PRIMEIRA EDIÇÃO DE 28-9-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Quinta-feira, 28 de Setembro de 2017
Lula vetou proposta de acordo de leniência do PT
O ex-presidente Lula vetou pessoalmente a proposta do amigo João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido, de negociar acordo de leniência do PT com a Justiça, confessando seus crimes e pedindo desculpas aos brasileiros. Na opinião de Vaccari e de enrolados como o ex-ministro Antônio Palocci, um acordo de leniência poderia abrir caminho para o PT não ser extinto, como prevê a lei, e preservar os mandatos.
Reação imediata
“Tá maluco?”, respondeu Lula ao então presidente do partido, Rui Falcão, portador da proposta de acordo de leniência feita por Vaccari.
Nenhuma surpresa
As ações em que é réu por corrupção e a carta de Palocci permitem entender por que Lula não quer ver o PT confessando seus crimes.
Crença em duendes
Dirigentes petistas acham que Lula até parece acreditar na própria lorota de que não há ninguém mais honesto que ele “nesse País” (sic).
Extinção possível
O risco do PT é concreto: a lei prevê a extinção de partido que financiem suas campanhas com dinheiro roubado dos cofres públicos.
É ilegal o Senado ‘julgar’ afastamento de Aécio
O artigo 53 da Constituição prevê que somente serão submetidas ao Senado ou a Câmara decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo a prisão de parlamentares. Esse não é o caso das medidas cautelares de afastamento do Senado e recolhimento domiciliar noturno determinadas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). Por isso, será ilegal ou inócuo eventual exame da decisão pelo plenário do Senado.
Sem cabimento
Para Rodrigo Capez, juiz auxiliar do STF e autor de “Prisão e medidas cautelares diversas”, não cabe ao Senado avaliar medidas cautelares.
Fux avisou
O ministro Luiz Fux advertiu o Senado para a necessidade de fazer cumprir imediatamente a decisão do STF envolvendo Aécio Neves.
Perplexidade
Aécio Neves disse ter ficado perplexo com a decisão do STF. Para ele, o afastamento do mandato é condenação sem processo aberto.
Vai mudar
O governo federal está concluindo o pacote de ajustes na sua área de comunicação social, ainda obedientes às regras estabelecidas nos governos do PT. Mais do que cortes, haverá racionalização de gastos.
Cinto apertado
Sobre o inchaço da máquina, o Ministério do Planejamento informa que concursos foram suspensos com o ajuste fiscal. E o crescimento no número de servidores, 0,3% em 2017, é o menor desde 2013 (1,7%).
Cota para mulheres
Líderes da Câmara fizeram acordo para votar a emenda, parada desde 2015, que reserva 10% das vagas no Congresso às mulheres em 2018. Elas representam, em média, só 11,8% dos parlamentares brasileiros.
Inspiração
Ex-braço direito de Rodrigo Janot, Marcelo Miller inspirou o projeto do presidente da CPI da JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), de fixar quarentena para procuradores que abandonem a carreira.
Cliente demite a Ford
Cliente Ford há décadas no Brasil, um empresário de Brasília informou às concessionárias Smaff e Slaviero que não comprará mais veículos da marca. Seu Fusion está parado na oficina há 70 dias, sem peças.
Alegação frágil
Ao assediar juízes do Trabalho a não aplicar a reforma trabalhista, entidades de classe sugere citar supostas “inconstitucionalidades”, que, na verdade, nem sequer alegaram junto ao Supremo Tribunal Federal.
Pouco muda
Apesar das duas absolvições no TRF-4, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto permanece condenado a 21 anos e dois meses de cadeia e reponde ainda por outras quatro ações penais.
Camarada retirante
Jovem jornalista em Alagoas, o ex-ministro Aldo Rebelo (PSB) redigia discursos para o deputado estadual Renan Calheiros, no fim dos anos 1970. Mas o PCdoB o convocou para militar em São Paulo, a partir de onde refundaria a UNE e mudaria seu destino, fazendo carreira política.
Pensando bem...:
...após o PMDB virar MDB, os tucanos avaliam cortar o “p” e virar SDB. Mas rima com SPC, que só lembra nome sujo.

