SEGUNDA EDIÇÃO DE 28-10-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA VEJA.COM
Temer sabia de esquema de corrupção na Caixa, afirma Funaro
Em depoimento à Justiça Federal, doleiro volta a implicar presidente e outros líderes do PMDB no desvio de dinheiro do FGTS para o PMDB; presidente nega

Por Da Redação
Sexta-feira, 27 out 2017, 21h24
O doleiro Lúcio Funaro, considerado operador de políticos do PMDB, voltou a implicar Michel Temer (PMDB) ao dizer, em depoimento à Justiça Federal, que o presidente da República e outros líderes do partido sabiam do esquema instalado na Caixa Econômica Federal para cobrar propina na liberação de financiamentos e de recursos do FGTS e desviar os recursos para a legenda.
O esquema era operado por Fabio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos e Loterias da Caixa. Ao ser questionado pela Procuradoria da República sobre quem, dentro do PMDB, tinha conhecimento da atividade ilegal comandada por Cleto, Funaro respondeu: “Geddel [Vieira Lima, ex-ministro] com certeza, Lúcio [Vieira Lima, deputado federal, irmão de Geddel] com certeza, Henrique [Eduardo Alves, ex-ministro], Michel Temer, Moreira Franco [ministro da Secretaria-Geral da Presidência], Washington Reis [ex-deputado federal e prefeito de Duque de Caxias, no RJ]”, elencou o doleiro.
Funaro não deu mais detalhes da menção que fez ao nome de Temer e do ministro Moreira Franco. Ele já havia dito na sua delação premiada, em setembro, que o presidente sabia dos esquemas de arrecadação de dinheiro para o partido. “Temer participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos dentro do PMDB. Cunha narrava as tratativas e as divisões (de propina) com Temer”, disse – veja reportagem de VEJA aqui.
O doleiro prestou depoimento na 10ª Vara Federal em Brasília em inquérito da Operação Sépsis, que investiga desvios a partir de contratos da Caixa. Na mesma audiência, Cleto afirmou que Cunha e Funaro intermediavam o repasse de propina para garantir a empresas a liberação de contratos com o banco estatal. O ex-vice-presidente da Caixa disse ainda que sua indicação para a Caixa foi patrocinada por Cunha, que levou seu nome a Henrique Alves.
Cleto afirmou que mantinha Funaro ou Cunha informados sobre as empresas que tentavam operações com o FI-FGTS. Os dois, a partir daí, procuravam as empresas para negociar pagamento de propina e davam sinal a Cleto sobre como ele deveria votar naquela operação. “Aprovada, algum tempo depois eles me comunicavam o porcentual que supostamente tinham conseguido e me pagavam um porcentual disso, pré-aprovado”, afirmou.
Funaro afirmou que Cleto sabia que iria operar pagamentos “desde o momento que entrou” na Caixa. “Não ia pedir um cargo no governo na Caixa para não ganhar nada. E ninguém indica alguém que não seja para ter algum proveito ou financeiro ou político”, disse Funaro sobre a indicação de Cleto, patrocinada pelo PMDB.
Cunha e a sala de dinheiro
Funaro disse que se encontrou “no mínimo” 780 vezes com Eduardo Cunha. “Uma relação que durou aí 15 anos e eu encontrei pelo menos uma vez por semana com o deputado Eduardo Cunha. São 780 encontros no mínimo”, disse Funaro ao juiz Vallisney de Oliveira, fazendo a conta de cabeça. De acordo com ele, o ex-presidente da Câmara foi “centenas” de vezes ao seu escritório e tinha liberdade para entrar sentar em sua cadeira para receber “quem quiser”.
Segundo ele, havia uma sala em seu escritório apenas para guardar dinheiro – o local chegou a abrigar 5 milhões de reais em espécie. O doleiro também afirmou que Cunha gastava “na própria política” o dinheiro que arrecadava. De acordo com ele, “tem político que guarda para si” e outros que usam o valor para angariar apoio na política. “Eduardo Cunha usou 100% na própria política, estou convicto de que tudo o que ele tem e arrecadou gastou na própria política”, disse Funaro.
Antes de Funaro, o também delator Alexandre Margotto prestou depoimento e disse ter visto um funcionário supostamente ligado a Cunha ir buscar dinheiro vivo no escritório do doleiro. “O Alexandre (Margotto) trabalhou lá até 2013. Em 2013 foi quando Cunha se candidatou a líder do PMDB da Câmara. Foi uma época que o Cunha precisou de dinheiro. Ele [Margotto] pode ter visto o Altair [emissário de Cunha] pegando dinheiro, sim”, disse Funaro.
Funaro afirmou que conhecia também o ex-ministro Henrique Eduardo Alves – outro réu na ação oriunda da operação Sépsis. Ele disse que esteve “várias vezes” com Henrique Alves e menciona um encontro deles na casa do empresário Joesley Batista, dono da JBS, no qual também estavam presentes Cunha e o ex-diretor da J&F, Ricardo Saud.
Defesa
Questionada a respeito das declarações de Funaro de que Temer tinha consciência de esquema na Caixa, a Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou, por meio de nota, que “o presidente contesta de forma categórica qualquer envolvimento de seu nome em negócios escusos, ainda mais partindo de um delator que já mentiu outras vezes à Justiça”.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

