Tasso Jereissati da presidência interina do PSDB fez Michel Temer alimentar novamente a esperança de manter os tucanos em sua base aliada. Mas isso dificilmente ocorrerá.
Fd(*)!*Pq(*)!
O pau cantou ao telefone, ontem, quando o senador Aécio Neves pediu a Tasso Jereissati para entregar o cargo. O mineiro viu agigantar-se na outra ponta da linha a poção “coroné dozoio azul” do colega cearense.
Anrã...
Ao contrário de 2015, quando se manteve na presidência do PSDB e articulou a própria reeleição, Aécio Neves disse que afastou Tasso Jereissati (CE) “para manter a isonomia entre os candidatos”.
Regalias garantidas
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) pediu licenças médica e “para tratar de interesse particular” por 121 (e não 120) dias. Assim, Sérgio Rogério de Castro (PDT), o suplente, terá todas benesses do mandato.
Vai para o SUS, ministro
Após internação do ministro Ricardo Barros (Saúde) no hospital Sírio-Libanês, voltou à tona projeto do deputado Cabo Daciolo (Avante-RJ), que obriga políticos e familiares a usarem o SUS, durante o mandato.
Pergunta na fila do SUS
Quando adoecem, por que presidentes e ministros e outros figurões da política não recorrem ao SUS que proporcionam à população?

NO DIÁRIO DO PODER
Odebrecht usou banco de Andorra para pagar R$650 milhões em propina
Propinoduto da Odebrecht saía do principado de Andorra

Publicado quinta-feira, 09 de novembro de 2017 às 21:10 - Atualizado às 00:01
Da Redação
O pequeno principado europeu de Andorra foi incluído na lama da Lava Jato com a revelação da Odebrecht de ter usado o "Banca Privada d'Andorra (BPA)" para pagar cerca de US$ 200 milhões (R$ 660 milhões) a políticos, servidores, empresários e "laranjas" de oito países da América Latina: Brasil, Equador, Peru, Chile Uruguai, Argentina, Panamá e Colômbia.
De acordo com reportagem do jornal El País, que diz ter tido acesso a documentos da investigação, a revelação veio à tona após intervenção do governo de Andorra no BPA, em 2015, em meio a investigação sobre lavagem de dinheiro. Depois de denunciado pelo Departamento do Tesouro dos EUA por acobertar dinheiro de criminosos, o BPA cedeu à pressão internacional e suspendeu o sigilo dos donos de 145 contas.
A Odebrecht transferiu a propina mascarada como pagamentos por serviços e obras, não realizados. A investigação apura os responsáveis pela abertura das contas, apesar das restrições a Pessoas Politicamente Expostas (PEP) e avisos do departamento de compliance do banco. O El País afirma haver centenas de documentos, como passaportes, cartas de apresentação, questionários confidenciais de clientes e relatórios sobre a avaliação de risco, além de atas de empresas offshore utilizadas pela Odebrecht para operar o esquema.
A reportagem trata as novas revelações como "uma bomba política que revelou pagamento de propina em 12 países da América Latina e cujos estilhaços já impactaram os presidentes Michel Temer, Juan Manuel Santos (Colômbia) e Danilo Medina (República Dominicana). E também os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Ollanta Humala (Peru), que está preso pelo escândalo". Não há documentos, pelo menos entre os que o jornal teve acesso, envolvendo políticos brasileiros.

Câmara aumenta tempo de cumprimento de pena para preso ter direito a "saidão"
Preso por crime hediondo terá de cumprir até 60% da pena para ter benefício

Publicado quinta-feira,  09 de novembro de 2017 às 17:00
Da Redação
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou hoje (9) o projeto de lei que restringe as possibilidades do chamado “saidão” de presos condenados no regime semiaberto para visitar familiar ou participação em atividades externas. De acordo com o projeto, para conseguir o benefício, o preso deve ter cumprido pelo menos metade da pena, se ele for reincidente. A legislação atual prevê cumprimento de, pelo menos, um quarto da pena para reincidentes.
A nova proposta também inclui restrição para condenados por crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas e terrorismo. Nesses casos, o preso só poderá ser liberado para o “saidão” se cumprir pelo menos dois quintos da pena, em caso de réu primário, e três quintos da pena, se for reincidente.
O projeto reduz de sete para quatro dias o prazo de validade da autorização judicial da liberação e permite a renovação do benefício por apenas uma vez durante o ano, e não mais quatro vezes como a lei vigente determina. O projeto também prevê que o cometimento de crime durante a saída temporária deve ser incluído entre os agravantes de pena previstos no Código Penal.
O texto, de autoria do deputado Alberto Fraga (DEM-DF), altera a Lei de Execução Penal, com o objetivo de impedir que bandidos considerados perigosos aproveitem as saídas temporárias para fugir e cometer novos crimes. O deputado disse que esse tipo de criminoso se submete às disciplinas da prisão apenas para obter os benefícios da progressão de regime e da liberação para os saidões.
A proposta original do parlamentar eliminava totalmente a autorização para a saída temporária sem vigilância direta, mas, durante as discussões em plenário, o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) apresentou a emenda que garante o “saidão”, porém com requisitos mais rigorosos.

