TERCEIRA EDIÇÃO DE 07-8-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
O que Cavendish entregou
Brasil Segunda-feira, 07.08.17 14:36
Fernando Cavendish confirmou, em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, o pagamento de propina para Sérgio Cabral, na reforma do Maracanã, informa O Globo.
O empresário teria procurado Cabral, então governador do Rio, em 2014, com o objetivo de incluir a Delta Construções no consórcio da reforma.
Cabral disse que já havia acerto com a Odebrecht, mas que a Delta poderia entrar no rolo, desde que pagasse os já conhecidos "5% de Cabral".
O dinheiro foi entregue em espécie.
O elo entre JBS e Eunício
Brasil 07.08.17 14:17
A Época informa que o lobista Ricardo Saud disse ao MPF quem fazia a ligação entre a JBS e a campanha derrotada de Eunício Oliveira ao governo do Ceará, em 2014.
Gilberto Júnior, funcionário da tesouraria do PMDB e homem de total confiança de Eunício, teria feito a propina chegar a seu destino.
O longo inverno de Palocci
Brasil 07.08.17 12:49
Antonio Palocci ainda não conseguiu convencer a Lava Jato sobre sua proposta de delação. Vai ficar em cana muito tempo ainda, especialmente depois que for condenado com Lula no caso da propina da Odebrecht na compra da nova sede do instituto.
Esperando Janot
Brasil 07.08.17 13:50
Os defensores de Antonio Palocci estão esperando a PGR marcar uma reunião para apresentar seus novos anexos.
Que tal dedicar um tempinho a Lula, Janot?
Gilmar sobre Janot: "O mais desqualificado que já passou pela procuradoria"
Brasil 07.08.17 10:41
Gilmar Mendes continua a atacar Rodrigo Janot.
Ele acabou de dizer à rádio Gaúcha:
"É o procurador mais desqualificado que já passou pela procuradoria".
Procuradores acham atitude de Gilmar "deplorável"
Brasil 07.08.17 13:49
A ANPR enviou a seguinte nota:
"Representante de 1.300 membros do Ministério Público Federal, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) vem a público repudiar os ataques absolutamente sem base e pessoais ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, proferidos em deliberada série de declarações, nos últimos dias, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes.
Em primeiro lugar, e desde logo, é deplorável que um Magistrado, Membro da mais alta Corte do País, esqueça reiteradamente de sua posição para tomar posições políticas (muito próximas da política partidária) e ignore o respeito que tem de existir entre as instituições, para atacar em termos pessoais o Chefe do Ministério Público Federal. Não é o comportamento digno que se esperaria de uma autoridade da República. O furor mal contido nas declarações de Gilmar Mendes revela objetivos e opiniões pessoais (além de descabidas), e não cuidado com o interesse público.
Rodrigo Janot foi duas vezes nomeado para o cargo de PGR depois de escolhido em Lista Tríplice pelos seus pares, a última delas com consagradora votação de quase 80% de sua classe. Em ambas as indicações foi aprovado pelo Senado Federal por larga margem, tudo isso a demonstrar o apoio interno e externo que teve, mercê de seu preparo técnico, liderança e história no Ministério Público Federal. O trabalho do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, nestes quase quatro anos de mandato, por outro lado, foi sempre impessoal, objetivo, intimorato e de qualidade. Não por outro motivo tem o apoio da população brasileira.
O Ministério Público não age para perseguir ninguém, e não tem agendas que não o cumprimento de sua missão constitucional. Tampouco, todavia, teme ou hesita o MPF em desagradar quem quer que seja, quando trabalha para o cumprimento da lei e promove a justiça. O Procurador-Geral da República assim tem agido em todas as esferas de sua competência, promovendo o combate à corrupção e liderando o Ministério Público Federal na complexa tarefa de defender a sociedade. Se isto incomoda a alguns, que assim seja. O MPF e suas lideranças jamais se intimidarão. Estamos em uma República, e ninguém nela está acima da Lei."
José Robalinho Cavalcanti
Procurador Regional da República
Presidente da ANPR
PF ataca benefícios a delatores que não ajudaram "em nada"
Brasil 07.08.17 13:28
Relatório da PF enviado a Sérgio Moro revela que a queda de braço entre a corporação e a Procuradoria da República em torno do alcance e da importância da delação premiada já se arrasta há meses, informa o Estadão.
Um documento, produzido em abril, chegou também à força-tarefa do MPF em Curitiba. O texto detalha um inquérito policial que tramitou por quase dois anos, aponta três delatores que ganharam benefícios e ‘em nada auxiliaram os trabalhos investigativos’.
Acesso o relatório aqui.
Moro cita Lula no sítio
Brasil 07.08.17 13:05
Sérgio Moro já mandou citar Lula sobre a abertura da ação penal do caso da reforma do sítio de Atibaia. Roberto Teixeira, seu advogado e compadre, também foi citado, assim como Fernando Bittar, sócio de Lulinha, e José Carlos Bumlai, o amigão do ex-presidente.
É incrível a quantidade de pessoas ligadas a Lula no caso de um sítio que 'não é dele'.
Acordo de Delcídio pode ser revisto
Brasil 07.08.17 10:55
Delcídio Amaral pode voltar para a cadeia.
De acordo com O Globo, "procuradores do grupo de trabalho responsável pelas investigações da Lava Jato já falam sobre a possibilidade de reavaliar o acordo e cortar benefícios concedidos ao ex-senador".
Uma fonte disse à reportagem:
"Alguns acordos não estão evoluindo bem. O do Delcídio é um deles. As investigações não avançam nem na primeira instância. Talvez alguns ajustes tenham que ser feito nesses acordos".