Exclusivo: O roteiro da propina entregue a Gleisi Hoffmann
Em vídeo, advogado reconstitui o trajeto que percorreu para entregar quatro pacotes de dinheiro desviado da Petrobras para a senadora do PT

Por Hugo Marques
Sexta-feira, 27 out 2017, 21h55 - Publicado em 27 out 2017, 09h57
Um vídeo produzido pela Polícia Federal reconstituiu quatro crimes sequenciais de corrupção e será usado pela Procuradoria-Geral da República como prova contra a senadora Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT. Acompanhado por um investigador, o advogado Antônio Carlos Pieruccini percorreu as ruas de Curitiba para mostrar como fez chegar à senadora quatro pacotes de dinheiro derivados do esquema de subornos montado na Petrobras. No vídeo, o advogado, que fez delação premiada, vai com o agente aos locais onde fez as entregas, cada uma de 250 mil reais. Ele conta detalhes sobre o que conversava quando contava o dinheiro da senadora. O advogado da senadora, Rodrigo Mudrovitsch, diz que o delator mentiu com o único propósito de obter imunidade penal e que confia na absolvição de sua cliente. Leia mais em VEJA desta semana.
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NO RADAR ON-LIE (VEJA.COM)
Odebrecht pagou autoridade de Antígua no auge da Lava-Jato
Pagamentos foram realizados após prisão de Marcelo Odebrecht

Por Da Redação
Sexta-feira, 27 out 2017, 15h34 - Publicado em 27 out 2017, 15h23
Uma offshore controlada pela Odebrecht pagou 4 milhões de euros para o diplomata antiguano Casroy James. De acordo com a delação premiada do banqueiro Luiz Augusto França, estes pagamentos tinham o propósito de “corromper” o primeiro-ministro de Antígua, Gaston Browne, para que não atendesse aos pedidos de cooperação internacional feitos pelo MPF.
Curiosamente, um dos depósitos, no valor de 326,8 mil euros, foi feito no dia 3 de março de 2016, data em que Marcelo Odebrecht já estava preso e Hilberto Silva, chefe do departamento de propina, desligado da empreiteira.
Quem estava à frente e controle da Odebrecht, eram Newton de Souza (presidente) e Mauricio Roberto Ferro, cunhado de Marcelo. Ambos não fazem parte dos 77 delatores da empresa.
Extrato do depósito (Reprodução/Reprodução)


NO CEARÁ NEWS 7
Mamógrafo comprado superfaturado há 7 anos é encontrado ainda na caixa em Acaraú
O aparelho nunca foi usado e ainda está na embalagem do fabricante. Foi localizado em um depósito da Secretaria de Saúde durante operação do Ministério Público. Gestores da época deverão ser responsabilizados pelo ato