NO BLOG DO JOSIAS
Tucanato revive a fábula do sapo e do escorpião

Por Josias de Souza
Sexta-feira, 10/11/2017 01:12
Nenhum outro partido ilustra de forma tão paradigmática a crise que se abateu sobre a política brasileira do que o PSDB. Nascido de uma costela do PMDB, o partido fazia pose de representante da ética e da modernidade. Até bem pouco, apresentava-se como um contraponto à devassidão do PT. Hoje, frequenta o centro do palco como uma aberração circense: é o primeiro partido da História a ser comandado por um defunto político. Chama-se Aécio Neves. Voltou à vida para matar a presidência interina de Tasso Jereissati.
No momento, o PSDB dedica-se a testar até onde pode ir no seu desprezo pela opinião pública. Ao desafiar a própria sorte de maneira tão desassombrada, o tucanato revela que não se deu conta de que a roleta russa também é uma modalidade de suicídio.
Desde que Aécio Neves virou um colecionador de inquéritos criminais, o PSDB teve várias chances de se livrar dele. Na última oportunidade, os senadores tucanos, entre eles Tasso Jereissati, ajudaram a anular as sanções que o Supremo havia imposto a Aécio. Devolveram-lhe o mandato.
Os tucanos comportaram-se como o sapo da fábula, que concorda em ajudar um escorpião a atravessar o rio. No meio da travessia, o escorpião resolve picar quem o socorria. "Por quê?, perguntou o sapo. Não resisti, é da minha natureza, respondeu o escorpião." O PSDB, autoconvertido em sapo, afunda num rio de lama abraçado a Aécio, seu escorpião de estimação.

‘Governo interveio no PSDB’, diz senador tucano
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 09/11/2017 19:54
O senador tucano Cássio Cunha Lima, vice-presidente do Senado, disse que a destituição de Tasso Jereissati do posto de presidente interino do PSDB tem as digitais de Michel Temer. “O governo interveio no partido”, disse Cássio ao blog. “Isso é muito grave. Terá uma consequência interna, que é o fortalecimento da candidatura de Tasso ao comando do partido. E repercutirá além das fronteiras do PSDB. Vai sacudir o cenário político.”
Cássio declarou-se “surpreso” com o gesto de Aécio Neves. Licenciado da presidência da legenda, ele retornou ao posto apenas para interromper a interinidade de Tasso, repassando-a para o ex-governador paulista, Alberto Goldman. Trata-se de um tucano ligado ao senador José Serra e ao ministro Aloysio Nunes Ferreira (Itamaraty), ambos de plumagem governista. Goldman comandará o PSDB até a convenção nacional marcada para o dia 9 de dezembro.
“Ficaremos muito atentos aos métodos que o governo vai utilizar”, declarou Cássio, preocupado com os rumos da convenção partidária. “Na política, pode-se ganhar ou perder. Mas essa intervenção do governo no PSDB não é prenúncio de boa coisa. Esse governo já demonstrou que é capaz de usar todos os métodos — os ortodoxos e os heterodoxos.”
Cássio acrescentou: “Não admitiremos passivamente a compra de convencionais, a pressão sobre governadores por meio de convênios, a tentativa de influenciar o voto com a oferta de empregos e vantagens. A essa altura, não é possível estimular essa pedagogia do atraso.”
"O que acontecerá se os quatro ministros do PSDB desrespeitarem uma eventual decisão do partido a favor de desembarcar do governo?", quis saber o repórter. E Cássio: “A partir de decisão partidária, tomada pela instância máxima do PSDB, os ministros que quiserem participar do governo terão, evidentemente, que sair do partido. Do contrário, o partido deixaria de existir. Não faz sentido aceitar o desrespeito a uma decisão da convenção.”