NO DIÁRIO DO PODER

STF permite ensino religioso confessional nas escolas públicas
No Brasil, escolas públicas poderão ensinar uma só religião

Publicado quarta-feira,  27 de setembro de 2017 às 16:59 - Atualizado às 00:24
Da Redação
Nesta quarta (27), por 6 votos a 5, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) determinaram que professores de ensino religioso promovam suas crenças nas salas de aulas de escolas públicas de todo o País, cancelando na prática o princípio segundo o qual o Estado é laico.
Os votos favoráveis ao modelo confessional foram dos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e o voto decisivo foi da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia.
O modelo de ensino religioso confessional é ministrado com informações exclusivas de uma determinada religião, seja católica, protestante, evangélica, umbandista ou budista, por exemplo.


Relator recomenda abertura de processo contra senador petista no Conselho de Ética
O senador Airton Sandoval pede a continuidade da denúncia em razão do comportamento exaltado de Lindbergh

Publicado quarta-feira,  27 de setembro de 2017 às 19:25
Redação
O senador Airton Sandoval (PMDB-SP) leu, nesta quarta-feira (27), o relatório em que pede, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, a continuidade da denúncia contra o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) por quebra de decoro em razão do comportamento exaltado em reunião do colegiado. O procedimento disciplinar foi apresentado pelo senador José Medeiros (PODE-MT) e não foi votado por falta de quórum, sob protestos de parlamentares de oposição.
Por decisão do presidente do conselho, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), o relatório de Sandoval será votado na próxima semana. Recomendando o recebimento da denúncia, o relator concordou com a imputação da conduta de “perturbação da ordem das reuniões”. O senador pede, porém, o arquivamento das acusações de que Lindbergh teria abusado das prerrogativas parlamentares, desacatado o Senado e ofendido a Mesa.
O Conselho de Ética é integrado por 16 membros, sendo um deles o corregedor do Senado, que é o senador Roberto Rocha (PSB-MA). Como ele não estava presente, os parlamentares que defendem o arquivamento da denúncia pediram para que os oito senadores presentes fossem considerados como maioria simples necessária para a votação de matérias.
Apesar das discordâncias e críticas de que tomou uma decisão autoritária, o presidente João Alberto Souza encerrou a sessão, agendando a votação para daqui a sete dias e marcando uma nova reunião do colegiado para a próxima terça-feira (3).
Histórico
A denúncia foi oferecida em agosto durante reunião do Conselho de Ética em que decidia sobre a conduta de seis senadoras da oposição que ocuparam, um mês antes, a Mesa Diretora do Senado em protesto contra a reforma trabalhista.
Na ocasião, Lindbergh se exaltou ao defender as colegas, que também tinham sido alvo de denúncia em decorrência da ocupação da Mesa. No dia da escolha do relator do caso delas, Lindbergh disse que a situação era uma “palhaçada” e tentou evitar que a reunião prosseguisse. No fim, os membros do conselho votaram contra o prosseguimento da denúncia contra as senadoras, mas o senador José Medeiros (PSD-MT) apresentou nova denúncia contra o petista.(ABr)

