PRIMEIRA EDIÇÃO DE 07-11-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Terça-feira, 07 de Novembro de 2017
Brasil adverte Morales sobre declarações hostis
O presidente cocaleiro boliviano Evo Morales, que é amigo do ex-presidente Lula, foi advertido de que o governo brasileiro cancelará sua visita em caso de hostilidades na agenda ou em caso de declarações sobre política interna brasileira. Sua visita, semana passada, foi adiada de última hora em razão dos problemas de saúde que resultaram na cirurgia do presidente Michel Temer. Nova data vem sendo negociada.
Nem vem que não tem
“Soubemos de um ato político e avisamos que isso não seria bem recebido”, informou fonte altamente qualificada do Palácio do Planalto.
Olho no olho
A advertência do Brasil à Bolívia, clara, dispensou carta ou ofício: foi tema de conversa entre diplomatas de ambos os países.
Pelancos de ditadores
Morales é do grupo de semi-ditadores populistas “bolivarianos”, aliados do PT, que usam a democracia para destruí-la e se manter no poder.
Mão boba
Morales tem afrontado o Brasil desde sua posse, desde quando invadiu com tropas a refinaria da Petrobras, de R$5 bilhões, e a “nacionalizou”.
Caixa-preta Federal
De janeiro a outubro, a Caixa arrecadou R$10,9 bilhões com loterias, mas só distribuiu R$361 milhões em prêmios. A Caixa faz até lobby no Congresso para fazer segredo dos ganhadores, o que é muito suspeito.
Recato passa longe
Em artigo para o site Diário do Poder, ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Almir Pazzianotto Pinto observou que os ministros do Supremo Tribunal Federal mudaram de atitude, após a transmissão das sessões pela TV: “A modéstia deu lugar à vaidade”.
Palavra do juiz
Presidente da Associação de Juízes Federais, Roberto Veloso avalia que a transmissão ao vivo das sessões do STF é constitucional, mas não comenta a crítica da mudança de comportamento dos ministros.
Pode muito
Presidente do ex-PTN, agora “Podemos”, a deputada Renata Abreu (SP) gastou mais de R$375 mil com passagens aéreas desde 2015. E mais R$106,3 mil alugando carros com dinheiro público, por 29 vezes.
Deputado econômico
O Delegado Waldir (PR-GO) é o deputado federal em atividade que menos gasta dinheiro público, ressarcindo as próprias despesas: R$29.122,48 este ano. Uma ninharia, para os padrões da Câmara.
Dino desafia a lei
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pagou o ônibus dos alunos que fizeram a prova do Enem, em São Luís. Em campanha para a difícil reeleição, avisou no Twitter: em 2018, “ano eleitoral”, destacou, os ônibus vão buscá-los em casa e todos terão direito a “open bar”.
Ele estuda o próprio caso
O ex-deputado Eduardo Cunha, que prestou depoimento ontem, impressionou pelo conhecimento do próprio caso. Ele cita de memória o número de página, entre centenas, onde está cada documento.
Ritmo de sempre
No primeiro dia do “esforço concentrado” marcado para tentar garantir folga de uma semana, apenas 170 deputados apareceram na Câmara e só 140 foram ao plenário até 19h. Foi 2ª-feira como outra qualquer.
Pergunta na Lava Jato
Após o depoimento de Eduardo Cunha, o que vale mais: silêncio comprado ou delação adquirida?
Terça-feira, 07 de Novembro de 2017
Brasil adverte Morales sobre declarações hostis
O presidente cocaleiro boliviano Evo Morales, que é amigo do ex-presidente Lula, foi advertido de que o governo brasileiro cancelará sua visita em caso de hostilidades na agenda ou em caso de declarações sobre política interna brasileira. Sua visita, semana passada, foi adiada de última hora em razão dos problemas de saúde que resultaram na cirurgia do presidente Michel Temer. Nova data vem sendo negociada.
Nem vem que não tem
“Soubemos de um ato político e avisamos que isso não seria bem recebido”, informou fonte altamente qualificada do Palácio do Planalto.