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Editorial do Estadão: Sindicalismo preguiçoso
A realidade mudará quando sindicatos passarem a olhar para aqueles que devem representar

Por Augusto Nunes
Publicado sexta-feira - 10 nov 2017, 07h14
O fim do imposto sindical – que correspondia ao desconto compulsório de um dia de trabalho de todos os empregados com carteira assinada –, um dos principais avanços da reforma trabalhista, que passa a vigorar a partir do dia 11 deste mês, naturalmente, não foi bem assimilado por sindicatos acostumados a receber muito dinheiro em troca de pouco, ou nenhum, trabalho.
Tão logo a Lei n.º 13.467, que instituiu as alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), foi sancionada pelo presidente Michel Temer, no dia 13 de julho deste ano, começou a choradeira dos sindicatos, que passaram a buscar outras formas alternativas, igualmente autoritárias, de impor aos trabalhadores um novo ônus que pudesse compensar – e em alguns casos até superar – os recursos até então confortavelmente auferidos.
Alguns sindicatos, vinculados a diferentes centrais, resolveram simplesmente ignorar a lei e transformaram as suas próprias assembleias em edículas do Congresso Nacional, aprovando novas formas de “contribuição” a serem pagas por todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, como uma espécie de compensação pelo fim do imposto sindical.
O sindicato dos metalúrgicos de São Paulo, por exemplo, vinculado à Força Sindical, chegou a aprovar em uma assembleia realizada no início de outubro uma “contribuição” correspondente a 1% do salário anual dos trabalhadores. Para ter uma ideia do disparate, caso passasse a ser cobrada, a gatunagem envernizada representaria 3,5 vezes o valor pago anteriormente pelos trabalhadores como imposto sindical, ora extinto.
O fato de essa exorbitância ter sido considerada ilegal pelo Ministério Público do Trabalho, por óbvia afronta à Lei n.º 13.467 – que proíbe expressamente qualquer desconto sindical sem a autorização do trabalhador – e também à Constituição, que não dá às assembleias de sindicatos as prerrogativas do Poder Legislativo, não foi suficiente para aplacar a sanha de sindicalistas que querem continuar sendo abastecidos por grandes fortunas sem ter de se esforçar para convencer aqueles que representam, ou deveriam representar, da importância social de suas funções.
A nova investida para a manutenção de alguma forma de financiamento obrigatório dos sindicatos é encampada pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), que acumula suas funções legislativas com a presidência da Força Sindical. De acordo com a Coluna do Estadão, o deputado estaria negociando com o colega Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, a volta do imposto sindical por meio de um projeto de lei a ser votado em regime de urgência na Casa. A medida seria incluída em outro projeto de lei, já em tramitação, sem qualquer vinculação com o imposto sindical. O contrabando seria um subterfúgio para acelerar a aprovação da medida que oneraria ainda mais a classe trabalhadora.
Sindicatos sérios, dignos da função social a eles reservada, são os que realmente lutam pelos interesses dos trabalhadores que representam, assegurando-lhes o necessário equilíbrio de forças que deve haver em uma mesa de negociação que se pretende justa.
Sentindo-se representados e protegidos em suas relações de trabalho, os empregados não se furtariam a contribuir voluntariamente para o funcionamento de suas entidades de classe. Mas não é isso o que se tem. Tanto é assim que os sindicatos se prestam a defender com afinco o privilégio que lhes garantia o dinheiro farto e fácil.
A realidade da representação sindical no Brasil – hoje pulverizada e muito distante dos corações e mentes da massa de trabalhadores que deveria defender – mudará para melhor quando os sindicatos deixarem de servir a governos, a partidos e a uns poucos pelegos e passarem a olhar para as necessidades daqueles que devem representar, e não para a manutenção de seus próprios privilégios.


NO J. R. GUZZO - FATOS (VEJA.COM)
Inimigo do Povo
O afastamento do jornalista William Waack, acusado de 'racismo' pela Rede Globo, é um clássico em matéria de hipocrisia e oportunismo