NO BLOG DO JOSIAS
Sem poder elevar estatura, Senado rebaixa teto

Por Josias de Souza, quinta-feira, 28/09/2017 04:52
Em 18 de maio passado, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, suspendeu o mandato de Aécio Neves, proibindo-o de frequentar o Senado. Os colegas do senador tucano receberam a notícia com rara naturalidade. Eunício Oliveira, o presidente do Senado, gastava baldes de saliva para explicar as providências que adotara para cumprir a decisão judicial.
Decorridos quatro meses, uma trinca de ministros da Primeira Turma do Supremo ressuscitou as medidas cautelares contra Aécio, que haviam sido derrubadas por uma liminar de Marco Aurélio Mello. Adicionaram ao rol de imposições o recolhimento domiciliar noturno, previsto no Código de Processo Penal como medida cautelar ''diversa da prisão''. E os mesmos senadores que haviam lavado as mãos para o drama penal de Aécio agora querem fazer sumir o sabonete.
Aquele Eunício reverente às deliberações da Suprema Corte desapareceu. Surgiu em cena um outro Eunício, mais próximo do personagem que a Odebrecht identificou nas suas planilhas de propinas como Índio. Rodeado de investigados com a faca entre os dentes, o pajé do Senado quer derrubar no plenário as deliberações do Supremo.
Sem querer, os ministros da Suprema Corte descobriram uma maneira de unir os partidos políticos. Ao espremer o tucano Aécio, produziram um movimento suprapartidário de autoproteção. Os senadores não enxergam corruptos no espelho. Mas não querem correr o risco de ser Aécio amanhã. Estalando de solidariedade, querem livrar o grão-tucano de suas complicações penais. Do PMDB ao PT, todos engancharam suas bancadas no trenzinho da impunidade. Verificou-se que o grande mal do Senado é a cumplicidade não doer.
Abarrotado de investigados, o Senado se deu conta de que é uma casa de pequenas criaturas. Impossibilitados de elevar a própria estatura, os senadores decidiram rebaixar o teto. Do jeito que a coisa vai, bastará a um senador conservar-se agachado no plenário para ser considerado um sujeito de grande altivez. Os 95% de culpados e cúmplices do Senado dão aos outros 5% uma péssima reputação.

Já não dá para desancar político e poupar eleitor
Por Josias de Souza, quarta-feira, 27/09/2017 23:27
A política brasileira vive uma realidade de ópera-bufa. Mas o desfecho pode ser de tragédia. O País assiste a três atos da ópera-bufa: o nariz de palhaço que o Lula aplicou em si mesmo ao desqualificar as revelações devastadoras de Antonio Palocci, a indignação do Senado com o recolhimento domiciliar noturno que o STF impôs a Aécio Neves e o desinteresse da Câmara pela investigação de Michel Temer e a organização criminosa que a Procuradoria vê ao seu redor.
O excesso de imoralidade parece ter anestesiado a sociedade. E o sistema político aproveita para cultivar o insolúvel como uma flor do lodo. Num instante em que o Brasil vai a pique, a Câmara aprovou a medida provisória que garantiu foro privilegiado a Moreira Franco, um dos ministros denunciados junto com Temer. E o Senado gasta suas melhores energias para aprovar o fundo que derramará verbas públicas nas campanhas eleitorais sem cortar gastos.
A tragédia que pode surgir no fim de tantos atos burlescos é o descaso do eleitor brasileiro. A essa altura, seria uma irresponsabilidade desancar os políticos e poupar os eleitores. Chegou a hora de parar de tratar a política como um conto do vigário no qual o País cai a cada quatro anos. O trágico só será evitado se você tratar a eleição de 2018 como oportunidade para um acerto de contas. No foro privilegiado da urna, o juiz é você. É a hora em que o brasileiro de bem pode impedir que o político pilhado com os bens continue se dando bem.

Temer aciona a ‘operação u'a mão suja a outra’
Por Josias de Souza, quarta-feira, 27/09/2017 17:44
Michel Temer entrou em campo para socorrer Aécio Neves. Aciona seus aliados no Senado para reverter as medidas cautelares impostas a Aécio pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. Em conversa com o blog, um dos participantes da articulação contou que Temer considerou inadequadas duas providências: a suspensão do mandato de Aécio e o recolhimento domiciliar noturno. O presidente compartilha da tese segundo a qual as medidas podem ser revertidas pelo plenário do Senado.
Não é a primeira vez que o Planalto se mexe por Aécio. A solidariedade de Temer já havia transbordado numa ação urdida para matar no nascedouro um pedido de cassação do mandato do grão-duque do tucanato no Conselho de Ética do Senado. Agora, a operação Abafa a Jato será levada ao plenário do Senado.
Temer mobiliza-se por Aécio em retribuição ao esforço do tucano para manter o PSDB no governo e armar a resistência contra as denúncias da Procuradoria que têm Temer como protagonista. Ironicamente, o delator Joesley Batista, da JBS, operou uma alteração na natureza do relacionamento da dupla. Mantinham uma aliança política. Delatados por Joesley e Cia., passaram a cultivar uma solidariedade penal que transforma o auxílio de Temer numa operação do tipo “u'a mão suja a outra.”