Olho no olho
A advertência do Brasil à Bolívia, clara, dispensou carta ou ofício: foi tema de conversa entre diplomatas de ambos os países.
Pelancos de ditadores
Morales é do grupo de semi-ditadores populistas “bolivarianos”, aliados do PT, que usam a democracia para destruí-la e se manter no poder.
Mão boba
Morales tem afrontado o Brasil desde sua posse, desde quando invadiu com tropas a refinaria da Petrobras, de R$5 bilhões, e a “nacionalizou”.
Caixa-preta Federal
De janeiro a outubro, a Caixa arrecadou R$10,9 bilhões com loterias, mas só distribuiu R$361 milhões em prêmios. A Caixa faz até lobby no Congresso para fazer segredo dos ganhadores, o que é muito suspeito.
Recato passa longe
Em artigo para o site Diário do Poder, ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Almir Pazzianotto Pinto observou que os ministros do Supremo Tribunal Federal mudaram de atitude, após a transmissão das sessões pela TV: “A modéstia deu lugar à vaidade”.
Palavra do juiz
Presidente da Associação de Juízes Federais, Roberto Veloso avalia que a transmissão ao vivo das sessões do STF é constitucional, mas não comenta a crítica da mudança de comportamento dos ministros.
Pode muito
Presidente do ex-PTN, agora “Podemos”, a deputada Renata Abreu (SP) gastou mais de R$375 mil com passagens aéreas desde 2015. E mais R$106,3 mil alugando carros com dinheiro público, por 29 vezes.
Deputado econômico
O Delegado Waldir (PR-GO) é o deputado federal em atividade que menos gasta dinheiro público, ressarcindo as próprias despesas: R$29.122,48 este ano. Uma ninharia, para os padrões da Câmara.
Dino desafia a lei
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pagou o ônibus dos alunos que fizeram a prova do Enem, em São Luís. Em campanha para a difícil reeleição, avisou no Twitter: em 2018, “ano eleitoral”, destacou, os ônibus vão buscá-los em casa e todos terão direito a “open bar”.
Ele estuda o próprio caso
O ex-deputado Eduardo Cunha, que prestou depoimento ontem, impressionou pelo conhecimento do próprio caso. Ele cita de memória o número de página, entre centenas, onde está cada documento.
Ritmo de sempre
No primeiro dia do “esforço concentrado” marcado para tentar garantir folga de uma semana, apenas 170 deputados apareceram na Câmara e só 140 foram ao plenário até 19h. Foi 2ª-feira como outra qualquer.
Pergunta na Lava Jato
Após o depoimento de Eduardo Cunha, o que vale mais: silêncio comprado ou delação adquirida?
NO BLOG DO JOSIAS
Na publicidade de Temer, limão já virou limonada
Por Josias de Souza
Na publicidade de Temer, limão já virou limonada
Por Josias de Souza
Terça-feira, 07/11/2017 04:37
Em reunião com ministros e líderes governistas, Michel Temer tropeçou no óbvio ao reconhecer, no início da noite desta segunda-feira (6), que a reforma da Previdência pode naufragar: “Se num dado momento a sociedade não quer a reforma da Previdência, a mídia não quer a reforma da Previdência e a combate e, naturalmente, o Parlamento, que ecoa as vozes da sociedade, não quiser aprová-la, paciência. Eu continuarei a trabalhar por ela.”
O mesmo Temer autorizara a divulgação de uma propaganda, pendurada horas antes na conta do governo no Twitter, que destoava do clima de caída de ficha da reunião noturna. “Fizemos do limão, limonada”, anota o texto que convida o internauta a assistir à peça. “A economia melhorou. Os empregos voltaram. Estamos de volta ao jogo.”