Por J.R. Guzzo
Quinta-feira, 09 nov 2017, 17h14 - Publicado em 9 nov 2017, 17h12
A maior parte dos meios de comunicação do Brasil, com a Rede Globo disparada na frente, está se transformando num serviço de polícia do pensamento livre. É repressão pura e simples. Ou você pensa, fala e age de acordo com a atual planilha de ideias em vigor na mídia ou, se não for assim, você está fora. Os chefes da repressão não podem mandar as pessoas para a cadeia, como o DOPS fazia antigamente com os subversivos, mas podem lhes tirar o emprego. É isso, precisamente, o que o comando da Globo acaba de fazer com o jornalista William Waack, estrela dos noticiários da noite, afastado das suas funções por suspeita de racismo. Por suspeita, apenas – já que a própria emissora não garante que ele tenha mesmo feito as ofensas racistas de que é acusado, numa conversa particular ocorrida um ano atrás nos Estados Unidos. Mas, da mesma forma como se agia no Comitê de Salvação Pública da velha França, que mandava o sujeito para a guilhotina quando achava que ele era um inimigo do povo, uma acusação anônima vale tanto quanto a melhor das provas.
William não foi demitido do seu cargo por ser racista, pois ele não é racista. Em seus 21 anos de trabalho na Globo nunca disse uma palavra que pudesse ser ofensiva a qualquer raça. Também nunca escreveu nada parecido em nenhum dos veículos de imprensa em que trabalha há mais de 40 anos. Nunca fez um comentário racista em suas numerosas palestras. O público, em suma, jamais foi influenciado por absolutamente nada do que ele disse ou escreveu durante toda a sua carreira profissional. O que William pensa ou não pensa, na sua vida pessoal, não é da conta dos seus empregadores, ou dos colegas, ou dos artistas que assinam manifestos. O princípio é esse. Não há outro. Ponto final.
William Waack foi demitido por duas razões. A primeira é por ser competente – entre ele, de um lado, e seus chefes e colegas, de outro, há simplesmente um abismo. Isso, no bioma que prevalece hoje na Globo e na mídia em geral, é infração gravíssima. A segunda razão é que William nunca ficou de quatro diante da esquerda brasileira em geral e do PT em particular – é um cidadão que exerce o direito de pensar por conta própria e não obedece à atitude de manada que está na alma do pensamento “politicamente correto”, se é que se pode chamar a isso de “pensamento”. Somadas, essas duas razões formam um oceano de raiva, ressentimento e neurastenia.
A punição a William Waack tem tudo para se tornar um clássico em matéria de hipocrisia, oportunismo e conduta histérica. A Rede Globo, como se sabe, renunciou à sua história tempos atrás, apresentando – sem que ninguém lhe tivesse solicitado nada – um pedido público de desculpas por ter apoiado “a ditadura militar”. Esse manifesto, naturalmente, foi feito com o máximo de segurança. Só saiu vários anos depois da “ditadura militar” ter acabado e, sobretudo, depois da morte do seu fundador, que não estava mais presente para dizer se concordava ou não em pedir desculpas pelo que fez. A emissora, agora, acredita estar na vanguarda das lutas populares – não falta gente para garantir isso aos seus donos, dia e noite. William Waack, com certeza, só estava atrapalhando.

NO O ANTAGONISTA
A propina de Eike para Lula
Brasil Sexta-feira, 10.11.17 08:02
Eike Batista revelou num de seus anexos que “coube a José Carlos Bumlai negociar a propina que seria paga pelo império X a Lula”, diz a Veja.
Se quiser saber do que se trata, releia aqui:
Eike precisa esclarecer papel de Lula em favor da OSX
Brasil 17.07.17 16:35
Eike Batista, que negocia sua delação premiada, precisa esclarecer um dos pontos obscuros sobre eventual papel de Lula para favorecer o estaleiro OSX em contratos com a Sete Brasil.
O delator Fernando Baiano contou em 2015 que recorreu a José Carlos Bumlai, em nome de Eike, para conseguir apoio de Lula. Bumlai teria até intermediado encontros com Baiano e o ex-presidente em seu instituto.
Baiano disse que, mesmo sem a concretização do negócio, antecipou a Bumlai o pagamento de R$ 2 milhões. Segundo o pecuarista, o valor serviria para pagar parte de uma dívida imobiliária de uma nora de Lula no valor total de R$ 3 milhões.
A versão do lobista, que diz ter pago apenas R$ 1,5 milhão, até hoje não foi confirmada. A PF descobriu apenas que uma empresa de Bumlai (Transportadora São Fernando) recebeu o depósito de R$ 1,5 milhão da CTR Alcântara, de Paulo Tupinambá, que tinha negócios com a Petrobras.
Eike e Tupinambá hoje são testemunhas de Funaro e Cunha.
“A defesa legal da corrupção sistêmica”
Brasil 10.11.17 07:51
Joaquim Falcão, da FGV, disse que “está em curso o que chamamos de defesa legal da corrupção sistêmica”.
Ele explicou na Folha de S. Paulo o que foi feito até agora:
“Busca-se dividir o Supremo Tribunal Federal, torná-lo inseguro. Afastá-lo do senso comum da indignação popular. Não votam novas leis e emendas anticorrupção. Tenta-se detonar a necessária mudança do foro privilegiado. Coloniza-se a Justiça eleitoral. Adia-se ou distorce-se a reforma política. E que os políticos acusados de corrupção continuem financiados pelos mesmos corruptores.
A ponta do iceberg dessa operação antidemocrática foi o caso do senador Aécio Neves. Um Supremo hesitante — com alguns ministros quase envergonhados —, em nome da separação dos Poderes, criou norma abstrata que, concretizada, tem alvo certo: defender a corrupção sistêmica.”