NO BLOG DO FAUSTO MACEDO
Leia o relatório da PF sobre Temer no ‘quadrilhão’
Declarações de Joesley, delator, e Funaro, doleiro, embasam pedido do delegado Marlon Cajado para incluir presidente em inquérito que envolve políticos do PMDB em desvios de verbas no âmbito da Lava Jato
Por Luiz Vassallo, Breno Pires e Rafael Moraes Moura
Segunda-feira, 07 Agosto 2017 | 05h00
O relatório do delegado de Polícia Federal, Marlon Oliveira Cajado dos Santos – acolhido pela Procuradoria-Geral da República – que recomendou a inclusão do presidente Michel Temer, do ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha e do ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, no inquérito do ‘quadrilhão’ do PMDB, que envolve políticos acusados de desvios de verbas públicas no âmbito da Lava Jato, ressalta a delação do doleiro Lúcio Funaro e gravação de conversa do presidente com o executivo da JBS Joesley Batista como indícios contra os peemedebistas.
Documento

O relatório da PF foi produzido em 26 de junho de 2017. Ao pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última quarta-feira, 02, para que os três peemedebistas sejam incluídos no rol de 15 investigados – entre eles, parlamentares, ex-parlamentares e assessores do partido – o procurador-geral da República, Rodrigo Janot considerou que a organização criminosa identificada a partir da delação da JBS é apenas um ‘desdobramento’ da que já era alvo no inquérito do ‘quadrilhão’.
O relatório da Polícia Federal que recomendou a inclusão de Temer, Padilha e Moreira Franco no inquérito e embasou o parecer da PGR destacou o áudio gravado por Joesley Batista, em conversa com o presidente, no Palácio do Jaburu, em março.
“Com a deflagração da recente ‘Operação Patmos’, decorrente da supracitada colaboração premiada, foi possível observar em um dos anexos, conversas entre Joesley Batista e o presidente Michel Temer, onde o primeiro comunica que estaria efetuando os pagamentos a Lúcio Bolonha Funaro e Eduardo Cunha, supostamente, para mantê-los em silêncio acerca dos ilícitos envolvendo atividades da J&F Investimentos, além de planos para corromper Juízes e Procurador da República responsáveis pelas ações penais decorrentes das investigações das Operações Sépsis, Cui Bono? e Greenfield”, ressaltou o delegado da PF Marlon Oliveira Cajado dos Santos.
O delegado também afirma que, no âmbito da Patmos, em que o doleiro Lúcio Funaro confessou seus crimes às autoridades, ‘surgiram novos relatos confirmando as atuações do chamado ‘PMDB na Câmara’ junto à Caixa Econômica Federal e citando suposto envolvimento de outras pessoas com foro originário no STF, sendo elas, o presidente Michel Miguel Elias Temer Lulia, o ministro chefe da Casa Civil Eliseu Lemos Padilha, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Wellington Moreira Franco, além de outros nomes’.
Temer foi gravado por Joesley no dia 7 de março. No diálogo, o empresário confessa ao peemedebista pagar mensalidade de R$ 50 mil ao procurador da República, Ângelo Goulart, a fim de vazar informações de inquéritos de interesse do grupo JBS.
Goulart foi preso preventivamente por suspeita de ser o informante de Joesley.
No diálogo, ainda é discutida uma suposta compra do silêncio de Eduardo Cunha, condenado a 15 anos e quatro meses na Operação Lava Jato.
Na mesma conversa, o presidente indica o seu então assessor, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para tratar de qualquer assunto com Joesley Batista.
O ex-parlamentar foi flagrado em ação controlada da PF pegando uma mala de R$ 500 mil do delator Ricardo Saud, da J&F. Segundo a delação dos executivos, o valor seria em benefício de Temer, e entregue de forma semanal, em contrapartida a uma suposta intervenção de Rocha Loures junto ao CADE em benefício do grupo.
Rocha Loures está em regime domiciliar e o procurador da República, Ângelo Goulart Vilela foi solto pelos ministros da 2.ª Turma do STF, com restrições – por exemplo, não poder entrar em contato com outros investigados e não sair à rua em período noturno.
O delegado Marlon Cajado sugere ‘diligências iniciais’, entre as quais. “Remeta-se os autos ao excelentíssimo ministro relator Edson Fachin, ao qual represento pela análise da ampliação do rol de investigados de pessoas com foro originário no STF, a saber, o presidente Michel Miguel Elias Temer Lulia, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Lemos Padilha e ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Wellington Moreira Franco.”

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