Recorrendo a um expediente manjado entre os maquiadores de imagem, a publicidade exibe cenas de torcedores nas arquibancadas. Sem citar Dilma Rousseff, a peça faz alusão à ruína que marcou a fase pré-impeachment: inflação de dois dígitos, assalto à Petrobras, desemprego lunar, juros escorchantes, o País “parado, desacreditado e desmoralizado”. Ao fundo, torcedores que pareciam sofrer as dores da derrota por 7 a 1 que o Brasil sofreu da Alemanha na Copa de 2014.
Súbito, aparecem no vídeo frases e imagens de deixar corado Lourival Fontes, o chefe do Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo, criador da expressão “pai dos pobres.” A batucada, que soava lenta, acelerou. Os torcedores amargurados foram substituídos por brasileiros eufóricos. “Mas aqui é Brasil”, diz a peça. “Viramos esse jogo”.
Muitos brasileiros, depois de comparar o timbre surpreendentemente realista do Temer da reunião com o tom ufanista do comercial avalizado por ele poderiam pedir para viver no Brasil que a publicidade oficial descreve com tanto entusiasmo. Um país onde o PMDB não foi sócio do PT na roubalheira, e cujo presidente não enxerga um culpado no espelho.
Neste Brasil, a exemplo do que ocorre nos dicionários, a celebração vem bem antes do trabalho. No outro país, aquele em que o governo culpa a sociedade e a mídia pelos votos que não consegue reunir no Congresso, os desempregados ainda compõem uma legião de 13 milhões de pessoas. E a celebrada recuperação econômica é um feito parcial sujeito a retrocessos.
Em reunião com ministros e líderes governistas, Michel Temer tropeçou no óbvio ao reconhecer, no início da noite desta segunda-feira (6), que a reforma da Previdência pode naufragar: “Se num dado momento a sociedade não quer a reforma da Previdência, a mídia não quer a reforma da Previdência e a combate e, naturalmente, o Parlamento, que ecoa as vozes da sociedade, não quiser aprová-la, paciência. Eu continuarei a trabalhar por ela.”
O mesmo Temer autorizara a divulgação de uma propaganda, pendurada horas antes na conta do governo no Twitter, que destoava do clima de caída de ficha da reunião noturna. “Fizemos do limão, limonada”, anota o texto que convida o internauta a assistir à peça. “A economia melhorou. Os empregos voltaram. Estamos de volta ao jogo.”
Recorrendo a um expediente manjado entre os maquiadores de imagem, a publicidade exibe cenas de torcedores nas arquibancadas. Sem citar Dilma Rousseff, a peça faz alusão à ruína que marcou a fase pré-impeachment: inflação de dois dígitos, assalto à Petrobras, desemprego lunar, juros escorchantes, o País “parado, desacreditado e desmoralizado”. Ao fundo, torcedores que pareciam sofrer as dores da derrota por 7 a 1 que o Brasil sofreu da Alemanha na Copa de 2014.
Súbito, aparecem no vídeo frases e imagens de deixar corado Lourival Fontes, o chefe do Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo, criador da expressão “pai dos pobres.” A batucada, que soava lenta, acelerou. Os torcedores amargurados foram substituídos por brasileiros eufóricos. “Mas aqui é Brasil”, diz a peça. “Viramos esse jogo”.
Muitos brasileiros, depois de comparar o timbre surpreendentemente realista do Temer da reunião com o tom ufanista do comercial avalizado por ele poderiam pedir para viver no Brasil que a publicidade oficial descreve com tanto entusiasmo. Um país onde o PMDB não foi sócio do PT na roubalheira, e cujo presidente não enxerga um culpado no espelho.
Neste Brasil, a exemplo do que ocorre nos dicionários, a celebração vem bem antes do trabalho. No outro país, aquele em que o governo culpa a sociedade e a mídia pelos votos que não consegue reunir no Congresso, os desempregados ainda compõem uma legião de 13 milhões de pessoas. E a celebrada recuperação econômica é um feito parcial sujeito a retrocessos.
Eduardo agora quer provar que nunca foi Cunha
Por Josias de Sousa
Terça-feira, 07/11/2017 16:36
Por Josias de Sousa
Terça-feira, 07/11/2017 16:36
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