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quinta-feira, setembro 28, 2017
IMPRESSIONANTE: 151 ESTATAIS NO BRASIL CONSOMEM R$ 1,2 TRILHÃO POR ANO PARA SUSTENTAR OS PRIVILÉGIOS DE MAIS DE MEIO MILHÃO DE BUROCRATAS
Enquanto os alegres rapazes e raparigas da grande mídia brasileira dedicam-se a produzir de forma insistente matérias sobre a tal diversidade bundalelê, os ‘gringos’ - sim eles sempre estiveram na nossa frente - decidiram levantar o véu da luxúria que cobre os marajás de 151 estatais que consomem R$ 1,2 trilhão por ano.
A proeza de revelar essa coisa brutal que foi elevada ao ápice pelos mais de 13 anos de desgoverno do PT coube ao site norte-americano Bloomberg e que pode ser lida no original em inglês aqui.
O site Jornal do Brasil , hospedado no portal Terra, postou uma versão em Português do conteúdo dessa reportagem que transcrevo em seguida para que os leitores tenham uma ideia desse fabuloso oásis de uma casta de marajás sustentados com dinheiro dos contribuintes via uma miríade de impostos infernal.
Tudo isso revela-se como uma séria advertência: se a pilhagem dos cofres públicos não for estancada imediatamente o caminho rumo à venezuelização do Brasil continuará aberto. O começo para acabar com essa loucura comunista que castiga a Nação brasileira há décadas é a privatização desse paraíso dos marajás. Isso não é nenhuma novidade. Entretanto, a coisa foi transformada em tabu graças aos velhacos da grande mídia incluindo os jornalistas em sua maioria. Os proprietários de redes de televisão, jornais e revistas há décadas mamam dinheiro dessas estatais, como a Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal entre outras que são generosos anunciantes. Por isso, jamais revelam a verdade dos fatos.
Dá para conceber que a Petrobras, que tem o monopólio da produção e distribuição de combustíveis, anuncie? Ora, quem anuncia é porque está dentro do jogo de mercado, da concorrência, o que não é o caso de uma empresa estatal que detém o monopólio. Isso é apenas um exemplo entre tantos outros.
Dito isso passo a transcrever a versão em Português do Jornal do Brasil da matéria do site Bloomberg. Leiam:

Matéria publicada nesta terça-feira (26) pela Bloomberg afirma que o fim está próximo para a utopia burocrática do Brasil, com sua cultura de benefícios.
O texto lembra que há 57 anos foi fundada sob as bases da concessão de vantagens para atrair mão de obra qualificada do Rio de Janeiro para Brasília, a capital começa a ver desmoronar um sistema que tem como regra o acúmulo de benefícios.
Com o déficit fiscal e o consequente aumento da dívida pública, o governo Michel Temer colocou na pauta temas considerados tabus politicamente, relata Bloomberg: reforma da Previdência, privatizações, e corte de benefícios concedidos ao funcionalismo.
O Executivo anunciou em agosto pacote de privatizações de 57 estatais e bens públicos, como Eletrobras, Casa da Moeda, Lotex, aeroportos, portos e rodovias. As estatais que não entraram no portfólio de vendas devem apertar o cinto para reduzir ao máximo as despesas. Outras medidas divulgadas pelo governo são as reduções do auxílio-moradia, do salário inicial de todas as carreiras, além do adiamento por um ano de reajustes já aprovados para várias categorias. Há, ainda, a proposta de reforma da Previdência que prevê a equiparação de regimes de aposentadoria do servidor público ao da iniciativa privada, com um teto bem mais baixo ao que o funcionalismo tem direito hoje.
A nova realidade está levando pessoas a mudarem seus planos. As oportunidades historicamente oferecidas fizeram a estudante Mayara Destro, 24, a se dedicar aos estudos nos últimos dois anos para conseguir uma vaga no setor público.
“Essa decisão me preocupa. Não vejo que o pacote de privatizações vá beneficiar da forma como estão divulgando. Meu medo é que os direitos fiquem ainda mais limitados. Alguma coisa precisa ser feita, eu entendo, mas o governo está optando pelo caminho mais fácil, e não pelo melhor”, avaliou a estudante.
O noticiário destaca: "Brasília é o maior reduto nacional de servidores públicos, com 37 por cento da população ativa diretamente empregada na máquina estatal. Com isso, é uma cidade voltada aos concursos. Mais do que universidades, a capital federal tem centenas de cursos preparatórios para os mais variados tipos de empregos públicos, de auxiliar administrativo a diplomata. Isso porque estes cargos pagam, em média, 59 por cento a mais do que um emprego na iniciativa privada, segundo estudo deste ano publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística".
A máquina estatal oferece estabilidade no emprego e benefícios na maioria das vezes superiores aos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), legislação que rege os empregados da iniciativa privada.
O coordenador da Rede Educacional Alub, Franklin Andrejanini, voltada à preparação para concursos públicos, diz que desde o ano passado há uma queda considerável no número de matrículas.
“Quando Temer entra, instaura de cara um programa de demissões voluntárias em algumas estatais, então, você já começa a ver uma linha de concursos que começa a morrer, como é o caso dos bancos públicos”, afirmou Andrejanini.
De acordo com a Bloomberg o Brasil tem 151 estatais que empregam mais de meio milhão de pessoas, segundo a organização Contas Abertas, comandada pelo economista Gil Castelo Branco, um cão de guarda das contas do governo. De acordo com os cálculos da entidade, estas empresas têm orçamento de aproximadamente R$ 1,2 trilhão ao ano.
PARAÍSO DA CORRUPÇÃO
“Há sentido em ter 151 empresas estatais? Com o Estado grande, elas se tornam um paraíso para os corruptos. A solução para isso, sem dúvida nenhuma, é a privatização. O Estado brasileiro, e não me refiro só às estatais, é coorporativo e ineficiente”, afirmou Castelo Branco.
Há casos emblemáticos da cultura de benefícios concedidos aos servidores públicos. Na Empresa Brasil de Comunicação, a TV estatal, os funcionários recebem dois bônus extras de R$ 1.000 em julho, apelidado de “vale-canjica, e outro no mesmo valor em dezembro, o ‘‘vale-peru’’.
Na Infraero, servidores têm vale-alimentação e vale-refeição inclusive nas férias, dois planos de saúde, além de auxílios-babá e combustível.
A Casa da Moeda emprega dezenas de médicos, dentistas, nutricionistas e massagistas para seus 2.700 funcionários, além do plano de saúde a que os servidores têm direito. No ano passado, pela primeira vez desde o lançamento do Real em 1994, o Banco Central foi autorizado a importar notas de dinheiro porque as produzidas pela estatal estavam mais caras. A importação resultou em um desconto de quase 20 por cento em relação ao preço que a Casa da Moeda ofereceu, segundo a assessoria de imprensa do BC.
Outra empresa pública cujo corte de vantagens está em andamento é os Correios. Ao longo dos últimos 30 anos, a estatal garantiu a seus funcionários uma gama de benefícios muito além dos previstos na CLT, mas que hoje são responsáveis pelas dívidas da empresa. Dentre eles, estão vale-refeição durante as férias, adicional de 70% do salário neste mesmo período (na iniciativa privada este aporte é de 30%), e vale-cultura de R$ 50,00.
Os Correios estiveram na mira da gestão Michel Temer para serem privatizados, mas o quadro de pessoal inchado, os sucessivos déficits anuais, a dificuldade de reinventar a tarefa de uma estatal com monopólio de entrega de cartas – um mercado em queda -, e a alta despesa com o plano de saúde bancado pela empresa paralisaram a estratégia.
MAMATA VERGONHOSA
Bloomberg informa que a redução do benefício aos 141.872 funcionários ativos e aposentados está sendo mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho por falta de acordo. O plano é gratuito e estendido aos filhos, cônjuges e pais dos servidores, atingindo um total de 399.924 beneficiários. A conta para a empresa ao ano é de R$ 1,86 bilhão. A direção da estatal propôs a manutenção da gratuidade aos servidores, mas o pagamento de uma taxa para cada dependente.
O sindicato dos funcionários dos Correios reage à tentativa de modificar o plano de saúde, explica a Bloomberg. Argumenta que os empregados da empresa têm os salários mais baixos das estatais federais e que nas negociações coletivas de trabalho eles optam pela concessão de benefícios em troca de um reajuste salarial menor.
‘‘Entendemos a importância de se adotar medidas que preservem a sustentabilidade dos Correios, mas não serão aceitas redução de direitos para penalizar os trabalhadores’’, sustenta Suzy Cristiny, secretária de imprensa da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares.
O argumento dos salários mais baixos entre as estatais federais não sensibiliza o presidente dos Correios, Guilherme Campos, que assumiu a presidência no ano passado com a missão de acabar com o déficit da empresa.
‘‘Poderíamos simplesmente cortar todos os benefícios, mas não é correto agir desta forma. Estamos negociando, mas se não houver redução do custo da empresa, o futuro dela é fechar as portas’’, disse Campos à Bloomberg.


