TERCEIRA EDIÇÃO DE 09-8-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO DIÁRIO DO PODER
PECULATO
MPF DENUNCIA 72 EX-DEPUTADOS NO CASO DA 'FARRA DAS PASSAGENS'
SEGUNDO A DENÚNCIA, OS INVESTIGADOS COMPRARAM 13.877 BILHETES
Publicado: quarta-feira, 09 de agosto de 2017 às 13:43 - Atualizado às 13:54
Redação
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 72 ex-deputados à Justiça por envolvimento com o escândalo da ‘farra das passagens aéreas’. O órgão apresentou 28 denúncias pelo crime de peculato.
As viagens irregulares, com passagens compradas com verba parlamentar, foram denunciadas em 2009, pelo site Congresso em Foco. Os políticos usavam a cota parlamentar e emitiam bilhetes a amigos e parentes, incluindo voos internacionais.
Na época, o então presidente da Câmara, Michel Temer, restringiu as viagens internacionais e limitou o benefício a parlamentares e assessores.
Os casos denunciados pelo MPF ocorreram entre 2007 e 2009. A Justiça Federal do Distrito Federal vai definir se abre processo contra os investigados.
Segundo a denúncia do MPF, os investigados compraram 13.877 bilhetes, totalizando R$ 8,3 milhões gastos irregularmente.
A Procuradoria-Geral da República anunciou, no fim de julho, que vai apurar o envolvimento de 199 políticos com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal. Segundo Rodrigo Janot, procurador-geral da República, ainda não há indícios suficientes para denunciar os políticos com foro privilegiado.
Os nomes dos ex-deputados denunciados estão em uma lista no site do MPF ( http://www.mpf.mp.br/df/sala-de-imprensa/docs/tabela-parlamentares-denuncia ).

EMPRÉSTIMOS SUSPEITOS
PRESIDENTE DA CPI DO BNDES TEVE CAMPANHA FINANCIADA PELA JBS
COMISSÃO VAI INVESTIGAR EMPRÉSTIMOS QUE BENEFICIARAM O CONGLOMERADO
Publicado: quarta-feira, 09 de agosto de 2017 às 12:25
Redação
Dos 21 senadores que vão compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES no Senado, ao menos três receberam doações do grupo J&F na eleição de 2014, incluindo o próprio presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A CPI foi instalada na semana passada e tem como objetivo investigar empréstimos feitos pelo banco de fomento que beneficiaram o conglomerado do setor de carnes.
Dos cerca de R$ 2 milhões de doações que Alcolumbre recebeu oficialmente em 2014, R$ 138 mil foram oriundos de doações do grupo J&F. Além dele, os outros dois membros da CPI do BNDES que também aparecem na planilha apresentada pela JBS são os senadores Acir Gurgacz (PDT-RO) - que recebeu R$ 833 mil de um total de R$ 4,2 milhões - e Paulo Rocha (PT-PA), que recebeu R$ 233 mil da JBS de um total de R$ 3,3 milhões de doações. Os senadores não possuem até o momento inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o pedido de criação da CPI, de autoria do senador Roberto Rocha (PSB-MA), o colegiado tem como objetivo principal investigar supostas irregularidades nos empréstimos concedidos pelo BNDES no programa de globalização das companhias nacionais nos últimos 20 anos, com destaque para operações de financiamento do grupo J&F, controlador do frigorífico JBS, cuja delação levou à investigação do presidente Michel Temer.
"O primeiro grande empréstimo do programa de internacionalização foi de US$ 80 milhões ao frigorífico Friboi, para a compra de 85% da principal empresa de carne bovina na Argentina, a americana Swift Armour. Posteriormente, dois anos após o primeiro aporte, a holding do Banco para participação acionária, o BNDESPar, concedeu um novo empréstimo/compra de ações no valor de R$ 4,5 bilhões ao conglomerado JBS-Friboi para a compra da Swift&Co. e Pilgrim's Pride Corp nos EUA. Dessa forma, a JBS tornou-se hoje uma das mais internacionalizadas empresas nacionais", diz trecho do documento apresentado por Rocha.
Procurada, a assessoria de Alcolumbre negou que o parlamentar tenha negociado qualquer tipo de contrapartida com a JBS. "O senador nunca teve contato direto com a JBS. Em nenhum momento, direta ou indiretamente, o senador bateu na porta na JBS para pedir alguma coisa. O dinheiro em questão foi designado para a direção nacional do partido e depois repassado ao senador", afirmou.
A assessoria de imprensa do senador Paulo Rocha (PT-PA) também nega qualquer irregularidade na doação e questiona veracidade do depoimento dos delatores. "Ele (Rocha) era presidente do PT local na época e todo dinheiro que era destinado para a campanha no Pará vinha do Diretório Nacional. Supunha-se que se o Diretório recebeu dinheiro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a quantia era legal."
Gurgacz negou que tenha recebido doações da JBS em sua campanha. Segundo ele, o recurso foi direcionado à campanha majoritária ao governo do Estado, em 2014, e, como candidato ao Senado, ele também constou como beneficiado na prestação de contas divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Nunca recebi nenhum centavo da JBS", afirmou o senador.
A assessoria de imprensa do grupo J&F destacou que os colaboradores já apresentaram informações e documentos à Procuradoria-Geral da República e continuam à disposição para cooperar com a Justiça.
Nos bastidores, a comissão para investigar o BNDES é vista como uma forma de tentar inviabilizar a CPMI da JBS, que também foi criada em maio, mas não foi instalada até hoje por não possuir indicações suficientes para compor o colegiado. Neste caso, a comissão é mista, ou seja, composta por 32 deputados e 32 senadores.
Enquanto a CPI do BNDES é mais ampla e se propõe a analisar operações desde 1997, a CPMI da JBS visa investigar eventuais irregularidades em operações realizadas pelo grupo com o BNDES e BNDESPar entre 2007 e 2016, além de tratar do acordo de delação premiada de Joesley e Wesley Batista. Para alguns congressistas, como a CPI do BNDES tem o escopo mais amplo e é formada apenas por senadores, seria mais fácil barrar requerimentos como a convocação dos irmãos Batista. (AE)