Sábado, 28/10/2017  9:05
Um aparelho de mamografia, comprado pelo valor de cerca de R$ 250 mil, foi encontrado abandonado, ainda na caixa, em um ponto de Apoio da Secretaria de Saúde do Município de Acaraú (a 233Km de Fortaleza). Esta é uma das irregularidades descobertas pela “Operação Outubro Rosa”, realizado pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público de Contas (MPC), nesta sexta-feira (27) naquele Município.
Segundo as autoridades, o aparelho foi adquirido pela Prefeitura de Acaraú em 2010. No mesmo ano, o governo do Estado adquiriu um mamógrafo do mesmo modelo pelo valor de R$ 159,9 mil, o que levanta a suspeita de superfaturamento na aquisição do instrumento pela gestão daquele Município litorâneo.
De acordo com o procurador Gleydson Alexandre, do Ministério Público de Contas, o aparelho estava simplesmente abandonado num setor que serve de depósito da Secretaria Municipal de Saúde. “O aparelho foi adquirido há mais de sete anos e permanece lacrado e na embalagem do fabricante, sem que a população local pudesse utilizá-lo para a realização de exames”, ressalta.
O dinheiro público para a compra do mamógrafo é oriundo de um convênio firmado entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA), quando o Estado repassou R$ 200 mil e o restante do valor foi compartilhado pelo Município.
Responsabilidade
Com os indícios de superfaturamento, a investigação deverá ser aprofundada e os gestores da época responsabilizados criminalmente.
Agora, as autoridades avaliam a possibilidade de o aparelho ser utilizado em alguma unidade de Saúde para o atendimento à população.
(Com informações do G1) 

OAB-CE gasta mais de R$ 2,3 milhões em cartão corporativo em cinco meses
Presidente da instituição, Marcelo Mota, precisa explicar para onde foi esse dinheiro. No total, foram gastos R$ 29,3 milhões entre janeiro e maio

Sexta-feira, 27/10/2017 13:16
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Marcelo Mota, precisa explicar onde foram gastos R$ 2,33 milhões no cartão corporativo da Instituição entre janeiro e maio deste ano, extrapolando o saldo de R$ 2,96 milhões em R$ 37 mil. São mais de R$ 400 mil por mês.
No total, a OAB-CE gastou, entre janeiro e maio, exatamente R$ 29.377.274,77. O curioso é que a soma dos gastos bate com o orçamento da Casa, até os centavos na conta dos cinco meses fecham perfeitamente.

Presidente da OAB rebate em nota o escândalo sobre gastos com cartões da entidade
A divulgação dos gastos excessivos nas contas da entidade causou um escândalo e o tesoureiro atual pediu afastamento do cargo Marcelo Mota, presidente da OAB, já nomeou um primo para ocupar a vaga

Sábado, 28/10/2017  9:30
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Ceará (OAB-CE), Marcelo Mota, dirigiu aos associados em todo o Estado uma resposta acerca de matéria publicada no Cearanews7.com apontado super gastos com cartão corporativo da entidade, que teriam sido realizados quando de sua gestão como tesoureiro.
O escândalo envolvendo a entidade levou o tesoureiro Gladson Mota, decidiu se afastar do cargo.
Segundo o advogado Roberto Pires, da página 'Observatório da OAB', Marcelo Mota afirmou que os R$ 2.333.365,21, postados na coluna “Débitos” e referentes a despesas com “Cartão de créditos”, são na verdade valores de receita, um dinheiro que eles vão receber. O presidente da OAB-CE disse ainda que a Instituição não possui cartão de crédito. Já o saldo negativo de R$ 37 mil, também referente ao “cartão de créditos”, ficou sem explicação. Marcelo Mota já tem um nome para o lugar de Gladson nas contas da OAB-CE, o novo tesoureiro será Rodrigo Mota, seu primo.
Leia a nota:
"1- A OAB/CE NÃO POSSUI CARTÃO DE CRÉDITO OU CARTÃO CORPORATIVO.
2- Exerci honrosamente a função de Diretor Tesoureiro na gestão passada e as contas sempre foram aprovadas, com louvor, sendo as únicas no País sem qualquer ressalva. Na qualidade de presidente, tivemos as contas de 2016 regularmente aprovadas de igual modo pelo Conselho Federal. Temos muito zelo pelos recursos da OAB. O dinheiro é escasso e as demandas são diversas.
3- Infelizmente, jogam reputações aos quatro cantos de forma mentirosa e covarde. As contas da OAB estão no saite, com total transparência. Fazemos um trabalho voluntário, abdicando a família, amigos e escritório.
4- A Imprensa tem um papel muito importante. Profissionais competentes e sérios, mas esse cidadão está mentindo. Não sei o real objetivo dele. Creio que antecipar uma campanha eleitoral da Ordem, com esse nível, não é compatível com a advocacia cearense. Trabalhamos muito, de forma devotada à OAB, enfrentando problemas de custas judiciais, expresso 150, comarcas e etc. Sempre de forma altiva. Nosso time é nota 10. Só tenho a agradecer a cada um de vocês.
5- As alegadas despesas com cartão corporativo, no valor de mais de 2 milhões de reais, conforme balanço junto na matéria, NA VERDADE SÃO RECEITAS. Isso mesmo, receitas fruto do pagamento de anuidades pela advocacia por meio de cartão de crédito. Quanta maldade e burrice do autor das agressões pois sequer teve o cuidado de ler o referido balanço oficial da OAB.
Estou a disposição para qualquer esclarecimento. Agradeço o apoio de todos. E são muitos, graças a Deus. Recebi ligações e WhatsApp’s de todo o Estado e de fora dele também, o que demonstra nossa credibilidade. Nada vai nos abalar, ao contrário, pois vamos responder com muito mais trabalho. Que esse singelo texto sirva de subsídio para que vocês combatam as informações mentirosas lançadas contra nós.
Cordialmente, Marcelo Mota


NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Caravana revela a Lula que 54% de rejeição valem mais do que 30% de intenção de votos

Por Lívia Martins-Articulista e repórter
livia@jornaldacidadeonline.com.br
Sábado, 28/10/2017 às 08:21
A caravana em Minas Gerais, Estado governado por um petista, era esperada como um marco para alavancar uma eventual candidatura de Lula em 2018.
Fernando Pimentel assumiu esse compromisso. E não iria hesitar em colocar a máquina do governo do Estado para reunir gente e proporcionar grandes recepções para o ex-presidente.
Quase tudo deu errado. A caravana foi um verdadeiro fiasco.
O PT percebeu que, no caso de Lula, 54% de rejeição, valem muito mais do que 30% de intenção de votos.
Fica o questionamento: índice de rejeição pode ser reduzido?
No caso de Lula é muito difícil, quase impossível e a tendência é aumentar. Lula é uma figura conhecida, popular, quem o rejeita o faz de caso pensado.
Por outro lado, o tal índice de intenção de votos é algo bastante frágil. Só Lula está em plena campanha. As candidaturas não estão definidas. É normal o mais conhecido liderar nesta fase.
Ademais, a artilharia contra Lula é robusta, diante de tantos crimes cometidos, uma condenação, outra condenação a caminho, mais sete processos e inúmeros inquéritos.
Por fim, a figura de Lula não gera mais apelo popular, pelo contrário, para a grande maioria, o sentimento em relação ao petista é de absoluta repugnância.
Lula está morto!

NO O ANTAGONISTA
Evento com Gilmar e Moraes tem “tomataço”
Brasil Sábado, 28.10.17 12:25
Um evento em que palestram os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, na Faculdade de Direito IDP (Instituto de Direito Público) em São Paulo, teve “tomataço” na entrada, informa a Folha.
As palestras começaram com mais de uma hora de atraso na manhã deste sábado.
“Do lado de fora, manifestantes aguardavam com tomates nas mãos e espalhados pelo chão. Um dos carros que entraram no local foi cercado pelas pessoas que protestavam e alvejado com tomates. Os dois ministros dizem que não estavam no veículo.”
“Estamos manifestando por tudo o que o Gilmar fez, ele solta todo mundo. É uma vergonha”, disse ao jornal o empresário Ricardo Rocchi, de 47 anos.
“‘A Constituição dá direito a manifestações, e não a agressão’, disse Moraes, depois de entrar no prédio. Já Gilmar afirmou que os tomates ‘podiam ser dados a uma entidade beneficente’.”
Certamente o IDP de Gilmar Mendes não é uma entidade beneficente.
Maia abre mão de diária. E os outros?
Brasil 28.10.17 11:58
A Câmara informou neste sábado que Rodrigo Maia abriu mão de receber diárias durante o tour de nove dias no exterior, segundo O Globo.
O presidente da Casa alegou que parte das despesas será custeada pelos anfitriões dos eventos dos quais participará.
Mas as cinco diárias de US$ 550 serão pagas a cada um dos demais nove parlamentares integrantes da comitiva oficial, o que totalizará US$ 27.500 (equivalente a cerca de R$ 90 mil).
“Há ainda os gastos e diárias dos servidores que acompanham a comitiva.”
Tudo com o seu dinheiro, leitor.





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