A aposentadoria de Dirceu
Brasil 10.11.17 07:34
José Dirceu, condenado a 30 anos de cadeia pela Lava Jato, tem direito a receber aposentadoria como deputado.
Segundo o Estadão, seu pedido foi aceito pela Casa.
Se Rodrigo Maia concordar, ele passará a ganhar, no mínimo, 17 mil reais por mês.
A PF foi presa
Brasil 10.11.17 07:13
O delegado Sandro Avelar deve ser o novo número dois da PF.
Ele foi secretário de Tadeu Filippelli, o assessor de Michel Temer que foi preso pela própria PF.
O que mais é preciso dizer?
A PF é de Sarney
Brasil 10.11.17 07:06
A Veja teve acesso a um relatório secreto sobre o novo diretor da PF, Fernando Segóvia.
O relatório diz que ele morou no Maranhão, na casa de um empreiteiro ligado a Edison Lobão, operador de José Sarney.
O relatório diz também que “o delegado e sua esposa iam a festas com os Sarney, tendo passado inclusive um carnaval com Roseana”.
O poder do novo diretor-geral
Brasil Quinta-feira, 09.11.17 22:24
A velocidade com que promove as mudanças na Polícia Federal indica que Fernando Segovia já tem o organograma montado em sua cabeça – ele teve meses para fazer isso.
Também indica que o novo diretor-geral quer mostrar força ao Palácio do Planalto e à própria PF.
Exclusivo: Segovia vai trocar superintendente da PF no Paraná Brasil 09.11.17 20:57
O Antagonista soube que Fernando Segovia convocou a Brasília, em caráter urgente, o superintendente da Polícia Federal no Paraná, Rosalvo Franco.
Franco é considerado um dos pilares da Lava Jato.
Em Curitiba, o temor é que ele seja substituído por José Alberto Iegas, o delegado que denunciou um suposto grampo ilegal na cela do doleiro Alberto Youssef.
Iegas garante a amigos que não tem nenhuma relação com a turma de Segovia.
Agora é oficial: a PF acabou
Brasil 09.11.17 20:28
O Antagonista deu o benefício da dúvida a Fernando Segovia, mas durou 24 horas.
A equipe formada pelo novo diretor-geral da PF indica claramente que o PMDB conseguiu o que queria: estancou a sangria.
Ao tomar o comando da PF, a Orcrim de Michel Temer desferiu seu mais ousado golpe contra a Lava Jato.
A verdade é que, depois da apreensão dos R$ 51 milhões de Geddel Vieira Lima, controlar a PF virou questão de vida ou morte para o PMDB.
Resta saber se haverá retaliação da turma de Daiello ou se os interesses serão acomodados.
STF deve julgar habeas corpus de Palocci em duas semanas
Brasil 09.11.17 21:28
O plenário do Supremo deve julgar o pedido de habeas corpus de Antonio Palocci daqui a duas semanas, noticia o Estadão.
Edson Fachin liberou o caso para julgamento ontem e, segundo o jornal, Cármen Lúcia priorizará a inclusão do habeas corpus na pauta do plenário.
Como não haverá sessões plenárias na próxima semana (a do feriado de 15 de novembro), a pauta deve ficar para a semana seguinte –22 ou 23 de novembro, provavelmente.
Lava Jato quer ouvir Glaucos e contador sobre recibos
Brasil 09.11.17 19:41
A força-tarefa da Lava Jato pediu ontem a Sérgio Moro que marque novos depoimentos de Glaucos da Costamarques e do contador João Muniz Leite, informa Fausto Macedo.
O objetivo é investigar os recibos de pagamento de aluguel apresentados pela defesa de Lula – aqueles com vários erros e que Glaucos já admitiu ter assinado no mesmo dia. Os imóveis são tratados pelos procuradores como propinas da Odebrecht ao petista.
Depois desses novos esclarecimentos, a força-tarefa pretende indicar um assistente técnico para a perícia dos documentos.



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