NO O ANTAGONISTA
Wlad, o tatuado, é acusado de assédio
Brasil 09.08.17 14:34
O PSB entrou com um representação no Conselho de Ética da Câmara contra Wladimir Costa, o Wlad da tatuagem de Temer, por quebra de decoro parlamentar.
Ele é acusado de assediar moralmente uma jornalista da CBN.
Na terça-feira da semana passada, a jornalista, juntamente com outros profissionais da imprensa, pediu que ele mostrasse a tatuagem em homenagem a Temer.
Wladimir Costa respondeu: "Pra você, só se for o corpo inteiro".
Depois, para tentar consertar, o deputado disse na internet que não cometeu abuso nenhum, inclusive porque a repórter "foge totalmente dos padrões estéticos que, supostamente, despertariam algum tipo de desejo em alguém".
O Solidariedade, partido de Wlad, divulgou nota condenando o "assédio sexual e moral" contra a jornalista.
Joesley disse que "não tinha como saber"
Brasil 09.08.17 13:31
Joesley Batista, como registramos, prestou esclarecimento hoje à Polícia Federal no inquérito que investiga a venda de ações nos dias que antecederam a notícia sobre o acordo de delação da JBS e as aplicações no mercado de câmbio.
O empresário disse à PF:
"Eu não tinha como saber a data da divulgação (da delação) nem a extensão do impacto sobre o preço das ações."
Lula nunca será preso
Brasil 09.08.17 12:59
Lula nunca será preso.
É o que vai garantir Gilmar Mendes, ao tentar reverter a decisão do STF que permitiu a prisão de condenados em segunda instância.
Seu caso jamais será julgado pelos tribunais superiores.
Esse governo é um oferecimento de...
Brasil 09.08.17 12:15
Vejam só quem patrocina a 36ª edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior, aberto hoje por Michel Temer: Odebrecht e Andrade Gutierrez.
Temer não é alemão
Brasil 09.08.17 11:36
"Nunca aconteceria na Alemanha de um presidente sob suspeita de corrupção, com denúncia apresentada pela própria Procuradoria-Geral da República, não renunciar imediatamente ao cargo."
Foi o que disse Herta Däubler-Gmelin, ex-ministra da Justiça, respondendo a uma pergunta da Deutsche Welle sobre Michel Temer.
A Alemanha tem muito a aprender com o Brasil.
A República de Chico
Brasil 09.08.17 10:48
O Antagonista disse ontem que "a Faculdade de Direito da UFRJ será usada por Lula como palanque para atacar Sérgio Moro e a Lava Jato.
O evento é travestido de lançamento de um livro-propaganda de Carol Proner, namorada de Chico Buarque".
A Época acrescentou que "a tiragem inicial do livro será de 5 mil exemplares e custará R$ 50. Os recursos arrecadados, segundo os autores, serão usados para financiar a obra".
Nenhuma editora se interessou em publicá-la, portanto.
Carol Proner é conhecida também por ter organizado as palestras internacionais de Dilma Rousseff.
Releia aqui:

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