NO O ANTAGONISTA
Propina com logotipo
Brasil Quinta-feira, 28.09.17 07:07
Depois da propina com impressão digital, Geddel Vieira Lima inaugurou a propina com logotipo.
Uma parte do dinheiro que a PF encontrou em seu esconderijo, segundo a Folha de S. Paulo, estava guardada numa bolsa de couro com o logotipo da OAS.
Agora os investigadores apuram se a propina realmente foi paga pela empreiteira.
Gilmar Mendes é um poeta
Brasil 28.09.17 06:54
Gilmar Mendes atacou os ministros do STF que impuseram o recolhimento noturno de Aécio Neves, acusando-os de “comportamento suspeito”.
Ele disse à Folha de S. Paulo:
“Quando a turma começa a poetizar, começa a ter um tipo de comportamento, vamos dizer assim, suspeito, certamente seria bom que a matéria viesse para o plenário”.
Quando Rodrigo Janot acusou Gilmar Mendes de ser suspeito para julgar um caso, ele preferiu poetizar.
Aécio é uma unanimidade
Brasil 28.09.17 06:41
O Senado, às 11 horas, vai liberar Aécio Neves de seu recolhimento noturno.
A manchete de O Globo resumiu os fatos: “PT, Temer e Gilmar se unem contra Supremo por afastar Aécio”.


Os especialistas da Folha de S. 'Bernanrdo'
Brasil 28.09.17 06:16
A Folha de S. Paulo consultou dois especialistas para declarar que erros materiais não invalidam os recibos apresentados por Lula.
O primeiro especialista é o advogado de Renan Calheiros e, curiosamente, considerou inválidas todas as provas da JBS.
O segundo especialista é coordenador do IDP, de Gilmar Mendes, e atacou o juiz Sergio Moro quando Lula foi conduzido coercitivamente para depor.
Na época, ele disse para a própria Folha de S. Paulo:
“Presenciamos um marcante espetáculo de violência e ilegalidade: a condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor em inquérito policial para o qual não havia sido intimado”.
Folha de S. 'Bernanrdo'
Brasil 28.09.17 06:06
A Folha de S. Paulo, a partir de agora, vai circular nos dias 31 de junho e 31 de novembro.
Só o jornal, de fato, acredita na autenticidade dos recibos apresentados pela defesa de Lula.
Uma reportagem publicada nesta quinta-feira garante que os erros materiais não invalidam os recibos da cobertura de São Bernanrdo.
Testemunhas do aluguel são as mesmas do terreno do Instituto Lula
Brasil 28.09.17 00:27
O Antagonista descobriu que as testemunhas do contrato de aluguel do duplex de São Bernardo do Campo são as mesmas do contrato do imóvel da Haberbeck Brandão, que seria a sede do Instituto Lula.
Segundo investigação da PF, Ivete Aparecida Florentino e Nilva Maria de Oliveira passaram a ter vínculo profissional com o escritório de Roberto Teixeira em 2013, dois anos depois de aparecerem nos dois contratos que estão na mira da Lava Jato.
Sérgio Cabral: preso, mas no Facebook
Brasil Quarta-feira, 27.09.17 19:45
O Facebook oficial de Sérgio Cabral, preso desde novembro pela Lava Jato e condenado a mais de 45 anos, foi reativado, registra O Globo.
A postagem, a primeira do perfil na rede social desde 2014, diz que é importante lembrar das “grandes conquistas” do então governador do Rio entre 2007 e 2014, “apesar de alguns tentarem responsabilizá-lo por todas as coisas ruins que vêm acontecendo no Estado”.
O advogado de Cabral disse ao jornal carioca não saber quem está administrando a página.
FBI precisa rastrear os 3 bi sem aplicação comprovada pela JBS
Brasil 27.09.17 16:50
Como noticiamos há pouco, a CPMI da JBS pediu ao FBI que rastreie R$ 1,4 bilhão tomado pelos irmãos Batista no BNDES para a compra da Swift.
Mas o volume de recursos de aplicação suspeita é muito maior, como revelou O Antagonista.
Reveja o que publicamos em agosto:
EXCLUSIVO: JBS NÃO COMPROVOU APLICAÇÃO DE 3 BILHÕES DO BNDES
Brasil 16.08.17 15:45
Uma auditoria do TCU, obtida por O Antagonista, revela que a JBS não conseguiu comprovar até hoje a aplicação de R$ 3 bilhões do total de recursos obtidos no BNDES para a compra da Swift, da National Beef e da Pilgrim’s.
O possível dano bilionário não inclui as irregularidades relatadas recentemente pelo tribunal na compra das ações da JBS em diferentes operações.
Além de abrir uma tomada de contas especial para que o BNDES explique por que pagou valor acima do mercado pelos papéis dos irmãos Batista, o TCU abriu uma nova frente de investigação que mira a comprovação do uso dos recursos aportados pelo banco no grupo empresarial.
Para a compra da Swift, por exemplo, o BNDES injetou R$ 1,1 bilhão na JBS. Mas os auditores não identificaram até agora a aplicação de pelo menos R$ 350 milhões na aquisição do frigorífico.
No polêmico caso da National Beef, a JBS usou recursos do BNDES e de um fundo (FitProt) formado por BNDESPar, Petros, Previ e outros. O negócio não prosperou e a JBS não devolveu os R$ 614 milhões disponibilizados para a operação.
A pedido dos irmãos Batista, o BNDES autorizou que a soma fosse então aplicada na compra da Pilgrim’s, mas não há provas de que isso realmente aconteceu. Para piorar, o BNDES comprou R$ 3,5 bilhões em debêntures na JBS para sacramentar a aquisição da gigante americana de frango.
Até o momento, segundo o TCU, o BNDES só conseguiu provar o uso efetivo de R$ 1,5 bilhão no negócio. Os R$ 2 bilhões restantes ninguém sabe ao certo onde foi parar.

















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